Esconderijo por Lou
Capitulo 23 - Amor que cura
Capítulo 23 – Amor que cura
Vitória acordou naquele domingo sentindo que sua cabeça estava prestes a explodir e sabia que isso era resultado da garrafa de whisky vazia que estava em sua cabeceira da cama.
Depois de tomar um comprimido e um longo banho, Vitória deitou em uma espreguiçadeira na varanda de sua casa tentando relaxar, mas não conseguia tirar da cabeça que Laísa estaria chegando de viagem em poucas horas.
Precisava pedir desculpas a muita gente, mas sabia que deveria começar por ela, que não merecia ter sido enganada da forma que foi. Mas Vitória ainda carregava muita culpa por tudo e decidiu que beber um pouquinho não lhe faria tão mal. O que era para ser um copo, se tornou metade de uma nova garrafa de whisky.
Quando olhou no relógio e viu que faltava pouco para a chegada de Laísa, Vitória pegou as chaves do carro disposta a esperar em frente à casa da moça. Mesmo sentindo certa tontura e com a visão embaçada, Vitória conseguiu dirigir até o endereço de Laísa e ficou em seu carro esperando pelo momento que ela chegaria.
Depois de quase uma hora de espera, Vitória desistiu de esperar ali, mas imaginou que Laísa poderia estar em outro lugar, o que causou um desconforto enorme dentro de si, mas sem outra opção, Vitória seguiu para o apartamento de Ana Júlia, disposta a falar com Laísa de qualquer maneira, mesmo se colocando naquela situação tão constrangedora para todas.
Vitória estacionou o carro em frente ao prédio da prima e sem querer parar para pensar muito no que estava fazendo, foi em direção a portaria e com sua lábia conseguiu que sua subida fosse autorizada sem que ligassem para Ana Júlia. O problema foi que assim que saiu do elevador, sequer teve tempo de respirar e se acalmar antes de finalmente tocar a campainha, sua prima estava saindo do apartamento naquele momento e as duas tiveram um momento nada amigável.
Mesmo ciente de que precisava conversar com a prima e se desculpar por muitas coisas, naquela hora Vitória não estava pensando direito, irritada por não conseguir falar com Laísa, então resolveu ir embora, mas uma voz conhecida a fez parar e quando Vitória se virou em direção àquela voz, mal acreditou no que via.
- Tia Marta?
Vitória não estava acreditando que estava diante de sua tia. As duas não se viam há alguns anos, mas aquela era a única que deu a Vitória o amor e carinho que ela nunca recebeu de sua mãe.
Marta conhecia a sobrinha o suficiente para perceber de pronto que ela não estava totalmente sóbria, seus olhos pequenos e quase fechados deixavam isso óbvio, apesar de também não aparentar estar embriagada.
Ana Júlia aproveitou a situação para sair de fininho quando o elevador chegou ao seu andar. Não estava disposta a enfrentar aquela situação naquele momento, ainda mais com Laísa esperando por ela.
- Vem aqui, Vitória, deixa eu ver você. – Marta pediu preocupada, mas também emocionada.
Vitória se aproximou da tia um pouco sem jeito, suas últimas conversas não haviam sido tão amigáveis e Vitória sabia que magoou demais sua tia no passado.
Marta tocou o rosto da sobrinha, afagou seus cabelos, como se quisesse confirmar que estava tudo bem com ela.
- Vem aqui. – Marta levou a sobrinha pela mão para dentro e fechou a porta do apartamento, precisava ter uma conversa séria com Vitória. – A gente tem muita coisa para conversar, Vitória. E você vai ouvir tudo que eu tenho para falar. – Marta falou séria enquanto encarava a sobrinha. – Mas antes de tudo, você tá precisando de carinho e de amor, não é?
Marta abraçou a sobrinha, que se sentiu aconchegada com aquele carinho e depois de muito tempo deixou suas emoções e seus medos serem mostrados para alguém, iniciando um choro compulsivo, carregado de dor e arrependimentos.
- Eu amo tanto você, Vitória! – Marta falou fazendo um carinho na sobrinha. – Você não está sozinha, eu vou cuidar de você e nem adianta querer me afastar de novo.
Vitória chorou como uma criança, colocando para fora todo o sofrimento que carregava dentro de si por tanto tempo. Diante de tudo que tinha feito de errado, a morena não se sentia digna de receber todo aquele carinho, o que só a fazia se arrepender ainda mais por ter se afastado tanto das pessoas que sempre a amaram e cuidaram.
- Me desculpa, tia? Eu fiz tudo errado!
Vitória pedia entre o choro desesperado.
- Me desculpa, tia?
- Minha Vitória! Meu amor! – Marta beijava e fazia um leve cafuné na sobrinha, sentida pela dor e sofrimento daquela que cuidou e amou com tanto carinho, como fez com sua própria filha, esse era o sentimento que tinha por Vitória. – Minha filha! – Falou expressando o que sentia.
Vitória chorou até que sentisse seu corpo e sua alma mais leves. Parecia ter tirado um peso de suas costas só por estar recebendo aquele carinho e sentir-se amada.
- Tia, eu errei tanto! – Falou encarando a tia enquanto enxugava suas lágrimas. – Todos esses anos, eu me escondi de todos, criei uma armadura contra todos e agora eu vejo que nada disso valeu a pena.
- Errou sim, Vitória, eu não vou passar a mão na sua cabeça, mas é muito bom ver que você está finalmente reconhecendo seus erros. Isso é um bom sinal!
- Sim, tia Marta, parece que finalmente eu entendi tudo e eu devo tantas desculpas a você e Ana Júlia, vocês foram minha única família e eu causei somente mágoa.
- Eu já soube sobre a Rebecca! – Marta contou chateada. – Como você pode se deixar enganar outra vez por aquela mulher, Vitória?
- Ela me enfeitiça, tia. Quando ela chegou, quando eu a vi, senti uma coisa tão forte dentro de mim, eu não conseguia pensar em mais nada que não fosse a Rebecca e por causa disso, perdi a pessoa mais especial que encontrei na minha vida. – Falou se referindo a Laísa. – Mas eu não vou repetir meus erros novamente, depois de Rebecca ter me abandonado pela segunda vez eu entendi que ela nunca me amou, eu sempre fui só um objeto de desejo, de luxúria, alguém para Rebecca exibir e usar quando lhe coubesse. Eu errei muito por causa dela, agora vejo isso e não quero mais brigar com a Ana Júlia, nem mesmo por Laísa.
- Depois você conversa com sua prima, Vitória. Eu não quero me met*r nessa história entre vocês e Laísa, mas já a conheci e tenho certeza que ela não é baixa como a Rebecca. – Marta comentou se lembrando do quanto gostou de Laísa. – Mas agora não está na hora de você pensar nisso, e sim na hora de você cuidar de si mesma. Olha o seu estado, Vitória! Eu te conheço, sei que não chegou aqui sóbria. Você vai deixar que a Rebecca destrua sua vida?
Vitória pensou nas palavras da tia, que estava certa. Antes de pensar em Laísa ou naquela confusa história entre as três, precisava pensar em si mesma.
- Eu sinto que não tenho forças para continuar sendo a mesma pessoa! – Vitória foi sincera, estava sentindo uma fraqueza como nunca antes. – Essa Vitória fria e distante que eu me tornei, eu não consigo mais manter essa armadura sobre mim.
- Então não mantenha, Vivi. – Marta notou a sobrinha sorrir tímida ao escutar aquele apelido carinhoso que costumava ser chamada na infância. – Deixe que as pessoas vejam que você não é um monstro, seja você mesma, sem medo do que vão pensar ou dizer. O que você não pode é entregar os pontos, Vitória. Isso eu não vou deixar! E nem adianta você me dizer novamente que não sou sua mãe e não tenho que me intrometer na sua vida.
- Não, titia, eu jamais cometeria esse erro duas vezes. O mais perto que eu conheço de um amor materno, foi você quem me deu! Eu te amo, tia Marta! – Vitória beijou as mãos da tia, agradecida por não ter sido abandonada. – Eu sinto que tudo que eu construí não vale de nada, tudo foi uma mentira.
- Não, Vitória, não se desmereça dessa forma. Você trabalhou, correu atrás e construiu um império. Vítor deve estar tão orgulhoso de você agora!
Vitória se emocionou ao ouvir falar de seu irmão. Como queria que ele estivesse ali, tinha certeza que as coisas seriam muito diferentes em sua vida.
- Ele seria uma pessoa muito melhor do que eu!
- Vitória, chega de lástima!
Marta disse firme e levantou do sofá. Não iria deixar a sobrinha continuar se deteriorando daquela maneira.
- Você não é nenhuma coitadinha, Vitória! Pare com isso! Olha para você, tem saúde, tem uma carreira de sucesso, tem pessoas que te amam. Chega de se achar incapaz, inútil, ou indigna de qualquer coisa que seja. – Marta falou brava. – Você vai tomar um banho gelado, tirar essa carga ruim de você, esquecer que essa mulher passou pela sua vida de novo e retomar sua vida. E isso não é um pedido, é uma ordem!
- Me ajuda, tia? Eu não sei se consigo ser forte como você deseja, não sozinha.
- Eu sempre vou estar aqui para ser seu apoio e sua família, Vitória. Mas eu não quero mais ver a Vitória que estou vendo hoje, você entendeu? Chega de coitadismo, eu criei uma mulher linda e forte e é isso que quero ver!
Vitória concordou com a cabeça e sorriu para a tia. Só por ter alguém ao seu lado já se sentia mais forte, sentia-se amada e querida.
- É tão bom ter você de volta, minha tia querida!
Vitória se levantou e abraçou novamente a tia, dessa vez sem vontade de chorar, mas grata por tudo que sua tia estava disposta a fazer por ela.
As duas conversaram mais um pouco e Marta decidiu ir até a casa de Vitória com ela, não daria chance para a sobrinha se entregar a fragilidade.
Quando viu o estado da casa de Vitória, Marta deu uma grande bronca na sobrinha, não gostou nada de ver garrafas de bebidas e roupas espalhadas pela casa, mas Vitória estava tão feliz por estar sendo cuidada novamente que está feliz até mesmo por estar recebendo um esporro da tia.
- Uau! Parece que eu voltei aos meus 16 anos e estou em Londres. – Vitória comentou rindo ao sair do banho e se deparar com sua tia arrumando seu quarto. – Tia, você não precisa mais arrumar meu quarto.
- Eu não consigo ficar parada diante de tanta bagunça, você sabe disso. – Marta comentou fazendo a sobrinha gargalhar. – Está vendo, você fica muito melhor sorrindo!
Vitória revirou os olhos para a tia, que sorriu em resposta.
- Bom, enquanto você troca de roupa, eu vou lá embaixo ver qual é o estado da sua cozinha e preparar algo para nós comermos.
Vitória confirmou com a cabeça, mas sentiu necessidade de dizer mais uma coisa.
- Tia Marta! – Marta estava na porta do quarto e se voltou novamente para a sobrinha. – Obrigada! Eu te amo muito!
Marta mandou um beijo para Vitória e saiu do quarto. Na cozinha, enquanto pensava em algo rápido para preparar, mandou uma mensagem para Ana Júlia avisando que não poderia jantar com a filha.
…
Ana Júlia chegou na garagem e encontrou uma Laísa impaciente a sua espera.
- Nossa, achei que estava fabricando uma nova chave para esse carro.
Ana Júlia revirou os olhos diante daquele comentário e sorriu, provocando a loira.
- Perdoe pela demora, senhorita. Tive um pequeno imprevisto lá em cima.
Ana Júlia sabia que precisava contar para Laísa sobre a visita de Vitória, mas não sabia bem como tocar naquele assunto e tinha medo da reação da moça ao saber que Vitória estava lhe procurando. Por mais que quisesse confiar e acreditar nos sentimentos de Laísa, uma certa insegurança insistia em lhe assombrar.
- Alguma coisa com sua mãe? – Laísa perguntou depois de guardar as malas e entrar no carro. – Será que ela gostou de mim mesmo?
Ana Júlia se convenceu que deveria ter aquela conversa depois.
- Não, só precisei resolver uma bobeira. E sim, mamãe gostou de você, tenho certeza que você ganhou uma fã!
- Olha, isso é muito bom, afinal, você não tem uma fã lá em casa, tem um fã clube inteiro. – Laísa comentou fazendo Ana Júlia sorrir. – Assim, pelo menos, eu não fico tão no prejuízo.
- Acho que senti um certo ciúmes no ar, estou certa? – Ana Júlia questionou brincando.
- Não, eu amo que a minha família seja tão apaixonada por você quanto eu sou!
Laísa foi sincera e deixou Ana Júlia sem graça com aquele comentário, então mudou de assunto.
Felizes, as duas foram conversando animadas durante todo o caminho.
- Pronta para ser o centro das atenções? – Laísa perguntou antes de entrar em casa e acabou rindo da expressão encabulada de Ana Júlia diante daquela situação.
Laísa entrou em casa e sorriu ao escutar a confusão de vozes e a bagunça das crianças, era muito bom estar de volta.
- Cheguei, família!
Laísa chamou atenção da família, enquanto Ana Júlia permaneceu atrás dela, um tanto envergonhada.
- Minha filha, finalmente! Já estava preocupada com você, que não responde minhas mensagens.
Laísa sorriu mesmo com aquela pequena bronca da mãe.
- Desculpa, mãe, meu celular deve estar sem bateria.
Laísa viu os sobrinhos correrem em sua direção, mas não pararam para falar com ela, foram os dois ao encontro de Ana Júlia, quase derrubando-a no chão.
- Olha, eu não acredito no quanto vocês são traíras! – A loira comentou, mas ficava realmente feliz ao ver o carinho de sua família com Naju.
- Ana Júlia, que bom te ver de novo, já estava mesmo com saudades! – Adriana falou ao cumprimentar a moça. – Vocês devem estar com fome, né?
Laísa confirmou e Adriana resolveu preparar algo para todos comerem, enquanto as duas aproveitavam para matar a saudade. De longe, Adriana observou a interação de suas três filhas e não pode deixar de notar o quanto Laísa estava feliz. Sorrindo, Adriana pensou que só faltava seu marido ali para sua felicidade estar completa.
Depois que jantaram todos juntos, Lavínia se despediu e foi embora com os gêmeos e Lavínia também resolveu se recolher, já que teria que pegar estrada no dia seguinte bem cedo. Somente assim, Ana Júlia pode conversar um pouco com Adriana.
Laísa e Ana Júlia estavam contando do congresso para Adriana, sem contar muitos detalhes do que havia acontecido entre elas, quando Ana Júlia ouviu o toque de seu celular anunciando uma mensagem de sua mãe.
"Aninha, estou na casa da Vitória, vou passar essa noite aqui com ela.
Me perdoe por não jantarmos juntas hoje, mas sua prima está precisando de mim!
Amanhã nós conversamos. Te amo, filha!"
Ana Júlia imaginou que as duas tiveram uma longa conversa e que sua mãe estava cuidando de Vitória. Sentiu-se feliz pela prima, mas lembrou que precisava ter uma conversa séria com Laísa.
Laísa notou que Ana Júlia lera algo em seu celular que a deixou com um semblante preocupado.
- Aconteceu alguma coisa? – Laísa perguntou.
- Não, nada demais. Era só minha mãe me avisando que não vai dormir lá em casa, está com Vitória.
- A Vitória está bem? Aconteceu algo com ela? – Laísa perguntou preocupada.
Adriana resolveu deixar as duas sozinhas e se despediu, indo para o seu quarto.
- Vitória está bem sim, não precisa se preocupar... Mas será que nós podemos conversar?
Laísa pegou Ana Júlia pela mão e a levou até seu quarto. Pelo semblante de Ana Júlia, sabia que viria uma conversa séria pela frente.
- Pronto! Pode me falar o que está te deixando tão encabulada.
As duas sentaram na cama de Laísa e Ana Júlia respirou fundo antes de começar a falar.
- Hoje eu demorei para descer e te encontrar na garagem por um motivo e eu sei que deveria te contar naquela mesma hora, mas não achei que seria bom para nenhuma das duas.
Laísa escutou aquilo sem entender do que Ana Júlia falava.
- Do que você está falando, Ana Júlia?
- Na hora que eu estava saindo de casa com a chave do carro, Vitória chegou lá em casa. – Ana Júlia contou prestando atenção nas reações de Laísa. – Ela estava te procurando, mas eu disse que você não estava lá. Me desculpa se fiz errado, mas ela estava muito nervosa e parecia estar um pouco alterada, não achei que fosse bom vocês se encontrarem naquele momento.
Laísa pensou um pouco no que Ana Júlia contou.
- Bom, realmente, você deveria ter me contado assim que me encontrou, porque essa decisão de conversar ou não com Vitória deveria ser minha, mas está tudo bem, eu entendo que não tenha feito por mal. – Laísa sabia que Naju não teve má intenção ao agir daquela forma. – Na verdade, eu preciso mesmo conversar com Vitória.
Ana Júlia queria evitar sentir insegurança, mas era difícil lidar com a sombra de Vitória entre elas e Laísa percebeu que tocar naquele assunto deixava Ana Júlia cabisbaixa e entendia sua insegurança, agora mais ainda, depois de saber da história entre as duas e Rebecca.
- Eu sei que é difícil para você lidar com essa situação, Naju, mas eu preciso ter uma conversa com a Vitória, para resolver qualquer situação ruim entre nós, até porque ela ainda é minha chefe e nós ainda teremos uma relação profissional, entende?
Ana Júlia sorriu e segurou as mãos de Laísa.
- Eu entendo e está tudo bem! – Falou tentando demonstrar segurança para Laísa e para si mesma. – Eu não posso dizer que não me incomoda ou que não me deixa insegura, estaria mentindo, mas estou disposta a confiar em você e nisso que estamos dispostas a construir juntas.
Laísa ficou tão feliz ao escutar aquilo que se aproximou rápido de Ana Júlia e a encheu de selinhos.
- Isso só me faz ter mais certeza de que quero viver isso com você!
Ana Júlia gostou daquele carinho, mas precisava falar sobre algo que ainda a incomodava.
- Laísa, eu quero você, quero muito, mas essa situação ainda é muito difícil, eu sinceramente não sei como lidar com isso e com Vitória. Ela te ama, Laísa, e com certeza vai querer retomar o relacionamento de vocês.
Laísa respirou fundo, pensando no que falar.
- Ana Júlia, eu vou ser muito sincera, ok? – Naju confirmou com a cabeça. – Desde que a gente se conheceu, a gente tem essa ligação que todo mundo percebeu antes mesmo de nós e depois daquele beijo um sentimento novo, que talvez até já estivesse aqui e eu não percebi, apareceu e fez com que eu passasse a te ver de uma forma totalmente diferente. Mesmo estando com a Vitória, eu pensava em você, sentia sua falta, me perguntava como seriam as coisas se você não tivesse ido embora. O meu relacionamento com a Vitória acabou e eu ainda gosto muito dela sim, mas agora eu quero viver isso aqui, eu quero estar com você.
Agora foi a vez de Ana Júlia acabar com a distância entre elas e beijar Laísa, mostrando todo sentimento que também existia dentro de si. Laísa sentiu a língua de Ana Júlia invadir sua boca, iniciando aquela troca de carícias que despertava tanto desejo dentro de si. As duas se beijavam com vontade, as mãos conhecendo o corpo uma da outra, e só se afastaram quando o ar faltou.
- Eu confio em você e a gente vai fazer isso aqui dar certo! – Ana Júlia falou encarando a loira, que parecia ainda mais atraente com os lábios inchados depois daquele beijo. – E só para deixar claro, eu sempre fui apaixonada por você!
As duas voltaram a se beijar com vontade. Laísa arranhava levemente o pescoço de Ana Júlia enquanto a sentia acariciar seu corpo, sua mão firme passeando por suas pernas.
- Eu quero você, Ana Júlia!
Ana Júlia também estava com o corpo quente de desejo, mas pensou que estavam na casa de Laísa.
- E sua mãe? Alguém pode ouvir alguma coisa, Laísa.
Laísa deu um sorriso sapeca que desmontou todas as defesas de Ana Júlia.
- A gente faz baixinho para ninguém saber que a gente tá aqui!
Fim do capítulo
Olá, meninas!
Mais um capítulo, espero que gostem e deixem seus comentários.
Volto logo.
Bjs,
Lou.
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Nath D
Em: 11/10/2019
O jeito mesmo é torcer pela Laisa e pela Ana Júlia kkkk, Laisa e Vitória não tem mais nada haver.
A Laisa e a Ju cada vez conquistam mais o meu coração, mas espero que a Vitória possa encontrar a felicidade, e que essa Rebeca nunca mais volte.
Amei esse capítulo. Perfeito como sempre.
Beijos.
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Brescia
Em: 11/10/2019
Boa noite mocinha.
Acho que realmente a Vitória está precisando se redescobrir e para isso tem que eliminar tudo de ruim que a fez estar longe de quem a amam de verdade. Antes de amar alguém, ela deve voltar a se amar. E o meu casal favorito está se entregando ao amor.
Baci piccola.
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