- Assim que abro a porta de casa encontro minha mãe sentada no sofá chorando, mesmo ela não suportando a minha presença se aproximo e toco em seu ombro.

-Mãe. – Tudo bem?

- Me solta garota.

- Você está chorando.

- Sai de perto de me. – Falando isso Joana sai de perto de Mel e sobe para seu quarto reclamando, assim que se ver sozinha naquela sala, Mel pega o porta retrato que tinha na sala onde a mesma estava abraçada com sua avó e chora e fala:- Queria que estivesse aqui comigo, preciso tanto de seus conselhos, a mesma deita no sofá com o porta retrato nos braços e acaba dormindo, já acorda com a zoada de vidros se quebrando, sobe para ver se foi sua mãe e a encontra na cama com seu pulso cortado e já ia cortar o outro quando, Mel corre e segura o vidro e a mesma acaba tendo seu braço cortado ao tentar impedir sua mãe de se matar.

- Para com isso, mãe.

- Te odeio Mel, nem me deixa garota metida.

- Mel coloca o lençol no pulso de sua mãe para estancar o sangue e com medo de deixá-la a puxa para seu quarto a mesma vai reclamando e dando tapas nos braços de Mel e reclamando.

- Idiota, burra, imprestável, nunca será amada.

- Nessa última parte Mel se enfurece e fala gritando:- Pará te amo mais assim fica difícil, sei que não sou amada por você e nem pela pessoa que amo, não precisa esfregar no meu rosto e, por favor, não faça abandoná-la aqui, não tem mais idade para isso se comporte como uma mãe mesmo não querendo é isso que é . – Assim que chega ao quarto de Mel a mesma pega seu celular e decide pedir um taxi para irem ao hospital.

 - Eu não vou para hospital nenhum.

- Vai sim, para ver se seu corte foi profundo.

- Menina, me deixa esquece que tem mãe e viva a sua vida, te odeio.

- Pode me odiar, mas te amo.

- O que fiz para merecer você em minha vida, até parece carma.

- As coisas simplesmente têm que ser assim e somente aceitar e será feliz.

- Não vou e está acabado e me deixa em paz.

- Então pelo menos deixa limpar direito seu ferimento.

- Se assim ficarei livre de sua presença, pode limpar.

- Nisso Mel leva sua mãe para ao banheiro de seu quarto lava o ferimento e percebe que somente era um corte superficial, limpa e coloca anestésicos e cobre e nem percebe que sua mãe estava observando-a cuidando com tanto carinho e mesmo sem querer Joana pensa: - Apesar de ser uma péssima mãe minha filha me ama e ela é linda, apesar de tudo preciso ser sincera minha menina é linda.

- Pronto, já está limpo, pode ir se quiser, mas qualquer problema que tiver ou incomodar avise que iremos ao hospital.

- Não vai precisar, dizendo isso Joana sai do quarto e vai para o seu.

- Se vendo sozinha em seu quarto Mel pega um caderno e começa a escrever e nem ver o avançar das horas, quando olha já era quase três da madrugada, seus olhos estavam ardendo e decide dormir.

- Acorda com o seu celular tocando e atende sem olhar o visor.

- Alô.

- Oi, Mel.

- Quem é?

- Sou eu.

- Oi, Sam.

- Desculpe acordá-la, mas queria te convidar para ir comigo no shopping comprar um presente para Diego, pois hoje ele completa ano.

- Que horas gostaria de ir.

- Que tal no período da tarde, se não estiver ocupada.

- Não, por ironia do destino hoje é minha folga.

- Então vamos?

- Claro, nós encontramos no shopping.

- Se quiser passo te pego e vamos juntas.

- Não precisa.

-Mel.

- Sim.

- Tem alguma coisa acontecendo contigo?

- Não, por quê?

 - Estou notando sua voz diferente.

-Deve ser por que acordei agora, mas não precisa se preocupar irei  contigo ao shopping escolher o presente do Diego.

- Obrigada.

- Não, por isso.

-Assim que desliga o celular deita na cama novamente e fala: Não sei até quando irei conseguir guardar esse sentimento dentro do meu coração. – Novamente fecha os olhos e acaba dormindo e acordada com um toque doce no rosto uma mão que acariciava seu rosto e tão bom o toque que acaba pegando na mão que a tocava e alisa e leva ao nariz para cheirar ao sentir aquele cheiro único abre os olhos rapidamente e acaba se assustando ao ver Sam ao seu lado.

- Sam, o que faz aqui?

- Boa tarde, Mel.

- Como entrou aqui?

-Sua mãe abriu a porta e autorizou minha entrada.

-Como assim?

- São quase seis horas da noite, te esperei no shopping e como não ligou e nem atendeu as ligações, resolve ver se tinha acontecido alguma coisa, já que não e do seu feitio fazer algo desse tipo.

- Já é tão tarde assim?

- Sim.

-Desculpe, não foi minha intenção deixá-la esperando.

- Tudo bem, percebo que estava cansada. – Mas está tudo bem, contigo?

- Sim, apenas acabei dormindo um pouco tarde e acabei perdendo a hora. Comprou o presente do Diego?

- Sim.

- Posso saber o que foi?

- Claro. – Sam abre a bolsa e pega uma peça de lingerie vermelha de renda.

- Gostou?

- Linda e por que esse presente?

- Quero fazer uma surpresa para ele, como te falei a antiga namorada dele está rondando e não quero perde-lo amo ele.

- Vai se entregar a ele?

- Não sei, tenho receio de está indo rápido demais.

- Creio que isso é algo muito importante e deve ser pensado com cuidado.

- Por isso estou com receio.

- Então não faça, siga seu coração.

- Vou pensar.

- As duas se abraçam e Mel se afasta e toca no rosto de Sam e fala: - Nunca duvide que te amo e somente quero o seu bem.

- Também te amo e a única amiga que tenho.

- As duas se abraçam novamente e Mel fica feliz ao está nos braços daquela que foi a eleita de seu coração, mesmo que seja somente como amiga algum tempo depois, Mel se afasta e pede licença e vai tomar banho e deixa Sam sozinho em seu quarto, ao entrar no banheiro Mel se deixa cair no chão do banheiro e chora.

- Me dá forças senhor para não falar nada para Sam. – Mel toma banho e ao sair do banheiro encontra o quarto vazio e decide procurar uma roupa simples e folgada para ficar confortável, assim que termina de se arrumar decide procurar por Sam e a encontra na cozinha fazendo alguns sanduíches.

 - O cheiro está bom.

- Que bom, fiz algo leve para ambas comerem, aproveitei que estava no banho e vim fazer algo gostoso para nós, desculpe se pareço evasiva.

- A minha casa é sua casa e pode ficar a vontade.

- Obrigada.

- Precisa de ajuda?

- Poderia fazer um suco ou comprar um refrigerante.

- É melhor um suco mais natural.

- E as duas ficam nesse clima de felicidade e acabam brincando uma com a outra, Sam começa a jogar picles em Mel que fica desviando e sorrindo, é nesse clima que Joana encontra Mel com sua filha e já chega destruindo o clima e falando sobre a vida de Mel.

- Olha parece que a noite de vocês está ótima.

- Mãe.

- Quem poderia ser a Megan Fox.

- Boa noite, senhora Campbell.

- Por favor, somente Joana, me faz sentir velha.

- Desculpe senhora não quis ofende-la.

- Não me ofendeu mocinha, mas tenha cuidado com minha filha, ela tende a criar expectativas onde não existe.

- Não compreende senhora.

- Se você ainda não sabe, minha filha é lésbica e tende a ter casos com suas amigas, você é do mesmo time.

- Mel olha para sua mãe com uma aparência nervosa e depois virá seu rosto para Sam que estava pálida e achando que a mesma ia desmaiar, já fica em espera e nada mais a deixa chocada, quando Sam fala: - Infelizmente não curto mulheres, mas tenho certeza que se curtisse sua filha seria a primeira e última pessoa que ficaria, pois a amo como uma irmã.

- Ao escutar Sam dizer aquilo Mel sente como se seu coração estivesse sendo arrancando de seu peito e sua vontade era gritar de raiva e tristeza, por sua mãe ser tão sem noção e Sam dizer que nunca iria correspondê-la.

-Pois tome cuidado, pois minha filha pode se apaixonar por você, ela sempre tem a mente fértil.

- Pará com isso mãe, já deu e, por favor, deixa a gente sozinha.

- Boa noite, Sam foi um prazer revê-la.

- Assim que ver sozinha na cozinha Mel tenta se aproximar de Sam e a mesma de afasta e fala: - Mel o que sua mãe falou e verdade me ama como uma mulher?

- Mel poderia ter tido sim e ver o que iria acontecer, mas preferiu falar: - Te amo você é minha amiga, minha mãe fala essas coisas sem sentido.

- Que bom, pois não quero de jeito nenhum te enganar, pois amo o Diego e não sinto nada por você além de uma grande amizade.

- Certo, já que esse assunto está encerrado, voltemos ao nosso lanche, Mel falava aquilo com seu coração quebrado em mil pedaços, mas finjo e continuo com um sorriso congelado na face, continuávamos brincando e nisso o celular de Sam começa a tocar.

- A mesma pede licença e atende.

- Oi, amor.

- Onde está Sam?

- Estou com a Mel.

- Achei que veio para ficar comigo.

- Desculpe, vim ficar com minha amiga, já que amanhã estarei voltando para Portugal.

- Quero sair contigo, passo já para te buscar.

- Te espero.

- Assim que percebo o olhar de tristeza de Mel percebo que aquele idiota falou algo que deixou a mesma naquele estado e falo: - Aconteceu algo?

- Diego ficou chateado e vem mim buscar para sairmos, desculpe novamente tenho a deixado sozinha e amanhã estarei voltando para Portugal e somente volto ano que vem.

- Entendo o Diego ele quer a namorada mais perto, creio que tivesse namorada faria a mesma coisa.

- Talvez, mas você não parece uma pessoa possessiva.

- Não sei nunca amei alguém com tanta intensidade.

- Espero que um dia encontre alguém que lhe faça sentir esse sentimento tão lindo que é o amor.

- Quem sabe. – Ainda ficam conversando e de repente Diego chega e Mel vai abrir a porta.

- Boa noite, Mel.

- Boa Diego. – Feliz aniversário.

- Obrigado. -A Sam está?

- Sim.

- Nisso Sam sai correndo e abraça Diego. – Oi,amor.

- Oi.Diego puxa Sam e a beija.

- Mel fica constrangida e virá o rosto.

- Vamos.

- Sim.

- Tchau Mel e obrigada pela noite, espero amanhã vê-la no aeroporto.

- Com certeza irei.

- Ambas se abraçam e Mel fica olhando os dois se afastando abraçados e indo para o carro e pensa: - Pelo visto esses dois se amam e se ela é feliz com ele, para mim já basta.

- Dias Atuais.

 - Júlia.

- Assim que termina o expediente Júlia decide ver a namorada, pois queria desabafar ao chegar ao apartamento que ambas divida toma um banho e fica esperando ansiosa Carol chegar e seus pensamentos mesmo sem querer sempre volta para Érika e fica sem entender o que a mesma fazia na empresa e ainda mais como secretária de Adam.

-Érika.

- Ao ver Júlia não posso negar que fiquei em choque, pois ela foi a única pessoa que realmente amei o que sentia por Marina era uma atração, mas com Júlia era um sentimento bom e amor verdadeiro, com a mesma queria construir uma família, mas infelizmente foi uma idiota e acabei perdendo a única mulher que verdadeiramente amei e olhá-la tão madura e linda me deu vontade de lutar por ela, mas sabia que ela merecia alguém melhor e que realmente a amasse e valorizasse a pessoa maravilhosa que era.

- Sam.

- Assim que termino de organizar as coisas decido ir para casa, mas como tinha pedido para Mel mim buscar resolvo esperar e fico em minha sala adiantando algumas coisas, quando recebo uma mensagem de Mel informando que estava chegando arrumo minhas coisas e vou para a recepção esperá-la estava dentro do elevador quando escuto uma voz feminina pedindo para segurar o elevador e assim que vejo quem é a dona da voz, fico surpresa.

- Oi,novamente e obrigada .

- Não,por isso.- Então trabalha aqui?

- Comecei hoje e você?

                         - Também.

                          - Que legal. – E não nós apresentamos direito.

 - Realmente, me chamo Samantha.

- Erika. – As duas dão as mãos e sorriem uma para outra.

- E então Erika trabalha com o que?

- Sou secretária do senhor Adam e você?

- Sou diretora.

- Como assim?

- Sou uma das sócias.

- Desculpe, não sabia se soubesse não seria assim.

- Não precisa se preocupar sou uma pessoa normal, como qualquer funcionário, não me veja diferente disso.

- É difícil já que a senhora é a dona.

- Pode me chamar pelo nome.

- Nisso o elevador chega no local e ambas saem conversando animadas e assim que Sam sai do elevador percebe o olhar nada amigável de sua esposa para si e sua nova colega.

- Oi, Mel.

- Boa noite.

- Boa noite, ambas respondem.

- Até mais Samantha.

- Até amanhã, Érika.

- Assim que Érika se afasta Sam se virá para Mel e fala: - O que aconteceu aqui?

- Nada. – Mel fala e começa a andar para o carro e Sam vai atrás assim que ambas entram no carro novamente Sam pergunta:

- O que foi Mel?

- Nada.

- Me conta percebe seu olhar nada amistoso para Érika.

- Não, gostei de sua nova amiguinha.

- Está com ciúme.

- Não.

- Mel.

- Estou, não gostei do modo que ela te olhou.

- Sam começa a sorrir e Mel faz uma expressão aborrecida e coloca o carro em movimento e vão para casa, percebendo que sua esposa realmente estava chateada Sam decide quebrar o clima pesado que tinha se instalado no carro e fala:

- Como foi seu dia?

- Bem e o seu?

- Bom.

- Fico feliz.

- Mel.

- Sim.

- Por favor, não fique zangada comigo não gosto quando isso acontece.

- Não , estou zangada,apenas não gostei daquela mulher.

- Por favor, Mel. – Deixa a Érika de lado e muda essa expressão, prefiro quando está sorrindo.

- Mel vira o rosto para sua esposa e pega sua mão e leva os lábios e fala: - Nunca consigo ficar com raiva de você.

 

- E o clima pesado que tinha se instalado no carro sai e fica somente conversas amenas e sorrisos bobos dado por ambas e é nesse clima que ambas chegam em casa, como estavam cansadas decidem pedir uma pizza para comerem enquanto Sam vai tomar banho , Mel fica na sala esperando a chegada da pizza e seu celular começa a tocar, quando atende a pessoa do outro lado não responde nada.

- Alô,Alô.

- Como ninguém respondia achou estranho e como tinham ligado confidencial não teria como retornar a ligação e decide deixar para lá. – Decide arrumar a mesa e fazer um suco e já estava terminando quando escuta a campanhia e quando abre a porta, qual não é sua surpresa e dá de frente com Marina.

- Boa noite.

- O que está fazendo aqui? – Aconteceu algo?

- Estava passando aqui perto e decidir visitar os amigos.

- Entra. – Ambas se abraçam e é assim que Sam encontra as duas, como Mel sentiu ciúme do papo com dela, Sam estava soltando fogo pelos olhos ao observar o olhar apaixonado que Marina estava ao abraçar  Mel.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo