Bom, Sophia chegou ao litoral com uma recepção um tanto quanto "agressiva" por parte de Daniela. Beatriz não deixou barato e respondeu a altura.
Agora vamos ver mais um pouquinho de como está sendo a estadia delas na praia...
Capitulo 23 - Conversa paralela
– O que foi que eu perdi? – Yasmin puxou a irmã de canto perguntando baixinho.
– Também quero saber, – olhou de soslaio para Daniela que ainda se mantia séria – o que quer que tenha perdido, eu também perdi.
– Como assim?
– Não faço ideia do motivo desse comportamento da Dani, ou melhor, até faço. Mas não achei que ela fosse insistir nisso ainda.
– Marcella?
– Exato. É possível que ela tenha dito alguma coisa a Dani, mas se ela realmente fez isso, irá se ver comigo.
– Posso saber o que vocês estão fofocando aí? – Marília se juntou a elas perguntando sorridente.
– O comportamento estranho da sua cunhada é a nossa fofoca do momento.
Yasmin respondeu fazendo a irmã lhe dirigir um olhar mais sério que o normal.
– Minha vontade era colocar ela porta a fora, mas sua irmã me impediu.
– Imaginei que estivesse querendo fazer isso mesmo quando segurei sua mão e evitei que falasse alguma coisa.
– Sua sutileza me incomoda tanto as vezes, nossa.
– Preciso saber o motivo desse comportamento da Dani, coloca-la para fora agora não seria o melhor a fazer. Além do mais, o Doug é como um irmão para mim, não o faria passar por algo do tipo.
– Nem vem com essa, Daniela é uma pessoa, Douglas é outra, eles não nasceram grudados.
– Mari, por pior que tenha sido a cena de mais cedo, a Bia tem razão. Numa situação desse tipo não tem como atingir apenas um. Você conhece seu irmão melhor que nós, sabe muito bem que ele iria com ela, dependendo da atitude que a Bia tomasse.
– Homens, aff. Quando estão apaixonados parece que param de pensar com seus próprios cérebros.
– Bom, eu diria que não são apenas os homens que se comportam assim. – Yasmim desafiou a irmã com o olhar.
– Nem vem, me tira dessa. Esse papinho de vocês está ficando bem estranho por sinal. Além do mais, Marizinha, é melhor lembrar que a senhorita está apaixonadinha também, – indicou Renato, com o queixo, que conversava alegremente no outro lado da sala com Sophia e Rafael – melhor evitar o cansaço das palavras lançadas ao vento.
– Sai, nem vem. Eu sempre pensei com o meu cérebro, e não seria agora que pararia. Tá achando que estou ficando velha e besta? – gargalhou – Vai só pensando, meu bem.
– É patinha, no caso, só você foi bocó.
– Que isso, cara. Posso saber ao menos o motivo da ofensa?
– Ah, você não sabe. Deixa que eu conto, Min. – se aproximou um pouco mais da amiga, para que apenas elas escutassem o que diria a seguir: – A Marcella fez de você uma verdadeira idiota, cozinhou seu cérebro em uma panela de pressão e quando ficou bem molinho passou a manipula-lo do jeitinho que ela achava melhor.
– Que papo mais estranho, oushe.
– Pode até ser estranho agora, mas que você comia na mão daquela louca, ah, isso você comia. – Yasmin disse gargalhando.
– Vocês que estão loucas, não sei de nada disso, eu sempre fiz o que queria enquanto estive com ela.
– Tenho lá as minhas dúvidas, – Marília encarou a amiga – você pode até não lembrar, mas em alguns momentos ela já te proibiu de fazer algumas coisas.
– Do tipo?
– Sair comigo, por exemplo.
Flashback on
– Pronto, vou para a sua casa e de lá seguimos de táxi, melhor assim?
– Claro, dessa forma podemos beber sem problema.
– Sempre preocupada, que fofa. – apertou as bochechas da amiga – Mas sei o que faço.
– Beber e dirigir não é exatamente saber o que se faz – gargalhou.
– Não deixa de ser uma escolha. Agora confessa, você não pode conviver com o pensamento de eu morrer antes de você, – fez cocegas em Bia, que gargalhava inquieta – você me ama.
Essas palavras parecem ter tido força suficiente para atrair a esposa de Beatriz ao seu escritório, coisa rara de acontecer, uma vez que Marcella detestava dirigir “por aquelas bandas”, como ela mesmo costumava dizer.
Ao abrir a porta e encontrar Mari praticamente sentada sobre o colo de Bia, que arqueava o corpo tentando evitar as cocegas que a amiga, sentada na ponta de sua mesa, insistia em fazer, enfureceu-se diante da cena e revelou sua presença sem a mínima educação:
– Atrapalho alguma coisa?
Marília continuou na mesma posição em que estava, sem perder o sorriso. Já Beatriz, levantou de um pulo, passando as mãos nos cabelos longos, indo de encontro a esposa.
– Amor, que surpresa boa. – Tentou beijar seus lábios, mas a esposa virou o rosto, fazendo o beijo pegar na bochecha.
– Vim te convidar para passar a tarde comigo, mas parece que estou sobrando aqui.
– De forma alguma, a Mari veio só acertar nosso passeio de amanhã, mas já estava indo, não é Mari?
– Olá Marcella, – virou-se na direção em que a mulher estava, a olhando com desdém – você atrapalhou sim algo muito importante. – Levantou-se – Mas já que chegou, vou mesmo indo, essa sala está pequena demais para nós. – percebeu o olhar reprovador que a amiga lhe lançou, mesmo assim não se rendeu – Bom, vou indo meu bem, foi um prazer passar esse tempinho contigo, até amanhã, – deu um selinho em Bia, que ficou branca como uma folha de papel – estou ansiosa por nosso passeio.
Falou as últimas palavras encarando Marcella, que estava bufando diante do seu comportamento, sabia que o selinho poderia comprometer seu passeio com a amiga no dia seguinte, não era dada a essas coisas, fizera isso poucas vezes com a amiga na juventude, sempre para se livrar de algum moleque nas poucas festas que conseguiu arrastar Bia. Mas naquele momento sentiu uma vontade enorme de brincar com Marcella, sabia que a mulher fazia coisas piores por trás da amiga, mas aquela atitude serviria para alerta-la de que ela estava sempre de olho nela e que Beatriz não estava sozinha.
– É sempre uma satisfação te ver Marília, porque prazer, eu só sinto na cama com a minha esposa – segurou a mão de Bia, puxando para si. – Sinto dizer, mas o passeio de vocês vai ficar para outro dia, caso tenha esquecido querida, amanhã vamos jantar com meus pais.
– Mas eles desmarcaram no início da semana, por isso marquei de sair com a Mari.
Marília dirigiu um olhar de reprovação para Marcella.
– Pois é, mas minha mãe me mandou mensagem mais cedo, dizendo que estava tudo certo para amanhã, que já tinha resolvido o contratempo que tiveram, e que estariam em casa nos esperando.
– Bom, desculpa Mari, mas vamos ter que remarcar nossa saída para outro dia.
– Tudo bem Bia. Preciso ir, foi um prazer ter passado esse tempinho contigo. – Acenou com a mão, soltando um beijo no ar. – Até mais Marcella.
– Tchau, Marília.
Apesar de ter percebido o tom debochado de Marcella ao se despedir, preferiu sair dali antes que voasse no pescoço da mulher. Ela estava afastando Bia de tudo e todos, só a advogada não percebia isso.
Flashback off
– Não me recordo de nada do tipo.
– Melhor deixar isso para trás, não vale a pena ressuscitar os mortos, ainda mais uma morta daquele tipo.
– Concordo, Mari. Deixa ela lá. Estamos bem melhores sem ela na vida da patinha.
– Com vocês falando dessa forma parece até que a mulher só me fez mal, credo.
– Mas essa é a verdade, maninha. – gargalhou abraçando os ombros da irmã – Sinto dizer.
– Eu discordo, mas não cabe a mim mudar o que vocês pensam a respeito. – Yasmin e Marília a olharam intrigada, antes que perguntassem alguma coisa ela disse sorrindo: – Meu tempo com a Marcella já acabou, e antes que perguntem alguma bobagem, não, eu não quero voltar com ela. Já quis muito, – sorriu – confesso, mas agora eu percebo que tenho novos e belos capítulos da minha história para escrever – olhou para Sophia que sorria de alguma coisa dita por um dos rapazes que conversavam com ela. – Agora se me dão licença, tenho uma convidada para dar atenção. – se afastou, deixando as mulheres boquiabertas com sua atitude. Por mais diferente que estivesse, elas estavam gostando de conhecer a “nova” Beatriz.
Fim do capítulo
Bom dia, moças.
Então, editei esse capítulo no ano passado e resolvi posta-lo hoje. Tem bastante tempo que não apareço por aqui, peço que mais uma vez me desculpem por essa falta. Dessa vez não direi quando volto, não quero descumprir prazos e nem faze-las esperar por uma data que nem eu mesmo sei se poderei cumprir. Por isso, se assim quiserem, deixo aqui o meu compromisso de voltar sempre que puder, sem datas especificas e nem prazos, apenas com a certeza de terminar de postar a revisão dessa história, que para mim tem um valor inestimavel.
Um feliz inicio de ano para todas, mais uma vez muito obrigada pela paciência, compreensão e companhia sempre.
Bjo no coração de todas.
Lily Porto
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