Capitulo 5 - É apenas mais um Trabalho
CAPÍTULO QUINTO
Depois daquela estranha proposta, Luiza não voltou a ter contato com sua cliente. A loira até pensou em enviar uma mensagem para saber se ela estava bem. Mas acabou vetando a possibilidade, afinal, Amanda não era sua amiga e sim sua cliente. A loira acabou espantando Amanda de seu pensamento e continuou levando sua vida.
— Luiza, você pegou os materiais de limpeza? — pergunta Isabela.
— Peguei. Falta só os frios.
— Então vou pegar, enquanto você já fica na fila. O supermercado está cheio.
Luiza seguiu para a fila do caixa do supermercado, seu telefone tocava no bolso traseiro. Ao pegá-lo, ela reconheceu o número.
— Não sabe o quanto é irritante sua demora em atender a droga do telefone — esbraveja. — Luiza.
— Quem disse que meu nome é Luiza? — pergunta a loira, num tom de brincadeira.
— Talvez você tenha medo da resposta. — Provoca Amanda. — Luiza Vieira Lafaiete.
O coração da loira bateu mais forte do que deveria. Apertou o telefone com força. Aquela garota sabia seu nome completo. A prostituta se esforçava para não pensar em como aquela misteriosa cliente conseguirá seu número pessoal e descobrirá seu nome.
— Como vai Amanda? — desconversou.
Amanda desanimou com a pergunta, achara que a mulher fosse aceitar a provocação.
— Quero te ver — disse. — Vem aqui em casa.
— Estou ocupada.
— Luiza…
— Vanessa me chama de Vanessa — pede a loira impaciente.
— Luiza, quero te ver. Fui atropelada pela correria da faculdade. Semana de prova. Enfim. Não tive tempo para nosso sex* gostoso — dispara com malícia.
Amanda sabia ser bem persuasiva quando queria. A loira acabou cedendo, iria vê-la assim que terminasse o supermercado. Chegou em casa tomou um banho rápido e pegou suas chaves.
— Hum. Vai sair? — pergunta Isabela.
— Vou sim, tenho um trabalho agora.
Isabela olhou a prima de cima a baixo.
— E você vai assim?
Luiza olhou para prima como não entendesse.
— Você está tão Luiza — disse Isabela.
Luiza olhou para suas próprias vestes. Estava com uma saia jeans escuro um pouco acima do joelho, uma blusa justa denotando de forma discreta a beleza do seu corpo. Usava uma sandália baixa, seus cabelos estavam presos no alto da cabeça, porém, algumas mexas insistiam por sua liberdade. Estava sem maquiagem, usar apenas um leve batom. No entanto, usava um delicioso perfume. O perfume que Amanda gostava. Notara que realmente estava longe das vestimentas da Vanessa.
— Vai sair com aquela garota?
Luiza apenas fez que sim com a cabeça, podia sentir as ideias da prima se debatendo como asas de borboletas.
— Você tá gostando dela Luiza?
— Claro que não, é apenas trabalho. O problema é que ela não gosta da versão Vanessa.
Isabela balança a cabeça em sinal de negação. Luiza dar um suspiro pesado. Pega seu celular e sai de casa. A loira sabia que Isabela tinha razão, Amanda lhe fez sair do seu padrão e isso estava começando a incomodar a prostituta. O carro lhe deixou no condomínio na zona sul da cidade. A loira recebeu autorização para entrar no prédio. Uma empregada lhe recepcionou com simpatia.
— Pode entrar dona Luiza — disse a mulher, oferecendo um sorriso. — Dona Amanda está esperando na sala.
Luiza sorriu para mulher e seguiu até a sala.
— Preciso só enviar esse estudo para o professor — informa a estudante em frente ao computador.
— Tudo bem.
Amanda sempre era fria e impessoal, então qualquer gesto de simpatia despertava surpresa na gaúcha. Luiza acomodou-se no sofá, demorou cerca de dez minutos até que finalmente ouvir o suspiro aliviado da morena que salta da cadeira, vindo sorridente até ela.
— Até que enfim. — Disse sentando ao lado da loirinha sem perder tempo, buscando seus lábios. — Me deixa te beijar — pediu. — Quero saber se essa boquinha é tão boa no beijo como é em outras coisas.
Luiza não precisou responder inclinou o pescoço para lado oferecendo a outra, que aceitou resignada. Amanda, parecia com um desejo voraz. Suas mãos apertava a parte interna da coxa da outra, devastando qualquer impedimento que chegasse aquela intimidade tão desejada.
— Adoro esse perfume — aprofundou nas carícias. — Senti saudades. — Essas últimas palavras deixaram Luiza perplexa.
A prostituta tratou de retribuiu e começou deixa Amanda bem excitada. A campainha interrompeu aquele momento. Num súbito ela se afasta imediatamente, no mesmo instante entra na sala um rapaz, alto de 1.80 cm, moreno, corpo malhado, rosto expressivo, cabelos pretos num corte surfista.
— Amor, você não atendeu meu telefonema — dispara o rapaz.
Luiza ver a morena revirar os olhos. — Desculpa. Andei ocupada.
O rapaz olha para a loira sentada no sofá. Amanda se antecipa e faz a apresentação.
— Tiago essa é minha amiga Luiza. — diz a morena — Luiza esse é Tiago meu ficante.
Os dois desconhecidos apertam as mãos. Há um momento de constrangimento.
— Luiza acabou de chegar à cidade. Ela é do Sul, Porto Alegre.
Luiza, tenta mascarar sua surpresa. Amanda sabia coisa demais a seu respeito, isso começava a assustá-la. Ela se preparou para dar uma desculpa e sair dali. Mas a morena pareceu adivinhar seus pensamentos.
— Amor, hoje não é uma boa hora. — Dispara a morena.
O rapaz entende o recado velado. Amanda o acompanha até a porta. A morena fala alguma coisa para o rapaz que parece solidário, a julgar pela forma que olha para a loira sentada no sofá. Depois de alguns minutos o rapaz volta a sala para se despedir.
— Até logo Luiza.
— Até.
Amanda acompanhou até o elevador. Depois de beijos abraços e apertões ela volta, sem pensar duas vezes senta no colo Luiza e a beijar no pescoço.
— Isso sempre funciona — diz a morena.
— O que disse a ele?
— Você levou um pé na bunda. Homens detestam ver mulheres choramingando. — Riu.
Luiza sentiu a tensão do seu corpo. A última coisa que queria fazer era trans*r com aquela garota que parecia saber tudo sobre ela.
— Você é muito gostosa sabia! Adoro pele lisinha assim. Vamos para o quarto que estou subindo pelas paredes. — Amanda a conduziu até o quarto.
Depois de 3 horas de sex* sem parar elas caem na cama ofegante.
— Ufa! Estava precisando. — Disse ela ao se colocar em cima de Luiza. — Se eu não tivesse tanta coisa para fazer ia te possuir de novo, porém, temos assunto a tratar. — Ela se sentou na cama, Luiza fez o mesmo. — Antes você conseguiu tirar minha energia, esperar.
Amanda vestiu o robe e saiu do quarto. Luiza estava louca por um banho. Amanda poderia ser até exigente demais, mas a prostituta não poderia negar que o prazer era retribuído na mesma proporção. Amanda voltou ao quarto com uma bandeja cheia de coisas gostosa. Ela percebeu o olhar surpreso de Luiza.
— Está com essa cara por quê? Eu sei ser gentil quando quero. Estou com fome e sei que você deve estar também.
Luiza apenas assentiu com a cabeça. As duas ficaram comendo, enquanto Amanda explicava exatamente o que queria que a outra fizesse. Luiza até pensou que a estudante tinha esquecido daquela ideia de levar uma garota para cama.
— Então, você quer que eu entre nessa festa, me aproxime dessa guria, a seduza e em seguida a leve exatamente para esse flat que você falou.
— Isso. — Abriu um sorriso enorme.
— Me diz uma coisa, essa guria é lésbica? — perguntou curiosa. Afinal, apesar de ser uma prostituta, Amanda era a segunda experiência lésbica que Luiza tinha tido até o momento.
— Isso independe. Venhamos e convenhamos Luiza. Você é bem sedutora, não será difícil seduzir uma garota. Mas, de toda forma estarei lá e darei uma mãozinha. O importante é vocês dormirem juntas. — Frisou a estudante.
— E para que isso? — perguntou num impulso, mas logo se arrependeu ao ver a expressão no rosto de Amanda.
— Não interessa, pagarei o que combinamos.
— Tudo bem.
— Quero que você vá a essa loja e a esse salão. — Estendeu os cartões. — Procure as pessoas que está descrita. Seu vestido já está à espera, as meninas desse salão fazem milagre. Quero vê-la radiante, nos comunicaremos o tempo todo pelo celular. — Ordenou — Maria Eduarda, não esqueça esse nome.
— Quando é isso?
— Hoje.
— Hoje?
— Melhor se apressar.
Luiza tomou um banho rápido e saiu. Começou a questionar a viabilidade daquele trabalho. Mas, dez mil por uma única noite não era nada mal. Mais uma vez, as cifras soaram nos seus ouvidos. A loira resolveu arriscar.
“Apenas um trabalho Luiza. Apenas um trabalho. Dormir com outra guria não deve ser tão ruim assim. Você já dormiu com pessoas piores.” — Dizia para si mesmo.
Fim do capítulo
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