Capítulo 16
- Ao observar aquela cena fico olhando para ver o que iria acontecer e vejo os dois se beijando e depois entrando no carro e saindo e penso: - Que droga que meu celular foi roubado. - Fico tão chocada com a cena que fico andando desnorteada e pensando: - Como aquele idiota tem a coragem de trair a Sam, desse jeito e ainda no momento como esse, se eu contar ela não vai acreditar tenho que provar.
- Vou para o curso planejando o que fazer para contar para Sam que tinha visto seu namorado beijando outra garota, como não conseguia pensar direito fiquei voando na prova e mal sabia o que tinha respondido,saio do curso e vou para casa,estava chegando na varanda da casa, quando escuto passos atrás de mim e levo um susto.
- Boa noite, Mel. – Não quero assustá-la.
- Quer me matar de susto, Sam.
- Achei que tinha lido meu recado, nele dizia que te esperaria na sua casa quando chegasse do curso.
- Não, foi roubada e estou sem celular.
- Você está bem? – Te machucaram? – Sam fala isso passando a mão no meu braço e olhando para mim preocupada, quando olho para ela peço na cena que vir logo mais cedo e penso como o idiota do Diego, poderia fazer uma coisa daquela com essa menina linda.
- Estou bem Sam, somente foi um susto.
- Veio me convidar para sair, se foi isso sinto muito mais tenho que declinar o convite, hoje seria uma péssima companhia.
- Não vim para passar dormir aqui e amanhã se poder é claro, queria te convidar para irmos a praia.
- Cadê suas coisas?- Vejo Sam tirar uma valise pequena que estava ao lado da planta, abro a porta e a convido-a a entrar, mal entramos na sala e a cena que vimos era deprimente minha mãe dormindo na sala nua e várias garrafas de whisky,vodka.
- Sam, por favor, sobe para meu quarto, já volto. – Assim que vejo Sam subindo para o meu quarto, se aproximo do sofá e visto a roupa da minha mãe e ela acorda.
- Me deixa garota.
- Vamos mãe, por favor. – Subo as escadas com dificuldade e chegando a seu quarto, tiro a roupa dela e a levo para o chuveiro, minha mãe começa a gritar comigo e fala. - Pirralha, idiota, te odeio me deixa em paz, nisso começa a me bater e numas dessas acaba me arranhando e rasgando minha blusa, mesmo assim não a deixo, termino de dá banho e a coloco na cama e vou procurar uma roupa para vesti-la, quando volto a mesma já dormia, pego a roupa e começo trocá-la.
- Assim que termino a cubro e beijo sua testa. – Te amo mãe queria que nossa história pudesse ser diferente. – Fecho a porta do quarto e vou para a sala arrumar, jogo todas as garrafas vazias e sento na cadeira da cozinha e começo a chorar com o rosto entre as mãos e de repente sinto dois braços me abraçando por trás e falando. – Eu estou aqui agora, não gosto de vê-la triste.
- Sam,quero ajudar a minha mãe, mas não consigo.
- Ei, estou aqui, vamos ajudá-la não chora. - Abraço Sam e fico sentido o seu carinho em meus cabelos e nisso a mesma me leva para o quarto e me faz senta na cama e fica na minha frente.
- O que aconteceu?
- Sam, descobrir algumas coisas tristes sobre minha origem e não quero falar sobre isso.
- Creio que o melhor será desabafar.
- Eu descobrir que sou fruto de um ato de violência, minha mãe foi não consigo falar dói demais.
- Mel, eu estou aqui contigo e vou te ajudar.
-Obrigada, mais era para mim está te ajudando e não você.
- Amigas se ajudam e se apóiam e isso não importa, estamos juntas nessa. – Ficamos algum tempo ainda conversando e sempre me vinha à lembrança de Diego com a tal garota, queria dizer a Sam mais tinha medo de ser mal interpretada.
- Decido não contar até provas e decido aproveitar a companhia dela.
- Mel.
- Paro de escrever no diário e vou atrás de Sam no quarto ao lado,chamei várias vezes e nada, decido ir preparar uma comida leve para nós duas e desço para a cozinha e assim que começo preparar esqueço um pouco da minha dor, assim que termino decido subir com uma bandeja para Sam e volto a chamar no quarto dela:
- Sam,trouxe comida para você. – Será que pode abrir a porta? – Sam, Sam. – Vendo que a mesma não iria abrir falo:
- Como não vai abrir vou deixar aqui sua comida, por favor, coma precisa se alimentar bem e fazer as refeições nas horas certas para ter uma melhor recuperação, fica bem. – Deixo a refeição dela junto a porta do quarto e decido trabalhar um pouco no meu quarto.
- Sam.
- Tinha escutado Mel chamando mais fiquei envergonhada com minha atitude, não sabia falar com ela e explicar que fiquei com medo das sensações que ela causou em meu corpo e coração, primeiramente precisava entender essas sensações para assim me entregar essa história. – Abro a porta do quarto e pego a comida que Sam tinha deixado para mim sorrio, pois tinha tudo que gostava sopa de legumes, torradas e uma xícara de chá, tinha essa mania, peguei e foi comer no quarto e penso: - Realmente ele me conhece.
- Mel.
- Estava arrasada com a atitude de Sam, será que sempre seria assim tão difícil nós duas ficarmos juntas, estou sentada na cama olhando alguns relatórios,quando decido olhar um site de pesquisa e vejo uma matéria e nela falaram que iria homenagear a editora Collins e a filha do dona por suas idéias inovadoras Paola Collins, assim que leio esse nome penso naquela que balançou meu coração e quase me levou para ao altar, lembrar dela causava uma tristeza imensa por toda a dor que tinha vindo junto e sem querer abro uma pasta que tinha em meu computador com fotos de nós duas e fico olhando e acaba trazendo lembranças,lembro como se fosse hoje, tinha passado em jornalismo e Sam já estava casada com Diego e Carol tinha um ano mais ou menos, quando tinha conseguido um estágio em uma das maiores editoras do Brasil e estava justamente indo para a entrevista quando subitamente sou atropelada por um louca,lembro o quanto fiquei revoltada com a atitude da mulher além de me atropelar era ignorante.
- Sam estava casada com Diego, nossa amizade tinha mudado, estava sempre evitando ir visitá-los, pois não queria escutar o quanto ela estava feliz e por incrível que pareça Diego tinha virado um homem responsável e tratava bem as duas mulheres que amava, mesmo não sendo minha filha amava Carol como se fosse,já tinha saído da casa da minha mãe e estava morando com Marina, ela estava namorando outra pessoa e o amor que ela achava que tinha por mim foi superado, enquanto o meu por Sam parecia que nunca acabava, tinha meus lances mais nenhuma tinha chegado perto até conhecer a Paola.
- Estava indo para editora quando um carro bate em mim e vejo uma mulher descendo dele com um celular na mão.
- Você está bem? – Se machucou?
- Claro já que uma pessoa me atropela, por que estava mexendo no celular.
- Realmente não vir estava distraída, peço desculpas.
-- Sua distração poderia ter me matado, já pensou nisso querida?
- Olha aqui garota, já pedi desculpas e se vamos para o hospital.
- Estou bem, somente ralei os joelhos e não posso tenho uma entrevista de emprego e não quero a sua ajuda, pois poderia morrer como agora pouco.
- Vazo ruim não morre fácil, pelo visto você é um desses.
- Como é? – Quase morro por sua causa e ainda sou obrigada a te escutar me destratando, era só o que faltava para fazer meu dia mais colorido, falo isso com deboche e a mulher revirar os olhos.
- Vai querer ajuda ou não? – Nisso ela estende a mão para mim na espera de segurar.
- Me levanto meio tonta e sinto uma dor incomoda nos joelhos e noto que com a queda meus joelhos tinham ralado no asfalto e estavam sangrando.
- Vendo que estava com dificuldades para se levantar a mulher me sustenta e começa a me levar para o carro mesmo com os meus protestos, já dentro do carro fala:
- Olha sei que agir errado, mas quero te levar para o hospital.
- Me leva na farmácia e somente preciso limpar esses ferimentos, não posso perder essa reunião, desculpe também se foi ignorante não sou assim foi o susto.
- Tudo bem, foi irresponsável e acabei me distraindo respondendo algumas mensagens ainda bem que não aconteceu nada grave contigo, paramos em uma farmácia e a mesma sai para comprar e volta com um monte de coisas, nas mãos, quando entra no carro me estende uma sacola que quando abro encontro gases,band-aid, merthiolate e remédios para dor.
- Não, precisava isso tudo.
- Sim, agora vamos para algum lugar para olhar esses ferimentos, andamos um pouco e paramos em um parque e a mesma tirou o sinto e pediu para olhar meus joelhos, mostro e ela desce do carro e abre minha porta e me leva para o banco de trás, fico sem entender nada e a mesma pede para colocar minhas pernas em cima de seu colo e começa a limpar meus joelhos e assim que coloca merthiolate sinto arder e reclamo:
- Ai!
- Pelo visto a senhorita, não agüenta nenhuma dorzinha de nada.
- Olha aqui, não é você que está sentindo.
- Calma, já percebi que não gosta de brincadeira.
- Não de estranhos.
- Se esse for o problema deixe me apresentar,quando a mesma ia dizer o nome o celular dela toca,vejo que a mesma não queria atender a ligação, mas depois de cinco minutos a mesma perde licença e atende.
- Oi, pai.
- Onde está Paola? –Estamos esperando você para a reunião?
- Aconteceu um imprevisto, mais já estou a caminho. – Nisso ela olha para mim e sorrir, só agora percebo que ela deveria ter uns vinte cinco anos, ela mais alta que a mim pouca coisa, belos olhos verdes que somente agora percebi e tinha um ar de mistério interessante, mas deixei essas minhas observações e falei.
- Olha pode me deixar na estação que pego metro, não quero atrapalhar.
-Você não atrapalha, e te devo isso.
- Não, precisa somente me deixa na estação que já estou melhor.
- Onde fica sua entrevista?
- No centro.
- Estou indo para lá, tenho uma reunião com meu pai.
- Então fico agradecida. – Nisso ela volta para o banco de motorista e fico no banco de trás com as pernas estiradas e vamos o caminho em silêncio, assim que a mesma chega ao centro, peço para ela me deixar no restaurante, pois queria retorcar à maquiagem, nós despedimos e somente depois lembro que não tinha perguntando o nome da mulher e decidir chamá-la de dama da noite, pois tinha lido um livro que a protagonista parecia com ela, cheguei ao restaurante e me arrumo meus joelhos ainda doía e andava com dificuldade, mais a dor tinha amenizado após tomar os remédios. – Assim que estou mais apresentável decido ir rumo a minha oportunidade profissional já que no campo amoroso somente sofria.
- Chego na editora Collins percebo que era um prédio ilustre e bem localizado, nunca tinha entrado no local, me sinto nas nuvens e vou falar com a recepcionista que por sinal me atende super bem.
- Bom dia. - Em que posso ajudá-la?
- Bom dia, tenho uma entrevista para vaga de estágio com o senhor Collins.
- Pode subir segundo andar fica localizado a sala dele te espera.
- Obrigada.
- Sigo em frente e entro no elevador e coloco meu celular no silencioso e vejo que tinha uma mensagem de Sam.
- Mel, vem me visitar hoje para termos a noite das garotas, Diego vai chegar tarde e a gente aproveita e coloca o papo em dia.
Respondo: - Estou em uma entrevista e se tudo der certo, isso pode trazer benefícios para minha carreira, assim que sair daqui te ligo beijos saudades dos meus dois amores.
- Assim que as portas do elevador se abrem, vejo uma mulher ao telefone e a mesma pede para aguardar. – Após terminar a ligação fala:
- Bom dia. - A senhorita veio para a entrevista?
- Sim.
- O senhor Collins está em reunião, mas a senhorita Collins vai atende-la?
- Certo.
- Pode ir direto e na segunda porta bater a mesma está a sua espera.
- Obrigada e me levanto e sigo pelo caminho que informou.
- Bato na porta e escuto uma voz pedindo para entrar.
- Assim que entro na sala, vejo uma mulher sentada em uma cadeira virada para trás e quando a mesma virá levo um susto.
- Você.
- O que está fazendo, aqui?
- Eu que deveria perguntar, está me seguindo?
- Não, seja prepotente garota.
- Não sou garota e sim uma mulher e vim para falar com a senhorita Collins?
- Está falando com ela.
- Então você é a senhorita Collins?
- Deixe-me apresentar Paola Collins. – Prazer. - E você deve ser a senhorita Melinda Campbell?
- Sim.
- Seu nome não combina com você. - Sente-se, por favor, aceita uma água?
- Sento na cadeira e decido aceitar à água oferecida, pois estava sem palavras. – Por que meu nome não combina comigo?
- Melinda dá a sensação que és uma pessoa doce e isso não é.
- Não, sabia que era vidente. - Depois que fala aquilo Mel percebe que poderia perder aquela oportunidade e fala:- Desculpe senhorita Collins, minha falta de decoro.
- Certo,Senhorita Campbell. – Me fale sobre suas experiências no nosso ramo?
- Ainda não tenho, essa seria a primeira. – Me sinto estranha com o olhar inquisidor que recebo da senhorita Collins e decido tomar mais água.
- Você sabe que somos uma editora conceituada no nosso país.
-Sim, por isso quero fazer parte da equipe e dá o melhor para crescer junto com a empresa.
- Senhorita Campbell. – Como se enxergar daqui a cinco anos?
- Espero ser uma pessoa sucedida na profissão que escolhi possuir coisas que ainda não tenho e me vejo sendo uma editora competente.
- Bem, definida suas atitudes. – Gostei, vamos dá uma oportunidade para a senhorita. – Mas já avisando que não aceitamos pessoas que não agregue seu melhor para crescermos juntos.
- Agradeço a oportunidade, senhorita Collins e não vou decepcioná-la.
- Assim espero, compareça ao setor de Rh que eles irão passar toda a documentação necessária.
- Certo.
- Seja bem vinda a editora Collins, senhorita Campbell.
- Obrigada.
- Ao sair daquela sala tenho a certeza que uma nova jornada começava.
Fim do capítulo
Bom dia,queridas leitoras.
Queria me desculpar pela demora por postar novos capítulos, está uma correria tremenda no trabalho. Agradeço a todas pelos comentários e pelo carinho.
Vamos conhecer mais um pouco de Paola e como ela surgiu na vida de Mel.
Espero que gostem.
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Brescia
Em: 12/09/2019
Boa tarde mocinha.
Finalmente iremos conhecer a Paula, infelizmente ela também conseguiu magoar a Mel e pelo jeito as lembranças são dolorosas. Quantos anos a Sam tem mesmo?rs.
Baci piccola.
Resposta do autor:
Boa noite .
Sam tem em torno de 40 a 41.
Paola vai ser uma descoberta interessante e deixará marcas profundas em Mel,isso garanto.
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