- Entro em meu quarto e vou organizar minha roupa para ir ao hospital, termino e vou para tomar meu banho vinte minutos depois saio do banheiro e vejo se tem alguma mensagem de Carol e como não tinha nada, começo me arrumar com efêmero, pois, desejava deixar minha esposa impactada. Deixo meus cabelos arrumados em um coque despojado, uma saia na altura do joelho e uma blusa social branca, pois, precisaria passar na editora para resolver alguns problemas na edição de um dos livros de um cliente e sei o quanto minha esposa adora mim, ver vestida com roupas sociais ela diz que fico sensual, coloco meus óculos escuros e uma gargantilha e desço as escadas e encontro minha visita inesperada sentada no sofá com o celular nas mãos.

- Vamos?

- Está linda.

- Minha esposa ver você dizendo isso ela te mata.

- O que é bonito tem que ser dito, não acha?

- Nisso tenho que concorda contigo.

- Tenho sempre razão.

- Menos minha amiga que meu amor me espera.

- Imagino. – Nisso saímos de casa e vou ajudando a mesma levar as malas.

- Já no carro conversarmos sobre quando seria sua exposição e sobre quantos dias ainda ia ficar no Brasil, já que sua atual moradia era Portugal.

- Nunca me acostumo com o calor do Rio.

- Até parece que nunca morou aqui.

- Olha quem fala quando vai para Portugal fala do frio. – Acabamos as duas rindo de nossas queixas e ficamos nesse clima descontraído no carro e somos tiradas de nossa conversa pelo meu celular que tocava, peço para atender e dizer que estou dirigindo.

- Tia Mel.

- Oi, Carol.

- Quem é?

- Vai dizer que não reconhece minha voz.

- Agora sei quem é como vai?

- Bem e você?

- Vou bem obrigada, por que atendeu o celular da tia Mel e que eu saiba você estava em Portugal.

- Calma vamos por parte sim, cheguei hoje de viagem e sua mãe está mim deixando no hotel já que fica no caminho do hospital. – Satisfeita?

- Não mesmo. – Por quanto tempo vai ficar?

- Ainda não sei só o destino pode dizer, digo isso olhando para a bela mulher que estava ao meu lado. – Há mesma estava concentrada no transito que não percebia meus olhares, cheios de cobiça e meus pensamentos nada ortodoxos. 

- Passa para minha tia, por favor.

- Ela está dirigindo e deve chegar ao hospital no máximo em meia hora e fala com ela pessoalmente. – Ok, então tchau e é um prazer falar contigo e desligo a ligação.

- Ela disse que está te esperando no hospital.

- Te deixo no hotel e vou direto para lá.

- Um amor a Caroline como sempre.

- Tenho muito orgulho da filha que tenho, pois, mesmo não sendo minha de sangue a vir crescer e a amo como se fosse de sangue.

- Acho muito lindo o companheirismo de vocês duas, ela tem uma personalidade parecida com a sua.

- É verdade, até Sam fala o que nos diferencia é somente a aparência, pois, a personalidade é muito parecida.

- Idiota, desligou a ligação enquanto ainda estava falando.

- O que foi filha?

-  Nada demais.

- Parecia que estava chateada com a sua tia Mel.

- Não com ela mais a pessoa que atendeu o celular dela.

- A esposa dela?

- Não, uma conhecida, deixa para lá. – Nisso a porta do quarto abre e entra a enfermeira com o nosso desjejum,agradecemos e percebo um brilho diferente em minha mãe.

- Mãe parece que dormiu bem.

- Sim, tive uma noite de sonho maravilhosa.

- Que bom, ver esse brilho no olhar da senhora.

- Estou feliz, querida.

- Que bom mamãe.

             -  Preciso ir ao banheiro querida e aproveito e tomo um banho estou precisando. – Minha filha me ajuda ir ao banheiro e pergunta: - Quer ajuda para tomar banho?

            - Não, precisa filha estou bem.

            - Tem certeza?

             - Qualquer coisa chamo se assim precisar.

            - Estou aqui fora.

            - Assim que vejo naquele banheiro tiro a roupa e entro embaixo do chuveiro e assim que à água cai em minha cabeça, sou acometida por uma lembrança e vejo eu em uma banheira onde estava acompanhada por uma pessoa e a mesma estava sentada atrás de mim e beijava minha nuca e falava:

            - Minha vida adoro esse seu cheiro.

            - Minha luz. -Estou com seu cheiro, já que colocou os sais com cheiro de morango.

             - Você tem um cheiro único que sou apaixonada.

            - Que bom, pois, espero que seja apaixonada só por mim e ninguém mais.

            - Não sabia que a senhora era ciumenta.

            - Por você sim, sou ciumenta e loucamente apaixonada. - Nisso a pessoa toca a minha aliança e diz: Adoro saber que você é minha esposa e que é a senhora Samantha Alice Roberts Campbell.

            É você a minha senhora Campbell. - Nos beijamos e assim como a lembrança veio foi embora e me senti frustrada, pois, mais uma vez não lembrava o rosto e percebo que estava casada com outra pessoa e não mais Diego, preciso saber com quem estou casada e onde está minha aliança.

            - Então está entregue ao seu destino senhorita.

            - Obrigada pela carona Mel.

            - Amigas para todas as horas, mas realmente preciso ir.

            - Minha desce do carro e antes de ir se despedi com um beijo em minha bochecha e diz:- Se cuida mocinha e qualquer coisa liga para me.

            - Obrigada, até mais.

            - Até. – Quando vejo o carro saindo do meu campo de visão, entro no hotel e pego a chave do quarto e subo e aguardo trazerem minhas malas, assim que estou com minha bagagem vou procurar no fundo dela uma caixa preta e quando abro encontro um par de alianças de ouro com meu nome gravado e de Melinda e falo: - Ainda você vai ser minha, nem que para isso precise tirar do meu caminho aquela idiota da Samantha, assim como fiz com Paola.

             - Pego o celular e ligo para uma pessoa.

            - Alô. Já cheguei, quando podemos nós ver para a gente conversar sobre aquele assunto. – Certo, então amanhã te encontro no mesmo local de antes, desligo o celular e vou tomar banho que amanhã meu dia seria corrido.

            - Enquanto isso está estacionando seu carro e dá uma última olhada no visual e vai ver sua esposa, entra no quarto e somente encontra Carol sentada na cadeira e lendo uma revista.

            - Oi, querida. – Cadê sua mãe?

            - Oi, tia Mel está no banho.

            - Sozinha?

            - Sim, disse que estava bem para tomar sozinha. – Sabe como sua esposa é.

            - Sei sim e vocês como passaram a noite?

            - Bem, mamãe acordou com outro aspecto mais leve e feliz.

            - Que bom e seu pai, achei que estaria aqui?

            - Ele não veio depois que deixou a senhora em casa, disse que era melhor manter distancia, para não confundir a cabeça dela quando contamos a verdade.

            -- É o médico já trouxe os resultados dos exames?

            - Não,mas pediu para informar que ainda hoje pela manhã vem aqui trazer  notícias.

            - Que bom.

            - Estou terminando de se arrumar quando escuto a voz de Mel no quarto e fico escutando minha filha e ela conversando e paro no tempo, quando percebo que elas falavam que eu era casada com outra pessoa tento escutar mais alguma coisa, como falavam baixo não entendo quem era e resolvo sair do banheiro e quase tenho um ataque ao olhar para Mel sinto um desejo crescente e falo com uma voz rouca. – Bom dia Mel.

            - Bom dia, Sam. - Dormiu bem?

             - Sim. Mas meus pensamentos gritam melhor agora que te vi que mulher linda, agoro noto que seus cabelos são castanhos claros com uma cor mais clara nas pontas se tornando quase louros e os olhos são uma incógnita para mim qual é a cor, que corpo bem definido com as curvas nos lugares certos. – A mulher que é casada com ela deve ser uma felizarda, meu pai que pensamentos são esses que me assobram.

            - Você está bem? – Seu rosto está vermelho.

            - É o calor, vocês não estão sentindo?  

            - A senhora acabou de sair do banho e já está com calor que estranho.

            - Deixa a sua mãe Carol.- Nisso observo que Mel falava com um sorriso nos lábios e olhava em minha direção.

            - Sinto minhas faces ficarem mais quentes e viro o olhar.

            - Querida, pode ir descansar um pouco que fico com sua mãe.

            - Você não precisa ir à editora hoje pela manhã? – Precisam que a senhora vá verificar a edição de um livro que deu problema, se quiser fico.

            - Não, preciso resolva alguns adiantamentos sobre essa edição e a tarde passo somente para revisar e não se preocupe que durmo hoje aqui no hospital. Pode ser?

            - Tudo bem, chefinha.

            - Fico agradecida querida.

            - Estamos conversando sobre as últimas coordenadas, quando a porta se abre e um enfermeiro informa que o doutor precisa falar conosco, mim viro para Carol que me dá um sorriso de apoio.

            - Por favor, avise que estamos indo.

            - Avisarei senhora. – Já sozinhas no quarto olho para Sam que voltamos logo e Carol me acompanha, antes de sair do quarto se aproximo de Sam que naquele momento já estava deitada na cama novamente e beijo sua testa e informo que voltamos logo.

             - Tia Mel será que ele tem alguma resposta sobre a amnésia da mamãe.

            - Espero que sim quero minha esposa de volta completa.

             - Vai dá tudo certo, mamãe recuperará a memória e ficaram juntas novamente. – Carol segura as mãos de sua tia entre as suas e vão juntas a sala do médico. – Batem na porta e entram.

            - Bom dia, doutor. – Alguma posição sobre o quadro da minha esposa?

            - Podem sentarem, como falei fiz os exames e sua esposa está perfeitamente bem o edema cerebral foi diminuído cem por cento, analisando os resultados tirei que a mesma está com amnésia global transitória.

            - O que isso significa doutor?

            - Refere-se a um tipo de amnésia sem causas aparentes que leva a pessoa esquecer-se de lugares ou pessoas próximas, essas memórias podem voltar com o tempo ou talvez nunca, ainda não sabemos com precisão quando pode ser isso, o cérebro humano é uma incógnita que ainda não foi solucionada por completo.

             - Isso quer dizer que as memórias dele sobre mim e a vida que a gente teve, talvez nunca possa voltar é isso?

            - Infelizmente sim, senhora Campbell.

            - O que posso fazer doutor para ajudar a minha esposa?

            - Ela precisará de muito amor e carinho, tente levá-la a lugares que tenha visitado com a senhora e até mesmo locares que tenham para ela recordações e talvez isso ajude a mesma a lembrar.

            -  Farei isso.

            - Estou aqui tia Mel para o que ambas precisarem.

            - Toco no rosto daquele que para mim e como uma filha e falo:- Obrigada, querida.

            - Doutor quando posso levá-la para casa?

             - Se o quadro dela for melhorando até o final da semana, poderei dá alta.

            - Não, vejo a hora de levá-la para casa e dá o apoio que no momento ela precisará.

            - Ela precisara muito do apoio de familiares e amigos, nesse processo.

            - Nós estaremos sempre aqui para ela, doutor nisso garanto.

            - Que bom.

            - Bem doutor, agradecemos por sua explicação agora vamos ficar com ela.

            - Certo então.

            - Assim que saio da sala começo a chorar descontroladamente e Carol me abraça e fala:

            - Tia a senhora tem que ser forte a mamãe vai precisar de todo o seu apoio e amor.

            - Não sei se terei forças para agüentar.

            -Tia a senhora tem que forças pelas duas e fazê-la lembrar do amor que a mesma sente pela senhora, pode contar comigo para ajudá-la. – Agora preciso que limpe esse rosto, pois precisamos voltar para o quarto e ela não pode vê-la dessa maneira.

            - Às vezes fico admirada com a sua força Carol.

            - Aprendi com a melhor você.

            - Te amo demais, garota.

            - Eu também tia.

            - Nisso saímos abraçada pelos corredores do hospital.

 

 

           

 

 

 

 

 

 

 

 

-

 

 

 

 

Fim do capítulo