- Paro de escrever um pouco e olho para Sam que estava lendo o livro que tinha dado mais cedo parecia bem compenetrada na leitura, fico observando e noto que alguns fios tinha se soltado da trança que Carol tinha feito e o que tornava mais sexy aos meus olhos e penso:- Como amo essa mulher, resolvo se aproximar da cama.

            - Sam, quer alguma coisa?

            - Ela levanta os olhos do livro e fala:- Para falar a verdade estou querendo ir a banheiro e tem como me ajudar a descer é que as vezes fico um pouco tonta.

            - Claro, coloca seu braço nos meus ombros e vamos.

            - Como estava mal equilibrada acaba machucando o braço na quina da cama. – Ai!

            - Se machucou?

            - Não, vamos. - Assim que descemos da cama Sam se aproxima da minha nuca e fala:- Adoro seu cheiro.

             - Eu também. – Nisso sorrimos e levo-a ao banheiro e fico na porta esperando a mesma sair para ajudá-la. Coloco a mesma na cama e já estou me afastando da cama, quando Sam segura o meu braço e me olha com aqueles olhos pidão que não consigo resistir e diz:- Me desculpe, por mais cedo nunca foi minha intenção ser ignorante com você e te magoar.

            - Ela fica alisando o meu braço e sinto uma excitação e me sinto na cama e se aproximo mais dela e falo: - Realmente fiquei triste com sua atitude, sei que isso está sendo muito complicado, mas espero sinceramente que você se recupere e volte logo para casa.

            - Novamente me desculpe, se em algum momento fizer algo assim de novo pode me bater.

            - Jamais toco no rosto dela e fico olhando para seus lábios, nós estávamos em um duelo que qualquer movimento poderia perder o encanto me aproximo mais de seus lábios, quando vou beijá-la Diego entra no quarto e fala: - Interrompo. – Sinto que Sam se afasta de meu toque e viro para Diego.

            - Não.

            - Bom dia garotas.

            - Pelo visto, ambas estão bem animadas hoje em?

            - Não, entendi o que quis dizer Diego.

            - Nem eu entendi a piada.

            - Credo, parece que alguém dormiu mal ontem em dona Mel.

            - Como sempre você e suas falas sem noção.

            - Vejo Sam sorrindo e olhando em nossa direção.

            - Por que não veio ontem Diego, quando deixou Mel em casa?

            - Tive uns problemas. - Nisso o celular de Mel começa a tocar ela pede licença e se retira do quarto.

            - Diego preciso tirar uma dúvidas sobre nós com você.

            - Pode perguntar e responderei.

            - Ainda somos casados?- Pois tenho a sensação que nosso casamento não existe mais.

            - Vou ser honesto contigo, estamos separados a seis anos, você se casou com outra pessoa. – Vejo a expressão de Sam ficar seria.

            - E cadê essa pessoa que nunca me veio visitar no hospital e por que me deixou beija0lo ontem?

            - Me pegou desprevenido e já peço desculpas por isso.

            - Então, cadê esse esposo.

            - Diego fala com um sorrisinho no rosto:- Tenho certeza que não e o que está imaginando.

            - Como assim?

            - Desculpem sair assim, percebendo que o clima estava tenso no quarto Mel vira para Diego e pergunta: - O que foi?

            - Acho que vou deixá-las conversar a sós.

            - O que você fez Diego?

            - Vou deixar você explicar.

            - Ei, espera.

            - O deixe ir Mel. – Diego sai do quarto, restando em mim um olhar inquisitivo de Sam, detestava quando ela fazia isso, pois não era boa em esconder nada dela, apesar da mesma sempre saber me ler muito bem.

            - O que foi que aconteceu?

            - Me diga você?

            - Não, me responda com outra pergunta odeio quando faz isso, falo indignada.

            - Eu que deveria está indignada por não me contarem as coisas.

            - O que exatamente está falando?

            - Diego me informou que estou casada com outra pessoa e pelo visto sabe quem é então vai dizer quem é.

            - Realmente, conheço a pessoa.

            - Então, quem é? – Por favor, fale sem rodeios.

            - Sam, não queria dizer assim de repente, preferia falar mais para frente.

            - Diz Mel?

            - Você é casada comigo Sam, estamos casadas há cinco anos, você estava indo se encontrar comigo para jantarmos quando sofreu um acidente e o resto depois que acordou já sabe.

            - Por que me fez achar que estava com Diego?

            - Queria ir com calma e te contar aos poucos e o Diego falou antes.

            - Me sinto traída por ser a última, a saber, disso. – Aproximo da cama e toco no rosto de Sam que deixa.

            - Querida não ache que foi uma traição estava tentando te resguardar, para ir falando aos poucos, como bem sabe suas memórias podem voltar hoje, amanhã ou talvez nunca, isso não vai mudar o sentimento que tenho para você. – Ela segura a minha mão que tocava em seu rosto e alisa : Não entendo não éramos amigas e como chegamos a casar?

            - Só te falo que não foi fácil e continuamos amigas, só que alem disso somos casadas, dividimos a vida juntas e somos felizes, isso garanto.

            -Acredito em você. – Então cadê minha aliança. – Vejo Mel descer da cama e trazer a bolsa e procurar algo e quando encontra vejo que tem uma caixa de veludo quando abre vejo dois anéis um anel de compromisso e uma aliança dourada com detalhes de ouro branco e dentro tinha o nome Melinda para todo sempre.

            - Mel pega a minha mão esquerda e coloca os dois anéis em meu dedo e fala:

            - Samantha Alice Roberts Campbell aceita ser minha esposa novamente hoje e sempre.

            - Olho os anéis em meu dedo e respondo com os olhos cheios de lágrima: - Aceito e espero ser digna de corresponder ao seu amor.

            - Melinda se aproxima mais e beija minha testa. – Agradeço por isso em pensamento, pois naquele momento eles estão confusos e não sei se seria o melhor momento para termos algo mais intimo.

            - Queria lembrar-se de você do sentimento que tinha antes e para ser honesta Mel sinto que você é muito importante para mim, mais não sinto que te amo ainda.

            - Ouvir isso de Mel me fez afastar minha mão de seu rosto e dizer: - Vamos ao seu tempo, espero o quanto for para fazer você me amar novamente e se quiser podemos começar como amigas e ver como vai ser daqui para frente.

            - Pode ser assim, sei que estou exigindo demais de você. – Coloco meus dedos em seus lábios e não a deixo terminar de falar.

            - Eu esperaria mil vezes se assim fosse para ter você comigo, meu amor é grande por nós duas.

            - Obrigada por me entender. – Abraço Sam e lágrimas caem dos meus olhos, depois que o abraço termina se levanto da cama e digo que preciso ir ao banheiro e é dentro dele que começa as lágrimas caírem dos meus olhos. – Será que nunca nasci para amar e fico me iludindo, deixo esses pensamentos de lado e enxugo as lágrimas e volto para o quarto e Sam estava olhando os anéis em seus dedos e mexendo.

            - Algum problema Sam?

            - Sim, queria saber um pouco da vida da gente quem sabe isso não ajuda a me lembrar.

            - O que quer saber?

            - Moramos em casa ou apartamento? - Como é nossa vida de casada?

            - Moramos em uma casa com um belo jardim, você adora cuidar dele e você administra as empresas da sua família e trabalho em uma editora com meu sócio Paulo, não sei se lembra.

            - Não, muito.

            - Então como somos nós duas juntas?

            - Bem, como posso dizer somos bem calientes juntas, não medimos o local quando queremos ficar juntas em casa sempre fomos muitos companheiras e amigas, não e a nada que conseguimos esconder uma da outra.

            - Isso mostra que somos muito unidas. - E como é sua relação com Carol, ela aceitou nós duas?

            - Sim, nós duas sempre fomos apegadas sou madrinha dela e também sua tia de consideração, ás vezes ela me chama de mãe também, eu estive com você no parto dela dando apoio.

            - Não lembro,minhas lembranças ainda estão confusas.

            - Com o tempo quem sabe elas não voltem e lembre-se de tudo, estou torcendo por isso. – Meu celular começa a tocar e peço e atendo.

            - Oi, Carol. – Aconteceu alguma coisa?

            - Preciso que venha a editora urgentemente, pois estamos com problemas com Fábio sobre a edição do livro e ele disse que somente com a senhora.

            - Tem que ser agora Carol.

            - Infelizmente sim, tia entendo que está com mamãe e não queria interrompe-la, mas os ânimos aqui estão em fervorosa.

            - Estou a caminho. – Chego em meia hora no máximo, nisso pego minha bolsa que estava na cama e se levanto para ir embora, mas antes de ir me despeço de Sam com um beijo em sua testa e prometo voltar mais tarde.

            - Sam, preciso ir à empresa a noite volto para ficar contigo certo e terminamos nossa conversa.

            - Vou ficar bem.

            - Vejo Mel saindo do quarto e começo a pensar: - O quanto ela era linda e charmosa e nem dava conta, sinto meu coração aquecido, mas sei que somente é uma atração, queria me apaixonar por ela novamente. – No caminho a editora pensamentos começam me assombrar do passado, depois que deixei Sam no aeroporto lembro que cheguei em casa e dormir, após chorar descontroladamente e acordo com minha mãe batendo na porta do meu quarto.

            - Abro a porta e ela fala:- Morreu alguém e não sei que cara é essa de choro, garota.

            - Nada.- O que a senhora deseja?

            - Vou receber alguns convidados aqui hoje a noite e preciso que você os sirva.

            - Quem são pessoas mãe?

            - Não interessa apenas espero que faça o que pedi.

            - Como sempre tão educada.

            - Falou algo, Melinda.

            - Não, vou me trocar e desço. – Lavo o rosto e desço com a roupa que estava,mesmo.

            - Por volta das 23:00 começa a chegar os convidados de minha mãe, duas melhores bem bonitas e dois homens e peço para sentarem na sala e vou para a cozinha pegar os drinks e chegando na sala encontro eles conversando e um dos homens.

            - Então garota como se chama?

            - Melinda, senhor.

            - O que faz da vida?

            - Estudo senhor.

            - Vai participar do nosso encontro hoje?

            - Não, Roger. –Melinda e minha filha, ela curte a mesma coisa que você e além do mais ela vai nos servir. – Minha mãe, pego o copo da bandeja e com um único gole toma e vai até o tal de Roger e senta em seu colo, enquanto via o homem com a mão na perna de uma das mulheres que tinha vindo com ele. – Volto para a cozinha e pego uns alguns aperitivos e vou levar já era quase meia noite quando minha mãe manda subi para o quarto que do resto se virava. – Já no quarto trocada para dormir, sinto sede e vejo que a jarra da cama estava vazia, descido ir na cozinha encher e quando passo no quarto da minha mãe a porta estava aberta e a mesma encontrava-se de quatro e o tal de Roger a pegando por trás enquanto beijava uma das mulheres e o outro estava com a outra mulher na cadeira e a mesma gritava, saio correndo e vou para a cozinha e quando subo a porta do quarto estava fechada imagino que alguém tenha me visto e vou para meu quarto e vejo uma mensagem de Sam.

            - Oi,cheguei bem, já estou com saudades de você,só queria desejar boa noite.

            - Que bom que chegou bem e boa noite. - Coloco o celular ao lado da cama e fecho os olhos e aquele cena vista no quarto de minha mãe não sai da cabeça, não é legal presenciar  sua mãe fazendo sex*, eca. – Depois consigo dormir e acordo cedo, pois tinha colégio, minha vida continuou como antes a diferença e que sempre estava falando com Sam e cada dia estava apaixonada, contava os dias para ela retornar de férias, pois a mesma disse que viria, mas do decorrer dos meses foi observando que o relacionamento de Diego e ela ficava mais fortes, ela disse que caso não viesse passar as férias aqui Diego ia visitá-la para oficializar o namoro de ambos.

            - Minha relação continuava a mesma éramos amigas e as vezes rolava uns beijos e nada mais, apesar de Marina insistir com o tempo, conheci outras garotas e acaba ficando para esquecer a Sam, mesmo sabendo que a mesma tinha ficado raiz no meu coração e não tinha como arrancar, minha relação com minha mãe cada vez pior,comecei a trabalhar na sorveteria de dona Maria em um horário e a tarde ia para o colégio e a noite fazia curso de informática, as vezes via Diego e ele falava comigo por apenas por educação não que ligasse se ele falava comigo ou não,nesse meio tempo sempre conversava com Sam por chamadas de vídeo ou mensagens usava o MSN,assim eram regrada a minha vida e os meses passou e foi chegando as férias do colégio, quando recebo a ligação de Sam informando que somente poderia vir em janeiro,pois seus pais queria passar as férias com ela em casa e a mesma disse que Diego estava indo visitá-la para falar com seus pais pessoalmente, me sentir sem chão, mas apoiei como uma boa amiga, pois o importante para mim e que estivesse sendo feliz,mesmo não comigo.

            - Quando percebo já estou na editora estaciono o carro e desço chego e vou direto para minha sala, no corredor dou bom dia e encontro minha secretaria dona Matilde, ela me recebi com um sorriso no rosto e entro na sala.

            - Bom dia, Senhora Campbell.

            - Matilde sem essas formalidades, por favor, o que temos para hoje de tão urgente.

            - Melinda estão precisando dá senhora para falar com o senhor Fábio, ouve um problema na capa do livro e somente quer resolver com a senhora.

            - Tudo bem, vou para lá.- Obrigada, Matilde assim que resolver esse problema te chamo para lidarmos com o resto, antes de ir por favor peça para Carol vim na minha sala.

            - Estava lendo alguns manuscritos quando alguém bate na porta autorizo a entrada e Carol entra.

            - Chamou tia.

            - Sim, querida. Creio que não poderia ficar com sua mãe no hospital hoje poderia passar a noite com ela hoje.

            -Sem problemas, assim que largar vou direto.

            - Não tem nenhum compromisso, posso deixar esses assuntos para ser resolvidos depois.

            - Não, posso ir de certeza.

            - Então ficamos combinadas assim, e Carol contei sua mãe sobre nossa relação.

            - E como foi à reação dela?

            - Posso dizer que confusa e que não compreendeu bem e caso ela te pergunte algo, você já esta ciente.

            - Certo, então precisa de mais alguma coisa, preciso ver com o pessoal do marketing as idéias para promover o livro do Fábio.

            - Vamos juntas, preciso falar com Fábio devido o problema que teve na capa do livro, saímos da sala, meu dia na editora foi estressante minha reunião com Fábio durou quase a tarde toda e depois de muito custo, convenci a aceitar a capa já pronta do livro, tive uma reunião com a equipe de produção sobre erro, o dia foi tão corrido que somente tive tempo de tomar café e quando enfim cheguei na minha sala,minha secretária vinha com dezenas de documentos para ler,nem percebi a avança das horas, só dei conta quando minha secretária bateu na porta perguntando se poderia ir embora ou precisaria dela.

            - Matilde que hora são?

            - Melinda, são quase oito da noite.

            - Poxa vida nem percebi que era tão tarde, Matilde chame um táxi que pago, já que está tarde não quero vê-la em pontos esquisitos, sei bem que essa hora é perigoso.

            - Não, precisa se incomodar meu esposo já está me esperando. – Vai precisar de mim, para algo mais?

            - Pode ir e boa noite.

            - Boa. – Ainda fico lendo os papeis e nem percebo que não havia comido nada e meu trabalho estava longe de terminar faço mais café e volto a trabalhar novamente, já cansada decido deitar um pouco no sofá que tinha em meu escritório e acabo pegando no sono.

            - Enquanto isso Sam estava agoniada no hospital sem nada para fazer o médico foi olhar seu quadro clinico e afirmou se continuar assim até o final de semana daria alta, isso deixou seu humor mais leve e estava terminando de ler seu livro, quando sua filha entra no quarto.

            - Boa noite, mamãe.

            - Oi, querida. -O que esta fazendo aqui?

            - Teve um problema na editora e a tia Mel ficou resolvendo, então aproveitei e vim ficar com a senhora, sei muito bem que preferi a companhia dela ao invés da minha, falo isso sorrindo.

            - Não filha a companhia de ambas são coisas diferentes.

            - Com certeza, a tia Mel é o seu amor em conotação sexual e eu sou sua filha amor para toda a vida.

            - Querida, preciso confessar que ainda é estranho pensar na Mel como minha esposa.

            - Por quê? - Vocês se amam e estão juntas há quase seis anos.

            - Não, caiu a ficha que somos mais que amigas.           

            - A senhora está com vergonha de gostar de outra pessoa do mesmo sex*?

            - Jamais, para falar a verdade sinto uma atração por ela, sua tia é linda, doce e carinhosa, mais falta algo e preciso voltar a sentir esse amor que tive por ela.

            - Mãe, a senhora falou essas coisas para ela?

            - Falei que precisamos ir com calma, pois ainda não a amo.

            - Mãe! – Imagino que tia Mel, tenha ficado triste.

            -- Você queria que mentisse.

            - Poxa vida, tia Mel não merece esse seu descaso com o amor que a mesma tem por você.

            - Filha, está tudo confuso aqui dentro do meu coração, adoro sua tia mais falta o amor e jamais quero magoar ela, sei que a mesma não merece por isso preferir ser honesta sobre o que estou sentido no momento.

            - Tem razão, mas é difícil para todos a senhora sem memória a tia sofrendo sem saber se algum dia sua memória sobre ela voltará, imagino se tivesse no lugar dela, já tinha jogado tudo para os ares. 

– Minha filha ainda bem que a sua tia não é você. – Minha mãe fala sorrindo para mim.

- Te amo, querida e você é umas das pessoas que mais amo no mundo.

- Também, mamãe. – Ambas se abraçam.

- Ficamos ainda um bom tempo conversando e depois dormimos e novamente tenho um sonho, esse em especifico estava na porta de alguém e dessa vez consigo visualizar o rosto era uma mulher alta, loira e tinha belos olhos verdes, muito bonita e a mesma estava sorrindo para mim, entro no apartamento dela e vejo outra mulher saindo da cozinha com uma toalha cobrindo o corpo e os cabelos úmidos com a aparência de que tinha acabado de sair do banho, quando essa mulher me ver sua fisionomia muda e a mesma fica séria.

- Boa noite, será que podemos conversar?

- Acho que nossa última conversar foi bem clara.

- A mesma mulher loira, sai da sala e vejo a mesma dizendo: - Vou deixá-las sozinhas e se despedi da outra mulher com um beijo nos lábios.

- Obrigada, Paola.

- Me vendo sozinha naquela sala com a outra mulher começo a falar:- Mim, desculpe, pelo modo ríspido que tratei você quando soube a traição do Diego, foi intransigente e egoísta com minhas palavras e te magoei.

- Como sempre foi tentar ajudá-la e foi tratada mal, acho que esse é o seu modo de pedi para me afastar de você.

            - Não, foi de propósito. – Tento me aproximar da mulher sentada a minha frente e a mesma se afasta do meu toque, sinto como se tivesse perdido algo importante e tento novamente me justificar:- Por favor, me perdoe sei que nós últimos tempos tenho sido uma péssima amiga que isso não justifica o modo que a tratei na nossa última conversa, nós conhecemos a tanto tempo e sempre estivemos juntas nas alegrias, tristezas, saúde e quase um casamento, falo sorrindo, mas a pessoa simplesmente fica me olhando e se levanta.

            - Olha preciso me afastar de você, viver a minha vida, sempre estou aqui para você em todos esses anos e creio que estava tentando impor a minha presença na sua vida, não percebi que não queria mais a minha amizade e a partir de hoje, vou deixá-la em paz.

            - Não, quero perder a sua amizade, você e a segunda mais importante da minha vida, depois da Carol.

            - Você nunca vai perder a minha amizade sempre estarei aqui para ajudá-la somente não estarei tão presente na sua vida, pois vou me casar e preciso ter tempo para organizar o casamento.

            - Você vai casar com a Paola?

            - Sim.

            - Mas um motivo para está ao seu lado e ajudar nos preparativos do casamento, assim aproveito e esqueço o fiasco que foi o meu. – Pode ser?

            - Não, acho que seja uma boa idéia Sam, preciso me afastar e creio que seja melhor não nós falarmos no momento.

            - Não vou me afastar somos melhores amigas.

            - Mesmo que não queira eu vou e vai ser melhor.

            - Por favor, não faz isso com a gente. - Digo com os olhos cheios de lágrimas e a pessoa que falava comigo, simplesmente vira para mim e diz: - Acho que já falei tudo, preciso me arrumar. - Ela sai da sala me deixando sozinha, sentada naquele sofá, começo a chorar desesperadamente e resolvo ir embora, assim que fecho a porta do apartamento daquela que durante anos foi à pessoa que esteve me apoiando,começo um pranto de choro e sou aparada por uma senhora que passava no corredor, ela me levanta e leva para sua casa.

            - Digo que não precisa, mais a mesma me faz sentar e trás um chá de camomila e pergunta o que houve. – Tento falar mais só de lembrar que perde a pessoa que jamais, poderia perder na vida, volto com o choro compulsivo e a senhora simplesmente me abraça.

            - Pode chorar, alivia a alma.

            - Eu perdi a amizade de uma pessoa muito especial na minha vida. – Falo isso soluçando desesperadamente.

            - Vai ficar tudo bem.

            - Creio que não. - Algum tempo depois me recomponho e tento falar:- Briguei com minha amiga e ela disse que o melhor seriamos nos afastar, eu a magoei, disse coisas horríveis.  

            - Tenho certeza que assim que irão fazer as pazes.

            - Eu nunca a vir à mesma olhar com aqueles olhos para mim de tristeza e decepção tão grandes a magoei demais e não sei se tem volta.

            - Tudo nessa vida tem volta querida, menos a morte.

            - Não, sei se isso poderá ser concertado.

            - Você faria o possível para recuperar essa amizade?

            - Sim.

            - Então vá a luta se essa pessoa é tão importante para você. – -Mas vou dá um conselho para você e aceite se quiser,mesmo não conhecendo nem você e nem sua amiga tenho a sensação que esse sentimento que tem por ela é bem mais que uma simples amizade.

            - Claro que não, somos amigas a tanto tempo, passamos por muitas coisas na vida e por uma idiotice minha posso perder a única pessoa que me apoiou quando muitos me deixaram e amo como uma irmã.

            - Vamos dá tempo ao tempo e ele dirá quem tem razão. – Mas tome o chá vai melhorar.

            - Obrigada, pela generosidade. – Mesmo não acreditando que gostava dela assim, fico pensando e penso: Não, amo ela como uma irmã sempre foi assim ou não? Será que amo a Mel?

             - Acordo assustada e gritando: - Não me deixa.

            - Mãe, se acalma foi somente um pesadelo.

            - Não, foi um pesadelo e sim uma lembrança dolorosa.

            - Quer falar sobre isso?

            - Não, que horas são?

            - Três horas da manhã, quer água?

            - Sim.

            - Toma água mãe.

            - Obrigada.- Fico pensando enquanto Carol alisa meus cabelos. - Quem será essa Paola e tenho certeza que essa mulher era Mel, apesar de não ver seu rosto, tenho certeza e com que Diego me traiu? -  São tantas perguntas e poucas respostas, somente uma pessoa pode me ajudar a responde-las. 

Fim do capítulo