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Coincidências por Rafa e

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Palavras: 4469
Acessos: 1856   |  Postado em: 15/11/2019

Capitulo 25

A festa estava animada, todos os amigos mais íntimos presentes, muitas brincadeiras entre as crianças e Júnior. Lívia prestava atenção nas crianças, enquanto paparicava sua morena.

-- Algum problema? – perguntou curiosa ao observar a surfista um pouco distante. Lívia a olhou e sorriu.

-- Essas crianças brincando... Meu pai sempre sonhou com uma casa cheia de crianças. – estava nostálgica com as lembranças. – Eu queria mais irmãos.

-- Por que seu pai não casou de novo? – Lívia a olhou com intensidade.

-- Ele dizia que só se amava uma vez. – sorriu com pesar. – Meu pai amou a minha mãe, parece um filme. – Haidê percebeu o tom delicado e a expressão da loirinha, resolveu mudar de assunto.

-- Vamos comer? – a puxou para um beijo. – Precisamos reforçar nossas energias para a surpresa.

-- Essa surpresa poderia ficar para amanhã. – choramingou enquanto abraçava a morena. – Hoje poderíamos ficar aqui, aproveitar a festa até o final e depois... – a puxou, forçando-a se abaixar um pouco e cochichou em seu ouvido. – Nos divertir na cama, fazendo loucuras. – Haidê sorriu e se virou para responder baixinho.

-- Se sair hoje, contaremos com uma grande ajudinha, amanhã... – mordeu a ponta da orelha da loirinha. – Poderão nos seguir e atrapalhar nossos planos.

-- Aceito. – sorriu e voltou a beijá-la.

-- Combinado. - a abraçou forte.

-- Eu nem acredito que peguei a mulher mais linda do mundo só para mim.

-- A mulher mais linda do mundo é a minha.

-- Ei, por que não deixam um pouco para depois? – Camila sugeriu.

-- Haidê, por que não viaja para o “triângulo das calcinhas”?

-- Júnior, cala a boca! – Ulisses gritou.

-- É Triangulo das Bermudas. – Camila corrigiu.

-- Mas elas são gatas, coisa de mulher é calcinha. – justificou-se. Melissa revirou os olhos, Isadora a cutucou.

-- Amor, por favor, você prometeu paciência. – pediu com doçura.

-- Tudo o que quiser, meu amor. – as amigas repetiram juntas.

-- “Tudo o que Isadora quer, Isadora consegue”. – Melissa ficou envergonhada, enquanto a loirinha sorriu, a beijou e depois piscou para Lívia.

-- Eu gostei disso, meu amor. – sussurrou para Haidê.

-- Você não precisa disso, só pensar que faço. – Úrsula gritou animada.

-- Telepatia! Cristina, isso você não consegue. – Isadora beijou sua morena.

-- Nós conseguimos tudo a que temos direito.

-- Povo, dona Dirce pediu para avisar que o almoço será servido. – Mariana chamou e sentiu uma mãozinha lhe puxar. – Oi...

-- Tia Mari, senta comigo e meu pai. – foi quase uma ordem.

-- Ei rapaz, não pode mandar assim nas pessoas. – Ulisses o repreendeu.

-- Sento sim. – olhou para o namorado. – Ele não está mandando, foi um convite. – afirmou.

 

*******************************

-- Queria encontrar um grande amor. – Úrsula confessou olhando para Camila.

-- Está como alguém que conheço, só arruma o errado. – deu de ombros. – Consequências de um pequeno dedo podre. – Silvana respondeu e olhou para Elisângela na mesa ao lado conversando com o grupo de amigas de Lívia.

-- Então olhe nos desclassificados. – Júnior sugeriu enquanto comia empolgado.

-- Desclassificados? – Úrsula perguntou curiosa e Silvana o olhou sem entender.

-- Onde ficam os que não são bons. – respondeu após engolir a comida, o que chamou atenção de quase todos a mesa.

-- Tem certeza que não posso jogá-lo em um laboratório para pesquisa? – o irmão de Haidê perguntou sério.

-- Ulisses, não dê ideias a Cristina, tenho certeza que Isadora não vai gostar. – Camila repreendeu.

Enquanto o diálogo prosseguia na mesa, Lívia oferecia comida na boca da morena, estavam alheias a conversa dos amigos na mesa ao lado. Mariana a olhou e sorriu em direção as outras mulheres.

-- Não atrapalhem as duas, ela agora tem uma máquina mortífera loira. – Ulisses brincou com a namorada.

-- Estou tão feliz por ela. – admirou as noivas que se beijavam.

-- Minha irmã precisava recuperar a felicidade.

 

**********************************

Haidê fez sinal para Melissa, chamando-a.

-- Hora de colocar nosso plano em ação.

-- Ulisses vai ficar aqui?

-- Sim.

-- Até que sai no lucro. – brincou. – As crianças voltarão para São Paulo com Camila, eu ficarei aqui com Isa e ainda terei Ulisses de segurança. – assobiou. Haidê sorriu com o comentário e percebeu um quase duelo entre Úrsula e Silvana.

-- Qual é a delas? – fez sinal com a cabeça. – O que tá rolando?

-- Estão na disputa de Camila.

-- Elisângela não está gostando muito.

-- Não foi ela que arrumou uma artista? – perguntou com ironia.

-- Então já sabe?

-- Ulisses nos contou. Ele colocou gente para segui-la.

-- Quase todos... – fez sinal com as mãos. – Amigos de Lívia, estão na parceria com Jacques.

-- Falsas amizades não fazem falta. – foi a resposta direta de Melissa. Camila, Isadora e Lívia conversavam animadas.

-- Joga o buquê Lívia.

-- Vai casar de novo Camila?

-- Não Ulisses, eu quero que alguém pegue, mas vendo você aí, estou até desistindo.

-- O que ela quis dizer com isso? – foi atrás da veterinária e Isadora falou baixinho.

-- Lívia, nós combinamos de levar Mariana para o canto, meio que isolando-a. Quando você jogar o buquê, basta mirar para aquele lado, assim ela pega.

-- Era isso que Camila falou?

-- Sim. Mel e ela ficarão próximas para impedir que outras pessoas peguem.

-- Meninas, isso é um casamento e não futebol americano. – Haidê repreendeu após se aproximar.

-- Elas estão certas Haidê. – sorriu para Isadora. – Vamos colocar o plano em ação. – piscou e beijou a bochecha da esposa.

-- Você deveria ter um buquê também, ao invés de reclamar. – Isadora disse para Haidê.

-- Eu fui casada, isso não funciona. – fez uma careta para loira que lhe estirou língua e saiu.

-- Como vocês são adultas. – Lívia afirmou puxando-a para um beijo.

-- Ah Lívia! – jogou as mãos em derrota – Um galhinho de planta não faz a diferença.

-- Como não faz? – a olhou perigosamente. – Quem pegar pode ser a próxima noiva.

-- Isso não existe meu anjo. –  Quando percebeu a expressão da loirinha, a puxou para um abraço e sorriu. – Está bem, eu me jogo as suas vontades.

-- Assim que se fala: “o que Lívia quiser, Haidê faz.” – afirmou com um sorriso e Haidê a olhou surpresa.

-- Anjo, você está proibida de continua amizade com Isadora.

-- Vamos ao plano. – não se importou com o comentário da esposa.

Lívia jogou o buquê, mas, com os saltos de Camila e Melissa, ele praticamente foi conduzido até as mãos de Mariana que olhou para um Ulisses envergonhado.

-- Oba! – pulou. - Tia Mari vai ser minha mãe. – Yan gritou e todos riram com o jeito de Ulisses.

 

*******************************************

 

-- Loirinha vamos subir? – perguntou enquanto acariciava o rosto da esposa.

-- Não está cedo? – perguntou com malícia.

-- Para mim está mais do que tarde. – respondeu mordendo seu pescoço – Lembre-se da surpresa... – afastaram-se e Lívia sorriu fitando os olhos azuis.

-- Qual é a surpresa? – perguntou baixinho.

-- Eu planejei uma fuga maravilhosa, sem que ninguém nos ache ou mantenha contato. – explicou baixinho, quase sussurrando.

-- Só nós duas e o resto do mundo sem notícias? – Haidê balançou a cabeça em positivo e Lívia achou parecida com uma criança que está prestes a aprontar. – Adorei!

-- Eu quero isso. Preciso ficar sozinha com você. – abraçaram-se.

-- E se Bá perguntar para onde vamos? Sabe que ela morre de ciúmes da vó Lena.

-- Ninguém sabe... – ergueu uma das sobrancelhas para explicar seu plano. Lívia prestou atenção em cada detalhe de sua expressão, achando-a cada vez mais linda.

-- Amei a parte da roupa de couro e da moto.

-- Lívia, expliquei cada detalhe da fuga e você só absorveu o couro e a moto?

-- São as partes mais interessantes. – respondeu balançando as sobrancelhas.

 

*******************************

Entraram no quarto e Lívia se jogou nos braços da morena em um beijo demorado.

-- Eu acho que você está mais gostosa depois que casou. – disse olhando-a nos olhos.

-- E você mais safada. – respondeu sorrindo.

-- Eu nunca imaginei ser tão feliz. – voltou a beijá-la, quando se separaram Lívia completou com sarcasmo.

-- Ah, mas quem não queria casar? Foi jogo duro, deu o maior trabalho?

-- Mas assim que é bom, olha como ficou mais gostoso. – estava com uma expressão safada. Lívia pulou nos seus braços, envolvendo-a pelo pescoço e depositando vários beijos – Eu amo você, mas agora temos que trocar de roupa e sair sem que percebam.

-- Acha mesmo que não perceberão?

-- Tenho certeza. Combinei tudo e cronometrei com Cris, Mariana e Ulisses.

-- Você não falou que ninguém sabia?

-- E ninguém sabe... – sorriu e a beijou rapidamente. – Eles sofrem de amnésia e Alzheimer. – sorriram. – Agora vamos, precisamos pegar a estrada. – Lívia foi até o closet e voltou com um sorriso malicioso, enquanto Haidê colocou uma música.

-- Abre para mim? – ficou de costas para morena que sorriu e abriu, beijando a pele que surgia.

-- “Se eu não te amasse tanto assim / Talvez perdesse os sonhos / Dentro de mim / E vivesse na escuridão.” ... – cantou enquanto beijava o corpo da loira.

-- Não sabia que você gostava de Ivete.

-- Eu meio que sou apaixonada por ela... – brincou. Lívia se virou e ergueu uma sobrancelha.

-- Ela é casada e... – empurrou seu ombro com um dedo. - Você também.

-- Coisas da vida. – brincou.

-- Morena, eu acho que vou usar a tática feminina com você.

-- E qual seria esta tática?

-- Deixar você bem cansada, fraca e acabada na cama para ser incapaz de fazer algo depois. Só alimentá-la nos horários da refeição, fora isso só terá a mim. – declarou com um misto de ironia e sarcasmo.

-- Eu não preciso disso... – voltou a puxá-la – Eu tenho você e isso me basta. Eu a amo e nunca colocaria nossa relação em risco.

-- Meu amor...

-- Minha rainha... Meu anjo loiro. – beijaram-se.

 

*************************************

 

-- Morena, estou pronta. – mostrou-se para advogada que engoliu seco.

-- Linda! – afirmou após recuperar sua voz.

-- Essas roupas estão fantásticas! E você fez tudo isso sem que eu percebesse. – a puxou para um abraço. - Ainda se veste como uma pantera e espera que eu fique quieta. – puxou o zíper do casaco da morena.

-- Lívia... – afastou-se com dificuldade – Meu anjo está anoitecendo, para onde vamos... – suspirou. - É um pouco distante.

-- E para onde vamos?

-- Segredo. – beijaram-se. Haidê enviou uma mensagem para Mariana que imediatamente respondeu dando o sinal.

 

***********************************

-- Alguma novidade da casa?

-- Não patrão. Estão todos parados bem distantes, aquilo está cheio de seguranças. E tem, também, aqueles robozinhos que voam para pegar algo.

-- Poupe dos seus comentários seu imbecil. Preste atenção, Haidê é cheia de truques, ela pode sair sem que ninguém veja. Avise aqueles imbecis para observarem toda a movimentação da rua.

-- Ah patrão, vai ser difícil.

-- Virem-se! – gritou irritado.

 

***********************************

 

-- Lívia, não teremos tempo e nem condições de falar com ninguém. Vamos sair pelo quarto de hóspedes.

-- Podemos descer pela escada e sair...

-- Lívia, eu não quero ninguém nos vendo. Estudei toda a rota que faremos, desceremos pela cerca de plantas...

-- Haidê, aquilo não aguenta nós duas. – a morena abriu um sorriso largo.

-- Agora aguenta.

-- Como assim?

-- Preparei para a ocasião.

-- Mas...

-- Confie em mim e seja rápida. Nada de falar com ninguém. – desceu e olhou para Lívia - Está pronta?

-- Sim.

-- Ótimo! Nosso tempo acabou.

 

******************************************

 

-- Olha lá, não é o carro da advogada do patrão?

-- É sim. Ela está saindo.

-- Bem que ele falou... “Sapata dos infernos”!

-- São tudo uns doentes. Vamos lá, segue elas. – Quando o carro começou a andar, outro veículo igual ao de Haidê saiu de dentro da casa.

-- E agora? Qual dos dois?

-- Diabo de película! Não se pode nem ver quem “tá” dentro.

-- Passa o rádio “pra” Tico, ele segue esse e nós o primeiro. – Seguiram os carros, deixando a saída da rua sem vigilância.

A morena terminou de descer e fez sinal para a loirinha pular de onde estava.

-- Ainda estou longe, espera...

-- Lívia, não temos mais tempo, pule agora, eu lhe seguro... Confie em mim.

-- Aff! – pulou e caiu nos braços da esposa. – Minha heroína. – Haidê sorriu e lhe beijou rapidamente.

-- Agora vamos. – Desceram em direção ao portão, colocaram os capacetes. Haidê pegou uma moto, subiu e esperou a loirinha, que sentou atrás, apertando bem os braços, envolta da sua cintura. Ela acariciou sua mão e depois ligou a moto. Quando chegaram ao portão, Haidê olhou ao redor e viu que não havia nada de suspeito. Saiu em direção à cidade.

Seguiu por uma rodovia movimentada, despistando entre carros e caminhões, sabia que não havia ninguém seguindo, mas não poderia se arriscar. Passou por outra moto, idêntica a sua e com duas pessoas vestidas da mesma forma. As motos ficaram uma ao lado da outra, depois seguiram caminhos diferentes.

Lívia a abraçava forte, a cada parada, sentia Haidê acariciando sua mão, sorriu feliz com o gesto.

“Eu amo você.” – pensou abraçada a Haidê, enquanto ela pilotava a moto.

 

******************************

 

-- Como é? Vocês seguiram os carros errados? – gritou. – Imbecis!

-- Pa... Patrão, os carros eram iguais.

-- Por que não sondaram a placa dele?

-- Mas... – queria dizer que haviam feito isso, mas o carro era dirigido por dois homens.

-- Não quero saber de desculpas... Se estivessem aqui eu os mataria.

-- Patrão, melhor ligar para seu informante, talvez saiba melhor e...

-- CALE A BOCA! Não fizeram merd* demais por hoje? – desligou sem tempo para mais nada.

-- O patrão tá nervoso.

-- Essa mulher deve ser muito boa, ele tá enlouquecido.

-- Linda ela é.

-- Pois é né cara? Uma mulher daquela com outra gostosa como a loira... Estrago.

-- Eu queria “ver elas colando o velcro, ia gem*r pra caralh*”.

-- Caralh* é o que eu “ia” mostrar a elas. – riram.

 

***********************************

 

-- Como essas duas somem e ninguém sabe e ninguém viu?

-- Jacques, você conhece Haidê e... – Pedro tentou acalma-lo.

-- Cale a boca! – exigiu enquanto segurava com força seu queixo. – Agora suma! – empurrou com força e o homem caiu longe. – Quero ficar sozinho, preciso pensar. – Sentou-se segurando um copo de uísque. Pedro se levantou massageando o queixo.

-- Bom se acalmar, a chefe virá aqui hoje à noite.

-- Sério? Quem sabe não acabe logo com esta farsa, não é mesmo?

-- Eu vou relevar este seu estouro. – ajeitou a roupa. – Perder a ex para a irmã é horrível. - saiu irritado.

 

***********************************

 

-- Tico, olha lá. – apontou para casa da loirinha.

-- Avisa ao chefe, elas estão em casa. Enquanto isso vou chamar os caras.

-- Não tem mais federal lá dentro?

-- Saiu todos, estão elas e aquela velha.

-- Vou avisar.

Tico chamou seus comparsas, enquanto Ladislau avisou a recente descoberta a Jacques. Melissa percebeu a movimentação de onde estava com Isadora.

-- Amor, eles caíram na armadilha de Haidê.

-- Ela realmente é uma feiticeira. – deu uma gargalhada e Melissa a abraçou. – Enviou a mensagem para Ulisses?

-- Sim, eles estão em volta da casa. – beijaram-se.

Quando o grupo de Jacques invadiu a casa para sequestra-las, foram capturados por policiais armados que os aguardavam.

-- Menos oito. – disse com ironia.

-- O chefe vai nos soltar. – um deles alertou.                                         

-- Contamos com isso. – Ulisses respondeu com um sorriso cínico. Olhou para um dos amigos e completou com ironia. – Só oito homens para segurar minha irmã... Jacques já foi melhor.

-- Ou não conhece muito bem a ex-noiva. – todos riram com o comentário.

 

***********************************

 

Lívia apertou a cintura de Haidê, chamando sua atenção. Ela puxou a moto para o acostamento, tirou o capacete e olhou para a surfista que fez o mesmo.

-- Algum problema? – Lívia desceu para esticar o corpo e explicou.

-- Sim... – choramingou – Comemos pouco na festa, estou com fome. -- Pouco?

-- Metabolismo rápido. – explicou-se com um sorriso tímido e Haidê sorriu, depois olhou em volta.

-- Vamos procurar algum lugar para comermos.

-- Falta muito?

-- Quer desistir? – perguntou com um olho fechado.

-- Claro que não! – respondeu com as mãos na cintura. Haidê sorriu e puxou para um beijo, depois acariciou seu rosto.

-- Está mais linda depois que casou. – Afirmou com um sorriso de lado.

-- Continua... – abriu o casaco da morena.

-- Lívia, isso é um déjà vu? – disse com uma voz rouca – Não faz isso, podemos prosseguir mais tarde.

-- Mas estou com fome... – Haidê lhe beijou mais uma vez e fechou o casaco.

-- Vamos. – voltou para moto e sorriu com a expressão da loirinha.

As duas encontraram um quiosque no próprio calçadão da orla. Haidê parou e tirou o capacete.

-- Não acharemos nada melhor. – concluiu após olhar em volta.

-- Vamos então, preciso comer alguma coisa. - desceram da moto e chamaram a atenção dos poucos homens do local.

-- O que vai querer? – Haidê perguntou enquanto lia o cardápio.

-- Um suco e sanduiche. – A morena foi até o balcão e fez os pedidos. Quando olhou para trás, viu um dos homens se aproximar da mesa onde Lívia estava.

-- Posso pagar um lanche para você, gatinha? – Lívia olhou para o homem e voltou a olhar para esposa.

-- Obrigada, mas já paguei.

-- Eu não vi...

-- Então precisa de óculos. – Haidê respondeu interrompendo a conversa.

-- Oi gostosura, senta aqui com a gente. – pediu sorrindo.

-- Eu prefiro sentar sozinha com ela.

-- Vamos lá, eu e meus amigos... – apontou para mesa – Queremos conhece-las melhor.

-- Melhor como? – Lívia perguntou irritada.

-- Anjo, agora não é hora para isso.

-- Esse homem e aqueles... – apontou com a cabeça. - Estão pensando em se divertir com minha esposa e você acha que não é hora para isso?

-- Como é? Esposa? – virou-se para os três homens na mesa – São casadas... – disse com sarcasmo e todos riram. – Você é uma gracinha loirinha, mas eu prefiro à morena, mulheres altas são melhores.

-- Seu... – bufou.

-- Eu não teria falado que preferia a mim e chamado de baixinha por tabela, na mesma frase. – disse após sentar, esperou a reação de Lívia enquanto abria o saleiro que estava na mesa.

-- Haidê, não seja cínica! – olhou para o homem com o dedo em riste – Saiba que é minha esposa e, não quero ninguém se divertindo com ela. – os homens sorriram. O rapaz do balcão pediu que respeitassem o local.

-- Olha pessoal, vamos respeitar meu estabelecimento comercial, se querem comer essas daí, levem para praia. - os três homens se levantaram e foram até a mesa delas.

-- Haidê, você ouviu isso?

-- Ouvi. – estava brincando com o saleiro. – E odeio quando tratam as mulheres como brinquedinhos. – disse com sarcasmo.

-- Ei, você fica com a morena. – limpou a boca. - Estou afim dessa loira esquentadinha. – Quando se aproximaram, Haidê jogou o sal nos olhos do primeiro, chutou o segundo, atingindo-o no meio das pernas e se preparou para acertar o terceiro que pegou uma faca. Lívia levantou-se e fechou a cadeira de ferro, protegendo-se do quarto homem, o que queria a morena. Ele tentou lhe bater, mas atingiu a cadeira e quando sentiu a dor na mão, recebeu um golpe no rosto, outro na barriga e um terceiro entre as pernas, o que lhe deixou cair de joelhos sem reação. Ela se aproveitou do momento e bateu com a cadeira em seu rosto, derrubando-o de vez.

-- Haidê, por favor, pare de brincar e termine logo, ainda estou com fome. – a morena se esquivava dos golpes.

-- Ele está armado, percebeu? – livrou a cabeça, a faca quase atingiu seu rosto.

-- E eu com fome. -   foi até o balcão e viu o atendente assustado. – Ah, então você queria que eles nos levassem para praia? Queria que nos violentassem? – perguntou irritada.

-- Olha dona, eu não sei de nada não! – afirmou com medo.

-- Terminou nosso lanche? – ele a olhou com receio e se afastou. Lívia revirou os olhos e pulou o balcão para preparar os dois sanduiches. Viu que a morena retirou a jaqueta e reclamou. – Ei mocinha, essa jaqueta foi bem cara, se rasgar não responderei por mim.

-- Ouviu? Ela está irritada e isso me irrita, também. – chutou a mão do homem que deixou a faca cair, sem tempo para reação, pois foi golpeado no rosto e por último na barriga. - Olha cara, estou cansada e com fome, acabou a diversão. – deu-lhe um soco, derrubando-o de vez. Lívia viu que o primeiro homem, o mesmo que teve sal nos olhos, partiu para cima de Haidê, ela jogou óleo quente no corpo do homem que se jogou no chão gritando.

-- Ele iria lhe pegar. – afirmou após Haidê olhar perplexa para o homem. – E não tinha nada além deste óleo.

-- Lembre-me de nunca discutir com você em uma cozinha. – piscou.

 Lívia colocou os sanduiches nas embalagens e pegou duas latas de refrigerantes.

-- Eu não deveria lhe pagar, você foi um homem mau, mas meu caráter me impede de agir igual... – depositou o dinheiro no balcão e bateu com força no seu rosto. – No dia que fizer isso novamente com uma mulher, arranco suas bolas e frito como aperitivo nesse estabelecimento comercial. – concluiu com sarcasmo, estava saindo quando viu várias caixas dispostas em um canto do balcão com chocolates e balas, olhou em direção ao homem e pegou alguns. – Isso fica como brindes por ser um homem muito mau. -  olhou para morena. – Vamos? – Haidê chutou a faca para longe e, deu outro soco em um dos homens que se levantava.

-- Você poderia ter me ajudado. – disse ao se aproximar.

-- Não consegue mais se livrar de um idiota com faca? – a morena apenas lhe olhou com os olhos cerrados, ela mostrou a embalagem com os sanduiches, as latas de refrigerante e os bolsos cheios de chocolate. – Isso vai quebrar o galho.

-- Vamos procurar um local mais deserto. – Declarou com um sorriso de lado. A loira se aproximou e pulou para beijar seu rosto – Arrrr! – fingiu que estava irritada. Lívia percebeu um fio de sangue próximo a sua boca.

-- Eu falei para não brincar, agora se machucou. – limpou o sangue e Haidê bateu em sua mão, afastando-a. – Teimosa.

 

**************************************

-- Quando me levará a sério?

-- Como assim? – terminou de comer o sanduíche. Estavam sentadas na areia da praia. - Eram três para mim e um, apenas um, para você.

-- Olha meu tamanho e o seu. – segurou o sorriso.

-- Não começa Lívia...

-- Está bem. – sorriu – O que acha de começarmos a lua de mel agora? – Haidê sorriu e terminou o refrigerante.

-- Perdemos tempo demais. – levantou-se e limpou a roupa. – Vamos ou não chegaremos hoje.

-- Ah! Sem brincadeiras por mais um longo tempo... – reclamou e Haidê lhe beijou.

Duas horas depois, aproximaram-se de uma pequena vila de pescadores, Haidê atravessou e pegou uma estrada de barro. Parou em uma casa, desceram e ela chamou por um homem, ele saiu feliz ao vê-la.

-- “Dotôra!” – esticou a mão, mas a morena o puxou para um abraço.

-- Senhor Melquíades...

-- A “dotôra tá” linda como sempre. – olhou para loirinha. – Essa belezura que mais parece anjo, é a esposa que a senhora “falô”?

-- É sim. – afirmou sorrindo – Meu anjo loiro, Lívia.

-- Muito “prazê”! – apertou a mão do velho pescador que lhe sorria feito um bobo. – A menina é “mermo” um anjo. – Lívia sorriu tímida e Haidê segurou a vontade de beijá-la.

-- Senhor Melquíades, conseguiu tudo o que lhe pedi?

-- Sim senhora. Tudo como pediu. – piscou. – Aqui “tá” a chave.

-- Muito bem. – olhou para Lívia. - Vamos meu anjo. – pegou a mão da loirinha e beijou.

-- “Felicitação” “pras” duas.

-- Obrigada! – disseram juntas e saíram abraçadas.

 

Haidê seguiu em direção à praia, parou a moto em frente a uma porteira, desceu e abriu. Fechou com cadeado após passarem e voltou para moto, seguiram por um pequeno aclive, até uma estrada de barro que levava a uma linda casa construída no alto de um morro. Pararam em frente à casa e Lívia tirou o capacete maravilhada com tudo.

-- Gente, que casa linda! Parece que estou em um filme. – sorriu.

-- Agora que estamos aqui, posso cumprir com o ritual da lua de mel.

-- E como fará isso? – fingiu timidez.

-- Seguindo a tradição. – colocou a moto e os capacetes em uma pequena garagem, ao lado de um jipe. Puxou a loira pela mão e abriu a porta, colocando-a em seus braços, entrou com o pé direito. – Enfim sós. – beijaram-se.

-- Agora é a parte que começamos a festa? – perguntou com um sorriso malicioso. Haidê sorriu com o comentário e voltou a beija-la.

-- A festa começou faz tempo, agora vem o momento dos docinhos. –  Lívia segurou seu rosto, encarando os expressivos olhos azuis.

-- Eu tenho tanta sorte em ter lhe encontrado... – Haidê a olhava sem piscar. – Precisava ser feliz, encontrar meu porto seguro, exorcizar meus fantasmas e me encher de esperança. Você me trouxe tudo isso de uma só vez. – Haidê a deitou em um sofá disposto no canto da sala.

-- Quer conhecer a casa?

-- Quero reconhecer seu corpo... – respondeu de forma sensual – Depois que casamos, ele pode ter mudado em alguma coisa. – sorriu com malícia.

Fim do capítulo

Notas finais:

Meninas, demorei mais de 256 dias, peço desculpas. Muita coisa aconteceu este ano, entre boas e ruins, mas, aproveitarei o meu tempo mais livre para concluir esta história e não as deixar sem um final digno do casal Lívia e Haidê.


 


Beijos e bom feriadão.


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Comentários para 25 - Capitulo 25:
Baiana
Baiana

Em: 17/11/2019

Nem acreditei quando vi a atualização! Se não me engano a história tinha parado nesse ponto,no falecido abcles não foi? Lembro dessa briga na praia,logo depois do casório.

Estava com saudades dessa dupla dinâmica

 

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patty-321
patty-321

Em: 17/11/2019

Tao lindas. Amoooo.


Resposta do autor:

São mesmo lindas!

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Brescia
Brescia

Em: 16/11/2019

           Boa madrugada mocinha.

 

Essa fuga foi digna da Haidê, ela não deixaria que nada nesse mundo desse errado no seu casamento e na comemoração da lua de mel.

 

       Baci piccola.


Resposta do autor:

Buon pomeriggio,

Haidê NUNCA deixaria nada atrapalhar um momento tão importante entre elas. A turma do barulho toda ajudou.

Baci

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LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 15/11/2019

Rafa, que alegria te ver aqui de volta! Não perdi as esperanças do teu retorno, fico feliz em saber que teremos um final à altura do nosso querido casal. Torcendo para que mais coisas boas do que ruins tenham te afastado daqui, mas agora vou ler o capítulo. Bom retorno! Beijo!


Resposta do autor:

Obrigada Letícia! Sim, essa história terá o fim digno das duas, apesar de ainda faltar alguns problemas que terão de resolver. 

Beijos

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Mille
Mille

Em: 15/11/2019

Ola Rafa muito feliz com o seu retorno e das meninas 

Haide e Lívia meteu um balão nos vigias do Jacques.

E claro que com elas não tem ninguém pra se meter a besta e ainda deixar a Lívia com fome tem que ter muita coragem.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Olá Mille, tudo bem? Desta vez terá fim, não se preocupe. Próximo capítulo domingo e realmente espero que Lívia não tenha fome.

Beijos e bom findi.

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