Capitulo 9 - Sou uma mulher de palavra
CAPÍTULO NOVE
Sou uma mulher de palavra
O que fez com aquela garota nunca saiu da cabeça daquela prostituta. Sentia um grande remorso. Decretou que nunca mais voltaria a ver Amanda. Porém, duas semanas depois daquele triste episódio a loira recebeu uma visita inusitada
— Hei, tem uma guria querendo falar com você — informa Bella.
Luiza fica intrigada, quem poderia ser? Afinal, não conhecia ninguém que fosse do desconhecimento da prima.
— Quem? — pergunta, levantando-se da cama.
Bella dar um sorriso sarcástico. — Amanda, ela disse que é sua amiga.
Luiza arregala os olhos surpresa. Caminha rapidamente até a sala. Seus olhos se estreitam e sua expressão endurece. Um sorriso rasgado lhe é oferecido ao vê-la.
— Sentir saudades — diz Amanda surpreendendo Luiza com um selinho.
— Como você me encontrou aqui? — se esforçou para manter a educação.
— Você acha mesmo que não sei com quem durmo? — perguntou Amanda cheia de sarcasmo. — Seu apartamento é bem simpático. Até que você tem bom gosto. — Deu um sorriso de orelha a orelha, voltando sua atenção para a loira que lhe observava de cara feia. — Na verdade a família Lafaiete é de extremo bom gosto.
— O que faz aqui guria?
— Acho tão foto esse seu sotaque — Amanda morde os lábios, e envia um olhar safado — Estava morrendo de saudade.
Luiza respirou fundo tentando conter a própria raiva.
— Não presto mais serviços a você Amanda — disse.
— Vai presta sim. Quero fazer amor bem gostoso e selvagem do jeito que você sabe fazer. E quero também que durma lá em casa, ando muito carente — fez uma cara de cachorro abandonado.
Isabela entrou na sala. Amanda, não esperou a apresentação. Falou simpaticamente com a prima da prostituta. Luiza já estava irritada, dispara.
— Eu já disse que não quero fazer programa com você. Então vai embora, e não me procure mais — disse rispidamente. Deixando a prima surpresa. Mas, Amanda pareceu pouco se importar. Continuou com um sorriso.
— Deixa de besteira, seja profissional. Você fez um trabalho como qualquer outro. Outra coisa — diz. — Coisa feia trocar de número e não avisar aos clientes. Pensei que tivesse mais respeito por eles. — Provocou.
Luiza permanecia imóvel, não tinha a menor intenção de permanecer com contato com aquela garota. Então jogou seu chip fora e comprou outro. Amanda amaciou a voz.
— Vamos para minha casa, — chamou — Luiza garanto que você não vai se arrepender, falta uma outra coisa a lhe dar. Por favor.
— Não irei a lugar algum com você, estou cansada desse joguinho. — Exasperou — Amanda, quero que saia da minha casa agora e nunca mais me procure.
— Luiza, vamos em minha casa, tenho algo a te dar, algo que você anseia muito.
A loira parecia não se mover. Amanda continuava a insistir até a outra ceder. As duas se dirigiram até o apartamento da estudante, chegando lá foram surpreendidas por uma visita inesperada no hall do prédio.
— Amanda quem é essa mulher? — Perguntou a morena de 1.60, olhos azuis e cabelos castanhos médio e liso. Tinha um corpo bem definido e rosto bonito. Pelo jeito da pergunta parecia ser alguma coisa de Amanda a mesma ficou sem graça — Responde?
— Vai da crise de ciúme agora? — Falou Amanda séria ao encarar aqueles olhos azuis.
— Quem é ela? — A garota permaneceu com a voz firme. Cruzando os braços.
— Olha aqui Júlia nunca te dei motivos para você desconfiar de mim, sempre fui uma mulher fiel, — suas palavras soaram convincentes. — Essa aqui é namorada do meu irmão, antes que você fique dando seus chiliques. — Amanda forçou algumas lágrimas.
“Meus Deus essa guria é uma atriz. Nunca vi tamanho fingimento com tamanha naturalidade. Coitada fiel era uma coisa que Amanda nunca seria” pensava Luiza.
— Está vendo cunhadinha, como sua irmã é, sempre achando que eu estou com alguma rapariga — dispara a morena, num tom defensivo, — já estou me cansando disso. — Ela virou-se para ir ao elevador. — Vamos subir, quero muito saber noticias no imprestável do meu irmão. — Disse para Luiza.
Antes de entrarem no elevador, as duas morenas seguraram a porta. Júlia foi logo abraçando e beijando Amanda na boca que correspondeu. Luiza e a outra garota ficaram apenas olhando as duas meninas se esfregando descaradamente. Assim que chegaram ao andar elas se descolaram. Amanda olhou pra Luiza e deu aquele sorriso safado. A loira não teve como não voltar a sorrir. Apesar de toda arrogância Amanda era uma pessoa agradável, entraram no apartamento as meninas foram apresentadas.
— Bem deixa fazer as apresentações, essa aqui é Júlia, minha namorada, essa é Luiza minha cunhada. — Tentou disfarçar o riso.
— Prazer, desculpe a cena. — Falou a menina num tom mais calmo — é que essa daqui tem que manter nas rédeas curta. — A menina abraçou Amanda pela cintura.
Depois da apresentação a Júlia não desgrudava de Amanda. Parecia que estava com medo que a namorada fugisse. Fez mil perguntas a Luiza que entrou no jogo de Amanda.
— Esse sotaque é de onde?
— Rio Grande do Sul.
Antes de mais questionamento, o telefone de Júlia tocou, a menina pediu licença e saiu. Demorou alguns minutos para voltar. Amanda e Luiza se entreolharam, a morena lhe lançou uma piscadela. Luiza, segurou o riso. Afinal, a irmã da namorada da morena estava bem do lado da Amanda. Júlia voltou a sala com cara de desânimo.
— Vou ter que ir — falou a garota.
— Você acabou de chegar. — Contestou Amanda fingindo contrariedade.
— Minha mãe não sabe que vim aqui.
Amanda fez cara de que estava chateada. Júlia nada mais disse. Despediu-se de Luiza e foi embora com a irmã. Agora sozinha, a morena não perdeu tempo. Partiu para cima da loira.
— Pensei que namorava o guri.
— Às vezes, para sair da rotina. Mas, não consigo resistir a beleza feminina — dispara.
— Não vim aqui para trans*r com você — dispara a prostituta.
Amanda revira os olhos. — Você vai precisar ir na terça-feira, falar com Carmem. Eu conseguir sua entrevista com o reitor. Lá ela explicará tudo.
Luiza lhe olhou atônita, seus ouvidos pareciam duvidar da informação que acabou de receber, Amanda pareceu ler seus pensamentos.
— Sou uma mulher de palavra Luiza.
Luiza sentiu seu coração acelerar de forma brusca. Um largo sorriso se formou em sua face.
— E aí não mereço um prêmio?
A loira ofertou o que a morena mais desejava. Um beijo quente e profundo — agora sim, quero que quando fizermos programa eu possa beijá-la. — Luiza apenas fez que sim.
Dias depois daquele encontro, Luiza entrou em contato com a secretária do reitor, como instruído por Amanda. Ela se submeteria a prova de pró-eficiência e depois passaria pela entrevista. A loirinha ganha poucos dias para relembrar tudo que havia estudado nos anos anteriores. Estava ansiosa e com medo. Pois, pelo edital que recebeu, o conteúdo da atual faculdade era muito diferente da anterior. Foram horas a fios de estudo. No dia da prova, chegou a universidade muito agitada.
— Vai dar tudo certo Isa — dizia sua prima lhe encorajando.
A loira entrou na sala. Depois de cinco horas exaustivas Luiza saiu da sala cabisbaixa. Com o sentimento que não fizera uma boa prova.
Dias depois
— Calma mulher. Ainda tem a entrevista. Você sempre foi uma excelente aluna.
— Faz mais de uma semana e nada Bella.
E numa bela manhã de segunda-feira, Luiza recebeu um e-mail informando o dia e a hora marcada para a entrevista. O reitor parecia se um homem bastante simpático, tratou a estudante com bastante cordialidade. A entrevista durou quase meia hora. O nervosismo da jovem era perceptivo. O homem resolveu acabar com aquela tensão.
— Leciono a quase três décadas — disse o homem fitando a nova aluna — dizem que costumo ser um professor um tanto rígido, embora não ache. Gosto de acreditar que como professor, tenho a missão de extrair todo potencial dos meus alunos. — Dizia o homem, deixando Luiza ainda mais nervosa. — Mas, foram poucas as vezes que tive a oportunidade de dar uma nota como essa. Meus parabéns. — Homem pegou os papéis sobre a mesa e estendeu a estudante. — Fale com Angelina, ela vai lhe informar como proceder, apresse-se as aulas começam em poucas semanas. Seja bem-vinda Srta. Lafaiete. Será um prazer tê-la em nosso seio acadêmico.
Luiza congelou. Sim. Aquele anunciou só podia significar uma coisa. Fora admitida na universidade.
— Eu que agradeço a oportunidade — esforçou-se a dizer.
Luiza saiu da sala em movimentos mecânicos. Seu coração batia tão forte que lhe doía no peito. Ela suava frio.
— E aí? — perguntou Bella ansiosa.
A loira fez que sim com a cabeça. Seus olhos desceram até o papel em sua mão. A nota estava escrita de caneta vermelha. Um pequeno sorriso toma sua face. Soube naquele momento que Amanda apenas lhe deu a oportunidade, mas sua conquista foi através de seu próprio êxito, tirara 9,8.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]