- Mel

 

- Depois do telefonema estranho que recebe fico pensativa e já ia começar a trabalhar quando recebo uma mensagem de Diego me convidando para jantar, como estava cansada pensei em declinar o convite,mas hoje não queria ficar sozinha estava com uma sensação estranha e nada melhor como conversar com amigos para desvanecer, resolvo trocar de roupa e ir a esse jantar,confirmo a minha presença e chegando ao local encontro Diego sentando saboreando uma taça de vinho.

 

- Boa Noite.

 

- Oi, Mel.

 

- Fiquei surpresa com seu convite.

 

- Amigos  convidam outros para jantarem, que mal a nisso?

 

- Sei disso, mas desde o acidente da Sam, não temos nós falando tanto.

 

- Realmente deixei vocês à vontade e se cuidando uma da outra e como está a Sam?

 

- Está melhorando.

 

- E como está o relacionamento das duas?

 

- Na mesma ela continua não se lembrando de nós duas.

 

- E como você está?

 

- Péssima ela pediu um tempo para pensar e sai de casa estou morando em meu antigo apartamento.

 

- Você voltou para lá, achei que nunca mais queria entrar lá, por causa das lembranças.

 

- As lembranças dela não são tão doloridas, aprende a lembrar delas sem sofrer tanto.

 

- Mel admiro a mulher maravilhosa que se tornou.

 

- Obrigada.- Nós vendo agora nem parece que no passado se odiávamos .

 

- Você amava a Sam e eu amava também,mas esse amor modificou com o tempo.

 

- Você a traiu.

 

- Simplesmente me apaixonei...

 

- Entendo, mas não aceito e sabe bem disso, Sam sofreu muito quando soube e acabamos se afastando por um tempo.

 

- Sim, lembro e depois acabou acontecendo àquela tragédia que vitimou a Paola e depois disso começaram um relacionamento.

 

- Eu sempre amei a Sam.

 

- Sei disso...

 

- Diego e eu ficamos conversando sobre o passado e ele fala sobre como estava o casamento com Ana que estavam querendo ter um filho.

 

- Ficamos anos conversando e nem percebemos as horas passando, quando o celular de Diego toca e ele pede licença e vai atender fico na mesa sentada,quando recebo uma mensagem informando que Paulo estava internado e o estado era grave, fico nervosa e espero Diego voltar, assim que Diego volta explico que Paulo estava no hospital e que precisava ir imediatamente.

 

- Eu te levo.

 

- Vir de carro.

 

- Te acompanho e fomos os dois para o hospital o caminho todo foi pedindo que nada de ruim acontecesse com o Paulo, pois o admirava como um pai que não tive, chegando lá sou informada que ele estava passando por uma cirurgia no coração, pois tinha chegado ao hospital com dores do peito, enquanto  Mel estava na recepção do hospital esperando notícias os médicos lutavam bravamente para trazer de volta Paulo, pois tinha chegado ao hospital com fortes dores do peito e tinha sido levado imediatamente para o centro cirúrgico onde os médicos tinham detectado as veias coronarianas obstruído a passagem do coração bombear sangue para as veias durante a cirurgiã o mesmo sofreu duas paradas na últimas os médicos não conseguiram trazê-lo de volta.

 

- Diego ele iria fazer uma cirurgiã no coração ainda essa semana, tinha ido visitá-lo alguns dias e ele aparentemente estava bem, não quero perder mais uma pessoa importante na minha vida.

 

- Ei, não fica assim vai dá tudo certo ela está em ótimas mãos.

 

- Eu acredito nisso..

 

- Algum tempo depois os médicos aparecem procurando a família de Paulo Collins.

 

- Somos nós, ele está bem doutor.

 

- Infelizmente fizemos todo o possível , mas o paciente não resistiu ao procedimento e veio a falecer, sinto por sua perca.

 

- Mel começa a chorar desesperadamente.

 

- Não, Diego..- Ele não merecia isso...

 

- Diego tentava acalmar Mel, mas ele chorava sem parar.

 

- Diego ofereceu seu ombro para que sua amiga chorasse, mas depois de um tempo ela se acalma e ele começa fazer os procedimentos necessários como Mel não estava com cabeça para nada, resolve organizar tudo, mas decide pedir ajuda a Carol que sempre estava presente tanto com Mel como também com Paulo.

 

- Carol acorda com o celular tocando atende sem nem ao menos olhar quem estava ligando.

 

- Alô.

 

- Carol.

 

- Pai, aconteceu alguma coisa?

 

- Sim.

 

- Júlia que dormia agarrada a Carol se mexe e a mesma tenta sair da cama sem acordá-la.

 

- Já do lado de fora Carol pergunta ao pai o que tinha acontecido, quando Diego fala lágrimas escorrem dos olhos de Carol e a mesma pensa imediatamente em Mel e como ela deveria está sofrendo, decide ir para o hospital ver sua tia e apoiá-la nesse momento, antes de ir decide ligar para sua mãe e informa - lá mesmo a outra podendo reconhecer Paulo, mas sua mãe poderia acalmar sua tia.

 

- Enquanto entrava no quarto para pegar uma roupa sem acordar Júlia que estava dormindo, Carol ainda para admirar sua namorada e seu coração enche de alegria por te-la em sua vida, amava ela demais e não sabia como tinha demorado tanto para admitir seus sentimentos, já trocada de roupa sai da cama e deixa um recado para Júlia informando que assim que acordasse ligasse para ela. Já em seu carro liga para sua mãe a ligação cai e continua insistindo depois do quarto toque sua mãe atende.

 

- Carol. – Você está bem?

 

- Mãe, aconteceu uma coisa.

 

- Imediatamente Sam se senta na cama e acende o abaju ao lado de seu criado mudo.

 

- Foi com você ou com Mel?

 

- Não, estou bem foi com a tia Mel.

 

- Como assim? – Ela está bem?

 

- Ela está no hospital .

 

- O que aconteceu com ela,Sam fala com lágrimas nos olhos.

 

- Uma pessoa que ela gosta muito veio a óbito e ela está precisando de todo o nosso carinho e amor. – Gostaria de saber se a senhora me acompanharia ao hospital para ficarmos com ela?

 

- Vou me arrumar, passe aqui e estarei pronta em dez minutos.

 

- Estou a caminho mãe.

 

- Estarei a sua espera. – Assim que desliga a ligação Sam começa a procurar algo para vestir, mas sem tirar um momento sequer Mel de sua cabeça.

 

-Enquanto isso Diego estava resolvendo a papelada Mel estava sentada na cadeira de cabeça baixa e chorando.

 

- Assim que Carol chega à casa de sua mãe a mesma estava sentada na varanda esperando.

 

- Filha.

 

- Mãe,vamos.

 

- Sim.

 

- Mãe, desculpe te acordar.

 

- Carol não se preocupe a Mel precisa de apoio e quem foi a pessoa que veio a óbito?

 

- Não sei se lembra do Paulo o dono da editora que eu e tia Mel trabalhamos.

 

- Lembro sim, Mel deve está arrasada.

 

- Deve está mesmo tia Mel admira e ama Paulo como se fosse um pai.

 

- Nem quero imaginar como ela deve está se sentindo.

 

- Quando enfim chegam ao hospital Carol estaciona o carro e assim que estaciona as duas vão procurar Mel e encontram a mesma sentada e Diego no celular Carol se aproxima de sua tia.

 

- Tia Mel.

 

- Mel imediatamente se levanta e abraça Carol e entre o choro fala: - Ele morreu.

 

- Carol chora também e fala: - Vai dá tudo certo tia, estarei aqui com você.

 

- Enquanto isso Sam observava todo o carinho que sua filha sentia por Mel e agradece a Deus por ter ensinado bons ensinamentos a sua filha e queria ser ela abraçar sua esposa e acalentá-la, quando Mel se virá ver sua Sam parada e fica receosa se deve procurar o abraço de sua esposa e prefere esperar ela se aproximar, como a mesma parecia indecisa sobre o que fazer continua abraçada a Carol que a leva até Sam.

 

- Sam notando sua esposa se aproximando fica confusa sobre os sentimentos que assolavam seu coração naquele momento e resolvo esperar antes de se aproximar de Mel.

 

- Sinto muito por sua perda Mel.

 

- Obrigada, Sam.

 

- Mal termina de falar e Diego se aproxima.

 

- Tudo resolvido a primeira parte está concluída, agora vamos para casa se arrumar.

 

- Oi, Sam. – Ele fala isso e beija sua ex-esposa.

 

- Vou melhorando Diego, até agora aguardo sua visita.

 

- Desculpe, querida tenho andado ocupado.

 

- Compreendo.

 

- E você cada dia mais bela.

 

- São seus olhos. – Diz isso e olha para Mel que naquele momento olhava para si com os olhos  tristes e pedindo carinho.

 

- Como Mel estava sem condições de dirigir e como estava de carro, Sam decide ir dirigindo o carro de sua esposa.

 

- Não, precisa. – Consigo levar o carro.

 

- Não estarei mais segura se fizer isso.

 

- Obrigada,então. – Assim que ambas entram no carro fica silencioso e a viagem até o apartamento de Mel e feita nesse silêncio em determinado momento quando Sam olha para Mel observa que a mesma tinha encostado a cabeça no vidro e dormia, como não queria acordá-la para perguntar aonde iria, prefere levá-la para casa de ambas.

 

- Chegando à porta de casa Sam ainda fica observando Mel e se aproxima dela e dá um selinho em seus lábios e pensa: - Meu amor vou te reconquistar e vou passar os meus dias te lembrando o quanto te amo.

 

- Mel, acorda, chegamos.

 

- Amor, acorda.

 

- Amor.

 

- Hum. Onde estamos?

 

- Te trouxe para casa não quis te acordar para saber onde preferia ficar e decidir trazê-la para nossa casa.

 

- Não, precisava, iria ficar em meu apartamento e de lá iria para casa de Paulo.

 

-Vou contigo, está sem condições no momento de fazer qualquer coisa.

 

- Obrigada, Sam.

 

- Estou aqui para ajuda - lá se assim quiser.

 

- Sam ajuda Mel a descer do carro e quando ambas se tocam sentem como se uma onda de choque passasse pelo corpo de ambas, percebendo isso Sam decide ir à frente e espera Mel que permanecia na porta de casa olhando para o nada.

 

 - Mel vamos entrar?

 

- Claro.

 

- Chegando à sala Mel se senta no sofá e fica calada, Sam aproveita e vai preparar algo para ambas tomarem, pois o dia seria longo, assim que faz chã para ambas retorna e encontra Mel na mesma posição que tinha deixado.

 

- Mel, Mel.

 

-Não entendo como cheguei até a casa onde morava simplesmente estava no piloto automático, mas a sensação que Paulo poderia acordar e aparecer na minha frente fazia em buscar forças onde não tinha, mesmo sabendo que isso não iria acontecer tentava pensar positivo, quando percebe Sam estava em minha frente oferecendo uma xícara de chã, respondo:

 

- Obrigada e sem nem ao menos esperar sinto lágrimas escorrendo em minha face e Sam me abraçando e falando:- Deixa essa dor sair, estarei aqui contigo segurando sua mão.

 

- Obrigada, Sam.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

-

Fim do capítulo