CapÃtulo 20
Capítulo 20
A terça-feira chegou e com ela todo o caos da cidade. Giovanna pilotou sua moto por entre os carros, sempre tendo atenção redobrada, pois os motoristas de veículos e ônibus daquela cidade definitivamente não sabiam o que era limite de velocidade e para que serviam as setas. Parou em um laboratório a caminho do trabalho, comprou alguns itens e agendou com a recepcionista a análise de uma amostra que traria.
Chegou em sua sala e chamou sua secretária.
- Roseli, venha aqui por favor!
Após alguns segundos viu a senhora com quase cinquenta anos, de cabelos loiros artificiais na altura dos ombros, que tinha o corpo muito avantajado, vestindo seus costumeiros vestidos longos floridos e muito coloridos, que alguém que a odiava devia ter dito um dia que lhe caía bem. E uma expressão de arrogância na face constantemente, não muito diferente de sua voz.
- Pois não, doutora! - Disse secamente e arrogante como sempre.
- Bom dia! Preciso que envie este atestado médico ao setor de Recursos Humanos. - Entregou para ela, que segurou pela ponta, como sempre fazia, como se tivesse nojo de tudo. - E peça por favor, para o Francisco buscar um suco natural de manga para mim. - Entregou o dinheiro, que ela pegou com a ponta dos dedos e contorcendo o canto dos lábios. Dizendo apenas. - Sim senhora! Vou mandar o boy lá - E saiu.
Giovanna bufou irritada com aquela mulher. Se já detestava a secretária que lhe impuseram, agora tinha verdadeira repulsa pela mulher. - Vou te pegar ainda, sua ignorante e mal amada! Nem sabe tratar as pessoas pelos nomes, sempre rebaixando aqueles que têm cargos menores que o seu!
Continuou a ler os relatórios dos auditores da qualidade, quando ouviu uma batida na porta e esta sendo aberta, sem nem ao menos ter sido autorizada a entrada. Estava farta da falta de educação daquela mulher.
A senhora entrou na sala e colocou o suco sobre a mesa. E ficou aguardando em pé, como sempre fazia, esperando que Giovanna bebesse o mesmo, algo que Giovanna até o momento não compreendia, mas agora ela sabia bem o motivo.
- Deseja alguma coisa Roseli? - Viu que a mulher realmente não saía, esperando que ela bebesse.
- Vou aguardar a senhora beber para jogar o copo no lixo, para não dar formigas aqui. Sabe que elas sempre estão em tudo! E a faxineira não limpa direito. - Disse disfarçando a ironia.
- Pode deixar que assim que terminar eu a chamo! Preciso ler esse relatório. E vou beber com calma. - Giovanna disse sem desviar o olhar do relatório.
A mulher fez uma expressão de raiva e saiu um pouco mais arrogante que o costume.
Assim que Roseli saiu e fechou a porta. Ela levantou e sorrateiramente trancou a mesma. Roseli tinha a péssima mania de entrar sem ser autorizada.
Abriu sua pasta, retirou um recipiente, pegou o copo de suco e foi até o seu banheiro particular. Pegou o copo e despejou um pouco do conteúdo no recipiente. Depois o lacrou e despejou o restante do suco na pia e abriu a torneira para lavar a mesma. Voltou para sua sala. Colocou o recipiente em um saco plástico e dentro de sua pasta. Colocou o copo sobre a mesa e abriu a porta voltando a se sentar. E para disfarçar, passou o dedo na borda do copo e molhou o canto da boca com o suco. Pegou o interfone e disse calmamente. - Roseli, pode vir retirar o copo.
A mulher entrou e viu a boca de Giovanna com uma gota amarela, do suco de manga. Fez um meio sorriso, um pouco satânico e saiu da sala.
Assim que Giovanna a viu sair lavou o rosto, pegou sua pasta e saiu. Passando por ela, disse que teria que sair e retornaria após o almoço, sem dar maiores explicações.
Pegou a moto e voltou ao laboratório, entregou o recipiente e agendou para receber o laudo em quatro dias.
Pilotou sua moto até a Urca e parou em frente de uma casa toda pintada de branco e rosa com a placa: "Clinica de Reprodução Humana e Saúde Feminina". Desligou a moto, travou e entrou. Parou na recepção e conversou com a secretária, agendando uma consulta ginecológica com Jéssica para sexta-feira de manhã. Sentou em um sofá e ligou para Carolina.
Carolina viu a chamada de Giovanna e sorriu. Estava em sua sala e não tinha nenhuma paciente. Disse rapidamente.
- Bom dia, meu amor!
- Bom dia, meu anjo! Está em casa?
- Não, estou na clínica. Por quê? Você ia passar em casa?
- Ia, mas tudo bem! À noite a gente se vê! - Giovanna fez uma voz de decepção.
- Ah amor! Se soubesse eu teria ficado lá. Nem tenho pacientes de manhã. Só vim adiantar algumas coisas e depois vou ao hospital ver a paciente que fiz o parto no sábado. Puxa! Queria tanto te ver!
- Queria? Não quer mais? - Giovanna riu.
- Claro que quero! Já estou morrendo de saudade!
- Ah, então abre a porta e deixa eu entrar na sua sala!
Carolina deu uma gargalhada.
- Quer dizer que você está aqui, é? - Levantou e foi caminhando com o celular na mão em direção à porta.
- Claro! Você acha que faria uma brincadeira sem graça, em dizer que estou e não estar? Jamais faria isso com você meu coração! - Giovanna disse isso e viu Carolina sorrindo, parada na porta do consultório. O sorriso mais lindo que ela tinha visto naquela mulher maravilhosa, se é que isso era possível.
Carolina inclinou a cabeça sorrindo, estendeu a mão e desligou o celular que estava na outra mão. E Giovanna levantou e foi ao seu encontro. Abraçaram-se e Carolina a puxou para dentro do consultório, trancando a porta.
- Amei o que você acabou de dizer! - Carolina se jogou em seus braços e a beijou com saudade. Um beijo guloso, quente, esfomeado. Como ambas adoravam.
- Eu vim aqui por três razões na verdade. - Giovanna disse assim que os beijos cessaram e elas permaneciam abraçadas.
- E quais são as três razões? - Carolina beijava o queixo de Giovanna e começou a deslizar as mãos nas costas de Giovanna.
- A primeira era te ver, claro! A segunda era marcar a consulta com a Jéssica e a terceira era te roubar para almoçar comigo. As duas primeiras eu já fiz, mas a terceira queria saber se você pode ir ou não! - Ela disse um pouco sem graça.
Carolina sorriu e disse: - Poder eu até posso, mas tenho que voltar logo há uma hora e só saio daqui se ganhar mais beijos desses que você me deu!
- Mas com toda a certeza! - Giovanna a puxou para colarem mais os corpos e começou a beijá-la com muita paixão. As mãos começaram a deslizar pelos corpos e Carolina arranhava as costas de Giovanna por baixo da camisa social que ela vestia.
Giovanna foi conduzindo seus corpos até encostarem na mesa de Carolina, prendendo a mesma contra a mesa. Giovanna passou a mão na mesa, levando ao chão um estetoscópio, papéis e um recipiente com canetas. Depois suspendeu Carolina e a fez sentar na mesa, fazendo que ficasse com as pernas nas laterais de seu corpo. Começaram a se despir com urgência, ainda se beijando. Carolina quase estourou os botões da camisa de Giovanna e essa quase arrancou na mão o fecho do zíper do vestido de Carolina. Assim que livrou Giovanna da camisa, Carolina puxou as alças do top de Giovanna, expondo seus mamilos tensos e desceu a boca para matar sua fome. Sugou, lambeu, mordeu e beijou ambos os mamilos, enquanto sentia Giovanna puxando seu vestido e gem*ndo baixinho.
Carolina ergueu os braços e Giovanna retirou todo o vestido. Voltaram a se beijar e Giovanna retirou o sutiã meia-taça de Carolina e começou a acariciar um seio com uma mão e o sex* pela lateral da calcinha com a outra, enquanto Carolina com uma mão dentro de sua calça acariciava o seu.
Giovanna ameaçou se abaixar, mas foi impedida por Carolina.
- Não! Minha vez! - Disse Carolina se levantando da mesa e trocando de lugar com Giovanna, fazendo ela se encostar na mesa e abaixando de uma única vez a calça dela deixando à mostra a cuequinha boxe branca e apertada que ela vestia. Carolina achou sexy e mordeu os lábios. Retirou a calça de Giovanna e jogou longe, depois voltou a beijar os lábios de Giovanna, enquanto a tocava dentro da cuequinha. Ela cessou os beijos e desceu beijando o pescoço de Giovanna, os seios, a barriga e abaixou a cueca. Sem demora se ajoelhou e começou a sugar e lamber com gula o sex* quente e molhado de Giovanna, que segurava fortemente em seus cabelos e impunha o ritmo.
Giovanna se segurava para não gem*r alto e mordia os próprios lábios. Os lábios e a língua de Carolina a devorava por completo. Após alguns minutos. Sentiu que iria goz*r e disse isso baixinho e pediu para Carolina continuar, o que foi atendido imediatamente. Giovanna começou a tremer e soltou um único gemid* mais alto e afastou a cabeça de Carolina, pois estava sentindo choques no clit*ris de tão sensível que ficou.
Carolina se levantou, abraçou Giovanna e a beijou delirantemente. Giovanna ergueu Carolina e se abaixou com ela em seu colo, colocando-a no tapete que ficava no meio do consultório. Ficou sobre Carolina a beijando enquanto suas coxas tocavam seus sex*s em brasa. Cortou o beijo e desceu beijando o corpo de Carolina, dando atenção especial aos seios. Retirou a calcinha de Carolina e desceu beijando os pés, as pernas e a virilha. Carolina gemia baixo e apertava os próprios seios se contorcendo e olhando Giovanna. Giovanna mergulhou os lábios e a língua em Carolina com desejo, sugava e lambia em um ritmo alucinante. Suspendeu o corpo de Carolina e com as mãos em suas nádegas a trouxe para ficar mais colada ao seu rosto. Colocava a língua dentro dela e depois voltava a sugar seu clit*ris alucinadamente e Carolina rebol*va.
Carolina mordia a mão para não gem*r alto e com a outra se agarrava aos cabelos de Giovanna com força, pressionando mais sua cabeça contra seu sex*. Respirava com dificuldade e às vezes soltava um gemid* que não conseguia conter.
Giovanna intensificava os movimentos da língua e dos lábios, até sentir que Carolina estava prestes a ter um orgasm*, então diminuía o ritmo que se tornava leve e calmo. Depois de fazer isso três vezes. Carolina quase que gritando disse.
- Me deixa goz*r amor! Para de judiar de mim!
Giovanna adorava provocá-la e ouvi-la implorar. Intensificou novamente o ritmo até Carolina ter um orgasm* delirante, tremendo todo o corpo e mordendo fortemente a mão para não soltar o gemid* que saiu abafado. Apesar de ruim, quando Giovanna a ficava provocando, o orgasm* era mais forte.
Giovanna escalou seu corpo e ficou sobre ela e se beijaram mais suavemente. Carolina passou os braços pelo seu pescoço e disse com a expressão brava: - Eu te mato se você fizer isso de novo! Ai Gio, que maldade! Achei que não conseguiria mais goz*r quando você fez isso pela terceira vez.
Giovanna soltou uma gargalhada.
- Coração, eu adoro te provocar, você fica linda e ainda fala cada frase safada que eu adoro!
- Ah, quer dizer que a senhorita gosta de ouvir frases safadas, é? - E apertou os olhos pra provocar Giovanna.
- Não! Só gosto de ouvir as suas. São as melhores! - E Giovanna riu novamente. Levando alguns tapinhas no ombro.
Ouviram algumas batidas na porta e uma voz conhecida chamando Carolina.
- Carol, tudo bem? Ouvi um barulho! - Jéssica disse.
- Tudo bem Jé! Não foi nada! Já vou sair! - Carolina dizia, quase gargalhando.
Ambas começaram a rir, levantaram rapidamente e começaram a buscar suas roupas pelo consultório e a se vestir apressadamente.
Giovanna ajudou Carolina a fechar o zíper do vestido nas costas e terminou de fechar os botões de sua camisa. Foram até o banheiro e lavaram seus rostos que estavam vermelhos. E Carolina prendeu os cabelos em um coque solto. Giovanna ajeitou os seus cabelos do jeito que pode. Terminaram de se arrumar e tentaram organizar a mesa, pegando as canetas espalhadas pelo chão e os vários papéis.
Após dez minutos Carolina abriu a porta e Jéssica entrou. Quando viu que Carolina estava com Giovanna começou a rir.
- Ah, agora entendi o barulho e a demora! - Disse rindo e fingindo estar brava. Mas adorava ver o quanto sua amiga estava feliz, como há muito tempo não via.
- Barulho? Que barulho? Você ouviu alguma coisa, Gio? - Carolina tentava ficar séria.
- Não! Deve ter sido na rua! - Giovanna não aguentou e começou a gargalhar e escondeu o rosto com as mãos, sendo seguida por Carolina que achou lindo ela ficar vermelha e nem conseguir disfarçar.
Jéssica colocou as mãos na cintura e disse repreendendo as duas.
- Aqui é lugar para isso, suas taradas?
- Ah Jé, conta outra, ou você acha que eu não vejo o Bernardo entrar no seu consultório e vocês ficarem lá por horas? Depois saem os dois amassados e vermelhos! - Carolina ria e fazia uma expressão de vencedora.
- Nossa Carol, você reparou isso, é? E eu sempre tentei disfarçar! - Jéssica dizia irônica.
- Sei. Aposto que nesses oito anos que estamos aqui, você deve ter aproveitado muito! Agora é a minha vez! - Riu e mostrou a língua pra Jéssica.
- Vem cá, essa clínica é literalmente de reprodução humana, né? - Disse Giovanna gargalhando, levando as outras mulheres a acompanhá-la.
Fim do capítulo
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