Capitulo 25:Ana Carolina
Já se faziam, 4 meses que saiamos. Estávamos, como se diz “in love”. Nos falávamos todos os dias, quase que o tempo inteiro. Era por sms ou ela me ligava ou era eu quem ligava...enfim, sempre dávamos um jeitinho de estarmos sempre em contato. Nesse tempo, sempre que podia, antes de ir para o estágio ligava para Laura convidando para almoçarmos juntas. Naquele dia essa era minha intenção. Ao término da aula, estava descendo as escadas procurando o celular na bolsa para ligar para ela. Que não dei conta que Afonso estava a minha espera na saída do bloco. Peguei inclusive um susto, quando lhe vi parado na minha frente segurando um buquê de rosas e ao me vê, se ajoelhou na minha frente.
-Oi minha querida!...estava com um sorriso no rosto...
-Oi Afonso...o que faz aqui?!- estava espantada por vê-lo
-Gostaria de conversar com você...falar sobre NÓS...enfatizou o NÓS...vamos almoçar juntos como nos velhos tempos!
-Olha...estou feliz, em vê-lo, mas já tenho compromisso, deixa para outro dia, me liga e acertamos com calma...estava tentando da um fora nele de forma gentil
Até que encontrei, o bendito celular e quando ia ligar para Laura avisando-a já esta indo encontra-la para almoçarmos juntas, sem menos esperar Afonso me pegou a força e beijou-me na frente de todos. Tentei sair daquele contato, mas ele era muito mais forte que eu, foi inútil. Para mim foi uma tortura e maior ela se tornou quando ao abrir os olhos vi Laura parada próxima a nós de braços cruzados e com um olhar que parecia mais uma brasa. Comecei a me debater em seus braços até que por fim ele soltou-me. Corri para alcança-la, mas ela estava bem mais a frente. Gritava seu nome e ela nem me dava ouvido.
Passou pelo portão de entrada da faculdade como uma bala, fiquei a observá-la. Ela atravessou a rua sem se importar com os carros, fiz o mesmo, quando Laura destravou o carro praticamente entramos juntas. Agora, mais perto pude perceber o quanto estava nervosa. Seus olhos, se pudessem teriam me fuzilando naquela hora tamanha era sua raiva. Durante um tempo, pareceu ignorar por completo minha presença. Tentei, por várias vezes explicar o que ela havia presenciado. Está certo que ela viu o beijo, mas era apenas Afonso que me beijava, em nenhum momento correspondi.
Não conseguia entender, os motivos que o levaram a cometer aquele ato de loucura. Loucura sim, porque terminamos em comum acordo. Falava sem parar, sentia a necessidade de fazer ela entender o que houve, desfazer por completo o mal entendido. Falei que Afonso era meu ex-namorado, que não entendia o porquê dele ter aparecido na faculdade e ainda por cima sem avisar. O que mais doeu foi ouvi-la dizer que não tínhamos um compromisso, como não tínhamos?! estávamos saindo há 4 meses. Para mim, pedido de namoro foi feito no dia da festa de boas-vindas de Júlia, na qual conversamos e por fim ficamos. Laura não mais falava, gritava, quem estava fora provavelmente ouvia seus gritos.
Nunca a vi daquela forma tão descontrolada, ela não ouvia uma palavra sequer que pronunciei. Entendia que estava magoada com o que viu, também estaria em seu lugar. Mas sua duras palavras, estavam dilacerando meu coração. Não sabia mais o que fazer para me explicar, apenas chorava e ela mandava me o tempo todo que saísse do carro, que não tínhamos nada para conversar.do jeito que ela estava, vi que o melhor seria sair do carro mesmo e da um tempo para que ela pensasse em tudo, em nós, principalmente. Se bem que naquele momento, vi minha felicidade escorrer por entre meus dedos e não estava sabendo o que fazer. Nem bem saí do carro e ela arrancou. Deixando me, totalmente atordoada, desorientada.
Apenas senti os braços de Gustavo a me envolverem pela cintura. O abracei e cai em um choro compulsivo. Atravessamos a rua e seguimos em direção ao estacionamento para pegarmos meu carro. Entramos e relatei os fatos sobre o ocorrido para meu amigo. Ele apenas me ouviu. Estava transtornada, sem condições de ir para o estágio. Como estava chorando, pedi para Gustavo ligar para o escritório avisando que tinha uns trabalhos na faculdade e que não poderia ir naquele dia, por sorte meu pai já havia saído para o almoço e falei com dona Joana, secretária de confiança do meu pai, que falou que o avisaria assim que este retornasse do almoço. Pelo meu estado, Gustavo e eu trocamos de lugar. Era visível, que não estava em condições de dirigir. Ainda mais que, no horário de almoço o trânsito fica uma coisa de louco em Belém. Tudo o que queria, era que aquela dor passasse. Só podia estar vivendo um pesadelo- pensei. Fui retirada dos meus pensamentos quando Gustavo começou a falar.
-Da um tempo para Laura pensar...amanhã chamarei-a para conversar, nada como um dia após o outro com uma noite no meio...conheço ela, de cabeça quente fala o que vem a cabeça...o que puder fazer, para ajudar vocês a voltarem, tudo mesmo, eu farei...confia em mim!
Nada falei, apenas concordei com a cabeça em sinal de que tinha entendido suas palavras...agora a palavra da vez era: esperar!
Fim do capítulo
Oi meninas...
Depois de meses longe...estamos voltando...ao longo da semana irei publicar é assim finalizar,a primeira parte do conto.
Perdão pela ausência...
Obs:. Lusilene,minha amiga querida,prometi q voltaria né e olha eu por Aki..
Bjs
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