• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Minha doce Ilara
  • Capitulo 61

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • ACONTECIMENTOS PREMEDITADOS
    ACONTECIMENTOS PREMEDITADOS
    Por Nathy_milk
  • A culpa é do Zodíaco
    A culpa é do Zodíaco
    Por May Poetisa

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Minha doce Ilara por Van Rodrigues

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 8185
Acessos: 3455   |  Postado em: 15/10/2019

Notas iniciais:

Olá, 

Capítulo grande, né?

Vou postar aqui e sair correndo... capítulo difícil demais e tô com medo de não estar bom. rsrs 

Capitulo 61

Lembranças de Helena

            Era domingo, seguindo a sua mesma rotina de sempre, Helena despertou às 6 horas da manhã e se arrumou para ir à igreja.

            — O que está fazendo, mãe? — Ao chegar a cozinha, Helena se aproximou de sua mãe Heloísa e lhe deu um beijo na face.

            — Estou acabando de preparar um bolo — Sorriu ao voltar-se para sua filha — Você vai a festa de aniversário do filho de Alberto? — Indagou, pois estava ansiosa para sua filha dizer que sim. Eles haviam se conhecido por acaso no mercado, e de imediato Augusto havia se interessado por Helena. Daí por diante começaram a se conhecer melhor, contudo, Helena não se via interessada pelo futuro médico.

            — Eu não sei! — Sentou-se à mesa. Não estava muito animada com a possibilidade de ir a esse aniversário. Helena sabia quais as intenções de sua mãe ao incentiva-la a ir, mas ela ainda não se via casando com alguém. Não tinha interesse. A verdade é que nunca havia se apaixonado por alguém, e nem dado o seu primeiro beijo.

            — Filha, ele parece tão interessado em você — Heloísa falou de forma amável ao colocar o café-da-manhã sobre a mesa.

            — Está bem, mãe, eu irei — Helena disse sem demonstrar animação, mas Heloísa não pareceu ligar para isso. O que importava para ela é que a sua filha poderia se casar com um homem com uma boa condição financeira. Não era uma pessoa interesseira, mas queria que sua filha tivesse o melhor.

            — Vou mandar a dona Rita fazer um lindo vestido para você — Heloísa disse animada.

            Helena sorriu tentando parecer feliz com a novidade, mas no fundo não estava. Era desejo de seus pais vê-la namorando com Augusto, contudo, não se sentia atraída por ele e Augusto nem sempre demonstrava ser um homem muito amoroso.

            Após tomar o seu café, Helena foi para a igreja que frequentava. Como de costume, se deparou com a igreja quase vazia ao chegar.

            A missa começaria às 7 e meia e ainda faltava 20 minutos.

Helena aproveitando a tranquilidade do local, foi até um dos bancos e se ajoelhou. Antes da missa, era o momento que ela costumava tirar para fazer seus agradecimentos e pedidos a Deus.

Naquele momento, ela se encontrava totalmente concentrada. De olhos fechados, tentava ignorar tudo o que acontecia ao seu redor. Contudo, algo lhe chamou a atenção.

Alguém se ajoelhou ao seu lado. Tinha um cheiro que de imediato entrou pelas narinas de Helena causando-lhe confusão.

Helena pensou na possibilidade de olhar para o lado para saber de quem se tratava, mas tinha medo de ser pega em flagrante, já que a pessoa estava tão perto de si. Sim, ela era uma pessoa tímida.

A partir de então, Helena não conseguiu mais se concentrar. A forma como o cheiro lhe tocava fazia a sua pele dar um leve arrepio.

Sentia vontade de saber quem era aquela pessoa que parecia estar implorando por ajuda.

Após a pessoa desconhecida terminar as suas preces, ela se levantou. Helena então se permitiu olhar para a pessoa dona daquele perfume que tanto havia lhe tocado e se deparou com uma moça morena que estava de costas, conversando com o padre.

Helena se surpreendeu com a beleza da jovem. Era linda e os cabelos negros ondulados chamavam muita atenção.

De longe, Helena tentou entender o que estava acontecendo com a desconhecida. O padre parecia querer lhe confortar.

Não era de fazer esse tipo de coisa, mas Helena prolongou o seu olhar na jovem e tentou ouvir um pouco da conversa. Todavia, continuou na mesma. Eles conversavam baixo... baixo demais para serem escutados de longe.

Aos poucos a Igreja começou a encher. A conversa entre o padre e a desconhecida se findou. Helena por nenhum momento desviou o seu olhar da morena.

O seu coração naquele momento havia se aquecido de uma forma diferente. Ela não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que a causadora disso tudo era a moça a sua frente.

- O que está havendo? – Abaixou a sua cabeça por alguns instantes e se perguntou. Até então, não havia dado espaço para medos, contudo, isso passou a lhe assustar ainda mais porque ao levantar a sua cabeça se deparou com o olhar da desconhecida sobre si.

Elas se encararam por alguns instantes. Helena sentiu os seus batimentos se acelerarem. Umas emoções diferentes começaram a invadir o seu íntimo.

Essa troca de olhares foi rápida, contudo, foi capaz de despertar em Helena algo que parecia estar totalmente adormecido dentro dela.

- Bom dia! – Uma senhora chamou chamando a atenção de Helena para si – Tem como encostar um pouco mais para lá- A mulher disse gentilmente.

- Claro – Helena disse um pouco sem jeito por conta do que acabara de passar.

Após fazer o que a senhora havia pedido, Helena voltou o seu olhar para onde a jovem desconhecida estava anteriormente, mas não a encontrou mais.

- Ela foi embora – Ao pensar nessa possibilidade, ela entristeceu-se.

Aquela manhã na igreja foi um pouco perturbadora para Helena, não conseguia saber o que pensar com relação ao que havia acontecido e de alguma forma, isso estava lhe agoniando. 

Ao termino da missa, ela voltou para casa. Não era uma moça que costumava destinar a sua atenção a outras coisas que não fosse seus estudos, afazeres domésticos e sua vida religiosa.

Chegando em casa, se deparou com seu pai e sua mãe conversando animadamente sobre a festa de aniversário de Augusto. Só Helena iria, mas para seus pais todos pareciam que iriam participar.

Sentindo-se totalmente confusa com os sentimentos que surgiram nela estando diante da moça, Helena apenas deu uma breve conversa com seus pais e foi para seu quarto.

Ao chegar, deitou-se na cama e começou a pensar no quanto aquela desconhecida era bonita.

Suspirou ao pensar e se recriminou mentalmente depois, pois percebeu que estava fazendo algo errado.

- É uma mulher - Lembrou-se de tudo o que seus pais já haviam lhe dito sobre mulheres que gostavam de outras mulheres. Para eles, isso era repugnante... nojento... promíscuo – Preciso parar de pensar... mas ela é tão bonita – Fechou os seus olhos.

 

Os dias passaram e o aniversário de Augusto finalmente havia chegado. Helena não estava contente com a ideia. Os encontros com Augusto não lhe agradavam... Ainda não haviam tido nada, nem um beijo, mas as intenções de Augusto era para isso logo acontecesse.     

Durante os dias próximos ao aniversário de Augusto, Helena não conseguia parar de pensar na moça que tinha visto na igreja. Nunca mais havia lhe visto e isso a deixou frustrada.

A verdade é que andava indo a igreja com mais frequência com o intuito de encontra-la.

 

 

 

Já se passava das 7 horas da noite e Helena estava se arrumando para ir ao aniversário de Augusto.

Usando o vestido que sua mãe mandara fazer, ela estava dando os últimos retoques em sua maquiagem.

Não era de se sentir dessa forma, mas considerou-se bonita naquela noite. Não sabia porquê, mas mesmo desanimada, sentiu a necessidade de ficar bem arrumada para aquele aniversário.

- Está linda – Heloisa entrou no quarto de sua filha e a olhou nos olhos através do espelho – Será a mais bela da festa.

- Mãe, será mesmo? – Virou-se para sua mãe.

- Claro! – falou de uma forma doce e sorriu – Augusto vai ficar caidinho por você!

Neste momento, um pensamento começou a tomar conta da mente de Helena.

- Mãe, e se eu gostar de outra pessoa.

- Como assim outra pessoa? – A sua mãe pareceu não gostar nem um pouco da ideia.

- Outra pessoa.... ah... que não seja Augusto.

- Filha, Augusto é o melhor namorado que você poderia ter... ele é um bom homem... vai ser médico. Te dará tudo que precisa.

Quando a sua mãe falou “te dará tudo que precisa" Helena só pensou na parte financeira, pois sabia que amor como sempre ouvira falar, ele não seria capaz de lhe dar.

Após se aprontar, Helena foi levada a casa de Augusto por seu pai. Poderia estranhar esse grande interesse de Augusto por ela, pois ele era muito rico e ela não tinha uma condição financeira das melhores, mas ela não pensava muito nisso. O futuro médico sempre deixava evidente que gostava dela e que queria lhe fazer sua esposa.

Augusto sabia muito bem que Helena poderia ser a esposa perfeita para assumir uma boa imagem diante da sociedade, já que era uma mulher muito correta.

Seu pai lhe cobrava isso e ele sabia que precisava de uma boa mulher ao seu lado para conseguir passar uma boa imagem para seu pai para assim conseguir a diretoria do hospital no futuro.  

 

 

 

- Helena, que bom que veio! – Augusto abriu a porta de sua casa e recebeu Helena com um abraço caloroso.

- Parabéns pelo seu aniversário, Augusto! – Helena entregou um pequeno embrulho ao rapaz que pareceu ignorar ao presente. Suas intenções para aquela noite eram mais importantes do que tudo. Precisava conquistar Helena de qualquer forma.

- Obrigado por a ter trazido, seu Miguel- O rapaz cumprimentou o senhor ao lado da moça.

- Ela não iria perder essa festa... Ela estava muito ansiosa por esse dia... – Miguel começou a inventar várias histórias para parecer que Helena estava muito apaixonada por Augusto. Era do interesse dele ver a sua filha bem casada, mesmo sabendo que Helena não gostava tanto daquele rapaz – Não é verdade, Filha?

- É sim! – Helena confirmou e sentiu um dos braços de Augusto envolvendo sua cintura.

- Fico muito feliz com sua presença- Disse ao olhar Helena nos olhos- Quer entrar Miguel?

- Melhor não... sei que a festa é somente para jovens! – Miguel e Augusto riram.

 

 

Após Miguel partir, Augusto e Helena foram para onde estava acontecendo a festa. Era no quintal da grande casa. Os pais não estavam em casa, pois queria deixar o filho mais a vontade.

Era comum Augusto fazer festas para comemorar o seu aniversário e nelas sempre haviam muitos jovens. Pessoas de várias classes sociais.

Augusto gostava muito de chamar a atenção de todos para si.

Enquanto andavam pelo jardim, eles receberam vários olhares. Muitas mulheres pareciam estar com inveja de Helena e outras estavam com ciúmes, pois como não era santo, Augusto sempre foi de muitas mulheres, mas sabia esconder muito bem os seus casos.

Helena enquanto andava de mãos dadas com Augusto, ela se sentia totalmente desconfortável. Não pelas pessoas em si, mas pelo lugar... a situação... Ali era tão diferente de sua realidade e dos lugares que frequentava.

Havia muitas pessoas dançando e bebendo. Isso não era algo que lhe agradava.

Enquanto andava com Augusto, ela se deparou com vários jovens. A maioria desconhecidos por ela.

Em um determinado, Augusto parou de andar e começou a olhar fixamente para uma moça que estava sentada distante de todos.

- Ester – Ele disse com desagrado e foi então que ela percebeu que era a moça que ela tanto queria encontrar.

- Quem é ela? – Helena indagou curiosa.

- Minha prima... uma pessoa que não vale a pena... uma pessoa suja – Augusto ainda não tinha certeza, mas suspeitava que sua prima tivesse interesse por mulheres, pois para ele seus modos não eram como das outras mulheres.

- Como assim? – Helena se sentiu confusa.

- Ela é sapatão, Helena – Disse com nojo e Helena sentiu uma sensação esquisita lhe invadindo.

Foi nesse misto de sentimentos que seu olhar se encontrou com o de Ester pela segunda vez.

Seus pelos do corpo se arrepiaram... seu coração bateu diferente... Aquilo não era normal.

Abaixou a sua cabeça e seguiu o seu caminho. Agora tinha um motivo para não ter contato com aquela garota. Sua imagem diante de sua família poderia ser manchada.

 

 

 

Durante boa parte da festa, Helena ficou ao lado de Augusto, mas no final não teve como. Ele já estava bêbado e muito alterado. Havia momentos que era grosseiro e Helena não gostava muito disso.

Como não queria mais andar com Augusto, Helena se distanciou de mansinho e começou a perambular pelo jardim.

Nesta caminhada, o seu olhar parecia minucioso. Reparava em cada detalhe e em cada pessoa. Parecia estar procurando algo e estava... Ester estava sentada em um banco mais distante. Ali era uma grande propriedade. Então, havia espaço para os festeiros e quem quisesse se manter mais distante.

Quando as duas voltaram a se olhar. O coração de Helena pareceu se aquecer e seus batimentos passaram a ser diferentes.

- Você é namorada de meu primo? – Ester perguntou, pois não conseguia acreditar que aquela moça estava com o insuportável de seu primo.

- Ainda não- Helena se aproximou e se sentou ao lado da garota. Ao fazer isso, sentiu a sua pele dar um leve arrepio. O cheiro que entrou por suas narinas era gostoso como da primeira que tinha encontrado Ester.

- Ele é um idiota- Disse ao olhar para a suposta direção que Augusto estava.

- Por que veio ao aniversário dele tendo tais pensamentos? – Helena começou a reparar nos detalhes do rosto de Ester. Eram muito perfeitos.

- Meus pais me obrigaram – Ester que havia mantido seu olhar direcionado para frente, olhou para Helena intensamente fazendo a outra moça ficar sem graça- Ele não te merece.

- Eu não sei – Helena abaixou o seu campo de visão e sentiu os dedos delicados de Ester tocando uma de suas mãos. Suspirou ao se dar conta que aquele toque era diferente de tudo que já havia sentido.

Ester nada disse a Helena. Manteve suas mãos juntas. Como a outra moça, ela também tinha sentido algo diferente ao se encontrarem na igreja, mas diferente de Helena, ela sabia exatamente o que se passava.

Estando distante de todos, elas mantiveram suas mãos unidas. Helena não fazia muita ideia do que estava acontecendo com ela, mas se sentia bem assim e queria ficar o máximo de tempo possível naquele contato.

Os olhares se encontraram e Ester olhou para Helena de uma forma diferente.

Nunca havia desejado isso, mas queria aquela moça ao seu lado para si.

Sentiu vontade de provar aqueles lábios cobertos por um batom rosado, mas não conseguiu sacia-la, pois Helena a impediu.

- Somos mulheres – afastou a sua mão e passou a se lembrar de tudo que já havia escutado... seus pais... Augusto.

- Então, você também queria um beijo – Ester tinha um lado direto que de alguma forma já começou a incomodar Helena.

- Não! – Levantou-se e percebeu que estava prestes a fazer uma besteira – Preciso ir! – Saiu as pressas sem olhar para trás. Não queria correr o risco de se deparar com o olhar daquela moça sob si. Deixando Ester sozinha no banco, Helena foi de encontro a Augusto para se despedir. Ele até tentou convencê-la a ficar mais um pouco, mas nada mais a convenceu ficar.

 

Os dias se passaram e o toque da mão de Ester na sua não saia da mente de Helena. Sabia que aproximar-se daquela garota era algo perigoso, mas sentia vontade de sentir novamente as sensações que aqueles toques lhe proporcionaram.

- Filha, tem como você ir ao mercado comprar um quilo de açúcar para mim? – Heloísa abriu a porta do quarto e encontrou Helena deitada na cama toda pensativa.

- Claro, mãe – Achou uma boa ideia sair de casa para dar uma acalmada em seus pensamentos.

- O dinheiro está em cima da mesa – Avisou e foi fazer seus afazeres.

Após a saída de sua mãe, Helena saiu da cama e foi até o espelho. Prolongou o seu olhar em seu corpo e se lembrou de Ester.

- Será que ela queria me beijar mesmo? – Se perguntou e tocou a maciez de seus lábios. Suspirou em seguida. Nunca havia sentido vontade de beijar antes, mas agora, uma curiosidade passou a tomar conta de seu íntimo.

 

 

Após se arrumar, Helena fez o que foi pedido por sua mãe. Foi ao mercado comprar um quilo de açúcar. Como já se passava das 5 horas, na volta, ela se sentou em um dos bancos da praça que havia em seu percurso e começou a admirar o dia que estava prestes a escurecer.

- Também gosta desse lugar? – Uma voz conhecida começou a tomar conta do ambiente.

Ao olhar para a dona da voz, Helena se deparou com Ester que carregava em seus lábios um lindo sorriso.

Helena ficou um pouco sem jeito ao sentir a garota se sentando ao seu lado, mas não fez nada para impedir a aproximação da moça.

- Nunca te vi antes – A verdade é que Helena queria saber por onde a moça havia andado nos últimos dias já que não haviam se visto.

Ester sorriu e notou que a mão de Helena estava posta sobre o banco – Eu não costumo sair muito – Colocou a sua mão sobre o banco e começou a buscar a de Helena.

Sentido as pontas dos dedos de Ester tocando sua mão, Helena suspirou e sentiu os seus batimentos acelerarem.

Fingindo não estar acontecendo nada demais entre elas, Helena encarou a rua a sua frente. Não havia movimento e algumas arvores impediam as pessoas da rua vê-las ali.

- Nunca mais foi a igreja – Comentou e sentiu sua mão recebendo um aperto forte.

 

Olharam-se nos olhos – Andou procurando por mim? – Ester perguntou ao direcionar os seus olhos para os lábios de Helena.

Vendo o que a outra garota estava fazendo, Helena mordeu levemente os seus lábios e em seguida os umedeceu – Sim! – A sinceridade falou mais alto do que tudo.

A presença de Ester lhe fazia sentir sensações novas e a impossilitava pensar direito em suas ações.

Como nem ligavam mais para o local onde estavam, uma mão de Ester foi posta sobre uma das pernas de Helena. Nunca havia feito isto antes, mas ela estava com muita vontade de saber como era o sabor dos lábios de Helena.

Fazia algum tempo que Ester suspeitava gostar de mulheres, mas até então nunca havia ficado com nenhuma. A verdade é que nenhuma nunca havia lhe chamado a atenção como Helena chamara agora.

Sem ter como evitar, as duas se beijaram. Finalmente puderam saber o que era um beijo de amor. Aquele que as deixaram sem fôlego e sentiram os seus corações sendo preenchido por um sentimento que nunca mais seria capaz de se apagar dentro delas.

 

Após essa troca do primeiro beijo entre as duas, ficou muito difícil elas ficarem distantes uma da outra. No entanto, mesmo sendo algo recíproco entre as duas, esse amor para uma das duas havia se tornado algo impossível.

Helena passara a ter muito medo, ainda mais porque a sua mãe e seu pai passaram a cobrar mais dela. Eles queriam que ela se cassasse com Augusto e vivia repetindo a Helena que uma mulher não podia se envolver com outra, pois era contra os princípios de Deus. Não havia se assumido para seus pais, mas como sempre dizem, os pais sempre sabem o que se passa com seus filhos.

- Hoje, Augusto veio lhe procurar. Disse que você está muito distante dele – Heloísa disse enquanto lavava a louça da janta com sua filha.

- Mãe, eu tenho que realmente namorar com ele?

A fisionomia de Heloísa mudou neste momento- Você quer nos matar de desgosto, Helena? – Disse ríspida.

- Claro que não, mãe- ficou com medo de sua mãe estar sabendo de algo.

- Existe coisas nesse mundo que nunca serão aceitas... as pessoas vão julgar... te menosprezar... Não vão te querer por perto.

- A senhora está falando do que mãe? – Helena se sentia totalmente confusa.

- Nada – Heloísa respirou fundo. Não queria falar a sua filha que havia a visto com a filha de Fagundes, moça que todos diziam ter comportamento inadequado – Só quero que se case com Augusto. Assim, fará seu pai e eu felizes... Você nos ama?

- Claro que sim, mãe- não sabia o que pensar diante de tais palavras de sua mãe.

- Então, afaste-se de tudo que impeça deixar-nos felizes.

Com o que sua mãe havia acabado de dizer, Helena percebeu que não poderia mais ver Ester. Mesmo que doesse, ela teria que se manter distante e foi isso que fez.

Passou vários dias longe de Ester. Evitava frequentar os lugares que costumavam se encontrar e como naquele tempo não usavam celular, se manter distante de Ester foi fácil e ao mesmo tempo doloroso.

 

 

 

Era mais uma noite que Helena passava em claro chorando por conta da falta de Ester. Ela se via totalmente distante de sua felicidade. Não havia mais tido notícias de Ester e a única coisa que lhe restara foi a presença incomoda de Augusto que passara a frequentar a sua casa mais vezes por semana.

Não achava Augusto um homem tão ruim, mas não gostava dele. Seus pais é que insistiam para que esse casamento ocorresse.

Repetindo esse movimento pela décima vez na cama, Helena se deitou de lado e começou a encarar a janela. Como a lua estava cheia, o seu quarto estava bem claro e dava para ver o que acontecia do outro lado da janela.

De repente, um vulto surgiu, Helena fez até menção de dar um grito, mas a outra pessoa fez gestos para que ela se mantivesse em silêncio, era Ester.

- Você está maluca? – Helena indagou ao abrir a janela para que a morena entrasse.

- Estou com saudade! – Após Helena fechar a janela de seu quarto. Ester a envolveu por trás e começou a beijar-lhe o pescoço.

- Não faça isso – Helena disse, mas a sua maior vontade era ter aquela moça mais perto de si.

Ester levou o corpo de Helena para a cama – Por que sumiu? – perguntou triste.

- Meus pais querem que eu fique com Augusto – Disse com pesar.

- E você vai ficar? – Ester acomodou seu corpo sobre o de Helena.

- Não tenho escolha!

- Claro que tem... Você pode ficar comigo – Ester olhou Helena nos olhos. As duas sabiam que se amavam, mas o medo de Helena, às vezes, era maior do que tudo.

- Eles não vão aceitar! – Virou o seu rosto, não queria ver a decepção no olhar de Ester.

- Vai viver infeliz com alguém que não ama ? – Ester se sentou na cintura de Helena e a encarou.

- E quem disse que eu não o amo? – Helena tentou parecer verdadeira ao usar essas palavras, mas causou uma crise de risos em Ester.

- O seu corpo... tudo em você diz que você me pertence da mesma forma que lhe pertenço- Ester se remexeu sobre a cintura de Helena a fez gem*r de prazer pela primeira vez em sua vida – Tá vendo!

- Ester...

- Não diga mais nenhuma palavra – Aproximou o seu rosto no de Helena e começou a deslizar a sua mão pela coxa dela – Deixa os nossos corpos dizer por nós – Capturou os lábios de sua amada com urgência e for correspondida da mesma forma.

Elas ainda não haviam feito isso antes, mas naquele momento, Ester queria provar a Helena o quanto ninguém seria capaz de ama-la como ela.

Sob a luz do luar, Ester começou a despir o corpo de Helena. A cada peça que era retirada, a morena cobria a pele desnuda com seus lábios.

Queria amar Helena com intensidade, demonstrando todo o amor que sentia por ela. E foi assim que aconteceu, se amaram com intensidade, mas tomando cuidado para que seus gemidos não fossem ouvidos.

Enquanto mantinham seus sex*s unidos, elas se encaram no meio daquela escuridão. O prazer que sentiam estavam estampados em seus rostos e gemidos baixos começaram a tomar conta do ambiente quando o gozo veio com intensidade.

- Eu te amo, Ester – Helena disse quando o corpo de Ester caiu sobre o seu já sem forças.

Mesmo amando tudo o que havia acontecido, Helena não podia continuar com Ester. No momento, ela não estava preparada para enfrentar o mundo e teve essa confirmação ao ser despertada de manhã pelas batidas insistentes de sua mãe na porta.

- Helena, já passou  da hora! – Heloísa gritava do outro lado da porta. Não podia entrar já que a fechadura estava trancada.

- Já estou indo mãe- Helena despertou sentindo o peso do corpo de Ester sobre o seu – Ester, acorde, por favor! – Disse baixinho enquanto sacudia o corpo de sua amada.

- O que houve? – Ester levantou sua cabeça para encarar Helena. Ela ainda estava com muito sono.

- A minha mãe, ela logo virá aqui... você precisa ir – Helena já estava toda apavorada.

- Não quero- Ester tentou prender o corpo de sua amada na cama.

- Por favor não faça isso – tentou afastar o corpo de Ester.

- Por favor, fuja comigo – Ester pediu, pois se deu conta que estando ali as duas não poderiam viver aquele amor.

- Eu não posso – Helena abaixou a sua cabeça, mesmo amando Ester, ela tinha muito medo da reação de sua família.

- Por que não? – Ester moveu o seu corpo para o outro lado da cama e perguntou toda triste.

- Eu não tenho coragem! – Helena se levantou da cama e começou a procurar por suas roupas. Evitou encarar Ester, pois sabia que isso faria o seu coração doer.

De repente, Ester saiu da cama em um sobressalto.

- Te amo, Helena, não desista da gente – Ester pedia em meio as lágrimas que escorriam pelo seu rosto.

- Eu...

- Helena, por que você está demorando tanto? – Heloísa bateu na porta do quarto impaciente.

- Estou indo, mãe- Disse enquanto encarava a jovem a sua frente. Ao mesmo tempo que queria ficar com Ester, ela tinha medo de tudo que poderia lhe acontecer se caso tentasse viver aquele amor. Como o medo a impedia de agir. Helena abaixou a sua cabeça e falou algo que sabia que depois se arrependeria – Eu não posso!

Após ouvir essa fala de Helena, Ester começou a se vestir e saiu pela a janela sem olhar para trás.

 

 

Dias depois ao ocorrido, sendo pressionada por seus pais, Helena aceitou ao pedido de namoro de Augusto e assim deu-se início a sua infelicidade.

 

Atualmente

- Realmente não foi fácil tudo que você passou – Alberto disse após Helena ter falado tudo que havia passado.

- Eu tive muito medo e minha família havia me pressionando a me relacionar com Augusto- Helena esclareceu enquanto sentia as lágrimas deslizando por seu rosto. Neste momento, sentiu um dos braços de Ester passando por trás de sua cintura. Sua amada queria lhe confortar de alguma forma.

- Eu também pressionei Augusto a se casar com você- Alberto disse e todos ficaram surpresos- Sempre soube que Augusto não era dos melhores homens. Então, eu o forcei a se casar com você.

- Como assim?  - Helena passou a se sentir perdida com tantas revelações.

- Eu pedi a ele que se casasse com uma boa mulher. No caso, você... eu tinha medo dele não ser um homem honesto no futuro – Riu sem graça- Então, quis que se casasse contigo. Achei que você pudesse muda-lo.

 - E não resolveu nada... continuou o mesmo de sempre – Ester disse chateada, pois tocar no assunto de Augusto sempre lhe desagradava.

- Eu sei que sim... erramos muito com o Augusto – Alberto se referiu a ele e sua esposa – O pior de tudo é que Amélia não se conforma com a realidade.

- O pior que além de não se conformar, ela tenta culpabilizar a Helena – Ester sentiu o corpo de sua amada um pouco trêmulo.

- Ela ameaçou fazer algo para me ver distante de meus filhos- Helena disse preocupada. Sabia que Amélia não poderia fazer muita coisa contra ela, mas do jeito que estava, ela podia tentar usar suas influências para fazer algum mal a ela, inventando alguma história.

- Não se preocupe com isso, Amélia não fará nada contra você e meus netos. Querendo ou não, ela terá que se conformar com tudo que houve. E se caso ela voltar a te atormentar, pode me falar – Alberto deu uma pausa – Ela não está bem!

- Acho que minha tia enlouqueceu de vez – Ester comentou.

- Realmente! – Alberto por muitas vezes tentou maquiar a realidade, mas a verdade é que depois da morte de Augusto, sua esposa havia perdido o equilíbrio mental.

 

 

Após o jantar, todos na casa foram para seus quartos, Helena aproveitou para curtir mais a sua amada, já que no outro dia ela ficaria de plantão.

- Acho que tudo está se resolvendo – Ester comentou enquanto acariciava o corpo que estava sobre o seu.

- Pensava que seria mais difícil... eu já tive tantos medos – Helena confessou sem jeito.

- Às vezes, nós mesmo criamos uma situação sob nossos medos e os tornamos cada vez maiores. Isso no impede de seguir em frente e acabamos por abandonar coisas que amamos.

- Estou feliz por agora podermos fazer tudo diferente. Podemos enfim começar do zero... ter nossa casa... nossa família – Deu uma pausa – Ester, será que você teria coragem de fazer algo comigo? – Levantou um pouco o seu corpo apoiando os seus braços na cama.

- Bom... Tudo que você quiser fazer... eu farei – Tocou alguns fios dos cabelos de Helena e começou a reparar nos traços de sua amada. Não se cansava de falar para si que tinha uma mulher muito linda e maravilhosa ao seu lado.

- E que tal um filho? – perguntou, receosa.

- Um filho? – Helena ficou muito surpresa com a novidade.

- É... eu quero gerar um filho seu – mordeu levemente seus lábios- Quero ter um filho nosso!

Ao ouvir essas palavras, o olhar de Ester começou a brilhar de tanta emoção.

- Amor, você sabe que já considero os seus filhos como sendo meus também, né? Eu cuidarei deles como se fossem meus. É uma promessa que lhe faço.

- Eu sei disso e não duvido, mas eu quero ter um filho com seus traços e seja fruto do nosso amor. Não gostou da ideia?

- Você me faz a mulher mais feliz desse mundo, sabia? – Ester abraçou Helena pela cintura.

- Eu digo o mesmo. Não vejo a hora de viver no nosso espaço.

- Isso logo vai acontecer, meu amor!

 

3 meses depois

Era um dia comum quando Marisa resolveu fazer uma surpresa para sua amada. Andava pela rua carregando algo em seu colo. Como estava muito calor sempre que podia parava em uma sombra.

- Não sei como pode ser tão pesada – Marisa encarou o que estava em seu colo e levou uma de suas mãos até a testa. Estava molhada de suor – acho que esse sacrifício vai valer a pena.

Ajeitou o bichinho peludo em seu colo e encarou o caminho que teria que seguir. Ainda estava um pouco distante de sua casa, mas mesmo assim, ela não iria desistir.

Havia encontrado uma cachorrinha na rua enquanto voltava do trabalho. Achou uma boa ideia levar para casa. Ainda não sabia o que Marina pensava a respeito de ter animais, mas achava que sua amada não iria se opor.

- Se ela falar que não vai te aceitar. Eu falo que vou embora contigo... espero que ela não me mande ir junto, pois aí serão duas sem teto – Marisa começou a rir e a cachorrinha que estava em seu colo lhe encarou confusa – É tão bonitinha- Ajeitou o lacinho que estava na cabeça da cachorra. Logo após descobrir que Julieta, a cachorrinha, não tinha dono, Marisa a levou para um pet shop para darem um belo banho nela e para tomar as primeiras vacinas. Pelo que o veterinário havia dito, Julieta tinha uns três meses de vida – Você será muito feliz em nosso lar – Disse ao fazer carinho em seu novo bebê. Julieta era uma cachorrinha preta, vira-lata e bem barrigudinha. Para Marisa não tinha como Marina não aceita-la.

Após chegar no portão de casa, Marisa colocou a cachorrinha no chão e começou a puxa-la com a guia.

- Olha, Julieta, espero que você seja uma mocinha comportada, pois a sua outra mamãe não gosta de bagunça – Marisa começou a repreender a cachorra que a olhava confusa.

 

 

Marina que estava em casa preparando o jantar, achou estranho estar ouvindo vozes fora de casa. Para ela, Marisa não havia comunicado a respeito de visitas para aquela noite.

Andou até a sala e se deparou com vários porta-retratos do casal. Desde que haviam começado a morar juntas, elas estavam sendo muito felizes.

Às vezes, ocorria algumas discussões, mas eram coisas bobas que logo se resolviam com uma boa conversa.

Nos últimos dias, Marisa havia comentado com Marina a respeito de  maternidade. Ainda não era um sonho da loira, então havia ficado com um pouco de receio. Nunca havia passado por sua cabeça ser mãe naquele momento de sua vida, mas começara a pensar na possibilidade, já que era muito amada por Marisa e isso fazia ter vontade ter um fruto daquele amor.

A porta da sala se abriu, e a cabeça de Marisa foi posta para dentro. Queria se certificar de que Marina estava em casa.

- Vejo que aprontou – Marina colocou suas mãos na cintura. Sabia muito bem como era a mulher que tinha em casa.

- Só um pouquinho- Marisa fez carinha de inocente e colocou seu corpo para dentro de casa, mas algo que ela carregava ficou para fora.

- O que você está trazendo aí, Marisa? – Investigou ao notar sua amada carregando uma corda e ela se mexia parecendo que o que estava fora de casa estava puxando.

- Eu quis fazer uma surpresa para você hoje.

- Surpresa? – Marina tentou ver o que estava atrás da porta.

- Bom... Você se lembra que a gente havia falado sobre maternidade e pediu para eu esperar um tempo? – Marina afirmou com a cabeça- eu trouxe algo para a gente ir treinando.

- Treinando? – Marina já começou a pressentir que dores de cabeça logo viriam – O que você aprontou, Marisa?

- Ahhh.... acalme-se vai – puxou a guia e abaixou sim para pegar o bichinho rechonchudo – Essa é a Julieta! – Ergueu a cachorrinha e Marina balançou a sua cabeça negativamente várias vezes.

- Marisa, não temos tempo para cuidar de uma cachorra – Disse enquanto reparava no animal. Era bonitinha... bem gordinha, mas Marina nunca havia pensado em ter uma cachorrinha com Marisa.

- Ela é fofinha – Virou a cachorrinha para si e beijou-lhe o focinho.

- Não podemos ficar com ela – Normalmente, as decisões finais eram sempre de Marina.

- Vamos fazer o que com ela? – Marisa perguntou sentida.

- Você vai levar para onde você achou.

- Mas ela é da rua – Marisa ergueu a cachorrinha no ar – Amor, deixa!

- Marisa...

- Deixa, por favor – Fez cara de cachorro que caiu da mudança.

- Tá... tá... – Marina percebeu que não teria jeito. A cachorrinha seria a nova integrante da casa – Mas, por favor, você cuida da bagunça que ela fizer.

- Claro, eu vou cuidar de tudo – Marisa colocou a cachorrinha no chão e pela primeira vez a viu abanando o rabo – Tá vendo, ela gostou de ser a nossa filha.

Marina com o comentário de Marisa apenas sorriu, mas estava preocupada com essa novidade. Marisa não tinha tempo de cuidar da Julieta, então, iria sobrar pra ela.

Enquanto estava pensando em como seria cuidar da cachorrinha, Julieta fez xixi na sala e Marina se deu conta de que teria muitas dores de cabeça com a nova integrante.

- Eu limpo – Marisa já foi se adiantando.

- Melhor mesmo – Deixou Marisa na sala e foi terminar de fazer a janta.

- Julieta, agora que você é uma lady, você precisa ter modos. Não pode fazer xixi aonde bem entender.

 

Já se passava das 10 horas, quando Marina terminou de ler  25 páginas de seu novo livro de leitura. Como não tinha muito tempo, ela havia criado uma meta de ler 25 páginas diárias. Assim, ela estava conseguindo deixar em dia as suas leituras.

Após colocar o livro sobre a cômoda, ela se ajeitou melhor na cama e olhou para o lado. Marisa estava demorando demais com a cachorrinha.

- Será que foi uma boa ideia? – Se perguntou, pois tinha medo de Marisa deixar os cuidados da cachorrinha sobre sua responsabilidade.

Enquanto esperava Marisa chegar, Marina fechou os seus olhos. Achava que assim poderia descansar um pouco.

- Ia dormir sem falar comigo?– Marina começou a sentir o peso do corpo de Marisa sobre o dela.

- Você estava toda empolgada com a Julieta- Virou o seu corpo para que pudesse olhar melhor para sua mulher.

- Humm... ciúmes? – Marisa se sentou na cintura da loira e começou a mexer os seus quadris. Queria provocar.

- Ahhh... nem um pouco- segurou a cintura de sua amada – Você me deixa louca, Marisa, eu faço cada coisa por você.

- Você me ama – Aproximou os seus lábios nos de Marina.

- Sim, eu te amo... muito – Começou a sentir os lábios quentes de Marisa tocando os seus.

Durante o beijo, as mãos da loira começaram a percorrer o corpo da morena e um dado momento, as roupas começaram a se tornar algo desnecessário.

Com certa urgência, Marina começou a despir o corpo de Marisa... aquela mulher lhe enlouquecia... a deixava cheia de vontade.

- Você não sabe o quanto gosto disso- Passou os seus dedos por entre as pernas da morena e a sentiu molhada – Molhadinha!

- Eu quero muito você... - Prolongou o seu olhar no da loira e sentiu os dedos dela lhe invadindo devagar – Para sempre em minha vida.

- Eu também quero... quero muito... você todos os dias aqui comigo – Fez o corpo de Marisa se virar na cama e ficou sobre ela.

Ao sentir o peso do corpo de sua amada sobre o seu, Marisa começou a deslizar as suas mãos pelo de Marina.

Sem parar de invadir Marisa com os dedos, Marina buscou os seios de sua amada com boca e começou a rodear os bicos com a sua   língua. Em seguida passou a suga-los, fazendo o corpo da morena sentir um leve arrepiou.

Não querendo perder o contato, Marisa segurou a nuca de Marina e começou a mexer os seus quadris contra os dedos de sua amada de uma forma um pouco rápida. Queria ter mais contato.... sentir cada vez mais.

Fechou os seus olhos ao notar que os movimentos passaram a ser mais rápidos e fortes dentro de si. O gozo logo viria... ela tinha certeza disso. Quando veio, seu corpo ficou todo relaxado sobre a cama.

- Amor, já cansou? – Marina perguntou ao juntar os seus íntimos.

- Acho que você hoje tá querendo me castigar  - Olhou para entre seus corpos e percebeu o que estava acontecendo.

- E isso é castigo? – Mexeu sobre o corpo de Marisa fazendo uma certa pressão entre os seus íntimos.

- Ahh... nem um pouco- deslizou as suas mãos pelas costas de Marina. Amava senti-la suada.

- Eu te amo demais, Marisa – Falou quando os seus corpos já estavam abraçados sobre a cama.

- Você vai aceitar a Julieta? – Marisa buscou pelos olhos da loira.

Marina sorriu e começou a acariciar os cabelos de sua amada – Você sabe que por você, eu aceito tudo... você me faz muito feliz. Nunca pensei que pudesse estar tão feliz nessa altura de minha vida.

- Estar com você me fez uma pessoa melhor... me mudou para melhor... me fez ver o quanto é bom termos ao nosso lado uma pessoa especial. Eu te amo demais, Marina! – Marisa falou ao se dar conta de tudo que havia mudado para viver aquela relação. Ela teve que mostrar diariamente a Marina, que ela nunca seria em sua vida um caso passageiro, mas sim, a sua esposa e futura mãe de seus filhos, no caso agora, a segunda mãe da Julieta.

 

****

Um sorriso se formou nos delicados lábios de Ilara. A visão que estava tendo fazia os seus olhos brilharem com intensidade.

Michelle estava sentada no sofá da sala, lendo algo, totalmente concentrada.

- Daqui a pouco, eu terei que ir – Chegou por trás do sofá e envolveu o corpo de sua amada com seus braços. Era um dia de sábado e elas haviam passado uma boa parte do tempo estudando. Agora estavam assim, em uma rotina pesada de estudos. Ilara finalmente havia decidido o que queria fazer da vida... Iria cursar medicina como seu falecido pai.

- Já está um pouco tarde, né? – Virou o seu rosto para que pudessem se olhar.

- Está sim... e hoje é o jantar para os pais de Ester – deu a volta no sofá e Michelle deixou o seu livro de lado para que a sua amada pudesse se sentar em seu colo – Ela está nervosa com isso.

- Eu a entendo... Já me senti assim – as duas riram – Fiquei nervosa quando conheci a sua mãe, mas deu tudo certo. Também vai dar tudo certo com sua mãe – Beijou um dos ombros de Ilara e a olhou nos olhos – Eu te amo!

- Também te amo – Tocou o queixo de sua amada e aproximou os seus rostos – muito... muito... muito...

- Muito mesmo? – mordeu os lábios macios de sua garota, a provocando.

- Muito...

Michelle envolveu o corpo de sua amada com seus braços e tentou fazê-la se acomodar no sofá, pois estava com muita vontade de senti-la de outra forma.

- Eu te quero muito- Falou ao se deitar no sofá cobrindo o corpo da mais nova com o seu.

- Eu também te quero, Michelle, quero para sempre – Tocou os lábios de Michelle com a ponta de seus dedos,  fazendo-a suspirar.

Neste instante, o olhar de Michelle se prolongou na face de Ilara. Nunca havia passado por sua cabeça no começo daquele ano que ela iria encontrar alguém que seria tão especial em sua vida.

Ilara, a cada dia, estava mexendo cada vez mais com ela. A provocava, fazendo surgir um desejo incontrolável e também lhe aquecia internamente com um amor que crescia mais a cada dia.

Enquanto sentia os dedos de Ilara tocando seus lábios, Michelle se acomodou melhor entre as pernas de sua amada. Sorriu ao notar Ilara fechando seus olhos ao suspirar.

Afastou a mão de Ilara de sua face, delicadamente e juntou os seus lábios em um beijo lento.

As suas mãos passaram a passear pelo corpo da garota de uma forma lenta.

De repente, Michelle sentiu as mãos de Ilara puxando a sua camiseta para cima.

Findaram o beijo e em silêncio, sob os olhares atentos de sua amada, Michelle tirou a sua camiseta e jogou para um canto qualquer da sala.

Ao ver o corpo de Michelle ficando nu diante de seus olhos, Ilara sentiu os seus batimentos acelerarem e um desejo passou a tomar conta de seu corpo.

As peças de roupas, em um determinado momento, passaram a se tornar desnecessárias. Foram jogas pela sala, sem se importarem com o lugar onde iriam parar.

Estando nuas para a outra, elas trocaram olhares cúmplices, carícias... parecia que palavras não eram mais necessárias. Os seus corpos diziam exatamente o que estavam sentindo pela outra.

A boca de Michelle percorria todo o corpo de Ilara lentamente, como se quisesse capturar cada detalhe. As suas mãos firmes puxavam o corpo da mais nova para junto do seu, fazendo elas ficarem cada vez mais unidas.

Quando o corpo de Michelle passou a se mexer contra o corpo de Ilara, elas juntaram os seus lábios em um beijo que sempre era interrompido por conta dos gemidos que vinham incontroláveis.

As mãos de Ilara passeavam pelo corpo de Michelle a arranhando e a pressionando contra si. Elas estavam se amando... demonstrando a outra que quando estavam juntas nada mais importava... nada mais... somente o que sentiam pela outra.

 

 

 

 

Já de tardezinha, Ilara foi deixada por Michelle em frente a sua nova casa. Sua amada havia insistido para ela entrar, mas Michelle ainda precisava fazer algumas tarefas que havia deixado de lado para ficar com a namorada.

- À noite, quando for dormir, me mande mensagem – Michelle avisou quando Ilara já está no portão de sua casa.

- Está bem, amor! – mandou um beijo no ar e Michelle sorriu encantada.

Enquanto Ilara caminhava para a entrada de sua casa, ela não consiga conter a sua felicidade. Estava tão bem... todos estavam tão bem... tudo estava tão bem...

- Ops, mamãe, está nervosa – Disse ao entrar em casa e ver sua mãe correndo para todos os lados.

Ester e Gustavinho estavam no sofá tentando acalma-la.

- Ahhhh... Ilara, ainda bem que chegou. Esses dois não estão me ajudando – Helena disse toda nervosa.

- O que houve? – Ilara fechou a porta e se aproximou.

- Ela acha que meus pais não vão gostar dela – Ester se levantou do sofá e foi até Helena – Amor, eles vão te amar – Abraçou a sua amada pela cintura.

- Será mesmo? – perguntou desconfiada.

- Claro, você é uma mulher maravilhosa- Trocaram um selinho e olhares apaixonados.

Ilara que observava sorriu. Era muito bom ver a felicidade de sua mãe com sua amada.

Muita coisa havia mudado nos últimos dias. Eles se mudaram de casa... um espaço muito bom, arejado e com um lindo jardim que mostrava a nova cara da família, uma família feliz.

Como Ilara, Helena também já havia dado novos rumos para sua vida. Agora cursava pedagogia, como não tinha muito tempo, preferiu fazer à distância. Ester que sempre estava ao seu lado, lhe ajudava no que era preciso.

Ilara, às vezes, se perguntava se com Michelle também seria assim no futuro, um casal muito unido. Pois é... Ilara já estava pensando em um futuro com sua namorada. Será que estava sonhando demais?

Como dito por Ester, os pais da médica gostaram muito de Helena e seus filhos. Não se importaram com o fato de Helena ter sido esposa de seu sobrinho Augusto.

- Tá vendo, deu tudo certo – Ester comentou quando já estavam se aprontando dormir.

- Fiquei nervosa à toa – Helena riu toda sem graça e sentiu a sua cintura sendo envolvida pelos braços de Ester.

- Te amo, mulher da minha vida, não tenho mais palavras para dizer o quanto é especial para mim. Você me faz a mulher mais feliz desse mundo – Ester declarou enquanto direcionava seus corpos para a cama.

- Com você e meus filhos, eu percebo que não preciso de mais nada – Helena sentiu o seu corpo tocando o colchão.

- Quero dar sempre o melhor para vocês- Ester começou a despir o corpo de Helena delicadamente.

- Te amo, Ester, para sempre eu irei te amar – disse ao perceber que não conseguiria amar outra pessoa que não fosse sua amada.

***

Michelle estava deitada em sua cama e ouviu um toque no celular, anunciando a chegada de uma mensagem. Com certeza era Ilara.

“Boa noite, amor!”

“Boa noite, minha menina! Deu tudo certo no jantar? Sua mãe estava preocupada.”

“ Sim, deu tudo certo. Mamãe ficou preocupada à toa" – Ilara então pensou por alguns instantes e resolveu mandar outra mensagem - “ Posso te dizer algo?” – seus batimentos passaram a ser fortes.

“ Claro que pode!”

“ Hummmmm” – resolveu dizer o que estava sentindo – “ Quero ter um futuro com você”. – Quando disse isso, Ilara não estava se referindo ao amanhã e nem o próximo mês, mas sim aos próximos anos.

Michelle sorriu ao receber essa mensagem- “ Vamos viver um dia de cada vez. O amanhã é muito incerto" – Disse, pois Ilara era nova. Não era o que desejava, mas sabia que a garota um dia poderia chegar a querer ter novas experiências ou não achar mais ela uma pessoa interessante. Bom... ela tinha muitas inseguranças.

“ Eu sei que é incerto, mas quero você lá comigo” – Ilara disse decidida, pois não tinha dúvidas de que Michelle era a mulher que ela queria para sempre em sua vida.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá, 

O que acharam do capítulo?

Espero muito que tenham gostado.

O próximo já será o último. Estou conseguindo finalizar... rsrs 

Demorei, pois foi difícil mesmo. Tive que pensar muito, pois o final que tinha planejado, não vai acontecer. Tive que inventar outro. kkkkkkkkkkkkkkkkk

Beijinhos^^^

Van^^

 


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 61 - Capitulo 61:
Bee20
Bee20

Em: 19/10/2019

Ameiii


Resposta do autor:

Olá, 

Fico feliz por ter amado.

Muito obrigada pelo seu comentário.

Beijinhos^^

Van^^

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Brescia
Brescia

Em: 15/10/2019

            Boa noite mocinha.

 

Muito gostoso esse capítulo!! gostei de saber que Helena e Esther se apaixonaram no primeiro olhar, que se entregaram de corpo e alma  e ainda mais que no final de tudo irão viver esse amor .

 

        Bravíssima piccola.

 

Baci da Rosy.


Resposta do autor:

Olá, sumida!

Espero que esteja bem.

Fico feliz por ter gostado do capítulo.

Muito obrigada pelo seu comentário.

Beijinhos^^

Van~^

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 15/10/2019

Adorei... autora autora... espero que o final seja nosso casal lindo juntas... por favorrrrrrrr... nada de colocar Ilara longe de Michele... 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Luh oliveira
Luh oliveira

Em: 15/10/2019

Vaannnn, está lindo como sempre. Fiquei com medo dessa frase:

"Tive que pensar muito, pois o final que tinha planejado, não vai acontecer. Tive que inventar outro." 

Espero que não seja o que eu estou imaginando. Rsrsrs. 

Adoro tudo que você escreve. 

Beijos!


Resposta do autor:

Olá, 

Fico feliz por ter gostado. 

Como já não é novidade, eu não escrevo o que planejo. kkkkk

Muito obrigada pelo seu comentário.

Beijinhos^^

Van^^

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web