Capitulo 32
- Sam.
- Deixei Mel chorar tudo que podia fiquei segurando sua mão e a mesma deixa sua cabeça no meu colo e começo alisar seus cabelos e algumas horas depois percebo que sua respiração ficou cadenciada e a mesma dormia, fico olhando o belo rosto de minha esposa e sinto uma dor tremenda, por também ser a causa daquela dor, fico olhando-a e em meus pensamentos me levam ao começo da descoberta daquele amor, creio que começou após a festa do baile, fiquei com ciúmes de Mel com Marina, mas fazia de tudo para arrancar aquele sentimento dentro do meu peito.
- No dia do meu casamento quando Mel me deu um selinho sentir como se meu coração fosse sair da boca, desejei ficar presa para sempre naqueles braços e com ela, mas minha cabeça não admitia que pudesse sentir algo assim por minha melhor amiga e se ela não me correspondesse preferir fingir que nada daquilo tinha acontecido e seguir com minha vida, casar com Diego e formar uma família com nosso bebê, apesar de dúvidas amava Diego, somente queria uma desculpa para me convencer do que estava sentindo por Mel era algo passageiro.
- Mas a realidade era outra e somente vir a perceber isso anos mais tarde casou com Diego foi feliz não posso negar meu maior orgulho foi Carol é o melhor de nós dois, amo minha filha de todo o meu coração, os anos de casamento fizeram com que Diego e eu fossemos mais amigos do que marido e mulher, não queria admitir que perdemos aquele encanto e quando Mel me falou que Diego estava me traindo, foi um baque ao meu ego,fiquei chateada e acabei novamente descontando minha frustração em Mel que acabou se afastando a única coisa que ainda fazia com que Mel e eu mantivemos contato era Carol, como Mel estava trabalhando na editora em outro pais acabamos nós afastando durante alguns anos e a mesma acabou noivando com Paola, já noivas encontrei com Paola em um evento beneficente estava sozinha Mel estava a caminho, ela pediu para conversar comigo em particular e sem nem ao menos esperar ela fala:
- Samantha, preciso conversar contigo.
- Pode falar?
-É sobre Mel.
- Aconteceu alguma coisa com ela?
- Não, ela está bem e está a caminho.
- Então o que quer falar sobre ela?
- Na verdade é sobre o sentimento que ambas tem uma pela outra.
- O que está falando?
- Sei que ama a Mel, apenas não se deu conta do sentimento bonito que ambas sentem uma pela outra.
- Tento desviar o assunto: - Claro que não a amo como mulher e sim como uma amiga muito querida.
- Pode enganar a si mesma, mas não a mim.
- Ela te ama Paola.
- Sei que ela me ama, mas não como sempre te amou.
- Ela me ama como uma amiga se é que somos ainda.
- Pare de se enganar Samantha.
- É a verdade Paola.
- Quando dou a conversa por encerrada e vou saindo da sala, Paola puxa meu braço e fala: - Não vou deixar de lutar pelo amor da Mel a amo, mas sei que o coração dela nunca será somente meu, pois ela te ama e talvez esteja a espera que perceba isso e fiquem juntas, mas isso somente acontecerá quando permite aceitar esse amor.
-Se realmente a amasse já teria perdido para você ela te ama também.
- Se realmente poderem ficar juntas, abandono Mel e deixo o caminho para serem felizes, pois quem ama quer ver o outro feliz mesmo não sendo com você, não vou dizer que isso não me destruiria, mas o tempo cura todas as dores.
- Preciso admitir que faz bem a Mel, ela passou por muitas coisas nessa vida e muitas foram tristes e somente quero vê-la feliz e se for com você compreenderei.
- Pense no que te falei Samantha ainda a tempo para você agir, pois quero me casar com Mel e vou pedi-la em casamento.
- Eu não amo ela dessa forma que está dizendo.
- Quanto mais se enganar, mas sofrimento vai causar a si própria.
- Obrigada, mas dos meus sentimentos tenho domínio.
- Se está dizendo espero que não se arrependa das suas escolhas.
- Obrigada, mas preciso ir. – Saio da sala me sentindo péssima já estava indo embora, quando vejo Mel entrando ela estava linda em um vestido longo vermelho com um decote e uma fenda na frente os cabelos arrumados em um coque e nos lábios um batom vermelho que realçava os lábios carnudos, sente uma palpitação no coração e um desejo louco de se apossar daquela boca. - Vejo a mesma procurar alguém com os olhos e deduzo que era Paola quando vejo a mesma saindo da sala e Mel a vendo sua expressão demonstra amor, me sinto péssima e meu coração se entristece e quando Mel a beija tento virar o rosto, percebo que as duas seguem para a parte isolada da festa sorrindo e acabo indo atrás.
- Você está linda meu amor?
- Não, esse vestido ficou perfeito no seu corpo.
- Tenho uma namorada com um ótimo gosto.
- Tem que ser para não perdemos o nosso amor.
- Será que posso te beijar.
- Ainda pergunta, estou ansiando isso desde que subir naquele avião.
- E as duas se beijam e observando aquela cena lembro-me do meu primeiro beijo com Mel foi apenas um selinho, queria sentir o que era ser beijada por ela não aguentando ver aquela cena saio sem ser percebida e vou para casa e encontro-a toda escura e um envelope em cima da mesa, quando abro encontra os papeis do divorcio e começo a chorar o como minha vida tinha mudado.
- Sou tirada de meus antigos pensamentos quando Mel se mexe e começa a falar coisas sem nexos como se estivesse sonhando, com cuidado para não acordá-la resolvo sair do sofá para pegar um coberto.
- Quando chego ao quarto pego um coberto e um travesseiro e deito ao seu lado no sofá apesar de ser pequeno era confortável quando se aproximo de Mel ela se aninha em meus braços e coloca sua cabeça, próximo ao meu pescoço e uma perna sobre a minha nessa posição não tinha como mexer muito fico feliz que apesar de tudo minha esposa ainda procura abrigo em meus braços.
- Mel.
- Acordo com Sam dormindo ao meu lado no sofá, fico sem reação tentando atualizar onde estava minha cabeça parecia que pesava toneladas e então as lembranças surgem em minha cabeça estava no hospital com Diego, quando descobre que Paulo tinha morrido e Sam tinha chegado com Carol, tenho certeza que Diego deve, te-las avisado do que aconteceu, fico olhando Sam que dormia tão relaxada e penso o quanto queria que ela estivesse ao meu lado nesse momento, por completo como antes de tudo acontecer era e decido sair do sofá sem acordá-la já que era quase impossível, pois uma de suas pernas estava sobre a minha, sua cabeça estava em meu ombro o máximo que conseguia mexer era levantar o pescoço, não queria acordá-la, mas era necessário.
- Querida, acorda.
- Hum, amor me deixa dormir mais um pouco.
- Mel sorriu, mas realmente precisava passar em casa se trocar e arrumar as coisas para o velório do Paulo.
- Sam, tenho que se levantar.
- Ta bom, amor.
- Sam se levanta e senta no sofá e fico observando e de repente ela virá com uma expressão de amor e cuidado que há muito tempo não via em minha esposa e a mesma toca em meu rosto e fala:
- Como está se sentindo?
- Acho que não tem explicação para todos os sentimentos que estou tendo neste momento, mas a única coisa que sei e que preciso ser forte.
- Lembre-se que sempre estarei ao seu lado para qualquer coisa e ela pega a minha mão e leva os aos lábios em um beijo cálido.
- Obrigada, mas realmente preciso ir.
- Quer que te deixe lá.
- Não, primeiro vou passar no apartamento tomar um banho e vestir algo.
- Acho melhor se trocar aqui ainda ficou algumas roupas suas e além do que pode vestir algo meu temos quase o mesmo corpo o que difere e a altura.
- Acho melhor ir para casa.
- Aqui é sua casa Mel.
-Estou se referindo a que estou morando.
- Mel fica aqui toma banho e vamos juntas.
- Sam, eu acho .
- Não tem que achar nada, toma banho se arruma e vamos, enquanto toma banho vou me arrumar também.
- Realmente não quero impor minha presença a você.
- Deixa de ser orgulhosa Melinda, estou fazendo o que faria por qualquer pessoa que precisava de apoio.
- Obrigada.
- Sam percebe que tinha falado besteira e quando tenta se desculpar, Mel fala: - Ok, vou subir, mas uma vez obrigada.
- Sam fica vendo Mel subir as escadas e escuta o som da porta batendo do quarto.
- Droga Sam, por que sempre estraga tudo com a Mel.
- Mel.
- Chego ao quarto com as palavras de Sam em minha mente. – Faria isso por qualquer pessoa que precisa de apoio, preciso lembrar que a mulher por quem cansei não está mais lá e não deixar essas palavras entrarem em meu coração.
- Entrar naquele quarto sempre me trazia recordações boas do tempo que meu casamento era tão cheio de amor, companheirismo, compreensão, lealdade, desejo e tensão, e, hoje em dia somente restou foi meu amor e as lembranças apagadas de Sam.
- Meus pensamentos são invadidos por lembranças do começo de meu namoro com Sam, demorou para começarmos a namorar, após nós beijamos evitei novamente Sam com medo dela somente está confundindo amizade com algo mais e mesmo com minha indiferença ela sempre ligava , semanas depois tinha um lançamento de um livro de uma nova autora que por sinal vivia me paquerando e sempre evitavam, pois depois da morte de Paola e da minha filha não sentia vontade de se envolver com ninguém minha vida ultimamente era somente trabalho e casa, mas de última hora por insistência de Carol decide comparecer ao evento e foi bom falei com as pessoas e em determinado momento da noite, decide ir lá fora para se afastar um pouco de todo aquele barulho, quando escuto aquele tom de voz que faz meu coração bater mais acelerado.
- Boa noite, Melinda. Finalmente te encontrei.
- Quando me viro encontro o olhar de Sam me analisando.
- Que surpresa vê-la aqui.
- Foi convidada por Carol.
- E onde ela está que não encontrei com a mesma?
- Deve está se divertindo.
- Tem que aproveitar a vida.
- Pois é ela é única.
- Vou indo.
- Precisamos conversar.
- Sobre o que Sam?
- Sobre nós.
- Quando ia responder Cláudia a tal autora que estava dando em cima de mim aparece.
- Estão precisando de você.
- Deixa eu te apresentar essa é Cláudia Toledo nossa nova autora e essa é Samantha Roberts minha amiga.
- Prazer em conhecê-la.
- O prazer é todo meu. – Observo as duas apertando as mãos e percebo o olhar mortal de Sam estava mostrando para a minha pessoa.
- Tento desviar e peço licença e vou embora com Cláudia.
- Já no salão fico próximo a Cláudia que não me largava um minuto sequer de longe observava o olhar nada amistoso de Sam em nossa direção e sempre que procurava seu olhar encontrava em determinado da noite, já cansada pede desculpas a Cláudia e decidir ir embora, tentei procurar Carol e Sam e não encontrei acreditei que ambas tinham ido embora.
- Peguei meu carro e foi para casa assim que entro em casa tiro minhas sandálias e deito no sofá e fico pensando nós caminhos que a vida tem seguido e acabo com meus pensamentos voltando para Sam como sempre parecia que ela nunca iria sair do meu coração, precisava esquecer e viver a minha vida. – Estou com esse sentimento na cabeça quando escuto a campanhia tocando e penso: - Quem será que entrou e não foi autorizado, fico receosa de abrir a porta, mas mesmo assim abro e qual não é minha surpresa e encontrar a dona dos meus pensamentos e minha porta.
- Posso entrar.
- Fico tão sem reação que nem abro espaço para entra.
- Será que posso entrar para conversarmos?
- Acho que falamos tudo o que tínhamos para conversar em nossa última conversa.
- Prometo que essa será nossa última conversa, mas preciso que mim escute.
- E o que seria de tão importante assim.
- Teria como entrar para termos essa conversa dentro da sua casa.
- Desculpe. – Abro espaço e Sam entra em minha casa e peço para a mesma sentar no sofá, assim que a mesma senta fico esperando ela falar alguma coisa, como não falava nada.
- Então o que tanto deseja falar?
- Estou tentando reunir coragem.
- Deve ser algo grave.
- Sim, isso determinará toda a nossa história.
- Estou ficando preocupada.
- Eu te amo Melinda Campbell.
- Como é?
- Isso mesmo que ouviu eu te amo como nunca amei ninguém nessa vida, foi idiota suficiente para te perder e medrosa ao extremo para enfrentar a minha família e o preconceito, mas agora percebo que sou infeliz sem você, sua presença me sinto perdida, preciso de você como ar que respiro, quero dormir e acordar todos os dias com minha luz e ser aquela que irá se apoiar na hora da dor.
- Enquanto escutava Sam falando me sentia perplexa, pois aquilo sempre foi algo que quis escutar e agora parecia em um sonho.
- Mel está me ouvindo.
- Sim,estou apenas chocada com toda essa declaração.
- Você ainda me ama?
Fim do capítulo
Boa Noite,queridas leitoras.
Primeiramente quero me desculpar por essa ausência estava sem inspiração e meia tristonha, mas resolve escrever para arrancar essa sensação e aqui estou.Espero que aquelas que me acompanham nessa jornada não tenham desistido, pois falta pouco para nossas protagonistas serem felizes sem ter tanta gente atrapalhando.
Desculpem qualquer erro de ortográfia e desejo a todas uma ótima semana,beijos.
Comentar este capítulo:
Anny Grazielly
Em: 28/01/2020
Ebaaaaa.... que bom que voltou e que bom que logo elas vao ser plenamente felizes... quero muito um momento fofinho entre elas... mas Sam eh muito doida... Afff... tinha que falar logo que ja ta recuperou a memória...
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]