É O QUÊ?
Nanda
— Nanda, eu tenho um pedido pra te fazer: Você tira o meu BV e me ensina a beijar?
— É O QUÊ?
Sabe quando você escuta uma coisa, mas na hora não acredita? Como se seus ouvidos estivessem te trollando? Era exatamente como eu estava me sentindo.
— Peraí, Ana Clara, eu devo ter entendido mal. Mainha sempre diz: Nandinha, cuidado com o cotonete, pode machucar os tímpanos. É... - falei balançando a cabeça - deve ser isso. - Nesse momento eu já estava em pé andando pelo quarto de um lado para o outro.
— Calma, Nanda, por favor! Senta aqui que você tá me deixando tonta. Pensa comigo: Você é minha melhor amiga, certo?
— Certo! - Concordei sentando ao seu lado.
Ela pegou as minhas mãos e me fez olhar para o seu rosto. "Caralh*, tô fudida!". Uma coisa que eu sempre tentei bloquear e fiz das tripas coração para conseguir, foi esse puta tesão que eu sempre tive nessa garota. Sim, eu disfarçava bem. Desde que eu a vi, anos atrás, naquele vestido vermelho, a minha vida virou um inferno. Foram incontáveis banhos gelados e muita siririca. "porr*, quase tive LER, aquela doença de quem faz movimentos repetitivos, tá ligado?". E isso, só para poder estar normalmente ao seu lado, ser seu travesseiro, porque ela tem a mania de dormir nos meus peitos e ficar de conchinha. E agora de uma hora para outra essa loka quer que eu faça coisas que eu só imaginei nos meus sonhos mais molhados. Fudeu, minha gente!
— Você não sente nada por mim e nem eu por você, quer dizer, só uma grande amizade, certo?
— Certo... - ERRADO! FUDEU, FUDEU, FUDEU!
"Tô fudida e mal paga". Mano do céu, como eu vou sair dessa? O pior é que ela ficava falando essas coisas agora com as mãos me segurando, enquanto eu só conseguia admirar a sua boca carnuda rosinha e pensar em como seria o gosto. Encarava a pintinha que ela tem em cima dos lábios. Ah, essa pintinha! Essa pintinha filha da puta que já tirou tantas vezes meu sono. A minha garganta estava cada vez mais seca e sentia o meu sex* latejar. "Fernanda, se controla, caralh*! Ficou quente aqui ou é impressão?".
— Então, Nanda! - Ela continuava a falar e agora só prestava atenção em como os cabelos dela ficavam lindos em contraste com a sua pele. - Pense nisso como se fosse um experimento científico. Você a cientista e eu a cobaia! Tudo pela ciência!
— Tá... quem sabe... - falei tentando me esquivar, precisava urgentemente sair daquele quarto. "Preciso de controle, ou vou agarrar essa garota e darei uma aula completa que ela vai ter mestrado e doutorado no assunto! Vou fazer barba, cabelo e bigode, como diria Mainha. Vou beijar esses lábios carnudos rosinhas de cima e os de baixo, os quais são ainda mais lindos, pelo que me lembro bem!" - Mas não vou te responder hoje, tá? Vou pensar com calma e te aviso... - FUDEU, FUDEU, FUDEU! - Vou ao banheiro rapidinho, vai servindo sorvete que eu já volto...
— OMG! Você é a melhor amiga do mundo! - Ela beijou o meu rosto me abraçando forte, o que fez com que eu sentisse os seus seios volumosos em contato com os meus.
Eu quase não consegui segurar um gemid*. Meu coração acelerou! Puta que pariu! Agora parecia que uma torneira estava aberta e qualquer coisa liberava o meu tesão reprimido. Minha bucet* latejou de uma forma que chegava quase a doer. Mais um pouquinho e eu goz*ria sem ela ter feito nada demais para isso. Apertei as minhas coxas e saí correndo. Ai... seja o que Deus quiser!
Ana Clara
"A Nanda devia estar apertada porque saiu em disparada pro banheiro". Arrumei as duas taças de sorvete e fiquei esperando. "Que demora dessa garota. Aff!". Sentei na minha cama e pensei sobre a aula. Não sabia o porquê, mas aquilo estava me deixando com uma sensação estranha, eu havia me excitado com a expectativa. "Deve ser a ansiedade! Relaxa, Ana Clara!".
Tudo bem que eu seja virgem, nunca tenha beijado e não saiba muito bem como funciona tudo na prática. Mas não era idiota e a internet estava aí para quê, não é? E também tinha a Nanda que sempre me contou tudo sobre os seus "casinhos". Confesso que sempre fiquei excitada e por isso fazia questão de saber tudo nos mínimos detalhes. "Acho que isso é normal, né?". Até me masturbei várias vezes pensando nas histórias dela e nas cenas dos filmes que eu via (Mr. Grey é tudo de bom!). Mas o estranho é que eu nunca havia conseguido chegar ao tal do orgasm* que todo mundo falava que era o "Big O". Era bom quando eu me tocava... mas tipo... tá legal, aham e "só". Sei lá. Foi mais ou menos igual quando o Vitor fez carinhos na minha pele. Foi bom e só.
Talvez as pessoas é que sentiam demais, ou era eu que sentia de menos. Sabe-se lá. Uma hora vou perguntar para a Nanda sobre masturbação. Eu vi vídeos e, sei lá, fiz igual, mas parecia que aquelas mulheres estavam muito forçadas. Eram muitos gemid*s e gritos que não soavam reais. E a Nanda, hein? O sorvete já estava quase todo derretido.
— Ôh, Nanda, cê tá cagando? O sorvete tá derretendo! - Gritei na porta do meu banheiro.
— Uhm ... ãhn ... já tô indo... - Se passaram mais uns minutos e ela abriu a porta com a cara toda afogueada.
— Ôh, maluca, você tá bem? A panqueca te fez mal? Melhor não tomar sorvete, porque a gordura solta mais e...
— Tô bem sim, me dá aqui e bora ver o resto desse filme, antes que eu me arrependa.
Nanda
Corri para o banheiro e me deitei na banheira. Tirei a calcinha que estava extremamente molhada com a minha excitação. "Ai, Clarinha, se você soubesse o que faz comigo, nem chegava perto de mim". Molhei meus dedos na minha bucet* e comecei a fazer movimentos circulares ao redor do meu clit*ris que estava extremamente rígido e sensível, com a outra mão eu apertava o biquinho do meu seio direito, bem como eu gostava... Mordendo meu lábio inferior, sem parar o que eu estava fazendo, fechei os olhos, imaginei que eram as mãos e a boca da Ana Clara... Ah, eu não sabia como, mas eu ficava mais excitada ainda! Eu não tinha tempo. A Clarinha estava no quarto ao lado. O meu tesão estava no máximo. Passei a trincar os dentes para que os meus gemid*s não fossem ouvidos. Meus movimentos já estavam descoordenados e cada vez mais rápidos. No banheiro podia-se ouvir o barulho dos meus dedos na minha bucet* molhada, eu estava quase goz*ndo quando ouvi a voz rouca da Clarinha gritando:
— Ôh, Nanda! Tá cagando? O sorvete tá derretendo!
Para qualquer pessoa normal isso seria extremamente broxante. Mas te coloca no meu lugar. São anos de tesão reprimido e agora tinha a possibilidade de pelo menos uma parte, uma pequena parte, mesmo que apenas um beijo, seja realizada, seja extravasada, que mano... Então... eu tive um orgasm* tão intenso... que há muito tempo eu não sentia — Uhm... ah... já tô indo... - falei com a respiração entrecortada.
Levei alguns minutos até me acalmar, molhar o rosto, tentar organizar minha calcinha. Ainda bem que no banheiro da Clarinha sempre tinham alguns absorventes diários para emergências. Então, coloquei um rezando para que ela não notasse nada. Sai do banheiro e ela estava sentada na cama.
— Ôh, maluca, você tá bem? A panqueca te fez mal? Melhor não tomar sorvete, porque a gordura solta mais e... - Ana Clara perguntou preocupada. Ah, se ela soubesse o quanto eu estava bem.
— Tô bem sim, me dá aqui e bora ver o resto desse filme, antes que eu me arrependa... - tirei o sorvete da mão dela e sentei na ponta da cama. Não queria dar sorte ao azar. Já tivemos muitas emoções por hoje. Melhor ficar mais afastada até conseguir me controlar de novo. O filme continuou e o quarto permaneceu em silêncio.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
NayGomez
Em: 07/01/2020
Kkkkkkkkkkkkk mano que saudades do seus contos ,
Reler essas duas de novo me da uma nostalgia boa ... Obg por nos proporcionar contos maravilhosos.
Obs: vai ter contimuidade Lorenza e Patrícia?
Resposta do autor:
Oieeee
a Paty e Lo irão virar livro e terão cenas inéditas nele <3
Tô editando o 2 do My sunshine e ta ficando lindo!
Tem conto novo meu, confere lá, é o RED https://linktr.ee/rosesaintclairwriter
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]