Capítulo 24 – Novos começos

 

Ana Júlia viu Laísa ir até a porta do quarto para trancar e garantir que não seriam interrompidas. O sorriso de quem estava aprontando era um contraste com o olhar carregado de desejo que Laísa lançou em direção a Ana Júlia.

 

- Chega de fugir do que a gente quer, Naju. Você me deixou louca de tesão ontem, foi quase impossível resistir, sabia? – Laísa estava sendo sincera, mas era a forma como falava que demonstrava tanto desejo que Ana Júlia sentia um calor percorrer seu corpo só de ouvir aquelas palavras. – Acho que mereço alguma coisa por ter sido tão boazinha com você.

 

Laísa sentia que seu corpo estava pedindo por aquele momento desde a noite no hotel, que sequer sabia de onde tinha tirado forças para resistir aos toques de Ana Júlia. A loira sem pressa tirou a blusa e a calça que vestia e sorriu ao notar o olhar desejoso de Ana Júlia percorrer todo o seu corpo.

 

Ana Júlia sentiu um arrepio percorrer seu próprio corpo somente com a visão do corpo quase nu de Laísa diante de si e se levantou e findou a distância entre elas, sentindo o calor dos corpos unidos. Laísa suspirou e sorriu, o que foi o estopim para Ana Júlia, que deixou de lado todas as suas inseguranças e tudo que a deixava travada, e beijou Laísa com toda a vontade que sentia. O beijo era lascivo, carregado de tesão. Laísa gostou quando sentiu as mãos de Ana Júlia acariciando cada parte de seu corpo que podia alcançar e não pode evitar um suspiro longo quando a mão levemente acariciou sua intimidade por cima da calcinha.

 

- Parece que eu consegui acordar a fera. – Laísa brincou sorrindo, enquanto sentia os beijos de Ana Júlia.

 

Ana Júlia sorriu ao entender ao que ela se referia. Estava deixando todo seu desejo bem claro naquele momento.

 

- Bom, foi você quem pediu uma recompensa por ter cuidado de mim. Quer que eu pare? – Ana Júlia olhou curiosa para Laísa, que negou prontamente com a cabeça.

 

De jeito nenhum! – Laísa fechou os olhos ao sentir a língua de Ana Júlia percorrer seu pescoço. – Na verdade, acho que você está com roupas demais.

 

Apressada, Laísa se afastou para tirar a blusa que Ana Júlia usava e aproveitou para desabotoar e tirar também a calça. Desejando ver o corpo inteiro de Ana Júlia, Laísa tirou o sutiã e a calcinha que ela usava, sendo acompanhada pelo olhar da outra, e assim pode admirar o corpo sem qualquer peça de roupa.

 

- Você é tão gostosa! – Falou admirada.

 

Ana Júlia puxou a loira de volta para si e com destreza soltou o fecho do sutiã que ela usava. Laísa só percebeu quando viu a peça cair ao chão e sentiu Ana Júlia a empurrando para a cama. O simples peso do corpo de Ana Júlia sobre o seu e o toque dos seios nus fez com que Laísa soltasse um gemido involuntário. Ana Júlia percorreu todo o corpo de Laísa com suas mãos, desceu lentamente seus beijos até alcançar os seios da loira, onde passou a lamber e acariciar cada um. Laísa sentia todo seu corpo quente, desejava mais, cada toque de Ana Júlia a deixava mais excitada. Sem aguentar mais, Laísa pegou a mão de Ana Júlia e levou até sua intimidade, que já implorava por um toque íntimo.

 

Ana Júlia sorriu com aquela atitude e se deliciou ao notar o quanto Laísa já estava excitada e passou a acariciar Laísa, que suspirou ao sentir os toques precisos da outra. A mistura de sensações do toque íntimo com as lambidas e ch*padas no seio, estavam levando Laísa ao ápice do tesão. Ana Júlia notou que a loira rebol*va mais em seus dedos e a beijou novamente. Laísa sentiu a língua de Ana Júlia invadir sua boca e foi o que faltava para atingir um orgasmo forte, gem*ndo baixo entre o beijo.

 

Laísa tentava recuperar sua respiração acelerada quando viu Ana Júlia ch*par os próprios dedos, sujos com seu gozo, e sentiu que somente aquela visão poderia a levar a outro orgasmo.

 

Sem dar tempo para Laísa se recuperar totalmente, Ana Júlia desceu seus beijos pela pele branca da loira, fazendo uma trilha até chegar a sua intimidade. Sem pressa, lambeu seu ponto de prazer, arrancando dela um gemido sôfrego. Ana Júlia alternava suas carícias e lambidas entre a entrada e o clit*ris de Laísa e quando sentiu a loira prestes a goz*r novamente, invadiu-a com dois dedos, iniciando um movimento rápido. Laísa não aguentou por muito tempo sentir as estocadas de Ana Júlia e se entregou a um novo orgasmo.

 

Ana Júlia sorriu e voltou a subir pelo corpo de Laísa. Encontrou a loira de olhos fechados, tentando controlar a respiração e pensou que nunca a tinha visto tão linda quanto naquele momento.

 

- Achei que você não poderia ficar mais linda para mim, mas estava enganada. – Ana Júlia externou seu pensamento e Laísa abriu os olhos para encontrar seu olhar.

 

- Você só pode estar muito apaixonada para dizer que estou linda assim toda suada e descabelada. – Laísa falou fazendo um charme.

 

- Mais linda do que nunca!

 

Ana Júlia beijou novamente Laísa, que rápida, inverteu as posições, ficando por cima de Naju, que sorriu ao ser surpreendida.

 

Sem pressa, Laísa beijou Ana Júlia enquanto sua mão conhecia cada parte do corpo da mais velha. O beijo era carregado de tesão, as línguas se tocavam numa massagem sensual, causando arrepios pelo corpo das duas.

 

Laísa iniciou uma massagem por cima da calcinha de Naju e suspirou ao notar sua excitação. Entre beijos pelo corpo, desceu ao encontro da intimidade de Naju e tirou a calcinha que ela ainda usava, iniciando movimentos circulares em seu clit*ris.

 

Os suspiros longos de Naju deram incentivo para Laísa, que passou a penetrar seus dedos com agilidade e rapidez. Quando Naju sentiu a língua de Laísa se juntar as carícias, seu gemido foi inevitável, seguido de um orgasmo.

 

Sem dar tempo para Naju se recuperar, Laísa subiu novamente no corpo da moça, sentando de modo que as intimidades das duas se tocassem, iniciando um movimento cadenciado, arrancando suspiros das duas mulheres, que não demoraram a alcançar outro gozo juntas.

 

Matando todo desejo que sentiam e se conhecendo ainda mais, as duas mulheres se tocaram e se amaram até a madrugada, quando os corpos pediram por um descanso.

 

- Laísa, já são 3 horas da manhã, vou ter que sair daqui de fininho para não acordar ninguém.

 

Ana Júlia e Laísa estavam abraçadas na cama, trocando leves carinhos e deixando os corpos descansarem.

 

- Ou você pode passar essa noite aqui comigo, vou amar acordar ao seu lado.

 

- E com que cara eu vou olhar para sua mãe amanhã?

 

Ana Júlia não era boba, já tinha percebido algumas insinuações sobre elas vindo das irmãs de Laísa, ainda que de brincadeira, e sabia que Adriana sentia muito carinho por ela, o que a deixava um tanto sem jeito naquela situação.

 

- Com uma cara de felicidade por essa noite maravilhosa, eu espero. – Laísa respondeu sorridente. – Naju, minha mãe sabe que você está aqui e tenho certeza que ela não acha que nós somos amiguinhas inocentes que estão aqui vendo um filme juntas, sabe?

 

Ana Júlia revirou os olhos diante da ironia de Laísa.

 

- Nós combinamos de fazermos as coisas com calma, senhorita. – Ana Júlia deu um beijo rápido nos lábios de Laísa e levantou da cama. – E tomar café com sua família com certeza não configura calmaria.

 

Laísa sorriu e ficou observando enquanto Naju procurava por suas roupas espalhadas e se vestia. A loira não resistiu a visão de Ana Júlia apenas de calcinha e sutiã tão perto, saiu da cama e abraçou-a por trás, distribuindo beijos por suas costas enquanto suas mãos buscaram os seios para iniciar uma lenta carícia.

 

- Seu corpo é uma delícia! – Falou quando suas mãos invadiram o sutiã que Ana Júlia acabara de vestir. – Não me canso de te beijar e te tocar. Fica um pouco mais?

 

Ana Júlia já sentia seu corpo se acender com aquelas carícias de Laísa, até que se virou de frente para a loira e a beijou com vontade.

 

Demorou mais algum tempo para Ana Júlia finalmente conseguir deixar o quarto de Laísa, que ainda protestou um pouco por sua partida e somente dormiu depois de receber uma mensagem de Naju avisando que já estava em casa.

 

Laísa acordou poucas horas depois, sequer poderia dizer que teve uma noite de sono. Tomou um banho gelado para tentar despertar, mas mal conseguia ficar de olhos abertos. Apesar disso, estava muito feliz, pela noite que tivera com Ana Júlia não poderia reclamar de nada naquela manhã.

 

Adriana notou a filha chegando para o café da manhã praticamente se arrastando e não pode evitar um comentário apenas para a provocar, já imaginava o motivo da filha estar naquele estado.

 

- Aproveitou demais a noite e esqueceu que tinha que acordar cedo hoje, Laísa?

 

Laísa revirou os olhos enquanto servia uma xícara de café, sobreviveria a base de cafeína naquele dia.

 

- Bom dia, mamãe, que bom te ver de bom humor nessa manhã de segunda-feira. – Laísa resmungou sonolenta.

 

- Ana Júlia chegou bem em casa? Ela não precisava ter saído daqui tão tarde, é perigoso dirigir sozinha pela madrugada.

 

- Chegou sim. Nós estamos tentando fazer as coisas com calma, sem apressar nada e ela não queria te encarar agora pela manhã, preferiu ir para casa.

 

Adriana sorriu ao ouvir aquilo.

 

- Mas que bobagem! Vou mandar uma mensagem para minha norinha daqui a pouco.

 

- Mãe, você ouviu quando falei sem apressar nada? Naju não é sua nora coisa nenhuma.

 

- Menina, tome logo esse café aí para ver se acorda e não se intromete na minha relação com minha quase-futura nora. – Adriana brincou com a filha, não podia negar que fazia muito gosto do relacionamento.

 

Laísa revirou os olhos, mas sorriu e passou a realmente se concentrar em seu café da manhã, precisava estar bem pois teria um dia longo pela frente e ainda desejava conversar com Vitória.

 

…

 

Vitória acordou com o cheiro de café invadindo suas narinas. Reconheceu aquele cheirinho vindo diretamente de sua infância e adolescência e sorriu, imaginando o que sua tia Marta estava aprontando em sua cozinha.

 

Depois de tomar um longo banho e se aprontar para o trabalho, Vitória desceu e confirmou o que imaginava, sua tia havia montado uma mesa de café da manhã que facilmente atenderia a fome de 10 pessoas.

 

- Bom dia, tia Marta! – Foi até a tia que estava lavando algumas louças e deu um beijo rápido. – Posso saber quem vai comer esse tanto de comida?

 

- Você! – Sua tia respondeu sorrindo. – Fiz bolo de fubá e de chocolate que você gosta e também aqueles pãezinhos que você adorava comer todo dia.

 

- Tia, isso tudo nem cabe no meu estômago, que exagero! – Comentou sorrindo ao sentar na mesa. – Mas, obrigada!

 

- Coma tudo que quiser, Vi. Vou até guardar um pedacinho de cada bolo para você levar para o escritório e tomar café da tarde.

 

Vitória sorriu e percebeu o quanto sentia falta daquela simplicidade e do cuidado de Marta. Lembrava claramente que sua tia sempre fizera questão de cuidar de tudo, ao ponto de mimar tanto ela quanto Ana Júlia.

 

- Tudo bem, tia! Esse bolo de chocolate está com uma cara ótima, mas parece muito açúcar para encarar logo pela manhã, vou querer levar ele mesmo.

 

Vitória pensou naquilo. Em todos esses anos no escritório não conseguia se lembrar de uma vez sequer que tenha levado uma marmita ou algo do tipo para comer lá e se deu conta de que sua pose inalcançável não fizera qualquer diferença. Era tudo uma grande bobagem criada por sua cabeça, na esperança de sentir-se respeitada.

 

- Como você está se sentindo? – Marta perguntou ao sentar-se à mesa depois de separar o pedaço de bolo da sobrinha. – Já pensou no que vai fazer daqui em diante?

 

- Me sinto bem, mais leve, sabe? – Vitória suspirou pensando na segunda pergunta. – Vou fazer uma reunião com todos do escritório hoje, sei que muitos vão ficar ressabiados, e com razão, mas quero que vejam que estou tentando melhorar e que desejo que todos tenham uma relação harmoniosa no escritório.

 

- Fico muito feliz de ouvir isso, Vi. Vai ser bom para você e para seus funcionários também, eu tenho certeza.

 

- Sim, também tenho essa certeza. – Vitória respirou fundo antes de prosseguir, queria falar sobre algo mais delicado. – Tia, eu quero conversar com Ana Júlia, sei que devo muitas desculpas a ela.

 

- Procure por ela então, Vitória. Seja sincera e mostre que está realmente disposta a melhorar. Sua prima te ama muito, eu tenho certeza disso, e vocês vão saber deixar de lado os erros que tiveram e retomar a relação bonita que um dia existiu.

 

- Eu realmente não sei se vai ser tão fácil assim, tia. As coisas voltaram a se complicar entre nós, né!?

 

Vitória se referia a Laísa e Marta percebeu.

 

- Vitória, você já aprendeu a lição, não deixe que nada nem ninguém te afaste de quem realmente te ama. Vá até a casa da Aninha, converse com sua prima, vocês conseguirão se entender.

 

Vitória ficou pensativa sobre aquilo. Estava realmente disposta a se acertar com sua prima e retomar a relação que tiveram por tantos anos. A morena sabia que precisava do perdão da prima para sentir que estava voltando a ser a pessoa que um dia fora, mas não tinha tanta certeza de que seria tudo fácil, ainda mais que a prima agora estava com Laísa e seus sentimentos pela loira continuavam intactos.

 

Depois de tomar café da manhã entre conversas com a tia, Vitória seguiu para o escritório, já um pouco atrasada, mas achou bom, pois assim todos os funcionários estariam presentes.

 

- Bom dia, Carla, como vai? – Vitória sabia que a secretaria tinha algo a ver com a descoberta de Laísa sobre seu envolvimento com Rebecca, mas ignorou. – Por favor, mande todos os funcionários, sem exceção, para a sala de reunião, estarei lá em 5 minutos.

 

- Bom dia, Vitória! Sim, avisarei a todos.

 

- Se não for pedir muito, você pode guardar isso para mim na geladeira, por favor? – Vitória tinha levado o pedaço do bolo preparado pela tia.

 

Carla olhou estranho para Vitória. Sua chefe não costuma ser tão gentil daquela forma, normalmente apenas dava as ordens.

 

- Claro, com todo prazer!

 

Vitória foi para sua sala apenas para deixar sua bolsa e se preparar para a conversa que teria a seguir. Sentou em sua cadeira e fechou os olhos respirando fundo. Estava na hora de recomeçar sua vida de verdade e nada melhor do que começar pelo escritório que era onde mais amava estar.

 

Assim que entrou na sala de reunião, Vitória olhou nos olhos de cada funcionário ali presente, se demorando um pouco mais ao encontrar o olhar curioso de Laísa, no fundo da sala. Ainda era tão apaixonada pela mulher, que teve que ter forças para desviar o olhar e focar no que precisava fazer.

 

- Bom dia a todos! – Vitória escutou um coro de respostas. – Bom, naturalmente, vocês estão se perguntando o porquê dessa reunião repentina e podem ficar tranquilos, não é nenhum problema com o escritório, estamos indo cada vez melhor e isso graças ao esforço de cada um aqui. Mas, enfim, vamos lá!

 

Todos olhavam curiosos para Vitória, a maioria ali temia a chefe, sempre tão distante e rude.

 

- Eu chamei todos aqui primeiramente para fazer um pedido de desculpas coletivo. – O cochicho entre os funcionários foi inevitável. – Gente, eu tô aqui ainda! – Vitória comentou sorrindo, mas todos a olharam sem entender. – É difícil para mim falar isso, vocês devem imaginar, mas eu sei que muitos aqui têm uma visão ruim de mim e a culpa é inteiramente minha. Por isso, estou aqui pedindo desculpas e garantindo a vocês que as coisas vão mudar por aqui, mas para melhor. A verdade é que eu passei por muitas coisas nos últimos anos e acabei criando uma armadura para me proteger do mundo e isso só me fez mal, mas eu não percebia. Só que a vida sempre cobra a conta dos nossos erros e a minha conta chegou da pior maneira possível. – Essa frase foi dita olhando diretamente para Laísa, que desviou o olhar, sem jeito. – Enfim, agora vocês vão conhecer a verdadeira Vitória e espero que vocês me deem uma chance, tenho certeza que fará muito bem ao escritório!

 

Vitória falou mais algumas palavras para todos. A maioria estava realmente um tanto desconfiada de toda aquela bondade demonstrada por Vitória, mas a chefe parecia estar disposta de verdade a ser melhor.

 

O resto do dia passou tranquilo no escritório. Laísa foi quem ficou mais pensativa com aquela reunião, pensando em todas as palavras de Vitória e feliz por ver a morena tentando se tornar mais querida por todos ali. Apesar de estarem separadas, o encantamento que nutria por sua chefe não havia mudado em nada.

 

Luciano entrou na sala e tirou Laísa de seus pensamentos, levando a amiga para a cozinha para tomarem um café.

 

Laísa estava contando para o amigo sobre tudo que havia acontecido no congresso e lembrou-se algo.

 

- Ah, tenho uma coisa para te pedir, Lu.

 

- Pode falar, Lai.

 

- Vou te mandar o currículo da Thaís, uma das arquitetas amigas de Naju, ela está interessada em trabalhar aqui e não sei se Vitória levaria em consideração uma indicação minha no momento. – Laísa explicou. – É só indicar ela para Vitória.

 

- Claro, amiga, faço com todo prazer! – Luciano se prontificou. – Agora, falando em Naju, pode me contar tudo, com detalhes.

 

Laísa já esperava por aquilo e contou tudo que rolou entre as duas, inclusive sobre a noite que passaram juntas.

 

- Gente, eu tô passado! Na sua casa? – Luciano sorria feliz pelas amigas. – Eu sempre achei mesmo que Ana Júlia tem cara mesmo de quem faz qualquer mulher feliz na cama, aquele jeitinho quieto de quem não quer nada nunca me enganou.

 

- Você é péssimo, Luciano! – Laísa gargalhou.

 

- Mas, e aí, como você está com tudo isso? Está feliz de se acertar com ela?

 

Laísa pensou em Ana Júlia por um instante, lembrou-se do sorriso que tanto a cativava e sorriu antes de responder.

 

- Eu tô muito feliz, Lu! – Laísa estava de costas para a cozinha e não percebeu que Vitória se aproximava. – Acho que se faltava alguma coisa para confirmar meus sentimentos, essa noite foi suficiente para isso. Não tenho mais dúvida, eu amo a Ana Júlia!

 

Vitória escutou aquela última parte e estancou onde estava, paralisada.

 

Laísa percebeu o semblante assustado de Luciano e se virou, encontrando o olhar triste de Vitória.

 

 

Fim do capítulo