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Paint it Black por Mabes Okada

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Palavras: 2060
Acessos: 2009   |  Postado em: 09/01/2020

Notas iniciais:

.

Into the Sun

Entrei em nossa sala carregando um saco do taco bell. Coloquei as bebidas em cima da mesa e peguei meu burrito. Dei uma dentada.

- Acho bom comer- Falei com a boca cheia. - Se você não quiser eu como para você.

Dante fingiu não escutar. Ainda olhando fixamente  para o computador, esticou a mão e pegou sua coca. Sorveu o líquido, antes de apalpar o saco e desembrulhar seu taco. Mordeu.

- O que você está fazendo? Nem cumpriu seu ritual do taco.

Esse era quase sempre o nosso almoço. Todas as vezes ele dizia que deveríamos comer comida de verdade, que isso tinha tanta gordura e conservante que morreríamos cedo. Eu pelo contrário dizia que tinha tanto conservante que viveríamos para sempre. Fazíamos uma mini discussão onde ele discursava sobre uma alimentação saudável, e eu fingia ouvir enquanto comia o meu e o dele.

Mas hoje ele comeu sem reclamar. Sequestraram o Dante, certeza.

- Lembra que nos perguntamos como ela foi com o assassino, sem resistência? - Perguntou ignorando minha pergunta. 

Fiz que sim com a cabeça.

- Então, Will achou doces no estômago dela. Alcaçuz - Seus lábios tremeram com a menção de um sorriso. - Matt é louco por isso. Puro açúcar. Acho que, ele pode ter oferecido para ela.

Dei mais uma mordida em meu burrito, pensando.

- Para atrair, ou para evitar que gritasse?- Perguntei.

Ele tamborilou os dedos na mesa. Bebeu mais um pouco antes de continuar.

- Creio que ambos. Não seria difícil convencer uma garotinha à ir até seu carro buscar doces. Fazê -la  entrar e realmente dar o doce. Até ela se sentir ameaçada eles já estariam longe.

 Suspirei amassando a embalagem do meu burrito. Fiz uma bolinha e arremessei na lixeira.

- Teve sorte com a identidade da garota?

Ele fez que não com a cabeça.

- Comecei por parques próximos ao local onde foi desovada- Fez uma pausa me encarando- Dez parques.

Sentei ao seu lado.

- Reduza o número para os que tem caixas de areia.

Ele digitou e deu enter. Sorriu de canto.

- Dois. 

Estávamos quase lá.

- Agora reduza para chamados de desaparecimentos de crianças de 2 à 6 anos, no período de um ano- Continuei.

Digitou mais um pouco. Suspirou.

- Em Bleecker Street Playground, temos dez desaparecimentos noticiados. Que coisa horrível.

    Sim era horrível. 

- Diminua a busca para garotas loiras, 6 anos.

- Três resultados, nenhuma se parece com ela.

Soquei a mesa. MERDA!

Ele voltou a digitar.

- No segundo parque, Central Park Heckscher  Playground, temos seis desaparecimentos.

Mexeu no mouse, digitou, cruzou os dedos.

E uma foto apareceu.

Uma garotinha loira, sorrindo se materializou na tela. Havia um dente faltando na frente, os cabelos loiros emolduravam seu rosto de anjo. Os olhos de íris azuis nos encaravam divertidos.

Um nó subiu em minha garganta. Jason pigarreoou.

- Achamos- Sua voz saiu num sussurro rouco.

Elizabeth Campbell. 6 anos. Desaparecida há três dias.

O número de contato, estava abaixo da foto. Anotei-o em um pedaço de papel, juntamente com o endereço de sua residência.

Respirei fundo e encarei Dante. Seus óculos estavam na ponta  do nariz, resisti ao impulso de empurrá-los para o lugar certo. Os cabelos louros estavam maiores, bagunçados. Olheiras roxas circulavam seus olhos azuis como o mar. Quando foi a última vez que ele havia dormido?

- Eu  odeio essa parte sabe. Falar com os pais - Abaixou a cabeça suspirando. - Fico imaginando se fosse comigo.

Me coloquei de pé, apanhei minha jaqueta que descansava na cadeira, e as chaves do carro.

- Você vai pra casa tomar um banho e dormir. Eu vou falar com os pais dela. Não- Interrompi seus protestos- Vá ficar com seu marido e seu filho Dan. Se acontecer algo te ligo. Amanhã te deixo a par de tudo o que descobrir.- Enquanto falava, travei minha arma e coloquei-a nas costas.

Antes que ele tentasse me seguir ou protestar, saí de nossa sala e entrei no elevador apertando o térreo.

Encostei a cabeça no espelho e suspirei. Finalmente à havíamos achado. Lhe demos um nome, e um endereço. Traçamos a sua história até aqui.

E lhe daríamos justiça.   

 

Estacionei o carro em frente à casa na qual constava na foto de desaparecidos de Elizabeth. Era o tipo de residência que exalava o aconchego já do lado de fora. Uma cerca baixa, anões no jardim. A grama aparada. A típica casa de casais felizes que levavam seus filhos ao parque aos fins de semana, e os deixavam brincando no quintal. Uma família comum, como a minha.

Havia uma caixa de areia no centro, grande o suficiente para que uma criança pequena brincasse ali. Baldes e pazinhas ainda estavam espalhados por ali.

Atravessei a cerca, indo em direção à porta de madeira. Respirei fundo antes de tocar a campainha.

Meu coração martelava como se fosse sair do peito, o que não duvidava que fosse acontecer. Minhas mãos tremiam, e suavam. Respirei fundo tentando me acalmar, e manter a postura profissional.

A porta se abriu. Uma moça, na casa dos 30, apareceu. Usava um avental levemente sujo, com calças de moletom e uma camisa surrada. Os cabelos louros estavam presos de qualquer jeito, olheiras fundas circundavam seus olhos azuis como os da filha.  Elizabeth era uma cópia de sua mãe.

Olhei-a por uns segundos vendo à mim mesma naquele rosto. Era a visão da angústia.

Engoli em seco.

- Senhora Campbell?

- Sim? Quem gostaria?- Sua voz saiu fraca, quase um sussurro. Como se a muito não à usasse.

Respirei fundo mais uma vez. Retirei o distintivo do bolso e mostrei.

- Sophie Smith, sou da polícia de homicídios de Nova York.

Ela demorou alguns segundos para processar o que eu havia dito.

- Polícia? - Repetiu fraca.

Assenti, esperando.

Então a ficha caiu. A verdade à atingiu com a velocidade de um trator. Ela caiu no chão sentada, a cabeça entre os joelhos, o corpo se sacudindo em soluços.

Trinquei a mandíbula.

- Não, não pode ser minha Liz, não - Repetia como um mantra. Como se isso fosse trazê-la de volta.

Ajudei-a se levantar. Ela se apoiou no batente da porta.

- Eu sinto muito sra. Campbell. Mais do que imagina.

Ela assentiu vagamente sem processar o que eu tinha dito.

-Posso entrar? Preciso conversar com a senhora.

Assentiu novamente, entrando na casa. Segui-a, fechando a porta atrás de mim.

A Sra. Campbell, sentou no sofá de couro preto parecendo anestesiada. A sala era aconchegante: a televisão ligada no jornal da tarde, o tapete onde brinquedos estavam espalhados. Reparei os quadros na estante com fotos de Elizabeth ainda bebê, depois ela com um menininho de cabelos negros no colo com gorros do papai noel, em seguida por um onde os dois estavam acompanhados da mãe, que era abraçada por um homem alto de cabelos negros. O pai, eu acho.

- Seu marido?- Perguntei apontando a foto. Ela ergueu a cabeça que estava apoiada nos joelhos parecendo aérea. Me encarou por um minuto, talvez tentando assimilar o que eu disse. Concordou com a cabeça.

- Meu marido... Saiu com o Timothy. Sabe, distrair. - Balançou negativamente a cabeça. Então com um soluço alto, as lágrimas vieram. Quentes. Grandes. Sem saber o que fazer, e quebrando todo protocolo de ética no trabalho eu a abracei. Ela se aconchegou em meu peito escondendo o rosto em meu pescoço, enquanto seu corpo tremia.  A deixei chorar. A sair toda a preocupação de dias sem resposta. Da casa vazia sem sua menina, para absorver a grande dor e perda. Para a verdade à atingir.

Após alguns minutos ela se acalmou. Delicadamente saiu de meu abraço, e se levantou. Caminhou ainda trôpega para a cozinha, onde apanhou um copo e o encheu de água da torneira. Bebeu sem se virar. Pude vê-la respirar fundo antes de se sentar novamente.

-Desculpe- Murmurou envergonhada- Sei porque está aqui. No fundo sabíamos mas, a esperança sempre está ali. Nós não íamos desistir.

Fiz que sim com a cabeça. 

- Eu sou sargento da polícia de Nova York como disse- Comecei. - Achamos Elizabeth na ponte Delaware. Antes que a senhora e seu marido vão reconhecer o corpo, preciso que responda algumas perguntas tudo bem?

Ela me olhou suplicante.

Respirei fundo. Tirei o celular do bolso e coloquei no gravador.

- Eu sei que é difícil. Sou mãe também, e sua filha se parece muito com a minha. Acredite: eu quero pegar quem fez isso à ela tanto quanto vocês. Mas preciso da sua ajuda Sra. Campbell.

- Marie. Só Marie, por favor.

Bom sinal.

- Quando foi a última vez que a viu com vida, Marie ?  

Ela respirou fundo, secou as lágrimas.

- Domingo, pela tarde. Nós levamos os dois para brincar no parque não muito longe daqui. Foi uma tarde tranquila - Ela sorriu triste, nostálgica.- Almoçamos fora naquele dia, tomamos sorvete e voltamos para casa. Lizzie quis brincar um pouco no quintal, sabe antes de tomar banho e ver desenhos. Ela adorava aquele quintal. Ainda mais depois da caixa de areia.

Franzi as sobrancelhas. Algo estava errado. A não ser que...

- Sua filha não desapareceu no parque Marie?

Ela pareceu confusa.

- Não, claro que não. Bom, quando já estava começando à escurecer chamei Lizzie para entrar. Ela não respondeu. Ela sempre vinha quando chamávamos mas ela não veio. Fiquei preocupada e saí para o quintal. E ela não estava mais lá.

"Lembro de correr  e chamar por David, meu marido. Ele pegou o carro com Timothy, e saiu pelo bairro. Eu fui a pé batendo nas casas da vizinhança. Mas sem sinal dela. Depois de um tempo desistimos e acionamos a polícia. Eles também procuraram por ela, mas nenhum sinal. Desde então estamos sem respostas. Até hoje."

Assenti. Isso mudava tudo.

- A senhora conhece alguém que poderia querer fazer mal à ela? Ou contra você e seu marido? Alguma briga, amante?

- Não, ninguém.- pareceu atônita.- David e eu temos um bom casamento. Ela era adorável. Cativante. Todos amavam a Lizzie.

Suspirei. Isso complicava um pouco as coisas.

Levantei, retirei um cartão do bolso e entreguei à ela.

- Obrigado Marie, ajudou muito. Se lembrar de mais alguma coisa, qualquer coisa mesmo que pareça irrelevante, me ligue tudo bem ?

Ela se levantou e aceitou meu cartão. Caminhamos em silêncio até a porta.  

- Sargento? - Chamou.

Virei.

- Por favor Sophie.

Ela pigarreoou.

- Sophie, sei que não deveria mas eu preciso saber. Como ela...?

Respirei fundo e encarei seus olhos azuis tão parecidos com os da filha.

Era apenas adiar o momento. Ela saberia.

- Elizabeth foi violentada, e esganada. -Tentei colocar o máximo de leveza na voz. Falhei miseravelmente. O choque atravessou seu rosto, acompanhado por mais uma avalanche de lágrimas. - Acredite, o caso para nós é pessoal. Meu parceiro e eu vamos achar quem fez isso à ela.

Ela reuniu o pouco de sanidade que ainda tinha para assentir fracamente. Nos despedimos, e ela fechou a porta.

Saí pelo quintal mais uma vez, olhando-o de forma diferente.

Se Lizzie, não havia desaparecido no parque, isso aumentava nossas áreas de buscas. Nossa teoria era que: alguém à havia atraído para longe dos pais no parque, e assim feito o sequestro. Mas ela voltou pra casa. Isso aconteceu bem aqui, no quintal.

Me encaminhei para a pequena caixa de areia e agachei, pegando um punhado do conteúdo.

Era a mesma que havíamos visto no tênis e possivelmente dentro das meias. Comecei a mexer mais na areia, espalhando, cavando procurando qualquer coisa que tivesse passado aos olhos dos pais como banal. Passados alguns minutos de busca, e já frustrada por não achar nada, levantei limpando as mãos na calça. E foi quando eu vi.

Um pacote vermelho amassado jogado próximo ao portão.

As mesmas balas que Nick e Ben eram doidos.

Corri para o meu carro, e abri o porta luvas à procura de um saco de provas e uma luva. Achei apenas uma mão, e o saco depois de jogar todo o conteúdo longe.

Voltei para  o quintal e com cuidado recolhi a prova e embalei-a à vácuo.

Era um fio de esperança, mas eu ia me agarrar nele.

Voltei para meu carro, e liguei o motor. Acelerei, deixando para trás o cenário que me aterrorizaria por dias. Fixei o velocímetro que subia,  tentando fugir daquela casa, daquele caso. De mim.


Fim do capítulo

Notas finais:

.


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