Capítulo 4

Segui pro hotel totalmente desnorteada. Eu não sei que pessoa a Isabela se tornou porque eu sei que ela não sente atração por mim. Como ela supôs que eu ficasse com mulheres e como ela ousou me beijar?

Gente, nem nos meus pensamentos mais loucos eu pensei que algum dia isso fosse acontecer.

Chegando no hotel eu subi pro meu quarto, me joguei na cama e desabei no choro.

Tudo era diferente. Eu tinha perdido minha melhor amiga e tudo era culpa minha, me afastei dela, deixei que as coisas chegassem neste ponto. Talvez eu mereça uma vingança mas algo que envolva amizades porque isso é mais sério do que qualquer coisa que eu possa imaginar.

Eu estou perdida. Eu só queria minha amiga de volta.

Depois de tantas lágrimas e sofrimento eu peguei no sono. Acordei tarde, tomei um banho bem quente e me permiti relaxar um pouco tentando afastar da minha mente qualquer tipo de lembrança do dia anterior. É melhor eu colocar na cabeça que eu estava bêbada, ela também, e que isso foi uma loucura das nossas cabeças.

Saí do banho e pedi algo para almoçar no restaurante do próprio hotel. Eu não queria sair, ver ninguém. Só queria meu canto pra refletir e seguir minha vida.

Era um sábado ensolarado, que pedia muita praia e eu apenas queria minha fossa.

Terminei de me arrumar, sequei o cabelo e ouvi a camareira bater na porta.

Me aproximei da porta e abri.

Gelei.

- Ei, pediu almoço? - Isabela segurava uma sacolinha que parecia ter comida japonesa.

- O que faz aqui? - perguntei seca

- Credo, amarga. Não vai me chamar pra entrar? - disse ela entrando

Fechei a porta, respirei fundo.

- Como você descobriu onde eu estava, Isabela? - indaguei

- Gente, dormiu de calça jeans? - deu risada - Eu prefiro Isa, disse ela tirando a comida da sacola.

- Eu to falando sério - me aproximei do frigobar e peguei uma garrafinha de suco

- Ah, quando a gente tem grana não fica muito difícil de saber o paradeiro das pessoas. Você devia saber disso - apontou pro suco - Ah, muito obrigada eu aceito

Revirei os olhos e entreguei o suco pra ela, abri o frigobar e peguei outro pra mim

- Eu dei o seu nomezinho lindo pros meus contatos e eles logo descobriram que você estava hospedada aqui. Você já havia dito que estava em um hotel, o resto foi fácil.

- Entendi.

Ela apontou o hashi pra mim

- Toma - ofereceu

- Não quero, estou sem fome.

- Para de show Ana, que eu sei que você pediu almoço. - respondeu

- Merde, eu vou processar esse hotel. - peguei o hashi

- Ah, não faça isso você não precisa desse dinheiro. Eles não têm culpa, eu tenho meus encantos - ela disse dando risada

Continuei olhando séria pra ela e comecei a comer, muito pouco, eu realmente havia perdido a fome.

- E você? Dormiu bem esta noite? - perguntou ela

- É sério que você veio pra me perguntar isso?

- Ai Ana, qual é eu não te falei nada demais ontem - resmungou

- Isa, o que você quer afinal? Vai vim aqui e fazer a sonsa e fingir que aquilo tudo foi normal? - larguei a comida de lado

- Gente, mas o que eu fiz de errado? Tudo bem que eu te falei umas coisas um pouco pesadas mas eu estava e ainda estou chateada com você.

Gente ela é muito falsa, dissimulada, sonsa, e linda meu Deus ela está tão linda hoje...

Respirei fundo.

Eu sentei na cama, abaixei a cabeça e fiquei um pouco pensativa.

- Eu não queria que as coisas chegassem nesse ponto - falei

Ela ficou quieta e nós nos calamos por um tempo até que ela disse

- Me desculpa pela péssima recepção, eu fui escrota com você ontem. Embora tenhamos nossos problemas você não merecia que eu falasse com você daquela forma.

Tá mona, e o beijo? Não existiu – pensei

- É só isso mesmo que você tem pra falar? - arqueei a sobrancelha

- Ué, não foi essa a merd* que eu fiz? - disse

Se ela que ignorar, eu também vou.

- Tá certo então, está desculpada - respondi

Levantei para pegar uma água no frigobar.

- Se está falando do beijo, eu não acredito que tenha sido algo "merd*" que eu tenha feito - levantou - mas se eu te desrespeitei peço perdão - ela sorriu sem graça - foi só uma brincadeira de mal gosto pra te deixar com raiva.

Eu não esperava isso.

- Você costuma beijar suas amigas? - perguntei

- As vezes, depende, de sacanagem - falou sorrindo

- Você deu pra pegar mulher agora? - questionei

- Eu não gosto de me rotular, se eu sinto atração eu pego - falou me olhando nos olhos

- hum - desviei o olhar imediatamente

- E você? - perguntou

- Que que tem eu? - perguntei

- Fica com garotas? - ela perguntou

- Apenas. - respondi

- Graças a Deus, Ana. A França te fez bem.

- Como assim? - falei

- Pra mim você sempre foi lésbica, mas eu nunca forcei a ideia ou falei algo pra não te influenciar. Você tinha ranço dos garotos da escola. - ela disse rindo

- Isso é verdade. Mas eu não descarto a possibilidade de um cara me conquistar, parece meio impossível mas vai que ... - eu falei

- Está certa! - ela respirou fundo - Então você me desculpou?

Eu acenei a cabeça afirmando.

- Oh God, que bom. - ela deu um sorriso

- Estou feliz que você tenha conseguido, Isa - falei com muita sinceridade

- E eu estou feliz porque você está aqui - falou

Sorrimos uma pra outra e o silêncio reinou no ambiente.

"Senti sua falta" - dissemos juntas

Mas não demos risada disso, pelo contrário, falamos de forma séria enquanto nos encarávamos. Olhando nos olhos e puta merd* o meu coração, a mesma sensação de ontem, acelerou.

Alguma coisa bem diferente estava acontecendo.

A Isabela imediatamente se aproximou e me encostou no pequeno guarda roupas que tinha no quarto e sem falar absolutamente nada me beijou. E eu retribuí.

Levei minha mão até a nuca dela e entrelacei meus dedos em seu cabelo puxando levemente enquanto ela apertava minha cintura e explorava minha boca com aquela língua deliciosa.

Isa mordeu meu lábio e puxou enquanto rapidamente tirava minha blusa e eu a dela, voltamos a nos beijar e eu logo a guiei para a cama.

Tínhamos pressa, nossos corpos tinham cede.

Eu não estava pensando em nada, apenas sentia desejo, que ardia em mim. Eu queria a Isa de qualquer jeito, e agora.

Comecei a distribuir beijos e ch*pões pelo pescoço dela enquanto ela gemia no meu ouvido com aquela voz rouca que me deixava cada vez mais excitada.

Logo me certifiquei de tirar a short que ela usava e por alguns segundos admirei aquele corpo de mulher maravilhoso, ela usava uma lingerie preta que dava um contraste perfeito naquela pele branca e linda.

Isa logo tratou de inverter as posições e prendeu meus braços na cama. Ela tinha um jeito ousado que enlouquecia qualquer pessoa. E agora eu estava sentido aquilo. Me beijou com voracidade e ch*pou a minha língua com vontade, desceu beijando meu corpo e tirou meu short, eu estava com uma lingerie violeta, ela mordeu minha calcinha e fez menção a tirar me provocando e logo aproximou nossas bocas novamente para que nos beijassemos com muito tesão. A morena se encaixou entre minhas pernas e logo começou a roçar gostoso nossas intimidades. Nossas calcinhas úmidas expressavam nossa excitação e os gemidos entre os beijos evidenciavam isso. Ela rebol*va e esfregava gostoso a bucet* dela na minha por cima da calcinha e eu sentia minha intimidade escorrer de tanto tesão.

Eu não aguentava mais. Precisava sentir o gosto dela.

Rapidamente, inverti novamente as posições e tirei o sutiã dela pela frente e abocanhei um dos seios com vontade, ch*pando e deixando marcas por aquele corpo maravilhoso.

Eu queria mais.

Abaixei e tirei a calcinha dela e sem esperar mais um minuto sequer eu levei a minha boca até sua intimidade.

Isabela ergueu o corpo e gem*u alto.

Encharcada e cheia de tesão.

A bucet* estava pulsando na minha boca.

E o seu gosto era maravilhoso.

Continuei ch*pando tudo, sentindo seu clit*ris inchar na minha boca enquanto gemia alto. Eu esfregava meu rosto naquela bucet* gostosa e ela rebol*va na minha boca, comecei a sentir que eu goz*ria a qualquer momento apenas por ver aquela mulher sentindo tanto prazer.

Ela olhou nos meus olhos puxando meu cabelo e disse:

- Me fode vai! Ch*pa e fode essa bucet* vai - ordenou

Senti um frio na barriga, um arrepio que pescorreu minha espinha, quase g*zei.

Levei dois dedos até minha boca, ch*pei olhando pra ela e em seguida encaixei na sua intimidade.

Ela soltou um grito de prazer

Gemia

Gemia

Enquanto eu socava meus dedos dentro dela, sem dó, do jeito que ela mandava enquanto ch*pava seu clit*ris.

Ela pedia mais, gemia de prazer, chamava meu nome e sua bucet* pulsava em meus dedos anunciando que logo ela goz*ria.

- Ah... Eu vou... caralh*...  Eu vou goz*r - disse enquanto fodia ela

Aumentei a velocidade em que meus dedos entravam dentro dela e meti com mais força me certificando de que não deixaria de ch*pá-la um segundo sequer.

Isabela soltou um gemido mais alto ainda, ficou mais ofegante e gozou pra mim de um jeito enlouquecedor. Senti todo seu corpo tremer e a abracei.

Aproximei nossas bocas e a beijei de forma carinhosa.

Ela permanecia de olhos fechados, o quarto estava iluminado e antes que eu dissesse qualquer coisa ela virou por cima de mim e ch*pou o meu pescoço deixando a marca.

Tirou a minha calcinha, encaixou-se entre as minhas pernas e começou a se movimentar. Senti nossas bucet*s se encaixarem, estávamos molhadas e cheias de tesão.

Isabela parecia insaciável e eu estava adorando vê-la daquele jeito. O prazer havia dominado meu corpo completamente.

Continuamos aqueles movimentos com nossos corpos suados e gemidos ecoando pelo quarto.

Goz*ríamos a qualquer momento, Isabela aproximou sua boca da minha e me beijou com voracidade.

E em meio aquele beijo delicioso goz*mos juntas.

Ficamos alguns segundos abraçadas e ofegantes. O mundo podia acabar naquele momento, eu me sentia completa.

Eu sabia que a minha consciência pesaria e que talvez eu me arrependeria mas o que estava rolando entre a gente era muito forte e talvez eu não me arrependeria por ter me entregado a um sex* maravilhoso.

Isabela mantinha os olhos fechados e eu parei por um instante pra admirar o rosto dela. Ela não era mais aquela menina que me perturbava todos os dias e me convencia a fazer qualquer loucura ao lado dela. Ela era simplesmente uma mulher, totalmente diferente, atraente, rica, famosa e absurdamente linda. Tinha se tornado uma das mulheres mais bonitas do mundo, não é atoa que uma das revistas internacionais mais famosas do mundo havia publicado isso. Mas havia muito escondido dentro daquele coração, nesses cinco anos muitas coisas mudaram, hoje éramos pessoas totalmente diferentes.

- Vai ficar me olhando por muito tempo? – perguntou ela com os olhos ainda fechados.

- Hã? Eu não... Eu não estava te olhando, estava pensando – eu disse

- Divide comigo seus pensamentos – ela disse sorrindo

- Eu estava pensando na loucura que acabamos de fazer – falei sem pensar

- Hum, eu não penso dessa forma – disse ela logo levantando-se e indo se vestir.

- Você acha que trans*r com sua ex melhor amiga é normal? – perguntei me vestindo

Meu celular começou a tocar.

- Primeiro que você não é minha ex melhor amiga, você é.. – o celular continuava a tocar – Droga, você não vai atender esse celular, Ana?

Que saco! Essa merd* tinha que tocar agora.

Peguei o meu celular, olhei pra quem estava ligando. Droga, merd*, cacete, era Louise.

- Não vai atender? – perguntou Isa

Atendi.

- Oi, Louise

- Mon amour, que saudade – disse ela do outro lado da linha

- Também estou com saudades, como você está? – perguntei

Isa arqueou uma das sobrancelhas

- Estou bem, você sumiu o que anda fazendo? – perguntou Louise

Isabela havia pegado a bolsa e estava a caminho da porta

- Escuta Louise, posso te ligar daqui a pouquinho? Preciso resolver um problema aqui. – eu disse – Logo logo retorno pra você, beijo. – desliguei

Corri até Isabela e antes que ela abrisse a porta eu a puxei pelo braço.

- Ei, vai pra onde? – perguntei – Não terminamos de conversar.

- Eu não tô muito afim de atrapalhar sua conversa com sua namorada – retrucou

- Namorada? Você tá louca Isabela? – eu disse

Isabela revirou os olhos.

- Levando em conta que eu realmente não sei mais nada sobre você... – ela disse – Você namorar ou ser uma mulher casada não me surpreenderia – disse cheia de ironia

- Cara, é tão difícil conversar numa boa com você? – eu falei

- Olha, Ana. Você devia saber que eu sou uma pessoa super tranquila de lidar. Talvez se você não tivesse sumido por anos, não teria esquecido disso. – rebateu – E não, você não é minha ex melhor amiga pra mim você será minha melhor amiga pra sempre. Ou quem sabe eu tenha enterrado nossa amizade no passado. – respirou fundo

Aquilo doeu.

- Foi por isso que eu te procurei, pra que a gente pudesse conversar e que eu pudesse te contar tudo. Dividir tudo com você. – eu falei com pesar

- Então sua vidinha dos sonhos na França acabou e você lembrou que eu existia? – perguntou

Eu passei a mão no cabelo. Ela não cansava de jogar tudo na minha cara.

- Realmente, não tem como a gente conversar agora. – me afastei

Isabela abriu a porta e sumiu da minha frente.

 

 

 

Fim do capítulo