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Nossa canção inesperada por Kiss Potter

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Palavras: 6724
Acessos: 1802   |  Postado em: 29/09/2019

Capítulo 27 - Ventos tranquilos

 

Capítulo 27 – Ventos tranquilos

 

Pov Lia

 

              Lia sentiu sua rockeira tentar sair de trás de si para levantar-se, mas segurou seu braço firmemente, impedindo-a. Já estava se sentindo estressada, mais por medo de Vanessa falar algo sobre o intercâmbio do que qualquer outra coisa e não queria que Liz soubesse daquela forma.

              — Será que eu poderia conversar com vocês duas, por favor?! — A ruiva voltou a falar olhando-as ansiosa. Parecia ter algo realmente importante a dizer.

              — Você é maluca ou o quê?

              Cris as olhava apreensiva e Alberto estava sem entender nada. Suspirando de raiva, Lia respondeu:

              — Agora não é um bom momento, Vanessa. Eu disse que a gente se falava depois.

              — Lia, por favor, isso é importante. — insistiu decidida.

              — Será que você não pode simplesmente vazar? — A rockeira rosnou para ela.

              — O que tá rolando? — Alberto se pronunciou, estava confuso.             

              — Depois, querido. — Cris o respondeu. — Depois.

Lia odiava essas situações e para pôr logo um fim nisso, resolveu atender ao pedido dela.

              — Espera a gente na cantina, estamos indo. — Levantou-se, puxando Liz consigo.

              — Ok. — Ela pareceu aliviada e logo se retirou.

              — Você vai mesmo falar com aquela atirada? — Nunca tinha visto Liz tão chateada antes e ficou incerta.

              — Nós vamos conversar. — corrigiu-a. — Ela quer falar com você também, não ouviu?

              Lia tentou manter-se calma e a puxou, abraçando-a dengosa. Ela estava com a cara fechada, mas ainda era fácil de lidar com Liz enraivecida do que si própria e tinha de agradecer aos céus por isso.

              — Não se preocupe com a Vanessa. — sussurrou pertinho de seu lábios e sentiu a expressão dela se suavizar um pouco. — Eu sou completamente louca por você, ninguém vai ficar entre nós.

              — Eu nunca vou deixar alguém ficar entre nós, Liana. — falou decidida.

              — E nem eu. Vamos resolver isso juntas.

              Finalmente foram ao encontro da ruiva que já as esperava sentada em uma das mesas mais isoladas da cantina. O intervalo já estava no finalzinho e os estudantes já voltavam para as suas salas.

Sentaram de frente para ela uma ao lado da outra. Liz logo passou o braço pela sua cintura de maneira possessiva. Sem demora, Vanessa começou a falar:

              — Em primeiro lugar eu queria pedir desculpas a vocês duas por sexta-feira. Eu jamais deveria ter feito aquilo, ainda mais sabendo o quanto Lia estava machucada por terem terminado.

              As palavras dela a tocaram. Não sabia explicar, mas gostava muito de Vanessa e já a considerava uma amiga, mesmo que em pouco tempo e com o que ela havia feito. A ruiva havia sido sua distração naquelas duas semanas tão dolorosas longe de sua rockeira. Liz apenas se remexeu ao seu lado, ainda parecia incomodada, mas nada falou. Perante o iminente silêncio de ambas, Vanessa continuou:

              — Eu não raciocinei direito, apenas aconteceu. Eu não fui a amiga que você precisou...

              Dessa vez Liz bufou e cruzou os braços.

              — Essa conversa tem algum objetivo? — disparou incrédula.

              — Claro que sim. — Vanessa respondeu paciente e olhou diretamente para Liz. — Estou tentando me desculpar, não quero que pensem mal de mim. Eu vacilei, mas quero que saibam que eu não serei um problema e que considero a Lia uma amiga de verdade.

              Lia sorriu levemente tocada pelo gesto dela. Conseguia sentir a sinceridade em tudo que havia dito, mas Liz não estava nada convencida.

              — Qual é! Amiga? Amigas não tentam se beijar.

              — Eu sei, aquilo foi um vacilo grande, não deveria ter acontecido e, sinto muito te dar essa resposta obtusa, mas em minha defesa, a Lia estava solteira até então.

Lia percebeu que aquela resposta emudeceu sua rockeira rapidamente. Precisava acabar logo com aquela conversa antes que tocassem no assunto “intercâmbio”.

— Liz, eu juro para você que não serei um problema.

              — Vanessa. — Lia se pronunciou pela primeira vez. — Você realmente não deveria ter feito aquilo, só para que sabia eu não gostei nenhum pouco e fiquei muito decepcionada. Você estava sendo uma ótima amiga naqueles dias.

              — Eu sei disso. Vacilei mesmo.

— Sim, vacilou, mas eu acredito que está arrependida e aceito o seu pedido de desculpas, ok?

              — O quê? — Liz a olhou como se ela tivesse perdido o juízo. — Você não está mesmo considerando isso, está?

              — Liz, é com você que eu estou é por você que sou apaixonada — respondeu decidida e a olhou profundamente. — Ninguém vai ficar entre nós. Vanessa é minha amiga, só isso. Confia em mim!

              A rockeira suspirou pesadamente e olhou para o lado meio aborrecida. O silêncio caiu sobre as três até que ela voltou a se pronunciar.

              — Eu confio em você, sim — declarou convicta e depois olhou diretamente para Vanessa. — É bom que você se comporte bem. Não quero problemas com isso.

              Lia sorriu com aquela resposta. Sabia o quanto ela estava controlando os ciúmes e achou lindo o seu jeito aborrecido e contrariado. Mesmo com raiva, ela ainda era capaz de cativar. Aquele era um verdadeiro dom. A ruiva suspirou aliviada e agradeceu.

              — Vamos continuar nossos estudos então?

              O coração de Lia saltou no peito e sentiu-se gelar. Tentou não demonstrar nervosismo.

              — Vamos sim, mas agora precisamos voltar para as nossas salas, depois nos falamos.

              Liz parecia não ter estranhado nada sobre os tais estudos e Vanessa apenas assentiu, calando-se. Já estavam para levantar-se da mesa quando a ouviu perguntar:

              — O que vocês tanto estudam mesmo?

              Lia ficou nervosa. Vanessa parecia incerta com a pergunta e respondeu inocentemente:

              — Estamos estudando para o teste de seleção do intercâmbio.

              Fechou os olhos por alguns segundos e fez uma careta. “Agora vai dar merd*” pensou consigo mesma. Conseguia sentir o olhar de Liz sobre si à espera de uma explicação.

              — Esse intercâmbio é o que você quer fazer no final do curso? — perguntou desconfiada, analisando-a.

              Emudeceu naquele momento. Olhou para Vanessa e ela parecia finalmente ter percebido que Liz não estava sabendo de nada ainda.

              — É esse mesmo! — confirmou na cara de pau, apenas para não prolongar o assunto. Prometeu para si mesma que mais tarde falariam francamente sobre o assunto. — Posso te explicar isso depois?

              — Ok. — A expressão no rosto de Liz era de mágoa, mas mesmo assim ela encerrou o assunto.

              — Bem, meninas. — A ruiva se pronunciou. — Obrigada por virem falar comigo e desculpas mais uma vez pelo mal-estar que causei. Espero que esteja tudo bem entre nós agora. Vamos voltar para as nossas salas.

              Elas concordaram e se levantaram. Foram de mãos dadas até o pátio e em completo silêncio.

— A gente se vê na saída, então. — A rockeira falou e pela primeira vez elas se separaram sem que ela lhe desse um selinho.

Ficou com uma sensação de peso e aperto no peito durante a aula toda. Quando finalmente foram liberadas, se encontraram novamente nos portões e foram almoçar com Alberto e Cris. O clima não estava o mesmo, mas Liz disfarçava o seu desagrado perante os dois, o que a deixou aliviada. Se aquilo fosse com ela já teria explodido, reconhecia isso.

Quando pararam com o carro em frente ao seu apartamento, Liz ainda estava calada e pensativa. Não aguentando mais aquela distância, falou:

— Hey! — Liz a olhou ainda calada. — Desculpe por aquilo.

— Tudo bem — disse friamente. — Mais tarde falamos sobre isso.

— Ok — respondeu frustrada. Já sabia que não iria conseguir se concentrar em nada sabendo que ela estava chateada. — Até mais tarde então.

— Até — falou sem ao menos olhá-la. Lia se aproximou dela e lhe puxou para um selinho antes de sair do carro com o coração pesado.

Não poderia deixar aquilo interferir na relação das duas, não quando finalmente haviam se entendido. Foi dose conseguir prestar atenção aos estudos durante a tarde e Cris percebeu seu incômodo. Precisava desabafar e lhe contou tudo o que havia acontecido mais cedo.

— Caramba! — A amiga admirou-se. — Eu bem sabia que ia dar merd* quando vi a Vanessa se aproximando.

— Agora Liz está puta comigo e com razão — considerou por final, ainda tristonha. — Eu queria que ter conversado com ela primeiro sobre isso. Ela ficou lá toda confusa na frente da Vanessa. Se fosse o contrário eu teria ficado irada.

— Mas vocês estavam separadas, né?! Explica isso a ela.

              — Depois do que ela passou esses dias eu não queria ter tocado nesse assunto ainda.

              — É só ser sincera, como você sempre é. Tenho certeza que ela vai te compreender — a amiga sugeriu solicita. — Ela vai vir aqui hoje?

              — Vai. — suspirou e deitou a cabeça sobre os livros. — Não estou com cabeça para estudos agora.

              — Te entendo, amiga — Cris começou a fechar os livros. — Acho que já chega por hoje. Estudamos o suficiente.

              Lia sorriu e agradeceu a compreensão. Elas sentaram no sofá e ficaram conversando por um longo tempo. Sua vida estava tão agitada com provas, estudos e Liz que não estava conseguindo conversar com a amiga devidamente. Ela falou sobre a família, alguns planos futuros e Alberto. Os dois estavam vivendo uma fase ótima no relacionamento.

              Perto da hora de Liz chegar, foi tomar um banho bem demorado e relaxado. No chuveiro tentava organizar bem os pensamentos para a conversa que logo teriam. Estava secando o cabelo quando ouviu a campainha soar. Se cumprimentaram timidamente e foram direto para o quarto.

              A rockeira retirou o tênis e jogou-se em sua cama. Nervosa deitou-se ao lado dela e ficaram se encarando por alguns poucos segundos, ela parecia distante e chateada. Já estava tomando coragem para falar algo quando ela perguntou serena:

— Que vaga de intercâmbio é essa?

Lia suspirou e contou tudo desde o começo.

— A universidade está ofertando bolsas para estudar em Londres. Começaram a anunciar isso no comecinho de setembro, mas eu nem pensava em participar, por isso não cheguei a comentar nada com você. Daí nós terminamos e no impulso da mágoa eu acabei me inscrevendo. Foi assim que conheci Vanessa e ela me convidou para estudarmos juntas.

Liz ouviu tudo calada e ponderou por alguns segundos. O coração de Lia batia freneticamente à espera de alguma reação dela.

— Entendi. — Ela quebrou o contato entre as duas e encarou o teto. — É o seu sonho.

— Sempre foi, mas não me sinto preparada para isso agora. — desabafou incerta.

— Por que não? — Estranhou Liz, olhando-a novamente.

— Não estava pensando em fazer isso tão cedo.

Liz parecia confusa e suspirou.

— Se você não queria fazer agora então por quê se inscreveu?

Ficou em silêncio por um momento, estava se sentindo meio envergonha com suas atitudes impensadas. Nunca fora de ficar dando satisfações para seu ninguém, só para os pais, mas com Liz tudo era diferente, a única coisa que importava eram estar de bem uma com a outra.

— Já disse, fiz no impulso da raiva.

Liz sentou-se sobre o colchão e esfregou o rosto com as mãos, parecia frustrada.

— É esse o seu problema, Lia. Ser tão impulsiva. Você sabe que no fundo não foi por causa da nossa briga que fez isso.

— Como assim?

— Você se inscreveu porque é o que quer fazer. Apenas criou coragem para tomar uma atitude.

O pior foi que na raiva tudo pareceu claro e que realmente não valia a pena jogar isso fora por um relacionamento, porém, agora que estavam bem novamente não conseguia nem mais cogitar a hipótese. Levantou-se e abraçou-a apertado por trás. Não queria brigar por causa daquilo, ainda mais por ser algo que nem sabia se levaria adiante.

— Não vamos discutir por isso. — sussurrou em seu ouvido e sentiu-a se arrepiar.

— Não estamos discutindo, estamos conversando. Não é isso que você quer? Que a gente converse e desabafe sempre! — A voz dela ainda estava levemente chateada. — Agora se fosse o contrário eu tenho certeza que você teria feito o maior escândalo.

— Deixa de exagero — defendeu-se, mas no fundo sabia que ela estava completamente certa.

— E quando esse intercâmbio começa? Me diz a verdade, Lia.

— Próximo semestre. Não sei bem, já que lá eles não estudam no verão, mas ainda vai ter a prova. Eu nem sei se farei isso.

— Como assim não sabe se vai fazer?

— A prova de seleção. Eu me inscrevi de cabeça quente, não sei se vou levar isso adiante.

— Qual é, Lia! Você acha prudente perder essa oportunidade? Por que você faria isso?

Ficou calada e surpresa com a reação tão lúcida, compreensiva e madura dela. Como assim “por que faria isso?”. Será que não era claro o suficiente?

— Me diz, Liana! — insistiu, olhando-a.

— Eu não quero ficar longe de você agora. — sussurrou baixinho com o coração apertado. Já sentia saudades só de pensar em passar seis longos meses fora do país.

Liz virou-se para ela e puxou-a pela cintura, fazendo-a sentar em seu colo.

— Eu também não quero isso, minha linda, mas não me perdoaria se você perdesse isso por minha culpa. Eu só espero é que essa Vanessa não vá também.

— Ela seria o menor dos nossos problemas.

Não acreditava que ela ainda estava com ciúmes da ruiva, mas a entendia perfeitamente. O que a deixava aflita era a distância e a saudade, coisas que não se aplacavam facilmente. Não sentia que estavam prontas e fortes o suficiente para enfrentarem essa “separação”, mesmo que nada daquilo fosse coisa certa ainda.

— Olha, não vamos mais falar sobre isso. Talvez eu nem passe nessa seleção. Todas as turmas de literatura vão se inscrever e são só umas dez vagas, eu acho.

Pôs a testa sobre a dela e fez carinho nos cabelos em sua nuca. Sentiu-a suspirar pesadamente e não resistiu, beijou-a. Liz a correspondeu de imediato e sofregamente. Ficava louca com a intensidade entre as duas. Como poderia deixar isso de lado? Não poderia, não poderia e não queria.

— Está tudo bem entre nós? — perguntou sobre seus lábios, acariciando sua face.

Liz escondeu o rosto em seu pescoço e suspirou, sentindo seu cheiro. Ela adorava fazer aquilo.

— Está sim. — As duas se olharam mais uma vez e deram um selinho.

— Você já jantou?

— Não.

— Já passa das oito, Liz. Aposto que nem comeu nada de tarde.

— Estava sem fome.

— Vamos na cozinha. Vou preparar um sanduíche para você.

Quando voltaram ao quarto, Liz despiu-se toda para deitar e Lia ficou admirando-a, quase babando, por seu corpo perfeito. Já usando o seu pijama, abraçou-a por trás e distribuiu beijinhos por suas costas e tatuagem. Levou as mãos até os seios dela e tocou-os carinhosamente. Ouviu-a suspirar levemente e virar para si.

— Para quê está toda vestida assim? — entranhou os dedos em seu cabelo e falou sobre seus lábios: — Sabe que eu sempre tiro tudo.

Lia lhe deu um sorriso cínico e a beijou em seguida. Sabia o quando a rockeira adorava seus corpos nus em contato e tinha que admitir que antes dela nunca fora de dormir sem roupa, mas agora não conseguia mais usar nem mesmo uma calcinha. Adorava ficar nua para que ela a admirasse...

“Me admirar nua” pensou com rapidez e lembrou-se da jaqueta que havia comprado para lhe entregar de forma especial no dia de seu aniversário. Liz já começava a tirar sua blusa, mas afastou-se rapidamente de suas mãos e boca.

— Eu lembrei de uma coisa — disse arteira e procurou o embrulho dentro de seu guarda-roupa. Voltou com o embrulho nas mãos e o entregou. — Esse era o seu presente, mas não deu para entregar no dia.

Liz olhou-a levemente emocionada, pegou o presente de suas mãos delicadamente e sentou-se na cama, desembrulhando-o. Viu que os olhos dela brilharam quando analisou a jaqueta devidamente.

— Nossa, Lia... — Ela lhe deu um sorriso lindo e sincero. — Eu amei, é linda.

— Eu tinha planejado como ia te entregar, mas enfim.

Liz a puxou e fez sentar-se em suas pernas e abraçou-a pela cintura, olhando em seus olhos. Conseguia sentir doçura e sinceridade neles.

— Desculpe ter estragado tudo...

— Shhhhiii... — colou a testa na dela e lhe deu um beijinho. — Já passou. Está tudo bem.

              A rockeira vestiu a jaqueta ainda completamente nua e Lia ficou a admirá-la sentada na cama. Safada, ela deu uma voltinha, desfilando para a irritadinha e virou de costas, deixando seu bumbum empinado à mostra. Lia sentiu seu sex* molhar-se completamente com a visão daquela morena gostosa se insinuando para ela.

              — Gostou? — perguntou e riu sapeca, sentando-se sobre as pernas dela, com uma perna de cada lado do seu corpo.

— Eu amei. — Estava completamente hipnotizada e salivando. Liz era linda demais para o bem da sua sanidade e sempre conseguia despertar sua libido num piscar de olhos. Queria sex*! — Você é gostosa, Lisandra. Eu sabia que ficaria incrível em você.

Puxou-a pelos cabelos e beijou-a vorazmente, que apenas deixou-se ser guiada dessa vez. Lia estava cada vez mais solta e ousada no sex*, percebia o quanto sua rockeira gostava disso. Virou-a sobre o colchão ficando por cima e atacou seu pescoço com lambidas e mordidas.

— Humm... — ouvi-la gem*r despertou ainda mais o seu tesão. — Eu gosto assim.

— Gosta? — perguntou e mordeu seu lábio inferior. — Estou louquinha por você.

— Mesmo? — Liz desceu a mão até o sex* dela por dentro do short. — Nossa! Tão molhadinha! Está do jeitinho que eu gosto.

— E você? Como está? — Lia estava se sentindo extremamente dominadora naquela noite, como nunca antes.

— Vem descobrir. — Liz respondeu, abrindo ainda mais as pernas em um convite irrecusável.

Sorrindo pretensiosamente, desceu pelo seu corpo e tomou-a com os seus lábios vorazmente. Adorava fodê-la daquela forma. A noite foi devassa entre as duas e mesmo tendo prova no outro dia, não conseguiram dormir tão cedo. A saudade da separação ainda queimava quente dentro de cada uma e lá pelas uma da manhã, foram dormir vencidas pelo sono.

 

***

 

A semana foi só loucura e correria. Depois da terça-feira as duas não dormiram nenhum dia juntas, pois tinham que estudar muito, se viam apenas na hora do intervalo e almoçavam juntas. Por sorte, Vanessa ficou quieta em seu canto e não a chamou mais para estudar ou conversar, na certa também estava estudando para as próprias provas. O assunto intercâmbio também ficou de lado, nem era algo que vali a pena ser discutido.

O final de semana também foi corrido. As três piores provas haviam ficado para a segunda e terça-feira e como resultado, ela e Cris passaram o sábado e domingo todo estudando. Liz também tinha suas matérias a revisar e ainda estava ensaiando com a banda para uma apresentação no sábado.

Elas até discutiram por isso. Liz queria leva-la para a festa, mas não aceitou ir, já havia descuidado dos estudos o suficiente, não podia vacilar. O resultado foi um mau-humor durante o fim de semana. Uma coisa juntou com a outra, além do estresse de ter brigado com Liz e a preocupação com as provas, sua menstruação estava para descer. Com isso a TPM tomou conta de jeito.

              Por sorte seu período chegou na quarta-feira, um dia depois das provas e passou o dia todo molinha e caída com as dores. De noite, estava deitada na cama, mexendo no seu celular e decidindo se devia mandar uma mensagem para a namorada ou não. Queria-a muito ali ao seu lado, lhe dando carinho mesmo apesar do estresse.

              Estavam sem se falar desde sábado e como que num passe de mágica, chegou uma mensagem dela:

              Liz: “Está aí?”

              Lia: “Sim.”

              Liz: “Suas provas já acabaram? Posso ir aí?”

              Lia: “Claro que sim.”

              Mas que pergunta idiota era aquela? Lia suspirou estressada. É claro que ela podia ir, deveria. Apesar de ter sido uma idiota era quem Lia mais queria naquele momento. Liz nunca foi de lhe decepcionar e no mesmo instante ela respondeu:

              Liz: “Pois já estou aqui fora.”

              Seu coração idiota começou a bater acelerado e foi rapidamente até a porta, recebê-la feliz da vida, já estava com saudades. Ela estava usando o seu jeans usual e os cabelos estavam mais ondulados. Ela tinha uma sacola na mão e a olhou timidamente.

              — Olá! — cumprimentou-a ao entrar no apartamento. — Trouxe comida para você. Já jantou?

              — Ainda não. — Lia fez-se de indiferente. Ainda estava com raiva por ela ter sido tão idiota.

              — Está com fome?

              — O que tem aí?

              — Panqueca. — Liz pôs a sacola sobre a mesa e voltou a encará-la. —               Vamos jantar!

              As duas comeram em silêncio e ao final da refeição, Liz pegou uma sua mão.

              — Desculpe ter sido uma idiota no sábado.

              Não estava com paciência para fazer teatrinho naquela noite, queria seu carinho, então apenas balançou a cabeça positivamente.

              — Ok. Está tudo bem.

              A rockeira olhou-a surpresa e meio besta, na certa desconfiada de sua aparente calma.

              — Você está bem? — Liz franziu o cenho e perguntou preocupada. — Parece abatida.

              — Estou com cólica.

              Conseguiu ouvir o estalo na cabeça da namorada naquele momento e uma expressão de entendimento tomou sua face.

              — Vamos deitar então, faço uma massagem em você.

              Lia a acompanhou sem reclamar, era tudo o que mais queria. Liz a fez deitar-se de bruços, sentou sobre seu bumbum e começou a massagear seus ombros e costas. As mãos dela eram tão carinhosas e firmes, adorava a forma como a fazia relaxar.

Já sentindo uma sonolência, virou-se de lado e puxou o braço dela para lhe abraçar. Liz levou a mão até seu ventre e ficou fazendo massagem de leve. Adormeceu daquela forma rapidamente.

 

***

 

Pov Liz

 

Por sorte não havia sido difícil domar a fera por conta da briga de sábado. Ficou admirada ao perceber como ela ficava manhosa com cólica e se aproveitou disso. Sabia ser carinhosa e agradar como ninguém. Durante os dias em que Lia estava menstruada lhe deu bastante carinho, atenção e chocolate. Já sabia como lidar com a fera.

Liz não tinha esquecido das aulas de direção que havia prometido a sua irritadinha e no final de semana a chamou para a primeira aula. No sábado à tarde, a levou até um locar de menor movimento na cidade e trocaram de lugar.

Primeiro a situou sobre os pedais, onde era freio, embreagem e acelerador. A aula se tornou um pouco mais fácil, pois ela ainda lembrava das aulas anteriores com o pai. Percebeu que sua irritadinha parecia nervosa e ansiosa.

— Fica calma! — disse rindo e beijou-a de leve. — Agora, a primeira coisa que você tem que fazer é regular tudo o que vai precisar primeiro, como o banco e retrovisor.

— Ah, disso eu ainda lembro também.

Como ela era mais baixinha, pôs o banco um pouco mais para frente, ajeitou o retrovisor devidamente e ligou o carro.

— Primeiro de tudo é descer o freio de mão. E não tira o pé do freio e embreagem. A marcha já está em ponto morto.

— Ok. — Lia fez tudo que ela disse e depois pegou no câmbio, puxando-o para esquerda, colocando o carro em primeira marcha.

— Perfeito! — elogiou Liz orgulhosa. — Agora vai soltando o pé da embreagem bem devagar e cuidado para não acelerar muito, esse carro é bem potente e sensível.

Ela concentrou-se e fez vagarosamente o que pediu. Riu muito quando o carro deu uma guinada forte e estancou em seguida. Lia bufou ao seu lado. Mal haviam começado e ela já estava estressada.

— Eu disse para soltar a embreagem devagar. — repetiu paciente.

— Eu sei, mas essa porr* foi com tudo.

— Vamos tentar novamente, vai. Pé na embreagem, coloca a marcha em ponto morto, e liga o carro novamente.

Depois da quarta tentativa, Lia conseguiu finalmente dar a partida. Percebeu que ela sorriu como uma criancinha quando o carro finalmente se moveu. Bateu palmas em comemoração para incentivá-la e foi apenas lhe guiando na hora de passar as marchas. Ela estava indo muito bem para falar a verdade.

Lia não conseguiu passar dos 40 quilômetros com medo de perder o controle do carro e Liz apenas respeitou os seus limites, estranhamente não se sentia apreensiva, confiava nela. Dirigiram por quase uma hora. Como estavam andando por ruas laterais, o tráfego de carros não estava grande o que foi bom, pois estancou em todos os sinais e preferenciais que precisou parar.

***

Lia e Vanessa voltaram a estudar juntas na semana seguinte. Não gostava nenhum pouco da aproximação das duas, mas sentia o quanto Lia realmente a considerava uma amiga e obrigou-se a engolir aquilo. Além do quê, elas gastavam apenas as tardes na biblioteca e sempre fazia questão de ir busca-la no campus quando terminavam.

Liz estava vivendo dias maravilhosos, sem sentir tanto qualquer peso ou sombra de culpa pairando sobre si. Ter falado com Lia foi o gatilho para que as coisas começassem a mudar e se perguntou como havia conseguido passar tanto tempo aguentando tudo aquilo sozinha. Estava até ainda mais próxima de sua tia. Luísa sempre insistia para que fosse a um psicólogo e Lia também concordava com isso.

Já eram meados de Outubro quando Lia lhe contou que as provas do intercâmbio haviam sido remarcadas para novembro depois das provas finais.

Estavam abraçadas na cama depois de terem feito amor a tarde toda na sexta-feira, quando ela recebeu uma ligação. Percebeu como a irritadinha havia ficado tensa ao ver que era a sua mãe quem ligava, olhou-a e pôs o dedo sobre os lábios pedindo silêncio. Ninguém da família dela sabia sobre as duas.

— Oi, mãe. — Silêncio e Lia fez uma careta de impaciência. — Deixa de drama, eu estou bem, apenas estudando muito.

Liz apenas sorria ao seu lado, todas as mães eram iguais mesmo e ficou imaginando se a sua seria da mesma forma caso estivesse viva. Aqueles pensamentos lhe deixavam saudosa.

— Não vou poder ir. Prefiro ficar aqui com meus amigos, além do quê preciso estudar para as provas finais. — A mãe dela falou por um longo tempo e dessa vez Lia revirou os olhos, parecendo chateada. — Eu sempre passo meu niver com vocês, apenas quero algo diferente esse ano, será que pode deixar de drama?!

Niver? Arregalou os olhos. Nem estava lembrando daquele detalhe, Lia faria aniversário dia 27, se não estava enganada e aparentemente a sua mãe a queria em casa para comemorar com a família. Elas duas discutiram um pouco mais ao telefone e finalmente Lia o largou sobre a cama com raiva.

— Que ódio! — explodiu estressada como sempre. — Não entendo para quê esse drama todo! Eu sempre passo meu niver com eles. É apenas uma data, que besteira!

— Por que não quer ir? — perguntou inocentemente, mas ela apenas lhe deu um olhar irado e mortal.

— Você é idiota ou quê? Se eu for para casa não vamos poder comemorar juntas.

— Eu posso ir com você, fingimos ser apenas amigas. — Tentou ajudar.

— Eu jamais faria algo assim. — exclamou chateada. — Não é justo com você.

— Escuta, Lia. — Passou a mão e sua face e lhe fez carinho. — Eu já passei por essa situação antes, não é nada fácil e olha que minha tia foi bem mente aberta com isso. Não quero que se precipite com nada.

— Liz, eu sempre fui sincera com eles, sempre. Eu nunca fui nem de andar lá em casa com muitas amigas, nem mesmo a Cris eu já levei nas férias comigo. Eles iam estranhar e também não sou boa de mentir.

Nunca haviam tido aquela conversa antes. No início de tudo, sabia que ela tinha receio apenas com Cris que era a pessoa mais próxima de si ali e mesmo assim, conseguiram superar aquilo facilmente.

O bom de cidade grande era justamente aquilo, elas podiam ficar juntas livremente sem que ninguém se metesse. Haviam se jogado na relação porque foi tudo muito fácil, pois ali estavam longe da família dela. Preocupou-se com o medo excessivo que ela demonstrou sobre eles.

— Seus pais são preconceituosos?

— Creio que sim! Eles sempre foram de andar na igreja e eu sempre fui criada achando que o certo é homem e mulher juntos, já ouvi conversas sobre isso, principalmente por parte da minha mãe, eu sei que ela não concorda.

Liz sentiu um peso e aperto no peito. Não queria mesmo ser o motivo de um desentendimento de sua irritadinha com a família, não era justo vê-los brigados. Apenas quem já havia perdido a sua entendia a importância de uma, mas entendia que também não era certo Lia esconder quem realmente era.

— Não precisamos de pressa. Até agora está tudo bem do jeito que está. Tudo no seu tempo e eu vou estar do seu lado em qualquer situação. — Acalmou-a com beijinhos na face.

— Eu preciso contar a eles. Estava pensando em fazer isso quando fosse para casa em dezembro. Não vou poder mais protelar minha volta e vou abrir o jogo com eles.

— Ok, te apoio em qualquer decisão desde que você se sinta pronta para isso. Estamos juntas, sou sua namorada e nada vai mudar isso.

— Não vamos mais falar sobre isso.

As duas voltaram a ficar em silêncio por um tempo, até que ela voltou a falar de supetão:

— Sabe de uma coisa? Você sempre enche a boca para dizer que sou sua namorada, mas nunca me pediu — disparou bem-humorada. Por aquela Liz não esperava.

— Então quer dizer que você quer um pedido formal?

— Não faria mal, não é? — Ela estava risonha.

— Acha que precisamos disso? — Olhou-a bem.

— Estou apenas brincando.

Ela estava certa, apenas haviam decidido ficarem juntas e pronto. O entendimento era tão mútuo que não haviam dúvidas. Sabia que não precisavam disso, mas encheu-se de vontade de fazer algo especial. Como pudera ser tão desligada? Nunca nem pensara naquilo.

— Eu posso pedir se você quiser.

Lia a beijou emocionada e ficaram juntas de carinho até o anoitecer. Iria tocar no barzinho mais badalado da cidade e convidou Cris e Alberto para irem também. Arrumou-se e usou pela primeira vez a jaqueta que ela lhe presenteara. Foi para sala e ficou no sofá esperando que Alberto chegasse. Por incrível que parecesse, Cris foi a primeira a ficar pronta e sentou-se ao seu lado.

— Hey, Cris! Lia está pertinho de fazer aniversário, né?

Cris arregalou os olhos, pasma.

— Caralh*, Liz. É verdade. Eu tinha esquecido completamente na correria dessas provas. Nossa! — Ela pousou a mão na testa preocupada. — Você está pensando em algo?

— Não sei bem ainda. A mãe dela acabou de ligar pedindo para que ela fosse para casa comemorar com a família, mas ela disse que não quer ir.

— Geralmente ela sempre vai para casa mesmo, mas se disse isso suponho que ninguém vai fazê-la mudar de ideia. Aquela lá quando decide algo não tem quem tire da cabeça.

— Verdade! — Concordou rindo. — Estou pensando em algumas coisas.

— Agora lembrei quando ela falou a mesma coisa quando planejava o seu.

Liz engoliu em seco. Sempre quando pensava na situação se sentia uma idiota por tê-la feito sofrer, aliás, por ter feito as duas sofrerem.

— Eu nunca vou me perdoar pelo que fiz.

— Já passou, não se preocupe.

— Bem, eu acho que ela gostaria de sair com a mesma turma de sempre à noite. Assim como ela planejou fazer comigo. O que acha?

— Eu também acho que ela vai gostar disso. Se precisar de alguma coisa me avisa.

— Obrigada.

Logo Lia e Alberto chegaram e puderam ir. Elas iam abraçadas no banco de trás enquanto conversavam e escutavam música, os quatro foram cantando capital inicial até chegarem lá. Como sempre, havia reservado uma mesa bem perto do palco para a turma delas.

Vivi já os esperava com o seu namorado ao lado. Depois de falar com eles, foi até a sua banda e começou a ajeitar os instrumentos com eles. De longe percebia como sua irritadinha parecia animada com a noite e que ela logo começou a beber empolgada juntos dos amigos.

Aquele bar era conhecido por ser bem animado e hoje estava com a temática de rock, por isso haviam conseguido a vaga para tocar lá naquela noite. Haviam preparado um repertório de rock nacional maravilhoso que certamente animaria o público. Viu quando colocaram um cooler de bebidas perto do palco ao seu pedido. Gostava de beber quando ia cantar, sempre se soltava mais.

Era sempre mágico quando estava atrás do violão e lá em cima do palco com as pessoas a olhaando com expectativa. Adorava aquilo e sabia o quanto era boa no que fazia. Começaram com Engenheiros do Hawaii, “Somos Quem Podemos Ser”. Logo começaram a ser ovacionados quando começou a cantar.

Viu que Lia cantava junto alegremente da mesa e se empolgou ainda mais. Adorava saber o quanto sua linda lhe admirava, afinal, foi a música o que as aproximou desde o início.

Depois de quase duas horas de apresentação começou a atender à pedidos e interagir com o público. Vez ou outra trocava olhares com Liana e falava frases românticas soltas que os clientes ovacionavam se identificando, a irritadinha apenas a olhava ainda mais apaixonada e lhe soltava beijinhos discretos.

Assim que deram um intervalo, desceu do pequeno palco e, como sempre, uma rodinha se formou ao seu redor de admiradores que tinha e pessoas querendo parabenizar a banda pela excelente qualidade do repertório. Sentiu quando a abraçaram por trás e tamparam seus olhos. Sorriu, achando ser Lia, mas quando se virou teve uma surpresa ao ver Andreia ali parada.

— Você arrasa como sempre, gatinha.

Estancou por um momento quando ela tentou se atirar em seus braços e tentou se afastar, mas sem sucesso, haviam muitas pessoas ao seu redor e mal conseguia se mover.

— Para, garota! Você está louca?!

Tentava mantê-la afastada quando sentiu alguém lhe puxar pelo braço, se virou e viu Lia.

“Pronto! Agora a confusão estava armada”, pensou. Viu em sua face, que ela parecia estar puta de raiva, mas ao contrário do que pensava, não foi atrás de briga, apenas atirou-se em seus braços e a beijou ali na frente de todos. Liz deixou-se guiar pelos seus lábios quentes e com gosto de álcool. Lia literalmente estava marcando território.

Aquela sim foi uma atitude inesperada e as pessoas ao redor aplaudiram. Quando voltou a olhar para trás, viu que Andreia estava com cara de poucos amigos e saiu dali rapidamente. Elas sorriram uma para outra.

— Você está sempre entrando em problemas. — declarou incomodada e séria.

— Dessa vez a culpa não foi minha, hein?! – defendeu-se.

— Eu sei.

Falaram e foram para a mesa de mãos dadas onde foram recebidas entre aplausos dos amigos. Estava muito surpresa com a atitude de Lia, e positivamente.

O clima foi alegre e de muita bebedeira. As duas trocavam beijos e carinhos sem preocupação. Jantou e logo voltou ao palco, retomar a trilha sonora da noite.

Totalmente leve pela bebida, pediu aos meninos que tocassem a música “Exagerado" do Cazuza. Retirou o microfone do pedestal e enquanto os meninos tocavam a introdução da música, andou, parou em frente a Lia e começou a cantar para ela:

"Amor da minha vida

Daqui até a eternidade

Nossos destinos

Foram traçados na maternidade

Paixão cruel, desenfreada

Te trago mil rosas roubadas

Pra desculpar minhas mentiras

Minhas mancadas

Exagerado

Jogado aos teus pés

Eu sou mesmo exagerado

              Adoro um amor inventado"

              Lia apenas sorria de volta parecendo emocionada, com o rosto corado e começou a cantar para ela de volta. Se sentia enérgica, não havia pensado previamente em fazer aquilo, simplesmente teve vontade.

Controlando-se um pouco mais, soltou um beijinho para ela e voltou ao palco entre gritos e aplausos eufóricos das mesas. As pessoas haviam adorado a sua declaração em público.

Depois das duas da manhã, finalmente pararam com a apresentação e quando o local estava um pouco mais vazio, Lia correu até ela e sussurrou em seu ouvido, arrepiando-a:

— Estava inspirada hoje no romance?

— Por você, sempre. — respondeu segurando sua face e beijando-a em seguida. — Adorei quando me beijou na frente de todos.

— E eu amei você ter ido cantar só para mim na frente de todos.

— Eu tinha que passar uma mensagem mais clara para essas meninas atiradas.

Lia sorriu exultante e abraçou-a, adorava quando ela estava assim, alegre e solta.

— Você merece um prêmio por isso.

— Sério?! — Sua voz ficou automaticamente mais sensual e sua imaginação disparou — O quê?

— Pode escolher qualquer coisa que você quiser.

“Que frase perigosa.” Liz pensou sorrindo torto e puxou-a pela cintura.

— Tem certeza disso? Olha que eu vou abusar.

— Eu faço o que você quiser.

Seu sex* estremeceu com aquilo. Lia não fazia ideia do poder de sedução que exercia. Ficava enlouquecida com aquele jeitinho meigo e ao mesmo tempo depravado dela, claro que sempre sútil e provocativo.

Ela desmontou todas as suas coisas em tempo recorde e em pouco menos de meia hora já estavam pegando uma carona com Vivi para o seu apartamento. Iria fazer amor com ela na varanda, há muito tempo que fantasiava com isso, ela certamente ficaria surpresa.

Assim que chegaram, algum tempo depois, certificou-se de que Vivi já estava mesmo em seu quarto dormindo e puxou Lia pela mão, levando-a até a varanda e fechando a imensa porta de vidro. As cortinas tampavam a visão delas ali.

O lugar estava iluminado apenas pela luz da lua cheia e das estrelas. O céu estava limpo e sem nuvens, parecia feito especialmente para aquele momento.

— O que está fazendo? — Lia perguntou incerta.

Foi até ela e beijou-a com fome, lhe segurando firmemente pela cintura e lhe dando um forte puxão no cabelo.

— Quero fazer amor com você aqui.

— Você é louca? — Ela parecia não acreditar no que ouvia. — Alguém pode ver a gente.

— Ninguém vai nos ver aqui. Você disse que ia fazer tudo o que eu quisesse.

Liz começou a despi-la e ela acabou permitindo que as coisas fluíssem. Assim que a deixou completamente nua, seu coração disparou ainda mais com a visão dela ali, iluminada pela luz da noite, era linda, perfeita. Retirou a jaqueta e pediu para que ela usasse.

Com cara de sapeca, ela a vestiu e mordeu os lábios, estava extremamente sexy. Atacou seus lábios e deixou-se ser completamente despida por suas mãos pequenas e ágeis. Se beijaram por um longo tempo, seu sex* já pulsava e molhava enlouquecido de tanto tesão.

Quando não mais aguentou as provocações dela, deitou-a no colchão macio da cama de armar que havia ali. Seu coração batia louco no peito. A amava, muito. Só a queria o tempo todo, sempre.

— Eu sou sua — sussurrou emocionada em seus lábios e entrelaçou os seus dedos nos dela.

— Também sou sua, só sua. — A voz dela estava rouca de desejo.

 Acariciou o nariz dela com a pontinha do seu e a beijou-a. Assim, começaram mais uma madrugada ardente de amor e prazer...

 

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá meninas...

Então, esse foi um capítulo mais morno e tranquilo, apenas mostrando mais o amorzinho delas e alguns pontos para o que vem a seguir. Espero que gostem.

Beijinhos.


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Comentários para 27 - Capítulo 27 - Ventos tranquilos:
patty-321
patty-321

Em: 17/09/2020

Maravilhosas juntas. Já são.um dos casais preferidos das estórias.

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Kiss Potter
Kiss Potter Autora da história

Em: 21/10/2019

No Review

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Aurelia
Aurelia

Em: 29/09/2019

Ah não, sem emoções fortes, não estou pronta para o que vem pela frente. Sei que vai ser uma luta e tanto pela questão familiar. Apesar da idade. que elas tenham um pouco de maturidade e consigam juntas sair dos contras da relação. Abraços e inté mais...


Resposta do autor:

Olá  Aurelia...

Oxe eu sei que vocês gostam de emoções fortes, se ficar tudo parado perde a graça . Kkkkkk

Vamos ver como será o drama familiar da Lia, já vimos que a Tia Luísa é super tanquila e aceita a sobrinha do jeitinho que ela é. Temos aí 3 problemas em vista que querendo ou não, vai mexer muito com as duas.

Mas vamos torcer para elas superarem isso...

Beijinhos e obrigada pelo lindo comentário. 

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Brescia
Brescia

Em: 29/09/2019

          Boa tarde mocinha.

 

Elas estão começando a confiar mais no amor delas, as duas são ciumentas, mas aprendendo a resolver de um modo diferente. A família será um problema, vai que ela aparecem para o niver da filha, rs.

 

        Back piccola.


Resposta do autor:

Olá mocinha

 

Sim, elas estão começando a resolver os problemas com uma boa conversa e de forma mais madura. Diáolgo e confiança é tudo. Lia praticamente se transformou depois que Liz contou tudo, deixou de ser tão insegura. 

Beijinhos!

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