Capitulo 8 - Um amor?
Giselle notara que a conversa entre Duda e Helô não fora das melhores e notando a presença próxima da escada e a rapidez das braçadas da jornalista, pôde prever o incidente.
Michel veio logo depois, correndo na direção da piscina e pulando milésimos de segundo depois de Giselle.
Helô assistia a tudo perplexa, tudo aquilo parecia um pesadelo, todo aquele sangue saindo de sua melhor amiga, ela quis gritar, mas não teve voz.
_ Aí, meu Deus, alguém chame uma ambulância! _ Giselle segurou com cuidado o corpo desmaiado de Duda.
Michel pulou da piscina e com cuidado ajudou a tirar o corpo da mulher da piscina.
Deitaram-na à beira da piscina enquanto esperavam a chegada da ambulância.
Dez minutos depois e muita, muita aflição, a ambulância chegou. Helô, sem condições e chorando muito, abraçava Michel ainda sujo de sangue.
Giselle tentava demonstrar segurança, mas aquela fora a primeira vez em muitos anos que dissera o nome de Deus e Michel melhor do que ninguém sabia disso.
Tentando conter o ferimento com uma toalha, Giselle teimou e acabou convencendo os socorristas de ir junto. Ainda encharcada, sentou no banco desconfortável e segurava a mão de Duda enquanto a mesma recebia os primeiros socorros.
Chegaram rapidamente ao hospital e meia hora depois e muito medo no coração de Giselle, o médico foi até ela.
_ Você é o que da vítima?
_ Sou amiga dela, doutor. Me diga, como ela está?
O médico olhou a bela mulher a sua frente, ela estava extremamente preocupada e ele sabia que elas não eram apenas amigas.
_ Ela está bem, teve um traumatismo leve e perdeu um bocado de sangue, mas está bem. Levou meros oito pontos na cabeça e está consciente, apesar de um pouco sonolenta. Ela delirava e dizia o nome de uma tal Giselle.
O doutor sorriu para Giselle. Ela quis sorrir, mas não conseguiu. Se ao menos aquele fosse seu nome verdadeiro!
Gisele entrou no quarto e Duda ainda dormia. Helô olhava pela janela perdida em seus devaneios. Vestida agora com uma roupa seca, após ir até em casa, Giselle estava ao lado do leito do hospital velando o sono da menina.
_ Vejo que perdi a oportunidade de vê-la toda molhadinha, certo? _ Duda sorriu maliciosamente para uma Giselle sorridente.
_ Vejo que você perde um pedaço da cabeça, mas não o humor._ alisou os cabelos de Duda e Helô viu que era hora de deixá-las a sós.
_ Estou no corredor, qualquer coisa grite, Duda.
Helô já não disfarçava seu ódio por Giselle.
Giselle ria de toda aquela situação incômoda.
_ Como você está se sentindo?
_ Um pouco lesada, mas o médico disse que é normal. Saio amanhã. Meu chefe vai me matar, eu tenho dois artigos pare fazer e a Helô não quer me dar meu computador. Você podia tanto trazê-lo para mim.
_ Não adianta fazer cara de pena. Você está machucada e nem está recuperada. Fique quieta e trate já de comer essa comida.
A enfermeira trazia um belo prato de sopa para Duda.
_ Eu vou conferir o prato ao final. Não tente me enganar.
Alta.
_ Helô não pode vir, Gabriela parece que estava chorando muito, então...
Giselle sorriu enquanto carregava a sacola com as roupas de Duda.
_ Obrigada, mas não quero dar trabalho, você parece preocupada e com pressa, pode deixar que eu pego um taxi e me ajeito.
Giselle para e olha pra Duda:
_ Você está me despachando, senhora Eduarda?_ elas sorriram enquanto entravam no elevador.
Três dias haviam se passado desde o ocorrido e Duda ainda precisaria tomar alguns remédios.
Enquanto dirigia, Giselle pôs a mão de Duda sobre sua coxa torneada.
_ Nunca mais, nunca mais mesmo vai fazer isso comigo, ouviu?
Duda olha nos olhos azuis de Giselle e balança a cabeça afirmativamente.
_ Boa menina! Agora, ande, desça do carro, temos muito que conversar.
Giselle segura a mão de Duda e só então a jornalista percebe que não estão na sua rua. Estão na porta de um edifício muito alto e chique.
Calada, ela apenas segue os passos ligeiros de Giselle. E nem precisa falar que a loira chama a atenção de todos no elevador. Descem no décimo quarto andar e param de frente ao apartamento 07.
_ Não se assuste, apenas estou completando a etapa: levar em casa e servir um cafezinho.
Elas riem enquanto entram no ambiente pequeno e muito, muito luxuoso. Não há fotos, nem objetos fora do lugar. Giselle vai até seu quarto e Duda a acompanha. Quando olha para a mulher, ela está sentada na cama de frente a ela.
Duda segura a mão estendida a sua frente e a loira a puxa para seu corpo.
Elas se abraçam. Giselle a aperta com força e se segura para soltá-la sem jogá-la na cama e pular em cima dela.
“Ela está com pontos na nuca, vá com calma, calma!”
_ Você é louca, Giselle, sabia disso?
Giselle não responde. Toca o rosto de Duda de forma delicada e tenta apagar as lembranças daquele pequeno corpo molhado todo ensanguentado nos seus braços.
“Eu daria minha vida por você. Eu já amo você.”, pensava Giselle.
Duda sentou no seu colo e ela a beijou.
Beijaram-se animadamente e logo em seguida conversaram sobre tudo.
Duda estava de volta. Giselle estava na dela. Não necessariamente nessa ordem.
Fim do capítulo
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