Coincidências por Rafa e
Capitulo 27
-- Haidê, Jeanine morreu quando éramos...
-- Adolescentes. – completou com pesar. – Ela está viva.
-- Não pode. – recusava-se a acreditar. – Haidê... – Lívia estava com um misto de sentimentos que Haidê não soube identificar. Um pouco receosa e segurando o ciúme, resolveu falar a verdade para loira.
-- Meu anjo, ela armou toda aquela situação. A família dela tem um grande esquema internacional de contrabando e venda de drogas. Ela está por trás da morte da minha família. – Haidê fez uma pausa para Lívia processar as informações e prosseguiu. – Lembra quando falei que as terras do meu pai ficavam em uma região de fronteira? Eles tentaram comprar várias vezes, mas papai recusou só que isso custou à vida da minha família e quase a minha.
-- Como pode ser? – Haidê colocou a cabeça da loira em seu peito e a deixou descansar, enquanto terminava a conversa com o irmão. Ulisses ouviu a explicação da irmã e se lembrou do pai, irmão e do sobrinho. A mãe de Haidê era sua madrasta, mas ele gostava dela como uma verdadeira mãe. Ela havia sido a primeira a se colocar ao seu lado quando ele apareceu com Yan em sua porta.
-- Pegamos alguns no dia do seu casamento, o interrogamos, eles não sabiam sobre “a chefe”, mas, nos entregou tudo sobre Antony e Jacques.
-- Falaram sobre mais alguma coisa? – Mariana olhou para Ulisses que coçou a cabeça sem jeito. – Fale logo de uma vez.
-- A cabeça de Lívia está a prêmio. – a surfista olhou para o cunhado e depois para a esposa.
-- Como assim? – perguntou assustada.
-- Calma meu anjo. – beijou o rosto da esposa. - Tem alguma coisa em mente? – não iria conversar sobre isso na frente da loirinha, sabia que seria muito para ela.
-- Acabar com eles antes que venham até nós.
-- Sabe onde estão? – Ulisses confirmou com a cabeça. - O que estamos esperando? – Lívia a olhou apreensiva.
-- Eu vou com você.
-- Nem pensar. – olhou para o irmão ignorando-a. – Vamos com os rapazes ou será uma ação da polícia?
-- Polícia tem que esperar juiz, dá explicação e aqueles “mimimis” que nos faz perder tempo... Vamos por nós. – Mariana e Lívia trocaram olhares, sabiam que eles matariam todos sem um julgamento decente.
-- Ótimo!
-- Haidê, eu vou junto. – a morena tirou Lívia do seu colo e se levantou. – Licença gente, preciso conversar com minha esposa. – olhou o irmão. – Enquanto isso, pode preparar o pessoal.
-- Vamos amanhã, pode descansar por hoje. Os rapazes estão preparando algumas coisas antes de sairmos.
-- Tudo bem. – segurou a mão da surfista. – Qualquer coisa, estarei no nosso quarto.
*************************************************
-- Vai começar a me falar sobre Jeanine ou minha mãe? – Lívia perguntou irritada.
-- Posso falar no que você quiser, só me responde uma coisa: o que sente por Jeanine? Ainda a ama? – Lívia parou e a encarou.
-- Sabia que ela estava viva?
-- Desconfiava.
-- E por que não me contou?
-- Eram desconfianças, depois tocaria em um assunto que sempre lhe fez sofrer.
-- Estava com medo que deixasse nosso casamento de lado e fosse atrás dela, não é? – Haidê a olhou e fechou o cenho.
-- Era isso que você faria? É isso o que quer? – Lívia se aproximou sem deixar de fita-la.
-- Não. – respondeu fitando-a nos olhos. – Eu me casei com você porque lhe amo, independente de qualquer coisa, você é a minha vida. – Haidê baixou a cabeça e confessou baixinho.
-- Eu tinha medo que você corresse para ela, e assumisse que ainda a amava. – Lívia passou a mão pelo seu rosto.
-- Olhe para mim Haidê. – exigiu em tom autoritário, a morena a olhou. – Eu nunca vou lhe deixar por outra pessoa. Lembre-se sempre disso: você é minha vida, minha esposa que amo. – Haidê a beijou e voltou a fita-la.
-- Prefere ouvir toda a história agora ou primeiro descansar?
-- Se você estiver cansada, por mim tudo bem, mas preferia ouvir tudo de uma vez.
-- Tudo bem. – a fez sentar e andou até a janela. - Quando sua mãe estava grávida, sofreu um acidente de carro. Ela estava com seus avós que morreram no local. O resgate chegou a tempo de salva-la e fazer à cesariana. – Lívia a observava surpresa. - Você foi levada para incubadora enquanto sua mãe permaneceu na UTI, mas infelizmente, não resistiu.
-- Então Franciele não é minha mãe?
-- Não anjo. Sua mãe era Maria Francisca. Franciele aproveitou para se aproximar de seu pai com a desculpa de ajuda-lo. Ele estava muito fragilizado e preocupado como cria-la sem a presença da mulher que amava. – Lívia sentiu as lágrimas rolarem pelo seu rosto.
-- Ele sempre me falou de como amava minha mãe, agora eu sei a quem se referia. – sentiu Haidê limpando seu rosto.
-- Seu pai realmente a amava. Ele queria cria-la com ajuda do seu avô, Aldo, mas Franciele insistia em se relacionar com ele, até ser rejeitada e inventar algumas coisas.
-- Bem típico dela. O que fez?
-- Disse que seu pai a violentou. Como Estevam não era casado no papel com Francisca, suas tias queriam sua guarda por julga-lo irresponsável. Seu avô o aconselhou a casar para não perder a guarda e foi aí que o inferno na vida dele começou.
-- Ela sempre foi uma egoísta, interesseira e safada. Agora não entendo... – olhou para Haidê. – Não existia exames que desmentissem isso naquela época?
-- Existiam sim, meu anjo. O problema que Franciele é perigosa, ninguém sabia o que seria capaz de fazer. Não existem provas contundentes, mas desconfio que ela matou suas tias alguns meses depois, as mesmas que queriam sua guarda. – Lívia fechou os olhos por alguns minutos processando toda informação.
-- Quem mais sabe dessa história? – Haidê olhou para o chão. – Todos, não é?
-- Eles fizeram isso para lhe preservar. Não sei se atenua, mas foi a pedido do seu pai e do seu avô. – Lívia permaneceu com o olhar vazio. – Amor, eu sei que a mentira não é o melhor caminho, mas fui mãe e sei o que o desespero nos leva a fazer pelo bem-estar de um filho.
-- Todos mentiram para mim. – a olhou com tristeza. – Quanto a verdade de Jeanine, foi para me proteger também?
-- Eles não sabiam. – Lívia a olhou sem entender. – Isso foi uma armação planejada por Franciele e Antony, claro que Jacques e Jeanine aceitaram.
-- Então eles eram amantes?
-- Sempre foram.
-- Mas essa obsessão por você?
-- Orgulho de macho ferido com uma pitada de interesse nas terras dos meus pais. – Haidê sentou de frente para Lívia e a observou antes de continuar. - Em algum momento ele e Jeanine devem ter brigado, a fonte dele secou e tentou me sugar.
-- Bem típico dele e toda sua família. Acha que Franciele traiu meu pai? – Haidê a olhou e ela concluiu. – Claro.
-- Eles mantiveram um caso por anos.
-- Como fui idiota. – afirmou irritada. – Toda minha vida, praticamente tudo, era mentira.
-- Lívia... – a segurou pela cabeça, forçando-a encara-la. – Eu amo você, isso é verdade. Fernando, Lis, Bá, vovó, meu irmão e nossos amigos, isso é verdade. Eles estão nos ajudando em cada coisa complicada de nossas vidas porque nos querem felizes. Isso é verdade meu amor. – Lívia sentia as lágrimas voltarem a rolar. – Não fala nunca que essa mentira foi bem digerida por eles, porque não foi. Estevam foi obrigado a casar, pensando no seu bem, ele errou. Qual pai ou mãe não erra por superproteção do filho? – Lívia baixou a cabeça chorando, só depois de algum tempo consolada pela morena, lembrou-se de algo.
-- Meu pai... – soltou-se e andou em círculo. – Haidê, ele pode ter sido assassinado por essa quadrilha. – Haidê respirou fundo e quando soltou o ar, jogou o corpo sobre a cadeira.
-- Eu não queria entrar nesse assunto agora, mas, possivelmente ele foi assassinado, assim como George.
-- Essas mortes... – tinha medo de perguntar.
-- Eram todos ligados em um círculo vicioso: Franciele, Antony, Jacques e Jeanine. Outras pessoas se envolveram como leva e trás sem saber a dimensão do que realmente tudo era. Isso se aplica a Augusto e Milena.
-- Augusto é irmão de Jeanine por parte de pai. – Haidê já sabia, mas deixou que ela continuasse. – O pai dele era um uruguaio muito do safado, não podia passar por um rab* de saia.
-- Ele também fornecia drogas para Milena em troca de sex*.
-- Sério?
-- Sim. – Haidê se levantou e andou pelo quarto enquanto explicava. – Milena é de família rica, mas os pais são pessoas honestas. Ela se envolveu com gente da pesada e se viciou em drogas, tudo o que faz e fez foi para obtê-las.
-- Ela também teve um lance com Jacques. – Lívia falou quase em sussurro.
-- Ela teve algo com todos... – completou em tom de brincadeira. - Digamos que é uma pessoa “dada”. – Lívia olhou para a esposa que sempre foi muito ética e cheia de cerimônias e não segurou a risada com seu comentário. – Amor, não fica chateada com seus padrinhos e com Bá. Assim como Estevam, todos foram vítimas dessa mentira.
-- Eu vou conversar com eles, mas antes quero lhe pedir uma coisa.
-- Diga.
-- Quero que prenda Franciele e a faça pagar por tudo. – colocou as mãos sobre o tórax da morena. - Haidê, eu a quero viva para vê-la pagar pelo que fez com meu pai e meu tio.
-- Não sei se por estes crimes eu consiga coloca-la na prisão.
-- Mas existem outros crimes, não é? – Haidê sorriu.
-- Muitos. – abraçaram-se. – Nesta lista, a única que irá presa será ela. – as duas se olharam e Lívia entendeu o que a esposa queria.
-- Eu não me importo com o destino de Jacques e Jeanine, pelo contrário, minha única preocupação é você. – segurou o rosto da morena entre suas mãos. – Promete que vai se cuidar...
-- Lívia... – tentou interrompê-la.
-- Promete para mim... – a olhou com súplica.
-- Eu prometo meu amor. – beijaram-se. – Vem, quero que descanse comigo.
-- Eu vou com você, Haidê. – afirmou após sentir a esposa abraça-la.
-- Depois conversamos sobre isso.
********************************************
Jacques estava sentado em sua confortável poltrona em uma imensa sala, pensando em como matar Lívia. Havia oferecido dois milhões pela cabeça da loirinha em seu momento de fúria, após quebrar toda a sala de reuniões. Agora estava lá, jogado em seus pensamentos e apreciando uma dose de uísque, quando foi interrompido por Pedro.
-- Aí cara, a chefe está aqui e quer conversar com você. – os dois trocaram um olhar significativo.
-- Eu não quero falar com ninguém.
-- Comigo você vai querer. – Jeanine entrou na sala seguida de mais alguns seguranças, extremamente preparados e treinados para uma verdadeira guerra. Jacques a olhou e não demonstrou muito entusiasmo. – Pedro, saia. – o advogado concordou com a cabeça e saiu, deixando os dois com os seguranças. – Quero saber de onde vem o dinheiro que você pagará a recompensa. – Jacques a olhou com tédio.
-- Sabe que temos muito mais que isso.
-- Eu tenho. – aproximou-se e pegou o copo que o moreno segurava. – Esse scotch que você está bebendo, sabe quando teria condições de comprar um desses? Nunca. – bebeu um pouco da bebida e mandou que um dos seguranças guardasse a garrafa.
-- Qual é Jeanine? – bateu forte no rosto do moreno.
-- Rosário. – bebeu mais um pouco do uísque. – Jeanine morreu, assim como tudo que ela viveu.
-- Não seja ridícula! – levantou-se e foi até a janela. – Seu pai, você e seus irmãos são idiotas se acham que essa farsa nunca será descoberta. Perdemos muitos homens, não sabemos onde estão. – virou-se para encara-la com sarcasmo. – Acha que nenhum deles vai cantar com o biquinho em perigo?
-- Perdemos porque você agiu de forma atrapalhada e sem planejamento. Eu não queria voltar para este país tupiniquim para limpar suas sujeiras, mas meu pai achou melhor, ou você acabaria com todo o patrimônio conquistado aqui.
-- Conquistado? Eu conquistei. – avançou em direção a morena, mas foi impedido por um dos seguranças que se colocou entre os dois. – Eu e meu pai demos duro aqui, enquanto você brincava de máfia.
-- E fez um excelente trabalho após matar a família de dois agentes da Interpol, chamando o interesse deles para nossas ações. – sentou-se e cruzou as pernas, pegou um cigarro e um dos seguranças se aproximou para acendê-lo. – Perdi dois grandes colaboradores especialistas em informática e que arrecadavam milhões por ano. Sabe quem matou? Sua amada. Perdi mais quatro homens que chefiavam toda a distribuição da droga na América do Sul, além, claro de Roberto. Sabe quem matou?
-- Ela não matou todos eles, é apenas uma mulher e não uma metralhadora.
-- Não seja idiota, aquela mulher é uma máquina de destruição e você a trouxe para nossas vidas. – Jacques tentou se levantar para enfrenta-la, mas um dos seguranças o empurrou de volta para cadeira.
-- Ela é perfeita.
-- Até descobrir que você ofereceu uma recompensa pela morte da esposa. – os dois se encararam, depois Jeanine fez uma pausa e olhou em volta. – Como pretende pagar esta recompensa?
-- Está com pena da ex-namoradinha? – soltou a fumaça do cigarro. – disse debochado. – Por que não a pega e deixa Haidê livre? – Jeanine perdeu a paciência e se aproximou de forma ameaçadora.
-- Quero saber como irá pagar por algo que ofereceu a vários tipos de assassinos, apenas isso. – esboçou um sorriso de malícia. - Não tenho mais nada com Lívia, apesar de acha-la muito mais gostosa do que antes. Acredite, eu me arrependo de tê-la trocado por você. – Jacques fechou a mão com raiva. Jeanine percebeu, preferiu ignorar. – Mas me diga, quando um daqueles eficientes homens que matam por dinheiro, chegar aqui exigindo sua recompensa, como pensa em pagar?
-- Eu tenho direito sobre seus bens.
-- Tem? Desde quando?
-- Não me enche Jeanine. – ela voltou a lhe bater no rosto, desta vez ele tentou revidar, um dos seguranças o segurou enquanto o outro lhe deu dois socos na barriga.
-- Não seja idiota, Jacques. Eu decido quem ganha ou perde aqui. Você deixou de ser interessante quando começou a ser um prejuízo para mim e aos meus interesses. Primeiro com a desastrosa morte dos pais daquela agente, depois se envolveu com ela e a trouxe para perto da nossa organização. – ele permanecia caído no chão, gem*ndo com dor e com muita raiva da mulher a sua frente. – Agora acha que pagarei por uma recompensa para equilibrar sua honra de macho trocado por uma mulher. – ele a encarou e ela completou com um sorriso sarcástico. – Lívia conquistou a sua amada por ela ser quem é, e vou lhe confessar: ela é muito gostosa, se é que me entende. – Jacques tentou se erguer, mas levou uma rasteira do segurança.
-- Sua desgraçada! – gritou. – Eu vou lhe matar.
-- Controle-se seu machinho incompetente. – ordenou com o cenho fechado. – Eu posso lhe matar... – pegou a arma do segurança e destravou apontando para cabeça do moreno. – Eu só fiquei com você enquanto foi conveniente, posso lhe descartar a qualquer momento.
-- Não pode, eu sou o único que sabe onde está o ouro que meu pai guardou. – Jeanine deu uma imensa risada.
-- Aquele pendriver? Querido, estou anos luz a sua frente.
-- Eu tenho a cópia e posso jogar tudo na internet e nas mãos dos federais.
-- Hum... – pareceu pensar. – Mas morto não pode fazer nada disso.
-- A cópia está com uma pessoa de minha confiança, se qualquer coisa me acontecer...
-- Franciele? – olhou para um dos seguranças. – Tragam a vaca para cá.
-- Não é ela.
-- Não? Quem mais seria da sua confiança. – deu uma grande risada.
***********************************************
-- Bá...
-- Onde está Lívia? – perguntou olhando para os lados.
-- Ainda está dormindo.
-- Eu ouvi a conversa de vocês mais cedo. – Haidê sentou no banco e apoiou os braços na bancada da cozinha. - Ela quer ir com você.
-- Sei que ficará irritada comigo, nem sei se vai me perdoar, mas preciso ser racional.
-- Só quero saber como vai segura-la. – a morena colocou a mão no bolso e tirou um frasco.
-- Vou colocar isso no suco.
-- Haidê...
-- Não Bá, eu posso perder tudo na minha vida, menos meu anjo loiro.
-- Só tome cuidado, ela também não aguentaria lhe perder.
-- Pode deixar, vou me cuidar. – olhou para comida sobre o balcão. – Será que você pode preparar uma bandeja para mim? Vou comer lá em cima com ela.
-- Claro. – o filho do jardineiro chegou até a porta e pediu licença, interrompendo-as.
-- Dona Haidê...
-- Olá pequeno.
-- O carteiro deixou isso para senhora. – Haidê pegou a caixa e abriu, viu um pendriver e uma nota pedindo que verificasse o conteúdo. Ela ficou tentada em verifica-lo no computador, mas achou mais prudente entrega-lo ao irmão.
-- Obrigada pequeno. – passou a mão na cabeça do garoto e pegou seu telefone. – Ulisses... – contou tudo ao irmão e esperou que ele investigasse. – Bá, Ulisses vai passar aqui mais tarde, você pode entregar isso a ele?
-- Sim. Já vai subir?
-- Vou sim, quero ficar o máximo possível com Lívia.
-- Minha filha cuide-se!
-- Eu tomarei cuidado, não se preocupe.
-- Não sei o que acontecerá com minha menina se você falhar. – declarou emocionada.
-- Bá, eu nunca tive tanta motivação para concluir minha missão e voltar para casa, para os braços do meu anjo loiro. – sorriu e abraçou a mulher mais velha.
-- Que horas vai sair?
-- Bem cedo... – respirou fundo como se segurasse as emoções. – Ela estará dormindo.
-- Deus lhe proteja. Estarei aqui na torcida por vocês. – beijou a morena após abraça-la.
********************************************
Haidê entrou no quarto e viu Lívia dormindo espalhada pela cama. Os cabelos loiros bagunçados e espalhados sobre o travesseiro, o lençol cobria até a cintura, deixando o resto do corpo nu. A morena sorriu com a cena, colocou a bandeja sobre o móvel e sentou na cama. Ela passou a mão delicadamente pelo corpo nu, depois beijou e sentiu o corpo menor arrepiar.
-- Quero acordar todos os dias assim. – Lívia confessou com a voz ainda sonolenta.
-- Dorminhoca. – a loirinha se virou e deixou os seios a mostra. – Assim é golpe baixo.
-- Sério? O que você vai fazer quanto a isso? – Haidê aceitou a provocação e se abaixou, abocanhou um dos seios da loirinha e mordiscou. Lívia gem*u e isso deixou a morena mais excitada. – Tira essa roupa. – pediu manhosa.
-- Primeiro quero saborear esse monte maravilhoso. – passou a mão pelo corpo da loirinha e seguiu até o meio de suas pernas. – Tão molhadinha... – falou com uma voz rouca. – E ainda não fiz nada.
*********************************************
-- Amor, agora deu fome.
-- A bandeja está ali, eu trouxe comida, mas você me atacou. – fingiu inocência.
-- Sério isso? – a morena deu uma risada.
-- Amo quando você me ataca. – Lívia a mordeu na barriga e pulou da cama.
-- Você me ataca muito mais. – piscou e foi em direção ao banheiro. – Arrume essa bandeja enquanto tomo um banho rápido, estou com fome. – Haidê aproveitou e colocou algumas gotas do remédio no suco da loirinha.
-- Desculpa anjo, só quero que fique segura. – disse baixinho enquanto misturava a bebida.
-- O que você disse amor? – Lívia perguntou terminando de se enxugar. Ela jogou a toalha sobre uma cadeira e caminhou nua até a morena que puxou para seu colo.
-- Que eu lhe amo. – beijou o corpo nu. Lívia pegou o copo de suco e deu um grande gole, Haidê baixou a cabeça, cheia de culpa por ter mentido para esposa.
**************************************************
Haidê vestiu uma calça preta, uma camisa de malha e por cima um colete a prova de balas, por último outra camisa de mangas comprida preta, um coldre duplo e um casaco. Amarrou o cabelo em um rab* de cavalo, calçou um coturno e colocou uma bainha em sua perna, em seguida a faca. Pegou as duas armas e verificou se estavam com munição, as colocou no coldre. Aproximou-se de Lívia e a beijou na testa.
-- Nunca esqueça que te amo.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Cibele
Em: 08/12/2019
Amei a história
Eita quando Lívia descobrir que Haidê a dopou quero nem ver viu As coisas vão se esquentar. ... mas tem que entender que é pro seu próprio bem né pq é perigoso e Haidê só quis protegê-la
Resposta do autor:
Rolou a clássica DR. Agora já estão em volta de novas confusões.
Bjs
[Faça o login para poder comentar]
Baiana
Em: 24/11/2019
Eita que essa Jeanine é uma bandida de primeira linha,quem diria hem? Mas quero ver o confronto dela com a Haidê,ela pagando por toda maldade que fez
Falando na morena...quero nem está na pele dela quando a loirinha descobrir que foi dopada kkkk
Resposta do autor:
Ola
Diante de tudo que elas estão passando, acho que ela vai aliviar o lado da morena. Amanhã tem mais. Bjs
[Faça o login para poder comentar]
cris05
Em: 24/11/2019
Eita que o negócio vai pegar fogo!
Haidê vai ter que rebolar quando Livia acordar e entender que a esposa a dopou, mesmo que tenha sido pra protegê-la.
Resposta do autor:
Uma DR fatal depois que conversaram. Aguarde que elas ainda irão aprontar.
Bjs
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]