Laura estava desanimada, a última professora de português do colégio em que estudava desistiu de ensinar lá no meio do primeiro trimestre. Era seu último ano no ensino fundamental, logo mudaria para outra cidade onde faria o ensino médio. Ela era uma menina com apenas 16 anos, gostava de estudar, pois para ela era a forma de saí mais de casa, já quê seus não gostava muito que ela andasse nas casas dos outros. 

Amigos apenas familiares, o restante eram colegas da escola e mais nada.

Mesmo assim ela não se sentia infeliz, gostava de ler portanto aproveitava o máximo que lhe era permitido. Quanto a isso seus pais incentivavam, mesmo que eles se quer tivessem completado a escolaridade mínima.

***

Evelyn tinha 24 anos formada em magistério, solteira, com um filho de 2 anos,, desempregada,morava na casa dos pais, que a ajudava a criar o filho,visto quê o namorado deu no pé ao saber da gravidez. Apesar da revolta,e todas as dificuldades que sabia ter que enfrentar, ela não cogitou nem um minuto, não levar a gravidez até o fim.

***

Era fim de tarde em Candeias - Bahia:

- Filha, tenho uma notícia boa pra você. A diretora do colégio informou-me que a nova professora vai chegar semana que vem. A partir de segunda vocês voltarão a ter as aulas de português. - a mãe de Laura informou-a.

***

Enquanto isso do outro lado da cidade;

- Evelyn, conversei com o prefeito. E pedi a ele que arrumasse uma colocação pra você, e como és formada em magistério, ele me perguntou se você está disposta a trabalhar na zona rural? É que lá tem uma vaga pra ensinar português, só que você terá que morar lá,pois dará aula todos os dias,o trabalho é a noite e as aulas serão cinco por semana em cada sala. Caso aceite vá ainda hoje conversar com o secretário. - o pai de Evelyn entrou falando todo eufórico.

-- Oh pai! Que notícia boa! Mas, e o Otávio? Como vou fazer pra cuidar dele? - perguntou uma Evelyn esperançosa.

- Ué! Eu, a sua mãe e suas irmãs cuidamos dele, quando você precisa sair, então; a gente se reveza e você vai, não se preocupe.

- Se é assim então então eu vou ligar agora mesmo e acertar a entrevista.

- Não precisa filha, tinha certeza quê você iria aceitar, então já deixamos tudo agendado com o secretário de educação. É só você ir até a secretaria as 15:00 horas levando todos os documentos.

-Ah pai! Você é demais viu seu Augustinho! Por isso te amo demais. - Abraçou-o emocionada.

- Que isso filha você merece. Também te amo! - Ele disse com os olhos lacrimejantes.

***

- Ai mãe! Sério isso! Tomara que não seja uma velha chata, ou uma mal amada, como a última megera que tentou nos ensinar no início do primeiro trimestre. Ainda bem que desistiu. - a senhora riu com o desabafo da fiha.

A segunda feira a noite chegou. No colégio todos os alunos ansiosos com a chegada da nova professora. E Laura então,estava uma pilha de nervos. As primeiras duas aulas eram de português.

Todos na sala sentados,na espectativa porta fechada para aumentar a emoção. Laura não sabia porque, mas sentia um friozinho na barriga.

De repente a porta se abre e uma mulher, morena, cabelos pretos quase lisos entra e cumprimenta com um sonoro:

- Boa noite! Meu nome é Evelyn, sou a vossa nova professora de português...

Fim do capítulo