Não recomendado para menores de 18 anos etc
Tomorrow
Acordei antes de Piper. O mostrador do relógio reluzia, exibindo orgulhoso 6:00 da manhã. Era a única iluminação do quarto. A casa estava silenciosa, as crianças ainda dormiam e Piper ressonava tranquilamente ao meu lado. Suas mãos estavam em minha cintura, como que para se certificar se eu dormiria a noite inteira ali, e não fugiria de madrugada para atirar em alguma coisa.
Devagar, me desvencilhei dos seus braços e levantei para um banho. Deixei a água quente cair aliviando toda a tensão em meus ombros. Suspirei cansada.
A porta do banheiro se abriu, revelando uma Piper descabelada e de roupão. Ela entreabriu o box, e deslizou devagar o roupão deixando à mostra seu corpo nu.
E que corpo meus amigos.
- Tem espaço para mais um? - Sorriu maliciosa.
- Sempre tem - Respondi sorrindo de canto.
Ela entrou embaixo da água quente e a abracei, colando nossos corpos. Ficamos assim por um tempo: só abraçadas, sentindo o calor de nossos corpos juntos enquanto a água quente lavava tudo de ruim de nós. Encostei os lábios no seu pescoço devagar, sugando algumas gotas de água que repousavam ali. Sua pele se arrepiou, ela mordeu os lábios abafando um gemido. Não pude deixar de sorrir.
Subi meus lábios até sua orelha mordendo levemente o lóbulo, deixei um suspiro em sua orelha prensando seu corpo no meu. Ela agarrou a parede.
- Sabe -Sussurrei- Ainda não nos acertamos direito. - Apertei sua bunda para dar ênfase. Um gemido fraco escapou de seus lábios.
Ela se virou encostando sua testa na minha. Sorriu maliciosa.
- Ainda estou muito brava com você- Sussurrou com a voz rouca.
Mordi seu lábio.
- Quão brava? - Sussurrei descendo as mãos pela sua coxa. Parei na virilha.
Seus dedos entraram em meu coque desfazendo-o. Não aguentei mais e desliguei o chuveiro, abri a porta do box puxando-a para fora. Sem desfazer o beijo, levantei Piper pelas coxas a prendendo em minha cintura.
- O chão..- Começou em meus lábios. Aprofundei o beijo indicando que eu não estava nem aí para o chão molhado, ou o lençol molhado quando a joguei na cama. Não estava nem aí se o mundo explodisse. A única coisa que me importava ali, foi sua gargalhada marota quando caiu na cama. O jeito que seu sorriso perdurou em seus lábios, enquanto seu polegar estava em minha boca. O jeito que puxou meu cabelo para colar de novo nossas bocas, e fazer nossas línguas dançarem devagar como à muito não faziam.
Minhas mãos subiram novamente suas coxas, apertando e abrindo suas pernas. Meus lábios deixaram os seus e traçaram caminho por seu pescoço moreno, descendo para seus seios fartos. Minha língua circulava seu mamilo, arrancando gemidos baixos que eriçavam minha pele. Desci pela sua barriga, mordendo devagar até chegar em seu monte Vênus. Mordi delicadamente, descendo para suas coxas, antes de subir e abocanhar o seu sex*. Seu gosto invadiu minha língua, seus gemidos me atingiram, suas mãos agarraram meu cabelo com força me instigando mais. Minha língua dançou por seu clit*ris antes de a penetrar por completo. Ela rebol*va em minha língua de forma urgente, quase desesperada. Seus gemidos aumentaram, até que a contração veio, e ela gozou na minha boca.
Suas mãos caíram moles em meus cabelos, o peito subia e descia rapidamente enquanto permanecia de olhos fechados. Um sorriso frouxo despontou pelos seus lábios.
Sem tirar os olhos dela, penetrei dois dedos até o fundo, fazendo suas costas se arquearem. Ela mordeu os lábios mas sem sucesso.
Subi ainda mantendo meus dedos nela, e beijei-a com urgência. Retirei e penetrei de novo, sentindo-a gem*r em meus lábios. Encarei seus olhos multicoloridos, e sorri sacana. Começei a penetrar devagar, e fui aumentando a velocidade. Ela gemia alto, seus olhos reviravam nas órbitas, suas unhas arranhavam as minhas costas. Eu chegaria ao ápice apenas por lhe dar prazer.
Quando senti que ela estava chegando, parei, agarrei seu pescoço fazendo com que olhasse em meus olhos. O amor, a luxúria, o tesão se refletiam nos meus.
- Goz* pra mim Piper.- Sussurrei com a voz rouca voltando a meter até o fundo.
E com um gemido alto ela assim o fez.
Caiu nos travesseiros com a respiração descompassada.
- Você vai me matar- Arfou.
Sorri, deitando em seu peito. Suas mãos se enterraram em meus cabelos, acariciando os fios devagar. Fechei os olhos suspirando.
- Senti saudades - murmurou de olhos fechados.
- Eu também meu amor - Suspirei querendo que aquele minuto durasse uma vida. Que nunca acabasse.
Repentinamente ela se levantou, e ficou por cima de mim.
- O que foi? - Perguntei entre o confusa e o divertida.
Ela sorriu marota. Sentou em minha intimidade e rebolou devagar. Gemi baixinho.
- Minha vez, Sherlock- sussurrou em meu ouvido.
- Uau, isso é - Benjamin franziu as sobrancelhas- Smiths?
Ri, enquanto fechava a torneira e secava as mãos em um pano. Piper fechou a geladeira, e me beijou antes de colocar a jarra de suco à mesa.
- Sim, é Smiths, alguma objeção? - Perguntei fingindo estar brava com meu filho.
Quem respondeu foi Nichole.
- Nenhuma mamãe- Sentou a mesa colocando a mochila no chão- Quer dizer que vocês tão ok.
Coloquei panquecas no prato dos dois, e suco de laranja. Piper sentou, e a acompanhei.
Nichole sorveu com gosto seu suco do copo das princesas.
- Vocês tão ok não tão? - Perguntou Benjamin parecendo apreensivo.
Piper me olhou e sorrimos.
- Sempre estamos macaquinho- Ela respondeu bagunçando seus cabelos castanhos como os dela. Ele sorriu satisfeito.
- Ainda vamos ao parque no sábado? - Nichole perguntou enfiando um pedaço de panqueca na boca.
- Claro que vamos, eu prometi lembra ?
Ela concordou solene.
- Você vai levar fini? Dos acidos pra gente fazer careta quando comer ?- Ben tornou esperançoso.
Qual era a lógica? Eu não fazia idéia.
- Só se comerem as verduras quando chegarem- Piper falou séria.
- Claro, claro- Respondeu evasivo.
Não pude evitar de rir.
Benjamin sempre foi mais calado, um tanto irônico mesmo sendo tão pequeno, porém dotado de uma inteligência que lhe era precoce à sua idade. Aos 9 anos, seu passatempo preferido era ver ao Investigação Discovery, e dar várias opiniões em meu trabalho. Seu maior sonho era ver a foto de um cadáver. Prometi que quando ficasse mais velho lhe mostraria. Ele era excepcionalmente parecido comigo.
Já Nichole era a cópia de Piper. Falante, extrovertida, cativante. Exceto às manhãs principalmente às segundas feiras. Idêntica à mãe.
Ambos sempre sabem quando Piper quer me matar antes mesmo que eu saiba. Eles sabem que, quando estamos na cozinha tocando Smiths as coisas estão boas. Nichole é a que mais sente falta de nossos programas, o que faz com que me sinta culpada. Já Ben, parece entender mesmo tendo pouca idade.
Terminamos o café, o que não foi muito animador para Nichole, já Ben amava ir para a escola e aprender. Certa vez Nichole se pintou de canetinha e disse que estava com "camapora", sim, isso mesmo e só seria curada se ficasse na "cama".
- Eu os levo para a escola hoje, quer que eu busque?- Piper perguntou alisando meus cabelos. Ela estava em pé, as chaves do carro nas mãos, atrás de minha cadeira. Joguei a cabeça para trás.
- Queria buscar eles, mas não sei como vai ser o dia hoje. Espero que não muito longo- Suspirei. Ela beijou minha testa, em seguida meus lábios.
- Amo você, volte pra nós tudo bem?
Sorri concordando.
- Eu te amo. E sempre vou voltar.
E com mais um beijo ela se foi junto com um Ben apressado, e uma Nichole protestando.
E eu estava sozinha. Suspirei.
Peguei o celular e disquei o número de Jason.
- Você me ligando? Tudo bem?
Revirei os olhos.
- Mais do que bem- Sorri lembrando de como acordamos essa manhã.
Ele ficou em silêncio.
- Eca você transou, ao menos está de bom humor! Onde você está?
Não pude deixar de rir.
- Só não o estrague Grace. Ainda estou em casa. Vamos ver Will?
Ele pareceu pensar.
-Claro, claro. Encontro você no necrotério então. Me traga donnuts, obrigado de nada.
- Não vou levar porr*..
A ligação caiu. Filho da puta.
Levantei, tirando minha jaqueta da cadeira e pegando as chaves do carro no caminho. Tranquei a porta e desci para a garagem. Por um momento apreciei o silêncio, a paz momentânea que ele trazia. Sem sirenes, sem corpos, sem assassinos loucos. Apenas eu, e o nada. Eu e o tudo.
Não há arauto mais perfeito da alegria do que o silêncio. Eu me sentiria, pouco feliz fosse possível dizer a que ponto o sou.
Fim do capítulo
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