Capitulo 19 - Como assim namorada?
CAPÍTULO DEZENOVE
Como assim namorada?
Luiza abriu um sorriso quando deparou com um par de olhos castanhos lhe olhando. — Você fica tão serena quando está dormindo.
— Pensei que tivesse tido um sonho.
Duda abriu um tímido sorriso. Luiza sentou-se na cama. A morena ficou constrangida ao ver os seios nus da loira.
— Não pensei que fosse tão tímida. — A loira tocou delicadamente o rosto da morena, a fazendo lhe fitar. — Você está arrependida? — pergunta.
— De ter sido sua mulher? Não.
A loira sentiu-se aliviada.
— Precisamos nos apressar, hoje é sábado. Luiza acompanhou a morena com o olhar. Duda já tinha se vestido.
— Vamos!
— Pra onde?
— Hoje é sábado.
Luiza, sentiu um frio na barriga. Duda vasculhou suas gavetas, pegou uma calça, uma blusa e uma calcinha entregando a loira. Luiza, tentou protestar. Mas a morena, parecia ter pressa. Dez minutos depois, Duda dirigia apressada para sua casa.
— Mainha deve estar lá em casa já. Estamos atrasadas.
— Atrasadas pra quê?
— Aos sábados, meus pais sempre tomam café da manhã comigo.
O coração da loira gelou. “Era muita falta de sorte.” pensou a loira. Duda morava no prédio ao lado da casa da sua ex-cliente. As duas entraram no condomínio. O porteiro logo cumprimentou Duda com simpatia. As duas subiram até o 10 andar.
— Mainha odeia atrasos. — Retruca Duda ao abrir a porta do seu apartamento. — Entra.
Luiza não conseguiu ser discreta, ao entrar no apartamento da morena, olhou cada detalhe que seus olhos conseguiam enxergar. Assim como Amanda, a casa de Duda era situada num condomínio de alto padrão na zona sul, que ficava de frente para o calçadão de Boa Viagem. Sua casa tinha cores claras. Móveis de luxos e decoração impecável, no entanto. Tinha um toque de simplicidade que lhe dava um charme extra. Mas, o que chamou sua a atenção da gaúcha foi um piano em calda perto da varanda.
— Maria Eduarda! — uma voz crepita.
— Mãe!
Uma mulher morena dos cabelos negros e lisos, corpo esguio, olhos castanhos se aproxima. Seus olhos vão em direção a loira que estava ao lado da sua filha. Luiza fita a mulher e fica envergonhada. Duda se joga nos braços da mãe como se fosse uma menina. A mulher lhe abraça com carinho e a beija na cabeça.
— Desculpa o atraso é que ontem fui me acerta com a Luiza e acabei dormindo com ela.
Luiza procura um buraco para socar sua cabeça. Seu rosto enrubesce no mesmo instante. A mãe de Maria Eduarda, não consegue disfarçar a surpresa.
— Ela é minha namorada mãe — decreta a estudante.
Luiza não consegue olhar para sua praticamente sogra. Eduarda percebe o embaraço da inusitada nora e chama Duda para lhe falar em particular. Luiza agradece. Espera na sala.
— Você disse que eram apenas boatos.
— Eram — replica. — Mas eu me apaixonei por ela, não foi algo que eu procurei. Mas eu me apaixonei mãe. Ontem me entreguei a Luiza. Agora eu sei como é tê-la. Foi especial, foi mágico.
Às vezes Eduarda ficava desconcertada com o excesso de sinceridade da sua filha. As vezes queria não ser tão amiga dela. A mulher puxou sua filha para o abraço. Quase dez minutos depois as duas voltaram a sala, Duda tinha se trocado e estava sorridente. Luiza olhou atentamente a mulher ao lado da sua namorada. Duda muito se parecia com a mãe. Ela era uma mulher muito bonita.
— Desculpe Luiza deixá-la aqui sozinha. Indelicadeza da minha parte.
— Contei a mainha nosso perrengue até nós acertamos. — Explica Duda.
— Então vamos começar de novo. Me chamo Eduarda.
— Prazer, Luiza. — A loira deu um sorriso tímido.
— Me dá cá um abraço. — Eduarda abraçou carinhosamente, depois deu um beijo na face. — É pelo visto minha filha continua mantendo o bom gosto — brincou, para descontrair o clima. — Você é muito bonita.
— Gentileza sua. — Disse sem jeito.
— Cadê painho?
— Hoje ele não vem. Surgiu um imprevisto e ele teve que ir a São Paulo ontem à noite.
As três foram até a varanda onde tinha uma bonita mesa de café da manhã.
— Então Luiza, pelo sotaque você não é daqui.
— Não, sou de Porto Alegre, estou morando na cidade há alguns meses.
— Mainha vai começa com o interrogatório é?
— Apenas quero saber um pouco da sua namorada.
Luiza engasgou.
— Não engasga não amor, você é minha namorada sim, afinal eu sou sua mulher agora. — Falou sem nenhum constrangimento. Em contrapartida as bochechas de Isa ficaram vermelha. — Olha mãe como ela fica bonita quando está com vergonha. — Caçoou.
— Gosto muito do Sul, mas prefiro o clima quente. O que você faz da vida, menina?
“Sou prostituta” — pensou. — Estudo. — Disse.
— Ela estuda comigo mãe.
O café da manhã durou mais de uma hora. A mãe de Maria Eduarda era mais curiosa do que a de Amanda. Fez inúmeras perguntas principalmente sobre a família de Luiza, que até foi bem em suas respostas. Depois a mulher teve que ir embora. Despediu-se da filha e da nova nora. Agora já sozinhas Luiza chamou a morena para uma conversa.
— Pensei que morasse com seus pais.
— Quem dera, minha mãe praticamente me obrigou a sair de casa. Disse que eu deveria assumir novas responsabilidade — revirou os olhos contrariada.
— Você não é mais uma adolescente Maria Eduarda.
— Vinte e um apenas.
Luiza sorriu. — Precisamos conversar sobre o que aconteceu.
Duda lhe olhou desconfiada.
— Vai me dispensar depois de ter me comido, é? — Duda muda da água para o vinho. Luiza solta o ar com força. Impressionante como aquela morena era esquentada.
— Você não é comestível para eu ter lhe comido — rebate a loira.
— Afz! Então qual é o problema?
Luiza não queria tirar Duda de sua vida. No entanto, existia um muro entre elas que a loira não poderia ignorar. Não apenas o fato de ser uma prostituta. Mas principalmente seu envolvimento com Amanda e o que fez para estragar o noivado da garota.
— Precisamos ir com calma…
— Não estou gostando nada disso Luiza. — Disse desconfiada. — Você tem alguém?
— Não! — responde de imediato. — Guria, eu gosto de você — confessou com voz melosa. — Eu realmente gosto de você.
— Então?
Luiza soltou o ar devagarinho, seria muito difícil pedir calma sem dar bons argumentos.
— Antes de assumir aos quatro cantos, primeiro vamos nos preservar. Sejamos discretas. — Duda lhe olhava desconfiada, Luiza começou a ficar nervosa. — Até você está segura do que você realmente quer pra sua vida. Afinal, essa é sua primeira relação lésbica...
— Está bem. Mas vou logo dizendo vou ficar de olho em você. Nada de enxerimento para aqueles abusados da faculdade, muito menos para aquelas suas amigas que não sei não, tenho minhas dúvidas — disse sarcasticamente.
— Está bom, mas olha ninguém pode saber, nem sua amiga Amanda.
— Ela é minha melhor amiga. Nunca escondi nada dela.
— Duda! — Insistiu.
— Tudo bem, — fez biquinho. — Fica comigo vai?
— Eu adoraria, mas não dá preciso ir.
— Posso ao menos te deixar em casa? — Pediu carinhosamente.
— Claro.
Duda se levantou para pegar a chave do carro. As duas desceram para garagem entre beijos e amassos. Dez minutos depois a morena estacionou em frente ao prédio que da loirinha.
— Chegamos — Duda tirou o cinto.
— Obrigada.
Duda se inclinou para o lado, beijaram-se delicadamente. Até as coisas esquentarem e o beijo se tornava mais intenso. Luiza puxou-a para mais perto de si. Queria sentir seu corpo e sua respiração ofegante.
— Isa, eu queria fazer de novo — sussurrou a morena.
Em resposta viu um sorriso safado estampado na face da estudante — Também quero, aqui é complicado, vamos subir — chamou Luiza.
Ambas saíram do carro e entraram no prédio. Duda beijava o ombro da loira a deixando constrangida, pois, uma senhora que também esperava o elevador, lhe olhavam com cara de poucos amigos.
— Espera — diz no ouvido de Duda, que não ligou e continuou cobrindo-a de carinho
A grande custo conseguiram se afastar. Por fim, chegaram ao apartamento. Isabela estava deitada no sofá.
— Oi.
Luiza olha constrangida para a prima. Duda segura sua mão. Isabela não contém a indiscrição olha Duda do pé a cabeça.
— Acho que você a Duda né.
— Oi Duda!
— Oi, Isabela.
Luiza conhecia o sorriso malicioso da prima.
— Isa — sussurrou a morena.
Luiza, pegou Duda pela mão e foram para o quarto.
— Preciso de um banho antes — diz a loira.
Duda lhe olha impaciente. Ela já tinha tomado um banho em casa, Luiza segue para o banheiro enquanto Duda lhe espera. A loira sentia-se uma adolescente que acabara de trazer a namorada em casa. Minutos depois quando volta ao quarto, Duda lhe esperava ansiosa.
— Pronto. — Anuncia a loira. Tirando a toalha.
Duda sente seu ponto mais sensível pulsar. Luiza observa a morena se despir desajeitadamente. Depois ela pede para Luiza se deitar.
— Quero ter de ver e te tocar — diz a morena.
Duda inicia sua exploração no corpo da sua amada. Reproduzindo tudo que recebera na noite anterior. Com mesmo carinho, mesmo respeito e mesmo desejo. Beijou cada pedacinho daquele corpo, deixando a loira toda derretida. Ela desceu os lábios até o pescoço, o beijando, o lambendo e o mordendo. A prostituta suspirava, afinal, nunca tinha sido tocada de forma tão delicada.
— Guria é não aguento… — disse rouca de desejo. Seu sex* doía.
E finalmente Maria Eduarda timidamente experimentou seu sabor. Sua língua se movia calmamente. A morena foi aumentando o ritmo à medida que o corpo da loira se movimentava em sua boca. Luiza gemia baixinho. Rebolava.
— Entra em mim Duda…
Duda foi movida pela adrenalina e seus instintos, seus dedos entraram timidamente no sex* da outra, fazendo um vai e vem rápido e contínuo. Seus lábios voltaram a se acopla no ponto mais sensível da outra. Não demorou muito para Luiza chegar ao ápice. Duda saiu de dentro dela e se deitou sobre seu corpo.
— Agora é minha vez… — falou Luiza com a voz entrecortada.
****Fim do capítulo
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silverquote
Em: 28/11/2019
"O que você faz da vida, menina?"
"Sou prostituta"
O berro que eu dei kjkkkk
Eu nunca vou me cansar dessa história.
Não demora pra postar, por favorzinho <3
Abraços.
Anny Grazielly
Em: 25/11/2019
Adoreiiiiii.... só estou com medo quando a verdade vier a tona.... aiaiaiaiaaii... Elas são lindas juntas... lindas demais.... simplesmente PERFEITAS
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