Capitulo 14 - Domingo de carnaval
CAPÍTULO CATORZE
Domingo de carnaval
— Puta que pariu Lucas, que demora da tua amiga, já chegamos aqui faz o maior tempão e nada — reclama Maria Eduarda impaciente.
— Calma Duda, elas estão vindo de ônibus.
— Liga pra saber onde ela está — pede Duda.
— Já fiz isso ela já está no complexo salgadinho, já, já chega.
— Que agonia é essas meninas? O dia começou agora, vamos beber — disse Amanda em tom de animação — Quem é ela Lucas? — Lucas deu apenas um sorriso matreiro.
As dez da manhã Luiza e seus amigos chegam as ladeiras de Olinda. Havia marcado com Lucas no pé da ladeira da misericórdia. Lucas avista o grupo de longe e corre para cumprimentá-los. Beija e abraça Luiza com carinho, assim como as outras meninas. Em seguida leva o grupo ao encontro dos seus amigos. Luiza fica estática quando vê Duda e Amanda.
— Me desculpa — pede o rapaz. — Se te contasse você não ia querer vir. Elas são minhas amigas, todo ano brincamos juntos. Mas quero brincar com você também, loira. Elas não vão mexer com você, eu prometo. — A beijou na bochecha.
Luiza engoliu o desconforto. — Seus olhos fixaram nas duas figuras próximo dela.
“Porque meu coração está batendo tão forte? Essa ridícula acabou com minha vida, era para detonar ela.” dizia Duda a si mesma, sentindo suas pernas tremerem quando avista quem era as amigas de Lucas.
Amanda por sua vez, não estava nem aí, caminhou até Lucas e nem esperou o rapaz fazer as apresentações. Cumprimentou Erica, Sandra e Gabi, que já as conhecia da faculdade. Foi até a Luiza que conheceu aquele sorriso safado.
— Colegial…
— Você não poderia estar em fantasia melhor — replicou a loira, a Amanda que estava fantasiada de diaba.
Antes que pudesse responder Duda já se colocou ao lado da amiga.
— O que faz aqui sua tarada?
— Vim tarar umas pernambucanas.
A resposta enfureceu Maria Eduarda, que já se preparava para rebater. Mas Lucas, interveio. Fez as apresentações do grupo e arrastou a amiga um pouco.
— Duda, ela é minha amiga, por favor. Sem estresse.
— Como pode ter chamado ela para brincar com a gente Lucas? Ela é uma tarada.
O rapaz abriu um sorriso — pelo que você me contou, os beijos trocados foram ousadamente correspondidos.
Duda gelou. Luiza estava mexendo demais com a cabeça da estudante. Lucas era seu segundo melhor amigo, depois dos beijos trocados na faculdade tudo ficou pior, a morena, acabou confidenciando ao amigo o que aconteceu.
— Eu não sou lésbica. Ela é uma tarada que fica me confundido — retrucou.
Lucas nada disse, apenas abraçou a amiga. — Vamos curtir nosso carnaval como todos os anos, juntos e unidos. E sobre os beijos trocados, não fala nada pra diaba.
Duda apenas sorriu. Ela não entendia porque Lucas pediu para ela não contar a Amanda que era praticamente sua irmã. Mas acabou, aceitando a sugestão. Lucas retornou ao grupo.
— Para que isso? — perguntou Isa quando Lucas lhe dar uma pistola de água. Antes de responder Amanda aproximou-se é lhe lançou um jato de água.
— Adoro turista! — dispara a morena, com um sorriso safado nos lábios. — Isso aqui é uma tradição no carnaval pernambucano. Muito boa por sinal. Ajuda muito na hora do flerte. Quando você quiser beijar alguém, basta isso — Amanda atirou água bem nos seios de Luiza. — Isso quer dizer que eu quero te beijar, agora atira água em mim também — Amanda sorriu de um jeito safado, Luiza compreendeu o que ela queria.
— Ela não vai atirar em ninguém. Sai de perto dela Amanda — exaspera Duda se pondo entre as duas. Luiza sorriu e atira um jato d’água em Duda que se irrita.
— Não atire isso em mim sua desclassificada tarada.
Isso era golpe baixo a loira não segurou o riso, aí que atirou em Duda.
— Vamos parar — intercedeu Lucas, que conhecia bem o gênio da amiga — hoje e dia de curti. Duda, a Isa é minha amiga. Quero brincar com vocês, mas também não abro mão da companhia dela. Então por favor — retruca o rapaz. Duda vira o rosto, mas não sem antes dar língua para a gaúcha.
Lucas conversa com os meninos, para decidirem se vão ficar num ponto específico ou se vão seguir as troças. Duda por sua vez, puxa Amanda para um canto.
— O que você pensa que está fazendo Amanda? Foi impressão minha ou você está querendo pegar aquela tarada?
— Tarada? — Riu — Você tem cada uma amiga, venhamos e convenhamos, ela é super gata e sim vou para o ataque.
— Não se atreva — disparou a morena. —Se você ficar com ela vou embora agora mesmo — ameaçou, morta de ciúmes, pois, conhecia Amanda, sabia que se ela fosse para o ataque ia ficar com Luiza, pelo menos assim pensava.
Luiza se divertia com a cara feia que Duda lhe lançava, muitas vezes lançado o velho gesto infantil. O grupo começou a subir a ladeira da misericórdia. Luiza foi bombardeada por quatro rapazes vestidos de bombeiro ao mesmo tempo com metralhadoras de água. As meninas caíram na gargalhada.
— Isa fez sucesso, hein?
Luiza olhou para cara de Duda, a morena tinha o olhar inflamado. A loira fez menção em atirar, Duda não conseguiu se controlar, puxou a loira pelo braço.
— Deixa de ser oferecida — ralha a morena.
Amanda, observa a cena e estranha. Mas sua atenção é roubada quando leva uma metralhada de uma garota que estava na calçada. A morena a avalia rapidamente, sim a garota era bonita. A diaba acaba atirando também. E as duas não precisam de palavras. Partem para o beijo. O grupo conseguiu chegar à frente da prefeitura. As ruas eram estreitas e havia muitas gentes. O clima era de pegação. Entre uma troça e outra o grupo ia se diluindo. Amanda nesse meio tempo já tinha sumido no pescoço de uma argentina. Duda já não conseguia conter seu ciúme, toda vez que Luiza era abordada a morena lhe dava um puxão.
— Você não pode ficar beijando todo mundo que passa.
— Mas eu não beijei ninguém guria. Você fica me atrapalhando — provocava a loira.
A troça de patusco começou a passar nos quatro cantos, onde o grupo tinha resolvido fixar. Houve um ruge, ruge, Luiza acabou se afastando da turma. A loira ela levada pela multidão. Aquela festa era mil vezes mais intensa do que o desfile do galo da madrugada, as ruas eram muito estreitas. A loira começou a ficar assustada.
— Quer se perde é? — alguém lhe puxa pela cintura. Duda a pega pela mão e saiu a puxando do centro da troça. Com dificuldade elas conseguem chegar o alto da sé.
— Eu acabei soltando as mãos de Erica sem querer — diz ainda assustada — ontem foi bem tranquilo, aqui é uma loucura.
— Aqui é Olinda Luiza. Se não tem cuidado você é engolida.
Luiza olha para a face suada e corada da morena. Duda estava ofegantes, seus cabelos escuros estavam colados no pescoço, a morena as amarras no alto da cabeça.
— Não conseguiremos encontrá-los, são 13h00min lá em baixo está fervendo.
Duda não reparou que o par de olhos negros lhe fitava. Quando finalmente seus olhos se cruzaram, a morena sentiu seu estômago revirar. Luiza, estava toda vermelha, seus cabelos amarelos estavam todos desdenhados no rabo de cabalo. As duas ficaram se olhando como se fosse um desafio. Quem seria a primeira a dar o primeiro passo.
— Eu te odeio sabia! — As palavras se perderam Duda puxou Luiza e a beijou. A loira sentiu seu corpo inteiro vibrar. A loira tinha urgência, foi tomada por um desejo absurdo. — Não — dispara a morena, cessando o beijo. Os olhos castanhos penetraram nos negros. — Assim não gosto, não gosto quando me beija assim — diz baixinho. Duda colou sua testa na da loirinha que podia ver sua respiração entrecortada. Seus olhos se fecharam, em seguida Luiza experimentou uma sensação única. Duda selou os lábios com lábios, dando um selinho bem demorado, depois foi envolvendo sua língua na boca de Luiza. Era um beijo doce, tranquilo, gostoso e sem pressa. As línguas dançavam numa sincronia perfeita. Às vezes num ritmo mais rápido, depois diminuindo a velocidade. Beijos, seguidos de outros, e outros. A morena terminou com um selinho demorado, suas mãos ainda seguravam delicadamente o rosto da loirinha. Sentir o beijo de Maria Eduarda deixou Luiza excitada, ela sentia sua intimidade pulsando, babando. Ela precisava de mais.
— Guria… — e a loira puxou Duda pela cintura colando seus corpos. Seus lábios deslizaram pelo pescoço de Duda, dando leves mordidinha, fazendo a morena se arrepiar. O desejo era mútuo. Luiza a puxou para trás da igreja. Duda sentiu suas costas bater na parede fria. Luiza buscou seus lábios, a beijando com delicadeza. Suas mãos acariciava os seios da morena, elas foram descendo até chegar nos países baixos. Duda gem*u ao sentir os dedos da loira, tocarem seu sex* molhado. Mas a atitude lhe assustou. Duda, empurrou Luiza bruscamente.
— Você… — gaguejou — você, é uma tarada mesmo, consegue estragar tudo — gritou. Duda saiu correndo deixando Luiza sozinha.
“Mais o que eu fiz dessa vez?” pergunta a loira frustrada.
Para a loira a festa havia acabado. Luiza demorou para conseguir chegar ao Varadouro. Estava perdida. Andou entres ruas e mais ruas, todas pareciam iguais. Depois de quase uma hora conseguiu chegar a um ponto de táxi, deu o endereço ao motorista e foi para casa perturbada, com o que aconteceu.
Com Duda não foi diferente foi direto para onde o carro com o motorista estava lhe esperando. A morena cai no maior choro, sentia-se completamente confusa.
“O que está acontecendo comigo? Porque sinto essas coisas quando estou perto dela? Eu a odeio, eu preciso odiá-la. Ela acabou com meu noivado, acabou com minha reputação. Eu não sou lésbica. Não sou. Luiza é uma tarada, devassa. Linda. Ela tem os olhos mais lindo que já vi.” — Dizia em meio de lágrimas.
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Fim do capítulo
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Mille
Em: 12/11/2019
Ola Mica
Duda e Luiza estão se provocando e acho tão engraçado as brigas de amor delas, entre tapas e beijos.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Elas são engraçadas mesmo, até porque nessa versão a Luiza provoca mais a Duda de forma mais saudavel kkk
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Brescia
Em: 11/11/2019
Oi mocinha.
Finalmente elas ficaram, tudo bem que a Duda está mais perdida do que bala em tiroteio, sempre quis usar essa frase,rs. A Lu também, mas sabe que a Duda mexe e muito com ela e quer mais, só que terá que lidar com essa confusão que está a cabeça da Duda.
P.S: estou amando!!
Baci piccola.
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