Coincidências por Rafa e
CapÃtulo 24
-- Será que podemos conversar em um local mais reservado? – perguntou sem jeito, e antes da loira responder, o telefone de Haidê tocou.
-- Lívia, por que não conversam no escritório? É vovó ao telefone.
-- Tudo bem. – indicou o caminho com a cabeça e o homem a seguiu. Quando entraram no escritório, ela fechou a porta e mostrou a cadeira a sua frente, sentando-se depois na outra. – O que está lhe preocupando?
-- Augusto. – pegou a mão da loirinha. – Eu não quis falar na frente de Haidê porquê da última vez ela queria pega-lo de jeito... – fez uma careta. – Aquele traste não vale isso.
-- Padrinho, falando assim está me deixando mais nervosa. O que ele aprontou agora?
-- Tem feito campanha negativa para alguns dos nossos clientes.
-- Como assim?
-- Os últimos contratos que assinamos, ele foi atrás dos clientes e falou de forma negativa da qualidade dos nossos produtos, nosso profissionalismo e coisas assim.
-- Não se preocupe com isso... – sorriu aliviada – Ele só está se queimando. Quem vai querer um advogado que fala mal dos seus próprios clientes?
-- Não é só isso Lívia... – passou a mão pelo cabelo grisalho procurando a melhor forma de falar.
-- Então fale.
-- Ele tem o apoio de Jacques que fala em nome da sua mãe.
-- Minha mãe não tem nada com essa empresa.
-- Eles entraram na justiça contra você.
-- Isso eu já sabia.
-- Conversou sobre isso com Haidê?
-- Sim. – esfregou as mãos no rosto. – Ela mesma quem está cuidando disso para mim.
-- Fico mais aliviado. – beijou o topo da cabeça loira. - Bem, era só o que tinha para conversar.
-- Veja o tipo de família que tenho. – disse com pesar.
-- Não precisa ficar assim, o importante é ter pessoas que lhe amam de verdade ao seu lado. – forçou o sorriso. – Família não precisa ter laços de sangue, os laços feito de amor, cumplicidade e amizade importam muito mais.
-- Eu amo vocês padrinho. – abraçou o homem.
-- Você foi aquela filha mais velha que amamos, mas aprontou muito. – sorriu – Agora só nos dá orgulho em se tornar tão madura e decidida. Estevam e George ficariam muito mais orgulhosos agora, vendo em quem se transformou. – Fernando limpou o rosto da loirinha que estava emocionada.
-- Obrigada por não desistir de mim. – agradeceu com um sorriso e o acompanhou até a porta. Retornou a varanda, a tempo de ouvir o final da conversa de Haidê com sua avó.
-- Sim vó... Não fique preocupada, Lívia não irá estranhar ou se incomodar... Claro... Eu não irei, não se preocupe... Tudo bem. Beijos, vó. – Desligou o telefone e passou a mão pelo rosto, permaneceu pensativa por alguns segundos, até sentir os braços da noiva lhe envolvendo. Sorriu feliz. – Isso me deixa tranquila.
-- A mim traz felicidade. – a morena segurou as mãos da loira e levou até a boca, beijando-as. – Bichinho, o que poderia me incomodar? – Haidê se virou, ficando de frente para ela e lhe beijou, puxando-a depois para sentar em seu colo.
-- Meu anjo, eu queria lhe pedir para Yan ficar aqui esses dias. – Lívia percebeu a preocupação nos olhos azuis e acariciou seu rosto.
-- Amor, vamos começar uma vida juntas. Estamos atreladas uma a outra. Compartilharemos muito mais do que a cama e o que fazemos nela... – balançou as sobrancelhas. – Sua família é a minha, o que tenho será nosso. E me alegraria muito se vó Lena e Yan viessem morar aqui. Quero muito que a palavra casa, seja muito mais que uma simples morada. Quero que signifique lar, o local para onde voltamos e encontramos as pessoas que amamos... – beijou as mãos da morena. – A pessoa pela qual vale a pena viver, compartilhar nossas vidas e sonhos... A pessoa que me fortalece, ajuda a crescer... – a advogada a beijou com delicadeza.
-- Você descreveu com detalhes o que representa para mim... Depois que perdi meus pais, meu irmão e meu filho, por mais que vovó e Ulisses estivesse ao meu lado, permaneceu aquele vazio. – a fitou nos olhos. – A vingança pareceu aliviar essa dor. Não sei quantas vidas tirei, queria fazer justiça com as minhas próprias mãos. A vingança era o certo a se fazer, mesmo que vovó me falasse que isso não traria meu povo de volta... – ajeitou o cabelo loiro que caia sobre os olhos verdes. – Hoje Lívia, você me mostrou outro lado da vida... Um que vale a pena lutar, a nossa felicidade e construir sonhos em comum... Eu sei o quanto você me ama, mas tenho ciúme e isso move essa fera, esse bichinho selvagem que você diz existir em mim...
-- Haidê... – a morena colocou seus dedos sobre os lábios da loira.
-- Eu sei... Não precisa falar... É mais forte, por mais que tente, esse medo que lhe roubem de mim, ou de perdê-la, ele aparece... Não é só o medo de voltar a ser sozinha, mas o de ficar sem você... - abaixou a cabeça, estava emocionada. A loirinha ergueu seu rosto - Lívia, eu acho que morreria sem você. – confessou com a voz embargada. Não havia mais palavras para àquele momento. As duas mulheres se abraçaram e permaneceram assim por mais de dez minutos, foi Bá quem as interrompeu, avisando sobre o almoço.
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Algumas compras que Lívia havia feito estavam espalhadas pela casa, Bá chamou o filho do jardineiro e Yan para ajudar com as caixas de papelão, enquanto Júnior colocava alguns dos móveis novos no lugar, com ajuda de Josué. Terminaram de arrumar, quando uma voz feminina e arrogante chamou atenção de todos.
-- Maria Dirce chame a minha filha aqui, imediatamente. – Júnior coçou a cabeça e a olhou.
-- Dona Franciele Castell Di Monti – concluiu surpresa.
-- Eu não tenho quitanda para ser “dona” ... – respondeu com arrogância – Senhora Franciele Castell Di Monti. – Corrigiu com altivez.
-- A senhora não tem cara de feirante não, tem é cara de bruxa. – Júnior respondeu fazendo as crianças e o jardineiro sorrirem.
-- Quem é esse macaco albino?
-- O que a senhora quer aqui? – Bá perguntou ignorando a provocação a Júnior.
-- Apesar da minha filha ser uma devassa, ainda sou a mãe dela, por que a surpresa? Esta casa também é minha
-- Desculpe senhora. – achou melhor passar a encrenqueira para Lívia.
-- Vá chama-la.
-- Ela... Elas... – corrigiu-se – Subiram... Estão dormindo...
-- Aquela safada está aí? – perguntou irritada.
-- Ei, minha tia quem está aí com tia Lívia. Respeite as duas. – Yan falou irritado.
-- Só o que me faltava. – o olhou com desprezo. – Melhor acabar logo com essa palhaçada. – empurrou o menino e levou outro empurrão de Júnior. – O que? Eu sou uma dama, você tem que me respeitar.
-- Não sei quem é você, mas ninguém encosta a mão em Yan na minha frente.
-- Seu cavalo albino. – estava indignada. – Não conhece a Lei Maria da Penha?
-- Não sei quem é essa não, mas conheço uma bruxa que chegou aqui. – Franciele resolveu subir as escadas atrás de Bá.
-- Ai meu Deus! – Josué disse baixo.
-- Agora tia Haidê “coloca ela” numa vassoura e joga longe. – Yan comunicou feliz.
-- Quero assistir de “capote”. – Júnior completou e Josué o olhou sem entender
-- Deixem essas coisas aí gente, daqui a pouco tudo estará revirado de novo. – pediu sabendo no que resultaria aquela intromissão de Franciele.
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-- Quero lhe ch*par... – Lívia sussurrou em seu ouvido, enquanto Haidê a mordia no pescoço.
-- Vem amor... – vestia apenas uma calcinha. Lívia não usava nada e brincava sentada sobre a morena. Estavam aproveitando o momento a sós, quando foram interrompidas pela familiar voz de sua mãe lhe chamando.
-- Lívia, abra essa porta.
-- Que está acontecendo? – Lívia perguntou, olhando surpresa para morena.
-- Eu vou matar a sua mãe. – ergueu-se um pouco e viu a porta ser aberta por Franciele.
-- Mas que está acontecendo aqui? – perguntou irritada, olhando as duas na cama.
-- Estou fazendo amor com minha futura esposa, simples assim. – Haidê olhou para a sogra e forçou um sorriso.
-- Aguardo você na sala, antes se coloque descente. – Saiu sem tempo para ouvi-las.
-- O que foi isso? – a morena estava surpresa.
-- Uma empata diversão com falso moralismo, este é o nome. – Concluiu dando de ombros.
-- “Antes se coloque descente” ... – ordenou com ironia. Lívia a olhou e jogou sua camisa. – O que? – fingiu inocência – Ela não gostava de mim antes, imagina agora, depois de me pegar comendo a filha dela. – deu de ombros e depois se vestiu. Lívia revirou os olhos, estava irritada.
-- Não existe nada que me irrite mais do que alguém atrapalhar nessas horas, ainda mais com você.
Lívia desceu as escadas, ao lado de Haidê, estavam de mãos dadas quando Franciele as olhou com fúria.
-- O que estava acontecendo naquele quarto não acontecerá mais. – As duas mulheres se olharam. – Haidê, saia já desta casa.
-- Mãe, a senhora bebeu alguma coisa? – Lívia perguntou surpresa.
-- Acho que cheirou também. – Haidê completou com cinismo.
-- Eu não admito que você seja o pivô da separação do seu irmão e ainda fique com a... – olhou para Haidê, procurando a palavra adequada – ex... – pigarreou – noiva dele.
-- A senhora não admite? Entra na minha casa, invade o meu quarto e ainda não admite?
-- Eu sou sua mãe...
-- Mãe? – gritou irritada – A senhora só me colocou no mundo... – colocou a mão na testa como se tentasse lembrar algo e concluiu – A senhora me expeliu do seu corpo. Lembra-se desse termo, mamãe?
-- Não venha falar do passado, como se fosse alguma vítima.
-- A senhora nunca se preocupou muito comigo, pelo contrário, eu sou a culpada pelo seu casamento precoce com meu pai e pelo tempo que a senhora perdeu vivendo com ele. – Haidê ouvia a tudo quieta, não queria interromper a conversa entre as duas.
-- Não se faça de vítima para me culpar por viver assim... – abriu os braços – Duas anormais... Isso é imoral!
-- Imoral...
-- Meu anjo... – Haidê a segurou pelo ombro – Querida, não vale a pena... – a olhou com preocupação, sabia que aquelas palavras estavam ferindo sua loirinha.
-- A senhora me afastou, nunca gostou de mim, vivia dizendo que me parecia demais com meu pai, “um tolo sonhador” ... – aproximou-se mais da mãe – Quantas vezes a ouvi falar isso? Sempre preferiu o Jacques a mim.
-- Não fale sandices... – retrucou.
-- SEMPRE! – gritou – Ele tinha mais classe, era filho de um rico francês que perdeu tudo para o jogo e os vícios em drogas, álcool e mulheres... – balançou a cabeça em negação – Nunca admitiu isso, mas a senhora sabia que ele dormia com todas, até com as empregadas da sua casa.
-- Sua atrevida! – levantou a mão para bater na filha, mas Haidê segurou a tempo.
-- Eu não faria isso se fosse à senhora. – falou baixinho, encarando-a com olhos capazes de congelar.
-- Quem pensa que é para me afrontar assim?
-- A pessoa que lhe fará perder essa arrogância se continuar a ofender minha noiva.
-- Sua ingrata! – puxou o braço da mão da morena - Eu a recebi de braços abertos em minha casa... A recebi como uma filha e agora me afronta assim?
-- Considera a todos como filhos, menos a sua própria filha.
-- Ela nunca me viu como mãe. – Haidê olhou para noiva e percebeu a dor que aquilo tudo lhe causava.
-- Nunca foi a mãe que ela precisava.
-- Não venha me dá lição de moral.
-- Acho melhor a senhora sair. – advertiu em tom baixo, após se abraçar a Lívia.
-- Eu vim aqui para evitar este desastre e só saio quando Lívia me garantir que não me fará passar essa vergonha. – Neste momento a loirinha lhe olhou com ódio, Haidê pode ver toda a dor que antes era transmitida por incríveis olhos verdes, transformarem-se em fogo.
-- A senhora quem me envergonha. Eu não estou nem aí se sair na mídia que me casei com outra mulher... A vergonha maior foi ter nosso nome associado aos Di Monti. O nome do meu pai ser sujo por sua escolha...
-- Espero que saiba o está fazendo, pois romperei todos os laços que há entre nós se escolher se casar com esta daí. – Concluiu olhando com total desprezo para Haidê.
-- Pois eu quem lhe renego como mãe, família e ser humano. Não quero mais nada que nos ligue. A partir de hoje não sou mais sua filha, não sustentarei mais suas alucinações de riqueza.
-- Não ouse me ameaçar dentro de minha casa.
-- O que? Sua casa? Ela enlouqueceu de vez. – falou para Haidê.
-- Agora a senhora pode sair ou eu mesma lhe ponho para fora chutando seu traseiro caído. – a morena ameaçou com um sorriso diabólico.
-- Não se atreva sua... Sua... – Haidê ameaçou ir em direção a sogra, mas ela pegou rapidamente sua bolsa e deu as costas.
-- Haidê... – ela olhou para Júnior. – Ela disse para falar com Maria da Penha. – Franciele parou para encara-lo.
-- O que?
-- Foi tia Dê, ela me empurrou e brigou comigo porque chamei de tia Lívia de “tia”. – a morena olhou para mulher que sentiu um frio tomar seu corpo, e não tempo de se livra da tapa que lhe deixou no chão.
-- Nunca mais chegue perto da minha família e isso inclui a minha esposa, Lívia. Agora saia daqui antes que lhe chute o traseiro e arranque de vez essa arrogância. – Bá fez sinal para Josué ajuda-la a levantar, Haidê viu os dois se aproximarem. – Não. – ordenou. – Deixe-a rastejar até a porta, é assim que as cobras se locomovem. – Franciele a encarou nos olhos e com dificuldade, levantou-se, foi preciso erguer um pouco da saia justa e tirar os saltos.
-- Você me paga. – ameaçou a morena, encarando-a.
-- Você quem vai me pagar, mas não espere troco. – foi a resposta de Haidê que se aproximou da loirinha, abraçando-a. Franciele saiu tropeçando e despenteada após a agressão.
-- Obrigada, meu amor. – Lívia agradeceu olhando-a com ternura. Haidê chamou Bá e pediu que reunisse todos.
-- A partir de agora, qualquer pessoa que entrar nesta casa, deverá ser anunciada. – Olhou para o segurança. – Eu não entendi o motivo desta senhora entrar, e ninguém perguntar a dona Dirce se ela iria autorizar.
-- Ela disse que é a mãe de dona Lívia.
-- Hoje, eu estou reclamando. – respondeu fitando-o nos olhos. O homem engoliu seco, e se arrependeu de ter falado alguma coisa. – Não queremos mais visitas de mãe, irmão ou qualquer pessoa que fale por dona Lívia, sem a prévia autorização dela ou dona Dirce. Isso já foi comunicado, não quero que se repita ou o responsável será demitido. Fui clara? – todos assentiram com a cabeça. – Depois de amanhã será nosso casamento, não permitiremos a entrada de pessoas sem que o nome esteja na lista de convidados. – Olhou para todos – Fui clara? – perguntou avaliando-os. Todos assentiram e foram dispensados. – Bá, pode trazer um chá de camomila para Lívia?
-- Claro.
-- Meu anjo, agora vai tudo melhorar. – afirmou após abraça-la.
-- Ela não tinha o direito de vir aqui e prejudicar nossa felicidade.
-- Nossa felicidade, isso mesmo, ela é nossa e ninguém vai interferir nela. Esse poder é só nosso. – entrelaçaram os dedos – Mesmo se um dia nos separarmos, serei feliz só em saber que sou amada por você.
-- Não nos separaremos, nunca. – respondeu com os olhos fixos nos azuis – Nosso amor sempre nos unirá...
-- Sempre. – beijaram-se e Lívia olhou para Yan.
-- Vem aqui. – o menino se aproximou. – Desculpa por ela ter lhe empurrado.
-- Não esquenta tia Lívia, Júnior empurrou ela e depois dessa da tia Dê... – pulou socando o ar. – Ela nunca mais se met* comigo.
-- Não mesmo. – Haidê olhou para Júnior e agradeceu, deixando-o vermelho.
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-- Haidê, você quer comer mais alguma coisa? – a morena a olhou de forma avaliadora.
-- Bá, por que você sempre diz a Lívia que não é culpa dela as coisas que Franciele faz?
-- Mas não é culpa dela. Por que? Acha que Lívia fez alguma coisa para merecer isso?
-- Lívia? Não. Mas acho que outra pessoa pode ter feito. – deu de ombros.
-- Eu não sei de nada. – Haidê ergueu uma das sobrancelhas.
-- Bá, por favor, não omita nada. – colocou os papéis que lia sobre a mesa. – Qualquer detalhe pode ser importante, isso implica na segurança de Lívia. – a velha suspirou e sentou na cadeira de frente a mesa em que Haidê estava.
-- Quando a mãe de Lívia estava grávida, ela sofreu um acidente de carro. – baixou a cabeça por alguns segundos e voltou a encarar os olhos azuis. – Estava acompanhado dos pais, dona Elza e seu Raul... – enxugou os olhos com as mãos e Haidê estendeu um lenço de papel. – Todos morreram. – os olhos azuis abriram com surpresa.
-- Então Franciele...
-- A mãe dela é Maria Francisca. Quando socorreram, ela ainda estava viva, ficou internado mais de duas semanas no hospital, tiraram Lívia e ela ficou em incubadora.
-- A tia que Fernando falou outro dia.
-- Sim. – olhou séria para morena. – Por favor, não pensa mal das nossas intenções. Só queríamos proteger Lívia.
-- Proteger? Olha a mãe que arrumaram para ela... – levantou-se. – Franciele é uma parte da escória da humanidade.
-- Quando Francisca morreu, Franciele se aproximou de Estevam, queria ajuda-lo. – meneou a cabeça. – Quando viu que Estevam não queria nada, inventou que foi violentada por ele. O seu Aldo achou melhor convencer o filho a se casar, ou corria o risco de prejudicar com a guarda de Lívia. Umas tias avós dela queriam brigar na justiça por ela, eles não eram casados, mas seu Aldo resolveu com advogados.
-- Essa história é surreal. – estava perplexa. – Bá, eu não sei o que falar.
-- Foram dias horríveis... Estevam perdeu a mulher que amava, tinha uma filha prematura para criar e uma cunhada chantagista.
-- Mas essa de falar que foi violentada, um bom exame desmascarava.
-- Franciele sempre foi ardilosa, venenosa e perigosa. Havia até medo que matasse a menina ou inventasse algo para essas tias. – Haidê andou pelo escritório, não acreditava no que ouvia. – Foi feito um pacto entre George, Estevam e Fernando. Estevam se mudou para casa que o pai dele comprou e hoje é de Franciele, e eles começaram uma nova vida.
-- E essas tias? Aceitaram bem?
-- Não, mas quatro meses depois, encontraram os corpos delas. A polícia disse que morreram por conta do gás. Estavam dormindo e não sentiram o gás vazando.
-- Eu não sei Bá... – andava de um lado a outro. – Não tenho o que falar, na verdade, não sei. – Bá se levantou e pegou as mãos da advogada.
-- Não fale nada a Lívia. Eu sei que vocês combinaram não ter segredos, mas isso é doloroso demais, não sei se ela vai aguentar.
-- Bá, essa história é de vocês, mas ela merece saber a verdade. Por pior que seja, a verdade é a melhor solução. – Lívia apareceu interrompendo-as.
-- Ei, vocês duas fofoqueiras, o que estão tramando?
-- Nada amor, só reafirmando minhas verdadeiras intenções para Bá.
-- E Bá, está tarde para isso, eu amo essa criatura mais que tudo. – beijou a velha e se abraçou a Haidê. – Sabe aquele bolo de chocolate que amo? Amo Haidê mais que este bolo. – sorriram.
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-- Lívia acalme-se ou o cabelereiro não conseguirá terminar.
-- Lis, como vou me acalmar? Você ficou calma no dia do seu casamento?
-- Meu bem, ficar ansiosa também não adiantará nada. – Xavier tentou tranquiliza-la.
-- Vocês acham que estou nervosa? – todos concordaram. – Certo. – Olhou o cabelereiro. - Xavier, você já fez o cabelo de Haidê, ela está bonita?
-- Querida, quando aquela deusa não está deslumbrante?
-- Mas você viu a roupa dela?
-- Lívia, Jacob está fazendo as fotos, logo ele chegará aqui e você precisa ficar pronta. – uma ideia a invadiu.
-- Ele já fez as fotos de Haidê?
-- Não. – foi à vez de Lis se pronunciar com autoridade. – Agora fique quieta ou atrasará toda a cerimônia. E você sabe como Haidê é impaciente.
-- O que quer dizer? – a olhou desconfiada.
-- Que de tanto esperar a noiva, ela pode desistir. – Xavier explicou.
-- Cala essa boca sua bicha perversa. – bateu na madeira três vezes – Isola!
Ulisses estava indo para o quarto em que a irmã havia se arrumado e ouviu um pouco da conversa, sorriu e resolveu incomodar a cunhada.
-- Oi gente, licença. – Lívia o olhou nervosa.
-- Haidê está pronta?
-- Ué, eu vim aqui para saber onde ela está.
-- Haidê não está aí?
-- Se estivesse eu não estaria aqui.
-- Onde está Haidê? Será que aconteceu alguma coisa? – levantou-se em direção a porta, mas teve a saída bloqueada por Mariana que entrou.
-- Eu ouvi o palhaço... – olhou para o namorado. – Lívia, Haidê está no quarto terminando de se arrumar. Não acredite nele: ele mente.
-- Ulisses, eu não te mato...
-- Porque sou seu cunhado amado e você não faria nada que deixasse Haidê triste. – respondeu com cinismo.
-- Depois não acreditam em coincidências, por isso cunhado começa com “cu”. – Xavier disse baixinho.
-- Ulisses, fora! – Mariana gritou e todos no quarto ameaçaram partir para cima dele. O moreno saiu assobiando.
-- Adoro destilar a discórdia e insegurança.
-- Haidê que vai adorar saber o que você fez. – Mariana respondeu. Ele parou e a encarou, pensou em abrir a boca, mas preferiu ficar quieto.
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-- Haidê fique em pé ou irá abarrotar o vestido.
-- A senhora não espera que fique até a hora do casamento em pé, não é vovó?
-- Quero que se comporte ou teremos que tirá-lo para você não ficar parecida com um papel amassado.
-- Tia, quando vou entrar? - Yan perguntou após entrar no quarto em que a morena se arrumava.
-- Quando chegar a hora eu aviso. – Helena respondeu tentando conter a impaciência do menino. – Acho que vou ver se a juíza chegou.
-- Vó, por favor, veja se Lívia está pronta.
-- Deixe a garota se arrumar, isso não é delivery.
-- Tia, meu pai tá namorando com tia Mari? – Haidê olhou para o menino.
-- Onde ouviu isso?
-- Não ouvi, ele beijou e vi. – Haidê se aproximou e ficou da altura do menino
-- Isso não é bom? – Yan a olhou de um jeito tímido.
-- Era... Tia, eu queria que fosse verdade, queria ter uma casa com meu pai e uma mãe como a senhora e tia Lívia. – Ulisses estava atrás da porta e escutou o comentário do menino.
-- Você logo vai ter isso meu gatinho. – beijou o menino. – Agora faz um favor para titia? – ele balançou a cabeça em positivo. – Leva meu celular e faz uma foto de tia Lívia?
-- Ahã! – o menino gritou. – Tia Lívia disse que você iria tentar alguma coisa. – Correu para fora do quarto e esbarrou no pai que estava no lado de fora.
-- Até uma criança é mais esperta que você.
-- Não enche Ulisses.
-- Quer desistir?
-- Nunca. – Foram interrompidos pelo fotógrafo.
-- Será que posso fazer algumas fotos da noiva?
-- Jacob? – gritou de dentro do quarto – Pode entrar. – O homem entrou e fez a primeira foto da morena abraçada ao irmão.
-- Linda essa mulher! – disse com um largo sorriso.
-- Ei, minha tia já tem dona e tia Lívia é ciumenta. – Yan declarou após retornar para o quarto.
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-- Eu não posso acreditar que vocês falharam...
-- Fizemos de tudo ao nosso alcance.
-- Fizessem mais! Agora a minha mulher está casando com a pessoa que mais odeio no mundo.
-- Ei Jacques, a mulher que você ama agora é amada por outra. – O moreno o empurrou com força.
-- Isso não é circo seu idiota. Nada disso estaria acontecendo se vocês tivessem feito o trabalho certo.
-- Calma Jacques. – O estrangeiro pediu com paciência. – Elas têm alguma viagem programada?
-- Não. – um dos homens respondeu,
-- Não que saiba. – Jacques completou. – Eu a quero de volta.
-- Você só queria a grana dela. – Milena declarou interrompendo a conversa.
-- Idiota! – respondeu impaciente.
-- Jacques, você pensou em cantá-la no início.
-- Ela não é vulgar como vocês. Nunca se daria a este tipo de comportamento promíscuo, isso me conquistou.
-- Mas ela foi esperta, ficou com você para usá-lo em uma investigação. – Declarou com um sorriso e concluiu – Eu sei de tudo isso, Augusto me contou. – Jacques lhe deu um soco.
-- Nunca mais repita isso! Eu mesmo farei algo para acabar com essa palhaçada e ter minha morena de volta. – Saiu em direção à porta, deixando Milena caída no chão.
-- Vem. – o homem estrangeiro lhe deu a mão.
-- Ele vai se arrepender de me tratar assim.
-- O que pode fazer?
-- Não sei, mas vou pensar. – estava irritada. – Ele tem um rolo com alguém de poder com grana. Sei disso porque está bancando os luxos dele.
-- Senhora Franciele paga as contas dele.
-- Não tem como banca-lo, aquela vaca arrogante não tem nem para ela. – Olhou para o homem – Eu vou descobrir.
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-- Jacques! Jacques! – Pedro gritou na tentativa de deter o amigo.
-- Mas que droga, Pedro! O que é?
-- Cara, acho melhor você não ir nesse casamento... Tem centenas de federais e o próprio pessoal da Interpol. Esqueceu de onde Haidê saiu? Além disso, tem juízes advogados...
-- Tá... Tá... Tá... Entendi! – interrompeu com impaciência e coçou a barba rala pensativo. – Aquela vaca conseguiu, eu não acredito. – chutou um banquinho que se espatifou contra a parede. Milena apareceu, estava indo em direção a porta, ele a puxou pelo cabelo. – Você vai lá... Quero que faça um escândalo e tire Haidê do sério. – a loira sentiu a dor com o puxão e se desvencilhou, empurrando-o.
-- Está louco? Quem me mata é Lívia.
-- Não estou nem aí. – sorriu com sarcasmo. - Só quero alguém tumultuando, eu apareço e levo uma das duas.
-- Isso é loucura! – Milena gritou mais uma vez.
-- Jacques, a chefe está mandando ficar na sua e bem calminho. – Pedro comunicou falando mais baixo. – Cara, não tem como atrapalhar a esta altura.
-- Mas tem como separá-las depois. – o estrangeiro informou após assistir ao desespero de Jacques que ao ouvi-lo se acalmou e voltou para dentro.
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-- Haidê está pronta. – Lis avisou após entrar no quarto. Lívia ficou em silêncio e com uma expressão assustada.
-- Ela está de vestido? Esta bonita? O cabelo está solto? – perguntou sem chances de respostas.
-- Liv, por favor, essa maquiagem tem que ficar perfeita. – pediu mais uma vez. Ouviram uma leve batida na porta e Lis foi abri-la.
-- Quem é? – perguntou com a porta entreaberta.
-- Tia Lívia, minha tia mandou lhe “pega”, sou eu que vou “entrega” você “pra” ela. – a loirinha lhe fitou com os olhos marejados.
-- Ei Liv... Pode parar ou vai borrar tudo e terei que recomeçar.
-- Não. – respirou fundo – Eu não irei chorar, não quero que atrase mais nada.
-- Yan, sente-se um pouco até que sua tia fique pronta. – Lis pediu de forma maternal.
-- Não vai “demora”? Minha tia “tá” andando porque minha bisa não deixa ela se sentar. – disse com olhos pidões, queria apressar as coisas.
-- Ouviram? Vamos logo ou perco a minha morena.
-- Calma loira, ela vai esperar.
-- Com esta operação lentidão? Duvido. – olhou o menino. – Yan, quem está lá fora?
-- Tia, tem muita gente que não conheço.
-- Conhecidos?
-- Tia Mel e tia Isa, Enzo, Vitinho, Bela, Enrico...
-- Está bom. – Xavier interrompeu o menino. – Yan, tia Lívia está nervosa, isso vai deixa-la pior.
-- Só falei porque ela perguntou. – Lívia puxou o menino para um beijo.
-- Meu gatinho.
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-- Yan já voltou? – perguntou nervosa.
-- Haidê, ele não volta mais, esqueceu que vai entrar com Lívia?
-- Que demora. – andou em círculo.
-- Vamos lá para fora? – Ulisses perguntou.
-- Eu vou entrar na hora que Lívia sair.
-- Minha querida irmã, ela não vai conseguir assistir sua entrada porque ela entra depois.
-- Vai pensando... – Helena falou. – Elas planejaram tudo.
-- Como assim?
-- Lívia estará de frente.
-- Aquelas duas entradas são para isso?
-- Sim.
-- Mas vamos entrar juntos?
-- Não. Ficaremos de frente para eles na entrada e nós vamos, depois Lívia e Yan.
-- As coisas feitas por lésbicas são diferentes. – brincou e Haidê o empurrou com a mão.
-- Ainda bem que tirou a barba, ou eu iria tirar com cera quente... – piscou. – Coisa de lésbica.
-- Ui! Morri de medo. – falou com a voz afetada.
-- Não enche Ulisses!
-- Estão prontos? Precisamos ir, Lis acabou de enviar um WhatsApp: Lívia está pronta.
-- WhatsApp? – sorriu. – A senhora está moderna dona Lena, agora tem que criar o grupo da família. – brincou.
-- O grupo já existe.
-- Eu não estou. – afirmou forçando uma expressão de tristeza.
-- Não merece.
-- Vocês dois querem deixar a discussão para depois? Tem uma noiva me esperando.
-- Dona Lena, hastag corações Haili ou Lidê. – fez um coração com a mão shippando a irmã.
-- Vovó, eu vou matar meu irmão.
-- Deixe para depois ou vai sujar seu vestido. – Ulisses deu um beijo na bochecha da velha senhora e depois ofereceu o braço a irmã que aceitou.
-- Calma maninha, agora não tem mais volta. – beijou a morena. Helena foi na frente. – Mas se quiser, posso providenciar um helicóptero com uma corda e...
-- Ulisses! – Helena e Haidê disseram ao mesmo tempo.
-- Só achei que seria uma saída cinematográfica.
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Havia uma estrutura de madeira montada próxima à piscina, com uma ampla visão para o mar. A juíza que realizaria a cerimonia, aguardava as noivas na companhia das amigas Silvana, Úrsula e Mariana acompanhada de Gustavo. Helena entrou na frente e fez sinal para o grupo de jovens, que começou a música. Era uma pequena surpresa de Isadora e Melissa.
Haidê estava de frente para outra entrada quando Lívia se aproximou acompanhada de Yan, fitaram-se por alguns segundos, a morena pensou em ir beija-la, mas Ulisses a segurou para que não cruzasse a entrada do corredor. Quando ouviram a música de Frank Sinatra cantada em um coro de vozes, Haidê olhou para o irmão que a conduziu até o início do corredor de flores do campo. Isabela e Catarina entraram segurando uma pequena cesta cada uma. Isabela com as alianças e Catarina logo atrás, jogava pétalas de rosas vermelhas e brancas, anunciando a entrada das noivas.
-- Sabia disso? – perguntou ao irmão.
-- Viadagem de Cristina e Isadora, assim como a música. – Haidê lhe beliscou discretamente na mão. – Essa vai ter troco. – disse entredentes.
-- Eu sei. – Entrou sorridente pelo corredor após encontrar todos amigos juntos. Haidê estava feliz em compartilhar o momento mais feliz de sua vida com pessoas tão especiais. Chegaram até onde a juíza estava e o moreno a olhou, antes de se afastar.
-- Ainda está em tempo de sumir. – disse baixinho e Haidê o olhou séria. Ulisses se aproximou e beijou o rosto da irmã. – Eu te amo, seja feliz. – Ela sorriu para o irmão. Segundos depois, Lívia apareceu de mãos dadas com Yan. Haidê mostrou o sorriso que havia guardado para o momento da sua entrada. Lívia seguiu caminhando com o sobrinho, queria olhar para os convidados, mas, seus olhos estavam presos, por uma energia inexplicável, a lindos olhos azuis. Haidê a olhou com desejo, o que não passou despercebido por Lívia.
“Não acredito que estou excitada na hora do casamento.” – pensou com um imenso sorriso. Ela se aproximou da morena que pegou sua mão e se abaixou para que o sobrinho beijasse seu rosto.
-- Quero que vocês “seja” feliz tia Dê. – disse alto o suficiente para as duas ouvirem. Lívia se inclinou um pouco e beijou o menino.
-- Obrigada meu amor. – Yan sorriu e se afastou. – Agora somos nós duas, morena. – falou baixinho. Haidê estreitou os olhos e declarou.
-- Frank Sinatra? – Lívia sorriu – Depois conversamos. – Beijou a loirinha na testa e seguiu até a juíza. A cerimónia prosseguiu sem quaisquer incidentes. Havia uma áurea de amor quase palpável que envolvia o ambiente. E Haidê sabia que isso tinha dedo da sua avó, apesar de muitos não acreditarem que a velha senhora realmente era uma bruxa, a neta sabia dos vários rituais que ela fazia, e um dos principais era o de purificação. Sorriu com a lembrança, muitas vezes Helena lhe falava sobre isso e ela apenas respondia: “Vó, ritual de purificação para mim é “tacar” fogo em cima. Isso deixa tudo bem purificado”. – Despertou quando Lívia apertou sua mão e ouviu as perguntas da juíza.
-- Sim, claro. – respondeu apressada e todos os convidados riram.
-- Agora eu as declaro casadas. – As duas se olharam e Haidê a beijou. A juíza mostrou o livro e Lívia assinou, depois olhou para morena e sorriu.
-- Assina amor... – pediu apontando para mesa. Haidê parou com a caneta ao ler o nome da loirinha.
-- Sério?
-- Sim. Eu tive a ajudinha de uma advogada e duas juízas. – Olhou para as três mulheres que sorriam em sua direção.
-- Lívia Fachini O’Brien Aqueu... – disse sorrindo e assinou. Enquanto as testemunhas assinavam, Helena olhou para Bá no outro lado da área e comentou apenas para Mariana.
-- Velha rabugenta e carola. – a advogada olhou em direção a Bá e sorriu para Helena.
-- Dona Lena, ela apenas tem uma forma diferente de se emocionar e demonstrar felicidade.
-- Será? – Mariana olhou novamente para Bá, sabia do ciúme que uma nutria pela outra, Haidê já havia comentado diversas vezes. – Haidê me pediu para vir morar aqui e Lívia insistiu, mas só de olhar essa cara de morcega defumada, eu desisti. – A advogada sorriu e abraçou a velha senhora.
-- Eu vou visita-la sempre, não se preocupe. – Helena a olhou.
-- Eu quero que vá morar lá quando se casar com Ulisses.
-- E quem disse que vou me casar com ele?
-- As cartas minha filha, as cartas... – Mariana sorriu e permaneceu abraçada a ela.
Fim do capítulo
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olivia
Em: 16/11/2019
Muito feliz com ,sua volta! Sua criatividade me fascina,nunca duvidei que , voltaria jamais deixaria suas fãs no vácuo ! Amo demais essa turma até os vilões me divertem quando , restam levando a pior !! Parabéns Rafaela , bem vinda às nossas vidas !!!! Desejo que, tenha resolvido todos entraves por que passou !! Saúde e paz !!!!!!!............
Resposta do autor:
Obrigada Olívia!
Às vezes é preciso uma saída estratégica para aprimorar os sentidos e garantir uma melhora na inspiração. Beijos e bom final de semana.
Baiana
Em: 11/03/2019
Gostei do tabefe que a morena deu na cobra arrogante.
Será que a Milena vai mudar de lado e ajudar as duas a pegarem o Jacques?
Sabia que esse casamento iria sair, só tô esperando a adrenalina do pós casório,se me lembro bem,na versão anterior teve uma cena digna de as panteras kkkk
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Mille
Em: 11/03/2019
Olá Rafa
Menina então a bruxa da Franciele é tia da Lívia?!!! To bege. Por isso ela trata o qualquer pessoa melhor que a Lívia.
Jacques ficou louco tadinho pensa que a Haide quer ele.
Enfim o casamento saiu, elas são lindas.
Bjus e até o próximo capítulo
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LeticiaFed
Em: 11/03/2019
Que lindo, saiu o casamento, aleluia... Mel e Isa participando, muito fofo. Vamos agora ver a festa!
Gostei do ciúme de vó Helena e Bá, acho que vai render. E não posso deixar de pensar na “chefa”, achei que era a mãe/tia de Livia, mas a criatura tem dinheiro para financiar as maldades, entao não deve ser ela. Enfim, estou curiosa.
Otima semana, muita luz e paz pra você. Beijo!
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