Nem tudo em uma relação é um mar de rosas...crises de ciúmes, desentendimentos bobos entre outras coisas fazem parte de qualquer relação amorosa
Capítulo 24: Primeiro desentendimento(Laura)
#Laura
A contra-gosto tanto de Roberto quanto do meu pai, Adriana foi transferida para a filial da empresa em BH. Torcia, para que um dia pudéssemos novamente ter uma amizade. Os meses foram passando e meu relacionamento com Ana começava a ficar mais sólido a cada dia, estávamos aprendendo muito uma com a outra, ela estava me fazendo descobrir sentimentos que até então nunca tinha sentido por ninguém, além do amor, o ciúmes também. É ciúmes, logo eu que quando estava com alguém não suportava sentir-me como um cão acuado. Como a faculdade ficava próximo da empresa, certa vez resolvi fazer uma surpresa para Ana. Sabia o horário em que terminava suas aulas e como já estava perto do almoço, fui até a universidade em que ela estudava e a cena que presenciei foi nossa primeira briga.
Assim que cheguei na faculdade, rapidamente procurei informar-me onde ficava o bloco do curso de direito. Olhei no relógio e percebi que precisava me apressar, porque como o bloco ficava bem próximo do estacionamento e ela estagiava a tarde, era bem provável que quando terminava as aulas fosse logo para o estágio. Estava me aproximando do bloco, quando vi de longe uma certa movimentação, cheguei mais perto e o que vi, me deu a sensação de ter levado um soco no estômago. Ana estava aos beijos com um menino, será que era minha sina toda vez que me apaixonava levar um par de chifres?! ta certo que apesar de estarmos saindo a praticamente 4 meses, jamais tocamos no assunto “namoro”. Sempre fui sincera com ela, será que era pedir demais o mesmo?! -pensei e como em um filme, voltei no tempo, lembrando de Renata, na cama com outra mulher.
Cruzei os braços e fiquei a observar aquela linda cena de cinema. Se pudesse, creio que teria fuzilado “o casalzinho” apenas com o olhar, tamanha era minha indignação. Não sei porque, mas fui tomada naquele momento por um sentimento de raiva e uma grande decepção, mas um outro sentimento me prendia ali. Foi quando Ana abriu os olhos e me viu. Afastou-se, mais que depressa do homem com quem estava se beijando. Não sei se ela notou a decepção estampada em meu rosto, o que mais queria era sumir daquele lugar. Apressei os passos, cheguei a ouvia ela de longe a me chamar.Todavia não tinha mais nada a ser dito, palavras não justificariam a cena que presenciei. Ninguém me contou, eu vi aquela cena patética.
-Laura...espera...precisamos conversar...não é o que você está pensando…
-Vai para o inferno, Ana...me esquece!-gritei
Quando percebi que estava próxima do portão de entrada da faculdade, sai correndo. .Não sei como conseguir atravessar a rua, atravessei correndo sem me importar com os carros buzinando. Cheguei a mandar uns para casa do carvalho...tamanha era minha raiva.
Abri de qualquer jeito meu carro e quando ia dar a partida, Ana abriu a porta do carro chorando. Até aquele momento, por maior que fosse minha decepção não tinha derramado uma lágrima sequer por ela...ela não merecia!
-Me deixa explicar o que você viu...por favor, me ouve! -Sai do meu carro...estava com muita raiva e o que menos queria era vê-la ou ouvi-la...
-Ele me beijou a força, Laura! -Hahaha...claro eu vi que ele te pegou a força...neste momento virei para ela e pode perceber a raiva em meu olhar
-Não faz isso com agente...me dá a chance de me explicar...diferente de mim, ela estava nervosa
-Explicar o que? nem compromisso nós temos...todo esse tempo não passei de diversão para ti...logo não me deves explicações...não falava...gritava!
-Ele é meu ex-namorado...terminamos faz tempo, não sei o que deu nele para vim hoje aqui...quando ia saindo do bloco ele estava com um buquê de rosas nas mãos e ao me vê se ajoelhou e ficou pedindo para voltarmos...como recusei ele me beijou a força...achei que por mais que nunca tivéssemos tocado no assunto namoro estivéssemos namorando...para mim começamos a namorar no dia da festa de Júlia...
-Namorando? eu e você?! essa é boa...a raiva estava dando lugar ao meu lado irônico...
-Não conhecia este seu lado debochado...
-Já ouvi aquela frase: ninguém conhece ninguém?! pois bem...não conhecias a mim e eu a ti...estamos quite, MINHA QUERIDA...queria machucá-la com palavras, queria que ela sentisse o que estava sentindo...
-Estou sendo sincera, acredite em mim...estava com um tom de voz suplicante...
Pedi que ela saísse do carro, do jeito que estava não adiantaria em nada o que ela falasse. Precisava ficar sozinha. A contra-gosto atendeu meu pedido..Nem bem ela saiu e arranquei com o carro. Minha vontade era de sumir. Liguei para Júlia, mas ela estava no hospital. Juliana estava viajando a serviço. Fiquei rodando um tempo de carro pela cidade. Parei apenas para avisar Márcia de que não voltaria aquele dia para a empresa e que só entrassem em contato comigo se fosse algo de vida ou morte, do contrário ou esperavam o dia seguinte ou procurassem Roberto. Desliguei o celular e fui para casa. Somente, em casa foi que chorei. Chorar para mim na frente de alguém sempre foi uma demonstração de fraqueza. Entretanto, sozinha em minha casa, me joguei na cama e chorei até adormecer. Tinha um gosto amargo de fel na boca...se chamava: decepção!
Fim do capítulo
Gostaria de agradecer a quem está acompanhando meu conto, agradecer a quem deixa seu comentário...mto obrigada,de coração
Claro não poderia deixar de agradecer ao site,que gentilmente me acolheu,mto obrigada também!
Boa semana a todas..
Bjs
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HelOliveira
Em: 24/09/2019
Ciúmes, raiva nada bom, nesse momentos não raciocína e só pensa em magoar para se defender.
Vamos esperar para ver o que Laura vai fazer depois se acalmar.
Quero mais
Bjos até o proximo
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