O restante do pessoal curtiu aquele dia a beira do lado bastante. Para Túlio, tudo era festa e quando Helena sentou-se com ele a beira d’água ele adorou. Rubi aproveitou para tirar varias fotos de todos, adorava registrar bons momentos para serem eternizados. Safira não quis se enturmar muito e ficou quita num canto apenas curtindo uma sombra e lendo. Amélia fez deliciosos lanches para todos e depois pegou Túlio para brincar. Ela adorava aquele garoto e ele também passara a gostar muito dela.
-Agora eu vou dar um mergulho nessa lagoa linda. –Rubi falou tirando a blusinha e o short, mostrando um biquíni pra lá de pequeno e cavado. Colocou as roupas ao lado de Helena e convidou. –Bora dar um mergulho?
-Depois ruiva vá lá e aproveita. –Helena recusou educada. Quando a ruiva se virou a outra não pode deixar de ver o quanto Rubi era linda. As tatuagens cobriam o corpo inteiro bem dizer, rosas, gueixas e mandalas...com certeza aquela mulher era um pedaço de mal caminho Helena pensou a olhando entrar na água.
-Está gostando do que vê Helena. –Uma voz grossa e seria perguntou. Helena levantou a cabeça percorrendo o corpo da dona daquela voz. Ágata a encarava com a cara fechada.
-Oi? –perguntou perdida.
-Esta comendo Rubi com os olhos. –Ágata acusou e Helena se segurou para não rir da situação.
-Estou apenas admirando uma linda mulher Ágata, tem que concordar comigo que sua irmã é linda. Louquinha, mais linda. –falou rindo e a grandona fechou mais a cara.
-Está interessada nela? –perguntou direta.
-Está fazendo perguntas demais grandona, mais esta se esquecendo que não lhe devo satisfação. –respondeu grossa.
-Deixa de ser mal educada.
-E você deixa de ser intrometida. –Helena não ficou para trás.
Encararam-se por algum tempo ambas de um momento para outro bem tensas. Ágata respirou fundo tentando controlar a parte explosiva que tinha. Pegar Helena olhando para Rubi não lhe fizera nada bem. E se caso ela não tivesse interesse em si? Era só o que faltava, estava pra lá de vontade de se enfiar no meio das pernas da outra e ela ficava olhando para sua irmã, vai para puta que pariu.
-Tem interesse nela ou não? – Tornou a perguntar de forma baixa. Helena suspirou e respondeu.
-Não tenho Ágata, estava apenas admirando uma pessoa bonita sem segundas intenções entendeu. Vejo Rubi como uma irmã assim como Jade e Safira, não se preocupe que a puta aqui não tem interesse nenhum em suas irmãs. –falou com raiva.
Ágata ficou tomada pela raiva quando ela se referiu sobre si daquela maneira.
-Cale a boca Helena olha o que está falando.
-Há não vai me dizer que não esta preocupada de uma antiga puta estar rodeando suas irmãs. –falou sentida, pois interpretara assim as perguntas da grandona. Ágata se agachou ao lado dela e falou bem próxima a seu ouvido.
-De jeito nenhum, estou preocupada, pois a mulher que eu estou doidinha pra comer não para de olhar para minha irmã.
Helena a olhou com os olhos arregalados, já notara o interesse da maior sobre si, mais nunca imaginara ela lhe falando isso tão descaradamente.
-Deixa de ser indecente. –helena pediu seria.
-Por que gosto de deixar tudo às claras pra que fique bem entendido. To louca pra comer você se me der uma chance prometo que vai goz*r bem gostoso. –explicou com a voz bem rouca. –quantas vezes aguentar.
Helena sentiu o pescoço ficar quente para logo passar pro rosto. Que mulher mais desaforenta. Olhou para os lados pra ver se alguém tinha escutado mais todos estavam entretidos com suas coisas. Sem pensar duas vezes levantou uma das mãos e deu na cara da outra, não tinha sido forte, pois Ágata nem se movera.
-Posso ter sido uma puta em outro tempo, mais não sou obrigada a ouvir essas coisas de você.
-Mais que merd* Helena você é burra ou o que? Estou apenas te falando que estou a fim de você. –a grandona falou brava pelo tapa, mais não se incomodou muito não fora o primeiro que ganhara.
-E isso é jeito de fazer isso? –perguntou indignada.
-É meu jeito mais sincero de colocar as coisas bem entendidas. Não gosto de namoros, gosto de trepar e pronto, as mulheres confundem as coisas, algumas antiquadas demais achando que tudo tem que levar a namoro e sei lá mais o que, por isso falo de um jeito claro pra não ficar maus entendidos.
-Então deixa eu te explicar uma coisa pra ficar bem entendido, não quero mais trepar só por trepar, já fiz isso demais sendo obrigada pela...há você já sabe, então se não quer nada serio pode procurar outra pessoa para esclarecer pois não to afim de ser objeto sexual de mais ninguém, não vou deixar mais me usarem entendeu?
-Você continua entendendo errado...
-Não Ágata, você quem não quer entender, não vou cair nessa historia de sex* sem compromisso, pois não me interessa, quero algo serio na minha vida, prometi pra mim mesma, então não insista se gosta da vida que leva, com certeza vai encontrar mulheres que topam mais eu não. –Helena terminou de falar e se levantou de onde estava.
-Aonde vai, estou conversando com você?
-Já terminamos, vou dar um mergulho...
-Com a Rubi? –perguntou contrariada cruzando os braços.
-Sim com a Rubi, o Túlio, Amélia se ela quiser... Vai fazer alguma coisa de útil e tenta fazer Safira largar aquele livro e aproveitar o dia de sol maravilhoso que estamos tendo. –terminou e se virou deixando a maior sozinha.
Ágata apenas ficou a olhando se afastar sem nada fazer. Como iria te-la se essa danada queria namorar? Perguntava-se. Voltou-se para Safira que continuava encolhida sobre a sombra de uma arvore lendo o bendito livro. Foi em direção a ela e sem nem dar tempo a pegou no colo e foi em direção a água.
-Hei Ágata o que esta fazendo me põe no chão, vai me deixar cair. –a menor pediu assustada.
-Que nada, você num pesa nada alias tem que comer mais menina, e outra chega de livro é hora de aproveitar o dia. –falou decidida.
-O que? – não entendeu ate perceber que ela estava indo em direção a água. –não, não, para... Ágata não sei nadar... –falou desesperada.
-Então esta passando da hora de aprender chaveirinho.- chegando na beirada a jogou na água com roupa e tudo. Safira se debateu um pouco e a maior ria sem parar e foi ajudá-la. –hei pequena se acalme, olha é só ficar em pé. –mostrou pra ela que percebeu que estava num lugar raso.
-Há sua filha da mãe. –Safira disse mais logo entrou na brincadeira e começou a jogar água na irmã. Logo Helena e Rubi estavam juntas na brincadeira. Túlio e Amélia que assistiam de longe riam da diversão de crianças das mulheres adultas. Com certeza aquele dia seria lembrado.
Muito mais a tarde estavam arrumando as coisas para irem embora e se perguntavam se Valentina e Jade voltariam.
-Saíram falando que tinham esquecido algo e não voltaram, será que aconteceu alguma coisa? –Safira perguntou preocupada.
-Não se preocupe chaveirinho, aquelas duas devem é estar perdidas uma no meio das pernas da outra. –Rubi falou travessa. Helena riu do jeito de falar da outra.
-Como? –Safira não entendeu.
-Rubi deixa Safira em paz mulher. –Ágata ralhou.
-Que nada grandona, ela tem que entender as coisas, ao senão vai se meter em apuros uma hora, o que estou falando maninha é que Jade e a grandona dois saíram daqui as pressas pra se comerem entendeu? –Rubi explicou. Safira olhou para as mulheres perto de si que a olhavam, agora sim entendera o sumiço das duas. Não teve como evitar não ficar vermelha como um tomate. –Viu agora ela entendeu.
-Você não presta ruiva. –Helena falou rindo.
-A presto sim, você nem imagina, se quiser posso lhe mostrar como presto. –falou de forma ousada, mais para implicar com Ágata que fechou a cara na hora e foi recolher o restante das coisas. Não aguentou e caiu na gargalhada. –Cara a grandona ta doidinha por você Helena.
Safira que não queria ouvir o que elas tinham a dizer foi logo atrás de Ágata para ajudar com as coisas.
-Sua irmã esta querendo é uma boa trepada e nada mais. –Helena disse contrariada.
-E que mal a nisso? –a ruiva não entendeu.
-Mau nenhum para quem curte viver assim, mais eu não curto. –Falou seria.
-Mais o que esta acontecendo com aquele sex* sem compromisso que todo mundo gostava gente? –Rubi se perguntou inconformada.
-Têm pessoas que curtem ainda ruiva mais outras não. Eu... Paloma...
-Não estou a fim de falar dela. –cortou seria.
-Apenas acho o seguinte, se vocês curtem sex* sem compromisso tudo bem, apenas procurem pessoas que curtem e não achem que é obrigação de todas que lhes interessam curtirem também. –depois disso foi buscar mais um pouco das coisas que restavam guardar. Teriam que se espremerem na caminhonete de Ágata.
Depois de tudo em seu devido lugar, se enfiaram na caminhonete do jeito que deu e foram embora. Assim que chegaram à casa principal foram logo guardando as coisas e cada uma foi pro seu quarto. Estavam todas cansadas. Helena saiu com Túlio no colo, tadinho aquele ali estava custando a ficar com os olhos abertos, depois de um banho rápido e uma mamadeira apagou no berço.
-Esse não acorda tão cedo. –Helena falou rindo. –e sua mãe em garotão, espero que ela saiba o que esta fazendo. Agora minha vez de um banho.
Separou um pijama que usaria, pois também queria tirar um cochilo e foi se banhar. Assim que saiu e se arrumou ouviu baterem na porta do quarto quando ia se deitar.
-Oi. –Atendeu e viu que era Ágata. Ela também tinha tomado um banho e estava com bermuda e uma camiseta por cima de um toper que estava à vista. Os cabelos curtos e molhados pareciam apenas que foram penteados com as mãos.
-Queria conversar uma coisa.
-Ágata estou cansada, ia dormir um pouco antes do jantar. –falou mais para não ir, sabia que ai tinha coisa.
-É rápido Helena depois deixo você em paz. –pediu inquieta.
-Esta bem. –concordou e deu uma ultima olhada no menino antes de sair do quarto. Nem se lembrou que estava com um pijama de tecido mole que lhe marcavam cada curva do corpo, o que não passou despercebido pela grandona. Ágata abriu a porta do seu quarto e deu passagem para a outra. –Achei que íamos conversar no escritório.
-Não aqui mesmo, não se preocupe, gosto de sex* mais não sou uma tarada, não vou te agarrar. –disse seria. Helena deu de ombros e entrou no quarto da maior. Era amplo e decorado com tons escuros. Do lado esquerdo no fundo do quarto havia uma porta com certeza o banheiro dela. Uma enorme cama estava no centro. Também com o tamanho da outra tinha que ser grande mesmo.
-Então o que quer? –estava curiosa.
-Pensei no que me disse sobre não trans*r sem compromisso e tenho uma proposta pra você. –falou como se estivesse falando de negócios. Helena arregalou os olhos e decidiu ver ate aonde aquilo iria.
-Proposta sobre sex*?
-Também, você falou que não vai trans*r sem compromisso mais eu não quero um namoro... Mais primeiro tenho que saber, tem alguma atração por mim?
Helena engoliu em seco, com certeza Ágata lhe atraia. Era uma união de firmeza e delicadeza numa só pessoa alem de ela ser linda naquele jeito masculino dela.
-Você me atrai sim. –disse apenas.
-Que bom, a proposta é a seguinte, ficamos juntas mais não nos relacionamos com outras pessoas. Vou ficar apenas com você e você apenas comigo. –falou como se tivesse achado a solução para seus problemas. -Não é um namoro, mais é uma espécie de compromisso que teremos apenas com nos mesmas.
Helena suspirou tentando segurar o riso, aquilo só podia ser uma piada só pode. Com certeza Ágata tinha algum problema sobre relacionamentos e o evitava ate falar chega.
-Você já se apaixonou e foi trocada?
-Como? –Ágata não entendeu.
-Sim ou é isso ou outra decepção amorosa bem marcante pra você fugir tanto assim de um namoro.
-Nunca ouve ninguém Helena, nunca ouve uma decepção amorosa, nunca me apaixonei, apenas não vejo necessidade em rotular uma relação. Nunca fiquei com uma só durante um longo prazo, se me chama a atenção falo as regras, se concordam vamos em frente se não, cada uma pro seu lado. Deixei de falar isso apenas para uma pessoa e acabei a decepcionando.
-Paloma. –Helena falou e a grandona concordou.
-Depois dela não esqueci nunca mais de dizer quais são as regras.
-E suas regras são apenas sex* e nada mais. Apenas vai me dar exclusividade enquanto estivermos trans*ndo.
-Isso e você o mesmo. –Quis deixar bem claro.
Helena balançou a cabeça triste por uma pessoa não estar aberta a se apaixonar. Ela queria um amor e não sex*. Já tivera isso por demais em sua vida. Mais nunca tivera um amor. Não ia andar para trás de jeito nenhum por causa da atração que sentia pela grandona.
-Eu vou voltar pro meu quarto e dormir um pouco Ágata. –disse triste.
-Vai pensar na minha proposta?
-Não preciso a resposta é não. Vá viver sua vida de luxuria eu já vivi essa faze da minha vida. Sabe fiz programas sim, alguns horríveis, outros me deram ate prazer. Mais não vou basear minha vida novamente em sex* como era antes. Dessa vez Ágata, quero algo alem de disso...
Depois de dizer isso saiu do quarto deixando a grandona parada sem respostas ou argumentos.
-Mais que merd*. –Ágata se revoltou. –vai gostar de complicar as coisas.
Sem pensar duas vezes pegou o celular e ligou para um nome conhecido.
-Brenda, borá dar uma volta?
-Pra você sempre linda, no mesmo lugar?
-Isso. –Desligou o telefone. Por que era tão difícil? Tinha mulheres que gostava de complicar demais as coisas. Brenda não complicava. Trocou rápido de roupa, abriu uma parte do guarda roupa que ficava trancado a chave, escolheu o que queria guardou numa mochila e saiu batendo a porta do quarto.
-Que se foda tudo. –falou brava, quando passou em frente ao quarto que Helena dividia com Jade e Túlio.

Era segunda feira e Helena chegara cedo ao estúdio, deu uma limpada no lugar, reorganizou os acessórios que ela usava nas tatuagens e reviu a agenda da semana. Rubi sabia o que fazia, e tinha vários clientes para semana, alguns apenas para ver o desenho, outros para começar ou finalizar uma tatu. Estava gostando de trabalhar ali, mais queria ver se fazia um curso à noite Assim que deu o horário abriu o local e foi para recepção. Logo depois de um tempo duas mulheres chegaram uma mais bonita que a outra, mais se vestiam um pouco vulgar pro seu gosto.
-Olá bom dia, em que posso ajudá-las?
-Oi tudo bem eu sou Jessica e essa é minha amiga Brenda, ela veio comigo para vermos a Tatuadora, me disseram que o trabalho dela é incomparável e quero fazer uma tatu em homenagem ao meu namorado. –falou rindo.
-Tudo bem, podem se sentar vou lhe dar algumas revistas com alguns modelos tatuagens para você ter alguma ideia, já viu nossa pagina social eletrônica? Lá contem alguns trabalhos de Rubi?
-Sim por isso que vim, ela é demais. –comentou Jessica. –Quer ver alguma Brenda?
-Não só vim de companhia mesmo, estou só o pó amiga. –disse com uma cara safada e foi se sentar numa poltrona ao lado da recepção.
-Também NE deu ate falar chega ontem - A outra disse sem se importar em estar sendo ouvida por uma desconhecida e pelo visto Brenda também não se importava.
-Nem te conto Jessica, quase não dei conta de Ágata dessa vez, ela estava insaciável, não me deu trégua to custando ate a sentar.
-Ta louco, você e esses encontros com essa mulher, sabe que ela não quer nada alem de sex*, acho que se for pra dar tem que ter pelo menos um compromisso. –a outra deu sua opinião.
-Não a quero pra casar amiga, a quero pra me comer e aquela lá sabe o que faz viu ontem ela quis...
E começou a contar as peripécias do encontro com a grandona perto de Helena, essa não quis ser mal educada e mandá-la calar a boca, então teve que ouvir tudo que a loira aguada fez questão de contar nos mínimos detalhes. Isso só podia ser um castigo. Pelo visto Ágata tinha as mulheres que concordavam com suas regras, isso era inacreditável.
-... E no final de tudo ainda quis me comer por trás, vou-te falar nunca g*zei tanto na vida. –terminou a narrativa para amiga.
-Nossa deu ate um tesão agora. –Jessica falou se abanando.
-É por isso que quando ela liga eu vou correndo, já te falei ela topa tudo, se tiver a fim marco com ela um dia ai, ai vamos nos duas, aquela lá da conta ate de três. Só não pode ter frescura senão ela perde o tesão na hora. –a outra não parava de falar de Ágata como se ela fosse um garanhão reprodutor.
Helena ia fechando a cara a cada palavra que escutava daquelas duas loucas. Então era assim ela lhe fazia aquela proposta descabida e depois saia para procurar outra. Filha da puta. A morena não sabia se estava com raiva ou ciúmes da grandona. Como assim ela procurava outra mulher logo após lhe propor aquele compromisso absurdo. Pelo visto ela não se importava com os sentimentos de ninguém. Pensou magoada. Tinha que arrumar um canto para si o quanto antes, mais não seria mais na fazenda queria distancia de Ágata.

-Não, não e não...-Jade falava revoltada com Helena. –Você prometeu.
-Eu sei Jade, mais não posso esta além do que consigo. –Helena falou chorosa. Tinha se aberto com a amiga e contara tudo sobre Ágata, do que ela lhe propôs ate a que ouvira no estúdio de Rubi. –Sua irmã me atrai e vai me fazer sofrer, tenho certeza, tenho que sair antes que o pior aconteça pro meu lado.
-Vou conversar com ela. –A chinesa falou seria. –Vou pedir não exigir que ela fique longe de você. O apartamento da garagem já esta em ordem, vamos à cidade compramos tudo que falta e nos mudamos ainda essa semana, o contato entre vocês vai ser quase nulo.
-Não dá amiga e outra você agora esta com Valentina, não quero roubar sua privacidade.
-E o Túlio. –jogou sua ultima cartada.
Dessa vez Helena não aguentou e começou a chorar, amava demais aquele menino, o tinha visto nascer e só de pensar em ficar um tempo longo longe dele seu coração apertava.
-Por favor Helena a gente sempre deu um jeito, sempre ficamos juntas...
-E vamos continuar eu prometo só vamos morar em casas diferentes. Amo você e aquele garoto demais para me afastar completamente, vocês são minha família, mais eu preciso disso pra não me perder Jade, tenta me entender. –disse chorando. –Eu não vou voltar a ter uma vida baseada em sex* e sua irmã gosta disso, eu quero um amor pra mim...
-E você vai encontrar eu sei... -Jade disse abraçando a amiga com força. E depois falou. –Valentina e eu apenas trans*mos Jade, eu não estou com ela.
-Esta sim querida aquela lá te procura com os olhos por todo o lugar, é nítido. Ela gosta de você.
-Será?-perguntou receosa, estava gostando de Valentina de verdade.
-Claro, mais acho que vai ter que ter um pouco de paciência, o jeito dessas mulheres da fazenda pensar são bem diferentes. –disse triste.
-Eu te amo viu. –Jade falou.
-Eu te amo mais.
-Quando vai? –Jade perguntou se afastando e secando as lagrimas do rosto.
-Aproveitei que Rubi me dispensou na parte da tarde e dei uma volta pela cidade, encontrei uma ktinet já mobiliada perto do estúdio. O preço do aluguel da para pagar com o que recebo da ruiva e ainda sobre um pouco.
-Sabe que não precisa se preocupar com dinheiro ne?
-Juro que se precisar te falo, mais por enquanto esta tranqüilo. Sabe que sou simples. Em comparação com a favela aquele apê é um luxo. Já fechei negocio com o proprietário, é um senhor muito gente boa. Paguei o mês adiantado, amanha quando for trabalhar já levo minhas coisas e fico por lá.
Os olhos de Jade se encheram de lagrimas novamente e Helena a abraçou.
-Sempre estaremos juntas Jade, não importa a distância e se precisar de mim, venho na hora.
-Eu sei. Temos que contar para o pessoal.
-Vou falar depois do jantar.
-Se prepare com o furacão Ágata, ela vai surtar. Acho que esta gostando de você sabe, mais tem medo de admitir e fica lhe propondo essas coisas loucas.
Helena preferiu não responder e nem se iludir.
-Vamos lá então, comer a ultima vez aquela comidinha deliciosa de Amélia.
-Boba.
Enxugaram as lagrimas e desceram abraçadas. Não dava para disfarçar que tinham chorado e logo que chegaram à sala de jantar todas as irmãs já estavam lá. Ágata que as viu chegar e notou seus semblantes tristes já foi logo perguntando.
-O que aconteceu, por que estavam chorando?
Rubi e Safira se viraram para vê-las e logo se levantaram das cadeiras preocupadas.
-Não é nada serio, estávamos apenas nós despedindo. –Helena falou seria com os olhos em Ágata.
-Como assim, Jade você não pode ir embora. –Rubi falou com os olhos arregalados.
-Sou eu quem vai ruiva. –Helena esclareceu e viu a grandona trincar os dentes e fechar a cara.
-Que historia é essa? O apartamento da garagem já está quase pronto desistiram da ideia?
-Jade vai se mudar pra lá, mais eu vou morar na cidade.
-Vai embora da fazenda, por quê? –Safira quis saber.
-Não posso ficar debaixo das asas de Jade meninas, e também não vou embora pra longe chaveirinho pode ir me visitar sempre.
-Mais vai continuar no estúdio NE? –a ruiva perguntou preocupada, a morena sabia cuidar das coisas lá e tinha se tornado uma boa amiga.
-Claro ruiva, espero que não me demita, preciso do dinheiro que me paga... –disse tentando desanuviar o clima pesado que tinha ficado. –é apenas uma mudança de moradia pessoal, não estou indo embora pra sempre. E não é tão longe assim.
Helena evitava a todo custo olhar para Ágata mais assim que colocou os olhos nela, viu o quanto ela estava se segurando.
-Quero agradecer a todos que me receberam tão bem, principalmente você Ágata que aceitou em sua casa uma desconhecida que veio na mala de sua irmã.
A grandona apenas balançou a cabeça sem falar nada. Depois de um tempo todas se sentaram para jantar. Ágata se levantou da mesa.
-Aonde vai, a comida vai esfriar? –Amélia perguntou.
-Não estou com fome. –falou e saiu sem olhar pra ninguém.
-Ora, ora parece que alguém esta com o ovo virado. –Rubi falou olhando para Helena.

Fim do capítulo