• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Paint it Black
  • Home

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,495
Palavras: 51,977,381
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entrelinhas da Diferença
    Entrelinhas da Diferença
    Por MalluBlues
  • A CUIDADORA
    A CUIDADORA
    Por Solitudine

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Lembranças Esquecidas
    Lembranças Esquecidas
    Por Ka_fornari
  • Elas
    Elas que se amem
    Por Meiryan

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Paint it Black por Mabes Okada

Ver comentários: 0

Ver lista de capítulos

Palavras: 2104
Acessos: 672   |  Postado em: 09/01/2020

Notas iniciais:

Alô galera de caubói!

eu demorei um pouco mais do que esperava pra voltar e atualizar e peço mil desculpas à quem está lendo

Mas vamos lá, agradeço à cada visualização e a cada comentário. Vocês são demais!

 

Home

Permaneci na mesa estática, sem mover um músculo. Mesmo minha cerveja tendo acabado. Mesmo após Dan beijar meu rosto desejando boa sorte, e sair porta afora. Permaneci ali. Parada. Minha mente estava um turbilhão e eu um caco.

 

Temia voltar para casa. O que poderia me esperar e o que poderia sair daquela discussão. Piper e eu em nove anos, nunca havíamos discutido dessa forma. Apenas brigas bobas, como porque eu insistia em deixar minhas chaves em cima da mesa quando existia um chaveiro, ou porque ela não conseguia tirar a toalha de cima da cama.

 

Tínhamos uma regra muito séria, que seguía-mos à todo custo: Não falar palavrões perto das crianças (sempre que possível) e acima de tudo não discutir na frente delas. Se Piper o fez, mesmo que por telefone, isso já me assustava. Queria bater minha cabeça na mesa polida à minha frente, até que a minha massa encefálica estivesse grudada na mesma. Tudo estava se repetindo. Era mais do mesmo.

 

Com muito custo levantei, provocando um ruído da cadeira raspando o chão encerado. Deixei 40 dólares na mesa e saí para o dia ensolarado.

 

Uma das coisas que mais amava, eram as tardes de outono de Manhatan. O sol estava lá, com aquele céu azul de fundo, e o vento cortante levantando meus cabelos, e gelando meu rosto. Era libertador.

 

Entrei em meu carro dando a partida. Dirigi calmamente pelas ruas de Nova York àquela hora vazias. Uma pena. Torci para pegar um trânsito. Nada.

 

Quinze minutos me levaram até nossa casa. Um pouco afastada de meu antigo apartamento, porém com uma boa localização na cidade grande,  não era uma mansão, era simples, com um gramado bem cuidado por mim e Ben, onde gnomos davam oi às visitas. As paredes brancas reluziam no sol outonal, dando a impressão de que brilhavam. Ao lado, outras casas seguiam a rua onde vizinhos nos davam bom dia, e crianças andavam de bicicleta aproveitando o verão. Hoje a rua estava vazia. Todos em suas casas curtindo o frio embaixo das cobertas.

 

Apertei o botão em minha chave fazendo o portão da garagem se erguer. Estacionei ao lado do carro de Piper.

 

Desci. Respirei fundo antes de subir os degraus que me levariam à sala.

 

Ben estava vendo desenho, com bud no seu colo. Nichole dormia a sono solto no outro sofá, alheia à terceira guerra mundial que aconteceria ali. Assim que ouviu passos na escada virou imediatamente e me recepcionou com um sorriso enorme.

 

Deu um pulo do sofá derrubando bud que latiu. Correu e abraçou minha cintura apertado.

 

- Você voltou!- Falou feliz me apertando. - Achei que não voltava hoje mamãe.

 

Meus olhos marejaram. Trinquei a mandíbula.

 

- Eu disse que voltaria. Ainda estou de folga né? - Acariciei seus cabelos cor de chocolate. 

 

- Podemos jogar video game ? - Deu um sorriso, mostrando uma janelinha nos dentes da frente.

 

 -Claro macaquinho, logo logo.- Ele se afastou sorrindo.

 

- Onde está a mamãe? - Perguntei receosa.

 

Ele se sentou o sofá, e pegou o controle antes de responder.

 

- Na cozinha, fazendo o jantar.

 

Dei um beijo em sua testa e me encaminhei para lá. O cheiro de sua comida era maravilhosa. Piper mexia distraidamente em uma panela, cantarolando baixinho.

 

Eu tinha três opções:

 

a) chegar gritando 

 

b) fingir que nada havia acontecido

 

c) anterior

 

Venci a pequena distância que nos separava, e abracei-a por trás. Ela se enrijeceu. Beijei seu pescoço fazendo-a relaxar.

 

- Que cheiro bom- Murmurei no seu ouvido.

 

- Frango grelhado com legumes- Respondeu secamente.

 

- Não falei da comida meu amor- tornei.

 

À contragosto ela sorriu.

 

- Ainda estou brava com você. E não é pouco.

 

Desliguei o fogo e virei-a para mim.

 

- Senta ali, vamos conversar sobre isso agora.

 

Ela ergueu as sobrancelhas incrédula. Eu amava essa carinha.

 

- Preciso terminar o jantar. As crianças estão com fome.

 

- Elas conseguem aguentar um pouco, Nichole ainda está dormindo.- Arrastei uma cadeira- Vamos, senta.

 

Ela sentou de cara fechada. Peguei duas cervejas na geladeira, e encostei a porta da cozinha.

 

Abri as duas e passei uma para ela.

 

Sentei.

 

- Vamos, pode começar. - Bebi um gole.

 

Ela respirou fundo fazendo o mesmo.

 

- Não tem muito o que falar Phie. - Falou bebendo um gole. 

 

Ao menos não estava me chamando pelo nome. Bom sinal.

 

- Você parecia ter muito à dizer pelo telefone - Cruzei as pernas.

 

Ela respirou fundo.

 

- Só... Pensa um pouco em nós. Sentimos a sua falta aqui. As crianças estão crescendo sem você. Tenho meu trabalho também, mas mesmo assim sei minhas prioridades.

 

- Piper você é a dona do seu trabalho. Eu não. Eu não mando no meu horário e você sabe como são as investigações. Você sabia que seria assim.

 

Ela respirou fundo.

 

- Não desse jeito. Você estava de folga e saiu correndo assim que Dante te ligou. Raphael está cansado também. Math chora para dormir a noite. A questão é que não é só a falta. Nunca sabemos quando vocês voltarão. Vamos dormir temendo que o telefone toque e..- Ela respirou fundo. As mãos tremiam. - Não quero perder você. Já estou perdendo aos poucos. Seu trabalho está te tirando de nós.

 

Permaneci de cabeça baixa, sentindo o peso daquelas palavras. Quantas vezes voltei para casa machucada? 

 

Virei minha cerveja em silêncio. Seus olhos me seguiam, aflitos aguardando uma resposta.

 

- Eu não estou em pé de igualdade para te contradizer, ou até barganhar com você. Não tenho esse direito. Você tem razão Pipes, sempre teve. Eu quero que me desculpe, por tudo. Mas peço que entenda. O caso que pegamos hoje é, e será um dos mais difíceis de nossa carreira. E vai sugar um tempo anormal de nós. Eu prometo, que assim que resolvermos, vou equilibrar o trabalho. Nem que eu saia da Polícia para isso.

 

Ela me encarou com os olhos marejados.

 

- Você não vai largar o que ama fazer por mim, ou pelos nossos filhos. Sei que consegue equilibrar os dois Annie, se largar a polícia vai trabalhar com o quê?

 

Dei de ombros.

 

- Posso vender arte na praia.

 

- Aqui não tem nem praia Annie.

 

Sorri.

 

- Vou dar um jeito, sempre damos.

 

- Sim, sempre damos.- Coçou a cabeça- O que tem de tão especial nesse caso? Que é mais complicado que o caso Marte?

 

Bebi mais um gole, tentando tirar da mente as imagens de mais cedo.

 


 


 

- Estamos perseguindo um possível seriall killer. - Falei devagar. - Amanhã Will nos confirmará se nossa teoria está certa - Fiz uma pausa, evitando olhá-la nos olhos.- Achamos o corpo de uma garotinha. Um ano mais velha que  Nichole.

 

Ela arregalou os olhos horrorizada.

 

-Não, eu n-não quero s-saber. - Gaguejou.

 

Suspirei.

 

- Eu disse. É complicado. Muito. Não conheço muito sobre o assunto, e Jason também não. Então por favor, seja compreensiva. Apenas essa vez.

 

Ela me encarou. Seus olhos de  caleidoscópio giravam grudados nos meus. Nunca conseguia me concentrar na cor deles. Ora azuis. Ora verdes. Violeta. Era um centro gravitacional, que me impelia a ficar ali.  Suas mãos tocaram as minhas, e as apertaram levemente.

 

- Só... Prometa voltar para casa. Todos os dias.

 

Sorri torto.

 

- Acha que não voltaria? Você cozinha bem demais.

 

Ela bufou.

 

- É sério. Por favor. Prometa.

 

- Eu prometo Pipes. - Ergui uma mão.- Palavra de escoteiro.

 

Ela revirou os olhos.

 

- Você nunca foi escoteira.

 

- Eu sei - Ri- Vem aqui.

 

Fiquei em pé e puxei-a para mim, abraçando-a apertado. Suas mãos se enterraram em meus cabelos acariciando meu couro cabeludo. Suspirei relaxada. Quanto tempo não sentia seu toque? Não permitia com que seus carinhos me acalmassem?

 

- Eu preciso de você. Você é a minha base. A nossa base. Não nos permita cair.- Sussurrou.

 

Beijei seu pescoço.

 

- Nunca.- Respondi.

 

Ela sorriu aliviada.

 

- Ei - Sussurrei em seu ouvido- Se formos rápido lá pra cima, conseguimos fazer mais uns dois filhos.

 

Ela se afastou rindo.

 

- Disso que senti saudades.

 

Ergui as sobrancelhas.

 

- Fazer filhos? 

 

- Suas piadas infâmes. - Beijou meus lábios. - Vai tomar banho, vamos jantar como uma família decente.

 

- É pra já madame.

 

----------------------------------------------------

 

Jantamos em meio a conversas leves, risos e brincadeiras. Coisas que não fazíamos à muito tempo, e pelo visto todos sentimos falta. Engoli a culpa juntamente com meu suco de laranja.

 

- Tem uma garota na escola que está implicando comigo- Desabafou Nichole, cortando seus legumes. Comeu uma porção fazendo uma pausa para engolir. - Ela rouba meus lápis de colorir, e na aula da senhora Todd, riu de mim porque eu li errado a palavra " helicódropo"- Fez cara de brava. Incrível como era uma cópia minha com o gênio da mãe. A feição de aborrecimento era a mesma.

 

Eu ri de leve.

 

- Helicóptero filha?

 

- Sim mamãe, ela é muito chata.

 

- Porque ela implica com você meu anjo?- Perguntou Piper preocupada.

 

Ela deu de ombros.

 

- Eu não sei!

 

- Eu vou falar com ela Nick - Ben respondeu bebendo suco. Já havia acabado de comer.

 

- Filha, converse com ela. Porque não à convida para ir ao parque no sábado? Ela pode querer chamar sua atenção para ser sua amiga.- Respondi terminando minha terceira refeição.

 

- Ela não gosta de mim- Tornou triste.

 

- O que te faz pensar isso ?

 

Ela me olhou incrédula como se fosse óbvio.

 

- Filha, seu tio Jason colou chiclete no meu cabelo no terceiro ano. 

 

Eles riram gostosamente.

 

- Isso é sério? - Perguntou Piper.

 

Não pude deixar de rir.

 

- Sim, até demais. Ele me perturbava muito até o dia que o confrontei. E bom, já sabem o final.

 

Nick sorveu o resto do seu suco, no copo das princesas.

 

- Como vamos ao parque mamãe? Você vai nos levar? - Seus olhos brilhavam em expectativa.

 

Piper me olhou séria.

 

- Sim querida, vamos ao parque e depois todos tomamos sorvete - Olhei Ben que permanecia quieto.- Duplo sundae de morango?

 

Ele sorriu.

 

- Eu topo!

 

- Eu também!

 

- Então combinado!

 

Piper sorria feliz. Eu os levaria ao parque, eles mereciam isso. E eu também.

 

Após toda a euforia, nos levantamos e tiramos a mesa. Era meu dia e do Ben de cuidar das louças. Ele me passava os pratos sujos e eu colocava na máquina de louças.

 

- Vocês estão bem?- Perguntou baixinho, mesmo a irmã e a mãe ja estando no andar de cima. Sorri.

 

- Sempre estamos macaquinho.

 

- Você sobreviveu. À conversa com a mamãe.

 

Ergui uma sobrancelha encaixando os pratos na lavadoura.

 

- Sempre sobrevivo. Eu sou policial esqueceu?

 

- É mas ela dá medo.

 

Concordei com ele quanto à isso. 

 

Terminamos as louças e ele foi se deitar. Cobri ele e lhe dei um beijo na testa. Me direcionei ao quarto de Nick, e fiz o mesmo. Ela já dormia a sono solto. Parei uns segundos observando seu rostinho infantil dormindo em paz. Os cabelos louros espalhados pelo rosto enquanto ressonava tranquilamente. Me assustou o quão parecida ela era com a garotinha que havíamos encontrado e isso me deixava triste. Pensei nos pais dela, e em como estavam, pensando em como a achariam. Ou nem sequer imaginando que ela nunca voltaria para casa.

 

Chega.

 

Fechei a porta devagar e entrei no nosso quarto, deitando na cama. Abracei Piper. Ela se encostou em mim.

 

- Achei que estava dormindo- Murmurei em seus cabelos.

 

Ela se virou, me abraçando.

 

- Queria você aqui antes.

 

Sorri deixando um beijo em seus lábios. Abracei-a mais forte e acariciei seus cabelos. Antes que desse por mim, meus olhos já estavam fechados.

 

Adormeci sentindo o calor de minha esposa contra meu corpo. E em muito tempo relembrei como era bom estar em casa.

 


 


 


 


Fim do capítulo

Notas finais:

Qualquer coisa, chamem no Twitter: @indiansumm3r_


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 5 - Home:

Sem comentários

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web