Capítulo 5
Sou desperta de meus pensamentos, por Sam que me chamava.
-Está bem, fiquei preocupada faz uns dez minutos que estou te chamando e nada.
-Desculpe, ás vezes tenho essa mania de desligar do mundo, minha esposa odeia diz que esqueço que ela existe.
- Você é lésbica?
- Sim, algum problema.
- Não por mim e que tipo não parece, que pensamento horrível o meu, me desculpe.
- Não por isso.
- Então desde quando você se descobriu lésbica.
- Desde que tinha dez anos e me apaixonei pela minha vizinha e com o tempo foi percebendo que os garotos não me atraiam.
- Seus pais aceitaram numa boa?
- Minha mãe me odiava você não lembra mais sofri horrores até os meus 18 anos quando decidir morar sozinha.
- Que pena.
- Isso não é um assunto para gente conversar agora , e muito desgastante e você não pode ser estressar.
´- E sua esposa não se incomoda de você ficar aqui comigo direto.
- Não se preocupe com isso ela me compreende e sabe que estou apoiando uma amiga muito querida e especial.
- Sabe o que é engraçado, enquanto você está aqui comigo meu esposo não está nem ai para mim.
- Diego sempre foi assim, não é de hoje.
- O pior disso que não sinto falta dele, tem algum problema comigo?
- Não, mesmo meu amor. – Nisso Mel pega as mãos de Sam e leva os lábios e a beija e fala:
- Olha, não queria ser desmancha prazeres mais você precisa escutar umas coisas que podem mudar a sua opinião sobre o casamento de ambos.
- Como assim? – Nisso batem na porta e escuto Mel informando que poderiam entrar, quando olha entra no quarto Diego e uma moça que aparentava ter seus vinte e dois anos no máximo, ao olhar para ela vem uma lembrança dela pequena correndo para me abraçar e chamando de mamãe, como se um flash fosse ligado algumas lembranças começaram a vir em minha mente me vejo dando a luz aquele ser tão pequeno, cheirando, amamentando, suas primeiras palavras, sua ida a escola, seu choro quando caiu andando de bicicleta, foram tantas lembranças que senti uma pontada na cabeça e automaticamente apertei forte a mão de Mel que me perguntou.
- O que foi?
- Só uma pontada na cabeça, está passando.
- Quer que chame o doutor?
- Não, precisa.
- Vejo a moça se aproximando da cama e a chamo com carinho.
- Oi, filha.
- Mãe.
- Então vejo minha menina linda correndo a me abraçar e com os olhos cheios de lágrimas, sinto uma alegria sem tamanho. – Ao olhar para o lado vejo que Diego tinha se aproximado de Mel e estava com as mãos em seus ombros, olhar aquele gesto sinto um ciúme de repente de ver minha Mel próximo a outra pessoa sem ser a minha pessoa. - Assim que esse pensamento passa em minha cabeça começo a rir, como é que pode senti esse sentimento de posse de alguém que somente é uma amiga, acho que estou ficando louca.
- Mãe. Achei que a senhora não se lembrava de mim, já que não se lembrava da tia Mel.
- Não, sei simplesmente soube que você era a minha princesinha.
- Mãe! Sou adulta e não mais seu bebê.
- Para mim sempre será meu bebê.
- Sua mãe tem razão querida, você sempre será o bebê dela.
- Tia, não ajuda.
- E como à senhora está?
- Bem, mas cansada e com um pouco de dor de cabeça.
- Quer que chamemos o médico escuto Diego perguntar:
- Não, precisa quero ficar com a minha família.
- Tia, já que estou aqui passo a noite com a mamãe, vai para casa descansar e tomar banho.
- Não, precisa pedi para o seu pai me trazer uma muda de roupa.
- Sobre isso Mel, acabei esquecendo de passar na sua casa, tive uns problemas no escritório e acabei esquecendo.
- Poxa Diego, agora vou ter que passar mais uma noite aqui com essa roupa.
- Tia, vai para casa e descansar seus olhos está cheio de olheiras.
- Não, quero deixar sua mãe sozinha e se ela precisar de algo.
- Vou está aqui e qualquer problema te ligo.
- Posso realmente ir Sam, teria algum problema.
- Vá descansar e fico aqui com a minha filhota e também sua esposa deve querer a atenção da sua esposa.
- Ela não se importa que esteja contigo, ela sabe o quanto é importante para mim.
- Não, precisa se preocupar vá descansar eu estou em ótima companhia.
- Já que para você está bem vou e amanhã estarei bem cedo aqui.
- Ok.
- Diego, você poderia me dá uma carona.
- Claro que sim.
- Diego,achei que ficaria um pouco mais, afinal passou a tarde toda fora e me deixou sozinha quando tinha me prometido ficar comigo.
- Realmente não tive como, precisei resolver uns problemas no escritório, mais eu deixo Mel em casa e volto para ficar com você.
- Então deixa Diego eu pego um uber, vou chamar não quero atrapalhar, amanhã venho de carro e não vai ficar esse problema.
- Que isso Mel te levo sem problemas.
- Olha, não precisa realmente me viro.
- Não mesmo assunto encerrado.
- Diego se aproxima da cama de Sam e beija na testa dela, só que a mesma o puxa para um beijo em seus lábios. – Ao perceber aquela cena Mel sente uma facada entrando em seu coração e sai do quarto, percebendo que sua tia tinha saído do quarto, Caroline vai atrás dela e a encontra sentada no banco com a cabeça abaixada.
- Tia.
- Oi, querida.
- Não gosto de ver essas lágrimas caindo dos seus olhos.
- Está difícil e sua mãe não parece se importa com os meus sentimentos.
- Imagino o quanto deve ser triste essa situação, mais ela não lembra e por isso essas atitudes dela, em sua personalidade normal ela jamais faria isso.
- Eu quero acreditar nisso, mais parece que sou tão pouco para ela que nem ao menos se lembra que somos casadas ou que me ama.
- Ela te ama e essa falta de memória é que está fazendo a mesma agir dessa forma.
- Sabe querida as vezes acho que esse acidente só fez ela mostrar o quanto sou indispensável na vida dela.
- Tia, nunca diga isso, sei que apesar das antigas falhas dela a mesma te ama.
-Tá certo,acho que o cansaço está fazendo ficar mais sensível que o normal.
- Nisso Caroline abraça sua tia e repete que a ama muito, enquanto isso no quarto, sem esperar por uma atitude dessas de Sam, Diego se afasta com cara de susto.
- Sam.
- O que foi?- Até parece que nós nunca fizemos isso.
- Não, assim.
- Estava com saudade Diego.
- Quando a gente chegar conversarmos. - Cadê a Mel e a Caroline?
- Devem ter saído, para nós deixar a vontade.
- Bem , vou procurá-las e volto para a gente conversar.
- Ok.- Assim que Diego sai do quarto, Sam começa a lembrar do beijo dado no esposo e sente que não sentiu nada, apenas um desconforto e fica esperando Mel aparecer para se despedir.
- Mel, me desculpe por aquela cena.
- Você não tem culpa da sua esposa querer um beijo do esposo.
- Ela não sabe que você e a esposa dela e que a gente já está separado há sete anos.
- Não contei nada sobre nós a ela, não achei que o momento era adequado estou esperando o resultado dos exames, para assim contar algo para ela.
- Vai dá tudo certo, Mel vocês enfrentaram muitos obstáculos para estarem juntas e tenho certeza que vão vencer.
- Obrigada, Diego.- Mas vamos que realmente preciso de um bom banho. – Cuida dela querida, amanhã estou de volta.
- Não vai se despedir dela?
- Melhor não, diga a ela que tenha bons sonhos e que amanhã estou de volta.
- Tia.
- Não se preocupe, minha querida estou bem.
- Vou acreditar na senhora.
- Vamos Mel.
- Até mais, querida e cuida dela e tenha uma boa noite.
- Vou cuidar.
- Assim que se ver sozinha naquele corredor Caroline fala: Espero que a mamãe não te perca, pois se isso acontecer e ela lembrar vai se odiar, por te machucar assim e entra no quarto.
- Quando vir a porta do quarto se abrindo Sam coloca um sorriso no rosto, que assim que ver que era somente sua filha o sorriso de apaga.
- O que foi mamãe?
- Cadê a Mel?
- Ela já foi mãe.
- Nem se despediu de mim.
- Ela recebeu uma ligação e precisou ir correndo e por isso não veio se despedir.
- Ok, então.
- Seu pai disse que voltava mais tarde.
- Ele falou, então vamos fazer o que?
- Me conta mais sobre seu dia, filha.
- Caroline começa a falar a sua mãe como foi seu dia, bem distante dali Mel estava pensativa no carro e Diego resolve quebrar o silêncio.
- Mel.
- Oi, Diego.
- Olha sobre o beijo que presenciou mais cedo, quero que saiba que não teve como me desviar foi de surpresa.
- Sei disso.
- Mel não quero ver você triste, sei que tivemos algumas desavenças no passado, mas agora considero como uma irmã e não admito ver seus olhos com essa tristeza.
- E que desavenças.
- Gostávamos da mesma mulher e não suportávamos está no mesmo ambiente, se lembra no nosso primeiro encontro na sorveteria da dona Maria.
- Sim, você descendo daquele carro e roubando toda atenção da Sam para si.
- Vamos combinar que sempre foi gostoso.
- Diego, não me faz te dá uns tabefes. – Mel fala com um sorriso nos lábios.
- Sam ficou caidinha por mim percebi os olhos de desejo dela.
- Nem me lembre disso, ela se esqueceu da minha pessoa e ficou te comendo com os olhos até que você chegou à nossa mesa e puxou assunto e decidi sair e deixá-los a sós. E quando um tempo depois ela me confessou que estavam ficando pronto meu mundo caiu junto com a minha esperança.
-Nisso enquanto Diego falava desse encontro Mel começa a relembrar do fatídico dia, em que Sam viu Diego naquela sorveteria.
- Mel quem é esse gato?
- Não conheço.
- Sério, ele é muito gato e o porte dele, minhas chegam estão soadas e meu coração deu um palpite.
- Poxa Sam mal viu o carinha e já está gamada desse jeito.
- Onde moro, não tem caras assim tão gatos, ele está olhando para cá e sorrindo. – O que faço?
- Fica calma e não dá bandeira.
- É fácil para você falar, não é você que está com o coração palpitando.
- Não, mais já senti isso e faz o que digo não pira mais ele está vindo para cá.
- O que?
- Bom dia, meninas. - Como estão?
- Mel responde: Bom dia.- Sem vontade nenhuma.
- Quando é a vez de Sam a mesma somente sorrir e fala: Bom dia.
- Posso sentar com vocês não curto ficar sozinho.
- Mel ia dizer que não, mas Sam responde antes informando um sonoro : Sim.
- Assim que Diego senta-se à mesa, Mel percebe que foi completamente esquecida por Sam e que ela só colocava na conversar por educação, quando eles começaram a falar sobre os gostos de ambos e os que tinham em comum, mim senti um peixe fora d’água e achei melhor sair dali que estaca sobrando.
- Sam. Vamos?
- Mel vou ficar aqui com o Diego conversando e qualquer coisa ele me leva em casa, pode ser ?
- Tudo bem. – Foi um prazer conhecê-lo Diego.
- Digo o mesmo Mel.
- Vou indo, tchau Sam.
- Até mais, Mel.
- Vou o caminho todo da minha casa me sentindo um fracasso, pois a pessoa que estava gostando, preferiu ficar ao lado de um playboyzinho com rosto de ator de Hollywood do que a minha companhia, chego em casa bufando de raiva e ainda tenho o desprazer de ver minha mãe fazendo sex* no sofá da sala com um cara qualquer, ela estava tão interdita gritando e gem*ndo me come gostoso Vlad, que como sempre não viu que tinha expectadores.- O tal de Vlad que se tocou da minha presença e começou a se levantar de cima dela e se arrumar.
- Por que está se levantando, ainda não cheguei ao extremo falta pouco.
- Temos plateia.
- O que? – Nisso minha mãe virá o rosto em minha direção todo vermelho.
- Ah, essa daí e a imprestável da minha filha.- Tá olhando o que garota, quer participar?
- Digo gritando: Você é louca. – Nisso minha sobe a saia e calcinha e vem a te mim e diz gritando: Nunca mais me chame de louca sua vadiazinha lésbica e aperta o meu braço que já mostrava marcas que iriam ficar roxas.
- Está me machucando mãe.
- Isso é para você aprender até bons modos,quando falar comigo soube já para seu quarto antes que faça pior que isso, não quero ver seu rosto nem pintado de ouro. – Ela solta meu braço que doía e subo o quarto correndo e tranco à porta, pois sei do que ela é capaz, deito na minha cama e começo a chorar descontroladamente de dor no braço e no coração e penso em minha avó e como gostaria dela está aqui e me fazer cafuné.
Escuto suadas lá embaixo de minha mãe gritando me come e tampo os ouvidos com o travesseiro e choro por tudo de ruim que acontece na minha vida e acabo dormindo sem perceber.
- Sou tirada dos meus pensamentos quando observo que já estou na porta da minha casa, agradeço a carona de Diego com um beijo no rosto e desço do carro e vou para casa, assim que abro a porta meu cachorro vem para meus pés e levanto-o é falo:
-Oi,bob. – Estava com saudades de você, começo a fazer cafuné nele e sento no sofá e falo: - Hoje foi difícil amiguinho, mais daqui alguns dias sua outra dona vai está em casa e voltaremos ser uma família completa.
Fim do capítulo
Escrevi esse capítulo com lágrimas nos olhos.
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