- Mel.

 

- Quando sinto Sam em meus braços sinto que cada dor passada e obstáculos fizeram meu amor aumentar por aquela que sempre foi à mulher da minha vida.

 

- Então para onde vai arrumada?

 

- Vou para a empresa.

 

- Tem que descansar.

 

- Não aguento mais ficar em casa, já basta o tempo que fiquei no hospital.

 

- Saíste nem faz dois dias.

 

- Para mim parece uma eternidade.

 

- Não vou impedi-la se assim fores seu desejo estarei aqui para apoiá-la.

 

- Obrigada.

 

- Quer que te leve a empresa?

 

- Se não for atrapalhar.

 

- Jamais.

 

- Então vou descer e preparar algo para comermos.

 

- Vou terminar de mim arrumar e desço.

 

- Te aguardo.

 

- Assim que Sam sai do quarto Mel termina de se arrumar e antes de descer coloca o diário na bolsa e vai ao encontro de sua esposa, quando estava descendo as escadas sente o cheiro de café, torradas e encontra a mesa posta para duas pessoas.

 

- Que mesa linda.

 

- Queria fazer uma surpresa.

 

- Senta vamos comer.

 

- Certo. – As duas degustam do café da manhã que Sam fez e enquanto Mel comia o cereal com iogurte, Sam fica observando-a comer com gosto e dos seus lábios tinha um sorriso.

 

- Minha boca está suja?

 

- Não simplesmente gosto de observá-la.

 

- Certo.

 

- Vai dizer que nunca te falei isso.

 

- Sim.

 

- Então, por que essa expressão de surpresa?

 

- Por que não se lembra de nós.

 

- Já te falei que às vezes vêm flashes e depois somem.

 

- Deve ser horrível não lembrar.

 

- E desesperador e ao mesmo tempo e como se tivessem passado uma borracha na minha cabeça e tenho que reescrever minha história.

 

-Percebendo que o semblante de Sam ficou triste de repente fala:

 

- Vamos mudar de assunto, não quero vê-la triste.

 

- As duas começam a conversar sobre várias coisas e depois que termina de tomar café arrumam a cozinha e vão trabalhar no caminho Sam se vira para Mel e pergunta: - Aquela Marina ainda gosta de você?

 

- Onde tirou essa ideia?

 

- Pelo modo que ela te cerca com olhar.

 

- Não, Marina e eu tivemos um rolo anos atrás, mas hoje em dia a mesma somente me ver como uma amiga querida.

 

- Você pode achar assim, mas garanto que a mesma não ver dessa forma e se desse uma chance ela atacaria.

 

- Jamais teria algo com Marina a vejo como uma irmã a muitos anos e dela somente amo como uma irmã que nunca tive.

 

- Acredito em você.

 

- Está com ciúme?

 

- Não é ciúme e sim cuidado com o que é meu.

 

- Não sabia que era sua.

 

- Mel! – Você entendeu o que quis dizer.

 

- Claro que sim.

 

- Quer que te pegue para irmos para casa juntas?

 

- Sim.

 

- Então assim que terminar ligue para mim, que viria.

 

- Obrigada. – As duas se despendem dentro do carro e Sam dá um beijo na bochecha de Mel e sai do carro e acena, estava entrando na empresa distraída quando esbarra em uma mulher.

 

- Desculpe, estava distraída.

 

- Tudo bem, isso acontece com as melhores pessoas.

 

- Sam ajuda a mulher pegar os papeis que tinham caído da pasta e devolve, quando levanta o olhar observa que a mulher em questão era alta e tinha cabelos curtos e uma tatuagem no braço uma lótus,tinha olhos pretos e um sorriso bem sacana, como se fosse uma onça pronta para dá o bote na vitima.

 

- Preciso ir tenho uma entrevista de emprego. – Bom dia. - Nisso aquela estranha se afasta e fico olhando, mas rapidamente entro pela mesma porta onde ela entrou e vou para minha sala, não poderia deixar que Adam perdesse o contrato grande, por não confiar no sucesso do negócio.

 

- Erika.

 

- Acordei naquela manhã com uma sensação que meu dia seria diferente, tinha arquitetado tudo com Marina de ir trabalhar na empresa de Sam e assim ficar mais próxima para conhecê-la e fazer a mesma se apaixonar por mim, estava terminando de se arrumar quando sem querer acabo pensando em Júlia, ela foi a única mulher que pensei seriamente em construir uma família, que pena que não deu certo, mas por minha culpa que não soube valorizar a pessoa trabalhadora, companheira,amorosa que tinha ao meu lado, a alguns anos atrás encontrei com ela em um restaurante, ela estava com uma garota se beijando, me sentir péssima e sai correndo do local, aquela cena me deixava apreensiva. – Saio do local desorientada e vou embora com a sensação de perda e acabo ligando para Marina, há mesma atende no terceiro toque, marcarmos de nós encontrarmos mesmo morando em outro país Marina passava uma parte do ano aqui e outro em Portugal, esse encontro deixou marcas na pela dela e a mesma ficou com raiva, mas com meu carinho no instante passou e nos amamos o dia inteiro, só comiamos e ia para cama e começávamos a sensação de sex* novamente.

 

- Meus pensamentos voltam para a bela Sam que esbarrei sem querer e mim sinto sortuda nada como um encontro não premeditado para fazer as coisas andarem, decido ir procurar a sala de Adam, assim que encontro bato na porta e espero ter minha entrada autorizada para entrar.

 

- Oi, Adam.

 

- Achei que viria mais tarde?

 

- Não, para nosso plano dá certo preciso fazer as coisas como uma simples funcionária.

 

- Certo, será minha secretária já que a antiga pediu demissão.

 

- Por quê?

 

- Nem queira saber.

 

- Ok. - Adam explica o que precisa de Erika e começa a mostrar a empresa a ela, no caminho mostra a sala de Sam e explica que a mesma estava afastada e que retornaria a empresa, já que tinha recebido alta.

 

- Eu a vir mais cedo, quando estava entrando.

 

- O que achou de minha priminha?

 

- Linda. - Já tinha visto algumas fotos dela ao lado de Melinda e entendo por que Melinda a ama.

 

- Realmente apesar de não se darmos bem, não posso mentir e dizer que ela não é bonita, que pena que agora gosta de mulheres se não dava um trato nela.

 

- Que coisa idiota de dizer Adam.

 

- Se quiser posso dá um trato em você também Erika, afinal você também é linda.

 

- Erika toca no rosto dele e fala: - Meu querido, não faz meu tipo e se caso tivesse dúvidas sobre minha opção sexual, não seria contigo que iria tirar.

 

- Você quem sabe, mas se caso mudar de ideia e quiser experimentar saiba que estou a disposição.

 

- Obrigada. – Nisso ambas retornam a sala de Adam, enquanto isso Sam encontrava em sua sala com toda energia, lendo contratos e arquitetando uma forma de conseguir fechar o negócio que seu primo não queria aceitar, tanto Júlia como ela tinha agendado uma reunião com os outros acionistas apesar de ser a maior, precisava do apoio dos outros para garantir aquele negócio.

 

- Júlia.

 

- Sim, senhora.

 

- Por favor, sem senhora apenas Sam ou Samantha.

 

- Desculpe.

 

- Sem problemas. – Preciso que vá à sala de Adam e informe que estarei aguardando ele para almoçarmos juntos.

 

- O que a senhora planeja, posso saber?

 

-Adam nunca foi um bom administrador, sempre curtia adoidado e somente não perdeu toda a herança deixada pelos meus tios foi por que meu pai não deixou, preciso o fazer compreender que se assinarmos esse contrato estaremos à frente de muitas outras empresas e o lucro seria grande, não agora mais no futuro.

 

- Entendo, vou avisá-lo. – Assim que veja Júlia saindo da sala mando uma mensagem para Mel.

 

- Oi. – Como esta sendo sua manhã? – Percebo que Mel estava online, aguardo ansiosa sua resposta.

 

- Olá, está uma manhã tranquila e então aceita almoçar comigo?

 

- Infelizmente hoje não posso tenho uma reunião com Adam.

 

- Certo, então à noite te busco para irmos para casa juntas.

 

- Aguardo.

 

 - Espero que sua reunião seja proveitosa.

 

- Obrigada.

 

- Tchau e bom dia.

 

- Tchau, Mel. – Assim que para de mandar mensagens para Mel, resolvo continuar lendo os contratos para terminar os últimos ajustes com Júlia.

 

- Júlia.

 

- Admirava demais Sam, por ser uma pessoa maravilhosa e uma empresária, magnífica, estava com esses pensamentos quando entro chego à porta de Adam, como não tinha ninguém para anunciar bato na porta e escuto um pode entrar e assim que entro na sala, me sinto caindo em um buraco, pois quem estava com ele, era a última pessoa que queria ver na vida.

 

- Júlia, deseja algo?

 

- Sam, está convidando para almoçar juntos.

 

- Claro. – Júlia essa é Erika minha nova secretária.

 

- Oi, Erika seja bem vinda.

 

- Obrigada, Júlia.

 

- Ela te espera de 13:00 hs na sala dela , para irem juntos..

 

- Estarei lá.

 

- Saio da sala rapidamente não aguentando olhar para o rosto daquela que um dia tinha amado e foi traída, saio desnorteada e é assim que entro na sala de Sam.

 

- Júlia aconteceu algo?

 

- Não, só lembrei-me de algo desagradável e o Adam confirmou o almoço, vai precisar que a acompanhe também.

 

- Não.

 

- Então, vou marcar a reunião com os outros sócios.

 

- Obrigada.  – Tem certeza que está bem?

 

- Sim.

 

- Ok, se precisar sair mais cedo só dizer.

 

- Não precisa se preocupar Sam.

 

- Precisa que estou notando o quão pálida está.

 

- Só preciso lavar o rosto e estarei melhor.

 

- Vou com você ao toalete.

 

-Realmente não precisa.

 

- Vamos, Júlia. – Nisso Sam se levanta na cadeira e toma as mãos de Júlia entre as suas e a levanta e leva para o toalete.

 

- Júlia, ao olhar sua aparência no espelho do banheiro, percebe o porquê sua chefa, está preocupada seu rosto está pálido, passa uma maquiagem de leve para dá uma cor da face e sai do toalete.

 

- Agora está melhor.

 

-Obrigada.

 

- Se quiser contar algo, estarei aqui para ouvi-la.

 

- Realmente foi um leve mal estar, mas agora estou melhor e obrigada pela compreensão.

 

- Precisando estarei aqui, para qualquer coisa.

 

- Ambas voltam para a sala e começam a trabalhar não muito distante dali Erika encontrava-se do mesmo jeito, fazia anos que não sabia noticias de Júlia e de repente vendo-a agora, sentia como se todos os momentos vividos voltassem na sua cabeça.

 

- Erika, Erika.

 

- Desculpe Adam. – Pensamentos estavam longe.

 

- Tudo bem, contigo?

 

- Sim.

 

- Então como tenho esse almoço com minha prima, não volto mais a empresa, tenho coisas para resolver e teria como adiantar uns contratos que minha antiga secretária deixou pendente.

 

- Faço sim.  

 

- O tempo passa rápido e logo Sam estava almoçando com Adam.

 

- Então, prima. –Qual o motivo desse almoço?

 

- Calma Adam. – Vamos aproveitar um pouco.

 

- Tenho outro compromisso Sam se poder deixar de delongas e informar o porquê desse convite fico satisfeito.

 

- Quanta rispidez.

 

- Sam.

 

- Certo preciso que assine o contrato essa é a chance de nossa empresa crescer no mercado e com suas ideias arcaicas estaremos perdendo essa oportunidade única.

 

- Novamente com esse assunto.

 

- Adam é nossa chance e preciso que me apóie.

 

- Não concordo, mas vou pensar.

 

- Pense com cuidado e me informe. – Nisso ambos pendem suas comidas e começam a falar sobre coisas corriqueiras do dia a dia.

 

- E como está o seu casamento com Mel?

 

- Bem, por quê?

 

- Já que está sem memória achei que os casamentos de vocês estavam em crise.

 

- Não.

 

- Certo. – Adam fala com uma voz sarcástica e Sam diz: - Por que esse tom de voz?

 

-Sabe prima nunca achei que amasse aquela mulher

 

- Por que diz isso?

 

- Se amasse não se esqueceria dela.

 

- Eu me lembro dela somente que as lembranças estão confusas aqui na minha cabeça, mas mesmo assim meus sentimentos somente interessam a mim e a minha esposa.

 

- Quanta ignorância, não está aqui quem falou.

 

- Vamos mudar de assunto, antes que nosso almoço agradável se algo indigestivo. – Terminam o almoço e Sam volta para a empresa, chegando lá encontra Júlia em sua mesa trabalhando.

 

- Já almoçou Júlia?

 

- Não na verdade fiz um simples lanche estou sem fome.

 

- Melhorou da indisposição?

 

- Sim, desculpe por preocupá-la.

 

- Fiquei preocupada por ter notado seu nervosismo e a palidez, mas agora percebo que já está melhor, preciso dos relatórios desse mês que fiquei hospitalizada sobre os lucros da empresa e os gastos.

 

- Vai demorar um pouco, mas creio que amanhã posso entregar.

 

- Ótimo isso será sua prioridade.

 

- Certo e como foi o almoço?

 

- Nada novo, mas fiz ele pensar estou aguardando a resposta dele.

 

- Espero que tudo se resolva dá melhor forma.

 

-Também espero, não quero ter problemas com meu primo.

 

- Mel.

 

- Depois de deixar Sam na empresa foi para editora meu dia estava calmo, pois tinha adiantado muitas coisas nesses últimos dias, estava em minha sala, terminando um manuscrito quando escuto uma mensagem abro e vejo que é de Sam, acabo respondendo e com um sorriso nos lábios, convido-a para almoçar juntas e a mesma informa que não poderia, pois tinha uma reunião com Adam, detestava aquele primo da Sam, ele sentia prazer em menosprezar o nosso amor e deixava claro que preferia mil vezes que ela estivesse com Diego, aquilo me irritava tremendamente mais sempre minha esposa arrumava uma maneira de mostrar que a opinião dele ou da família não interferiria na nossa vida juntas.

 

- Assim que mando a mensagem de despedida vou pegar meu diário e começo a escrever. – Após encontrar Diego beijando aquela menina penso se devo ou não falar com Sam, mas se falasse sem provas a mesma não iria acreditar e correria o risco de perder a nossa amizade, isso seria a morte para me. – Faço conta que não vir nada e se realmente se ele a traísse a verdade apareceria, mas a minha vontade ela contar tudo, mas ficava receosa, pois queria aproveitar já que a mesma estava de partida, naquela noite iríamos sair somente nós dias, pois seria a despedida dela até o retorno sem data, ela passou na minha casa no carro do Diego e não quis dizer para onde íamos, quando ela estaciona o carro na orla e pega umas toalhas e um cesta ,fico sem saber o que fazer.

 

-Vamos?

 

- Achei que iríamos para outro local e não para a praia.

 

- Se quiser podemos ir para outro local, mas queria um lugar tranquilo para conversarmos.

 

- Sem problemas. – Ao observar Sam noto que a mesma estava dispersa e pergunto:

 

- Tudo bem, Sam?

 

- Não, estou com medo de perder o Diego.

 

- Como assim?

 

- Ele me falou que a antiga namorada foi procurar ele e acabou dando um beijo nele.

 

- Como assim?

 

- Isso mesmo, ele disse que se afastou do beijo e informou que está namorando, ela quer conquistá-lo.

 

- E por que o medo?

 

- Eu estou no outro lado dos pais e também nunca rolou nada entre a gente, sei que Diego tinha uma vida sexual ativa antes de nós envolvermos e não me sinto preparada para isso ainda e estou com medo dele me deixar.

 

-Se ele pensar assim é um completo idiota e não serve para você.

 

- O que faço Mel?

 

 - Primeiramente se vocês se amam vão enfrentar essa distância e ficarem juntos, essa garota somente apareceu para provar o amor de ambos e se passarem por essa nada, poderá atrapalhar o amor de vocês. - Nisso Sam abraça Mel e fala: - Te amo.

 

- Eu também te amo e somente quero sua felicidade sempre. – Mel fala com lágrimas nos olhos e olhando para o seu faz um pedido em pensamento: - Que algum dia o meu amor seja correspondido. – Sem ela perceber naquele momento passava uma estrela cadente e esse pedido muitos anos depois seria realizado, mas não sem dores.

 

- Mel, está chorando, está sentindo algo?

 

- Não, somente fiquei triste ao vê-la sofrendo.

 

- Sam toca no rosto dela e começa a enxugar as lágrimas e dá um beijo na bochecha dela.

 

- Obrigada, por ser essa pessoa maravilhosa e está sempre comigo.

 

 - Eu que agradeço, por trazer uma luz na minha vida.

 

- As duas se abraçam e depois ambas se deitam em cima das toalhas e ficam admirando as estrelas e somente o silêncio reina no local, onde as palavras não precisavam fazer presente para ambas. – Estavam nesse clima quando Sam escuta seu celular tocando e atende.

 

- Oi, Diego. – Certo, estou com a Mel, mas já estamos indo, pode me esperar acordado chego daqui a pouco.

 

- Nisso Mel já estava arrumando as coisas e se levanta: - Acho que está na nossa hora.

 

- Era o Diego ele quer conversar comigo.

 

- Então vamos, creio que vocês têm muito que conversar.

 

-Obrigada, pela compreensão e sua amizade.

 

- Sempre que precisar de mim estarei aqui sempre. Mel fala isso segurando as duas mãos de Sam, levam as coisas para o carro e no caminho Sam colocou em uma rádio e a música que tocava falava sobre amores que machucam mais são eternos, era assim que estava sentindo naquele momento queria chorar, mas não poderia fazer aquilo ainda, assim que percebo que já está perto da minha casa sinto uma felicidade enorme, pois se demorasse um pouco mais desabaria ali mesmo na frente dela.

 

-Amanhã nós vemos, já que vou embora depois de amanhã.

 

- Com certeza, nós beijamos no rosto e assim que entro no meu quarto, as lágrimas que estava segurando saem abundantemente e somente penso que algum dia terei meu amor correspondido, creio que pela dona do meu coração nunca e choro mais.

 

 

 

 

Fim do capítulo