Capitulo 18 - PRIMEIRA VEZ
CAPÍTULO DEZOITO
Primeira vez
A festa não foi tão ruim. Na verdade, Luiza passou horas muitíssimos agradáveis com os amigos. Beberam, conversaram, dançaram. A festa veio acabar mais de uma hora da madrugada. A loira já estava na cama, convidava o sono para lhe fazer companhia, mas seus pensamentos estavam direcionados a uma morena bravinha que costumava lhe deixa descadeirada. E parecia que ambas estavam na mesma sintonia. A loira atendeu o telefone que insistia em tocar.
— Alô! Alô! — A pessoa ficava muda. Novamente volta a tocar. — Quem é que está ligando em? Vai ficar mudo é? — pergunta. A loira tentar escutar com atenção o barulho do fundo. O coração acelera. Era uma música. “Aquela música”. — Duda eu sei que é você!
— Você não presta. Você está me enlouquecendo Luiza. Está me fazendo sentir essas coisas… — dizia chorando.
— O que eu te faço sentir? — pergunta, mas recebe o silêncio. — Duda — chama.
— Vamos resolver isso, porque do jeito que está, não dá pra ficar. Desde que a conheci minha vida virou de pernas para o ar — diz a estudante.
Luiza afasta o telefone do ouvido para confirmar o que já suspeitava. A ligação havia sido encerrada. A loira fica agitada. “O que ela queria dizer, com vamos resolver isso?” — se perguntava a estudante. A loira tenta ligar para Maria Eduarda, mas a mesma não atende. O coração da estudante aperta. Vinte minutos depois, ela se assusta com o toque só seu interfone. Luiza consulta o relógio, eram três da manhã. Hesitante vai até a cozinha. O coração bate ao ritmo dos tambores de maracatu.
— Pode subir — diz, devolvendo o telefone a base e indo para sua porta de entrada.
Minutos depois depara com Maria Eduarda saindo do elevador. Ela tinha os olhos muito vermelho. E para sua surpresa estava de pijama de flanela vermelha e branco. A loira teve vontade de ri. Mas pela seriedade da morena, conteve-se.
— Entra — pediu a loira.
Duda entra na sala. Agora sozinhas os olhos se fitam.
— Duda…
Duda levanta o dedo riste, num sinal silencioso para não falar. — Eu não consigo lembrar — diz a morena, embora sua voz saísse baixa, estava carregada de tristeza. — Eu simplesmente não consigo lembrar de quase nada do que aconteceu naquela noite. Então preciso que me diga como foi Luiza. — Falou. — Se você me fez mulher, preciso ao menos saber como foi. — Isso deixa Luiza estática. A loira arregala os olhos. — Eu era virgem — continuou. — Sempre me resguardei porque queria que fosse especial, com alguém especial. Você tirou isso de mim. — A última frase saiu carregada de raiva.
— Duda eu sinto muito. Não poderia imaginar…
— Então me conta como foi. Se já a tive em meus braços quero saber como foi?
Luiza não sabia o que dizer. — Eu não lembro, estávamos bêbadas naquela noite.
— Como não se lembra Luiza? — grita. — Você não tinha esse direito de fazer isso comigo. Não tinha. Eu queria que fosse especial e você tirou isso de mim. Sexo para mim significa mais que um ato de goz*r. Não apenas prazer, mais amor, carinho, respeito. — As lágrimas da morena caiam em grossas camadas. Luiza sentiu um aperto no peito. Tudo que queria era contar a verdade. Mas sua covardia a emudeceu.
— Duda… — a loira pegou a morena pela mão e a puxou para um abraço. — Eu realmente sinto muito… — sussurrou. Luiza encostou a testa na dela. Seus lábios foram de encontro aquela água salgada que inundava aquele rosto tão lindo.
— Você me faz sentir coisas que eu nunca senti antes por ninguém. Sempre que chego perto de você meu coração bater muito forte. Sinto um frio na barriga. Quando você me beija, meu sex* lateja e fica instantaneamente molhado — confessava a morena. — Eu gosto de você. Eu amo você. Porque ninguém me fez sentir isso, ninguém.
A loira se rendeu ao amor. Beijou Duda com todo amor que sentia. Um beijo profundo e demorado. Depois pegou-a pela mão e levou ao seu quarto. Trancou a porta atrás de si. Não houve palavras. Luiza ligou o som baixinho colocando sua playlist. Duda parecia nervosa, acompanhava todos os gestos da loira.
— Sua cama é de solteiro — disparou a morena.
— Melhor, porque isso faz com que você grude em mim — diz sorrindo.
A loira observa a morena por alguns instantes. Duda estava sentada em sua cama, tinha o olhar nervoso. Seus cabelos estavam presos no alto da cabeça. O pijama era gigante para ela. Luiza sentou-se ao seu lado, pegou na sua mão.
— Vamos fazer esse momento nossa primeira vez — pediu a loira. Duda fitou os olhos negros da gaúcha. Depois de alguns segundo ela assentiu. — Não precisamos fazer se não estiver pronta…
— Estou pronta… tudo que quero é sentir você nos meus braços…
Luiza sentia o corpo tenso. Embora já tenha tirado as roupas milhares de vezes, nunca, ninguém havia feito amor com a LUIZA. A loira levantou-se e se despiu diante dos olhos daquela menina-mulher que a cativou. Duda engoliu em seco ao ver a loira nua. Delicadamente Luiza a pegou pela mão e a fez se levantar. Com os olhos fixo nos castanhos tímidos a loira foi tirando peça por peça de Duda a deixando nua. As duas estavam ali, uma exposta para a outra. Sem medo e sem reservas. Luiza puxou a morena e colou seu corpo. Uma corrente elétrica atravessa as duas. Os lábios se uniram. Luiza conduziu a morena até sua cama a fazendo se deitar. A loira encaixar-se nela, fazendo a morena suspirar ao sentir o sex* da outra roça na sua coxa e o seu na coxa dela.
“Como pode ser amar alguém e esse alguém não ser seu (…)” Era a voz de Luiza, doce, afinada que cantava baixinho, enquanto com as pontas dos dedos ela contornava todo o rosto da sua menina.
“Fico desejando-nós, gastando o mar (…)” com a ponta do nariz, ela roçava pelos cabelos negros, buscando o cheiro adocicado emanado por eles.
A cada estrofe da música cantada pela gaúcha, a loira fazia uma nova descoberta. Duda sentia o coração retumbar no peito. Luiza desvendava seu corpo com romantismo e delicadeza tornando aquele momento único e inesquecível.
Aos poucos, Luiza desceu sua boca para o pescoço, beijando e mordiscando, enquanto sua mão massageava os seios da morena. Duda gemia baixinho. As mãos da loira desceram até sua intimidade. Primeiro arranhando a parte interna da sua coxa. Depois, a tocou pela primeira vez. Maria Eduarda estava bem molhada e seu sex* pulsava. Luiza começou a fazer movimentos circulares deixando Duda enlouquecida.
— Eu nunca quis ninguém Du…, mas hoje eu quero você… — Duda só não imaginava que aquilo era uma silenciosa confissão.
— Eu te amo Luiza.
A frase fez a loira buscar aqueles olhos que tanto a encantava. A loira abriu um largo sorriso. Seu coração explodia em uma emoção que nunca sentiu. A loira selou os lábios, num beijo casto. Depois sussurrou no ouvido da outra.
“Eu te adoro de paixão, Maria Eduarda”
Luiza agora tinha pressa. Queria possuir a única pessoa que chegara a seu coração. Duda fechou os olhos e segurava com força os lençóis, mordendo seus lábios inferiores. Primeiro sentiu a respiração da outra em sua intimidade. Logo em seguida, seu sex* foi tomado com volúpia. A língua da estudante explorava com destreza aquela intimidade que rebol*va em sua boca. Não demorou muito para a morena sentir seu corpo tremular pela primeira vez. A loira escalou aquele corpo distribuindo beijos pelo abdômen, seios, colo, até finalmente os negros penetrar nos castanhos apaixonados. Duda tinha a face vermelha e respirava com dificuldade.
— Agora preciso que seja minha… — sussurrou a loira.
Duda não pareceu entender o que Luiza queria dizer com a frase. — Não faz isso… — tentou dizer quando sentiu a coxa da outra pressionar seu sex* latejante, que estava hipersensível. Luiza tinha um sorriso safado. Duda tentou se livrar do contato, mas a loira lhe prendeu pelos pulsos. Luiza buscou os lábios da garota iniciando um beijo profundo, enquanto isso suas mãos desceram até seu ponto mais sensível. Com a ponta dos dedos ela começou a estimulá-la. Duda gemia em seus lábios. A loira tentou delicadamente penetrá-la. Ao senti aquela penetração todo o músculo vagin*is se contraiu. Ela sentiu uma dor, cravou as unhas nas costas de Luiza que tentava aprofundar o toque. Duda ficou muito tensa isso a deixou completamente seca, sua respiração estava muito ofegante.
— Isso não é tão bom quanto o outro — dizia a morena nos lábios da outra.
— Você está tensa. Tenta relaxar um pouco — sussurra Luiza.
— Relaxa como? Se seus dedos então entrando em mim, isso dói — reclamou à morena
— É normal.
Luiza saiu dentro dela e reiniciou todo o processo de excitação. Quando ela estava bastante molhada, veio a nova tentativa. Duda cravou os dentes no ombro da outra ao sentir a invasão. A loira continuou até romper a última barreira. Agora o vai e vem era menos desconfortável. À medida que a loira se movimentava dentro dela, a morena passou a relaxar.
— Eu não gostei Isa — sussurra a morena.
Luiza delicadamente sai de dentro dela. Buscou seus lábios o beijando com amor.
— Eu era virgem? — indagou a morena ao ver a mancha vermelha no lençol da cama.
— Sim. — Luiza poderia imaginar o que a morena poderia está pensando. Apressou-se a dizer. — No sex* lésbico há muitas formas de trans*r. Naquela noite trans*mos, mas essa foi nossa primeira vez.
Duda levantou-se e Luiza acompanhou com o olhar.
— O banheiro é ali? — perguntou.
— É sim.
Duda foi para o banheiro. Luiza aproveitou e trocou o lençol da cama.
— Está tudo bem? — perguntou preocupada, batendo delicadamente na porta.
Duda tinha tomado banho e estava enrolada numa toalha. Luiza ficou imóvel diante a porta fechada, que logo foi aberta. Por um instante as dúvidas começavam a brotar em sua cabeça.
— É desconfortável — falou a morena. — Não sentir nada, além de dor. Não uma dor insuportável, mas incomoda.
— É normal no início, depois da segunda ou terceira vez as coisas vão se tornando mais prazerosa.
— Eu pensei que naquela noite… — fez uma pausa. — Fico feliz que nossa primeira vez de fato, tenha ocorrido hoje.
— Eu também.
Luiza entrou no banheiro e tomou um rápido banho. Seu coração estava agitado e o medo rouba toda magia do momento. Quando voltou Duda estava sentada na cama. Luiza sentou-se ao seu lado. Houve um momento de silêncio, até que as duas se viraram ao mesmo tempo. Luiza sorriu nervosa. Sentia-se estranhamente tímida. Duda também sorriu. Era estranho. A loira cessou o riso. Os olhos se fundiram. Os lábios se tocaram, e o beijo reacendeu toda chama do desejo. Mais uma vez Luiza explorou com destreza o corpo outra, gerando uma nova sensação. Os gemidos tomavam o quarto. A loira estava extasiada, se movendo cada vez mais rápido sobre o sex* da outra. Não demorou muitos para os dois corpos tremulam conjuntamente. Luiza caiu sobre a morena suada e ofegante.
— Você…
— Sim Duda eu…
A morena deu um sorriso e abraçou o corpo da loira. As duas ficaram abraçadinhas por algum tempo, curtindo a música.
— Agora entendo.
— O que você entende.
— O fogo todo da Amanda. Sexo é tão bom.
— É sim, mas só é bom quando o desejo é recíproco.
— O amor é recíproco — corrigiu a morena. Luiza, encarou Maria Eduarda. Seu coração badalava. — Isa.
— Oi.
Duda parecia constrangida, Luiza abriu um sorriso. — O que foi?
— É que ficar assim muito grudada em você me deixa… — a morena não conseguiu terminar a frase.
Luiza mordeu os lábios inferiores, Duda fechou os olhos ao sentir os dedos da loira no seu sex* molhado. As duas vararam a madrugada entre beijos carícias e orgasmos. Até por fim, adormecerem.
****
Fim do capítulo
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Brescia
Em: 20/11/2019
Boa tarde mocinha.
A primeira vez da Duda e de uma certa forma a da Lu também, visto que não tinha feito amor antes, foi mágico, se conectaram e se amaram de verdade.
Baci piccola.
Resposta do autor:
Bom dia! rsrsrsrs
Verdade, querendo ou não foi a primeira vez das duas, visto que na vida de Luiza, desde que escolheu ser uma prostituta só existiu a Vanessa.
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Victoria Lourrenzo
Em: 20/11/2019
Como nao amar a Duda, ela tão fofaaaaaaaaa da vontade de apertarrrr :) @.@
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silverquote
Em: 20/11/2019
Faz tipo muitos anos que eu li, mas notei as mudanças e gostei bastante, só melhorou o que já era bom.
Aguardando os próximos caps.
Resposta do autor:
Oi, bom dia!
10 anos para ser exata que essa web foi postada. Ainda bem que as mudanças que fiz no texto estão sendo percebidas e bem aceitas. Obrigada, pela presença moça. bjsss
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Marta Andrade dos Santos
Em: 19/11/2019
Vixe agora ficou complicado e a Amanda quando descobri.
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Marcia kreft
Em: 19/11/2019
Lindo!!!!
Mas e agora? Vai complicar pra Luiza.
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