Capítulo 4

- Acordo assustada com o movimento de Sam ao meu lado e vejo seu olhar tão sereno e um sorriso nos lábios que me faz perguntar o motivo e quando ela responde que havia sonhado com uma pessoa e que a mesma trazia felicidade para ela, automaticamente senti que era minha pessoa, acredito que meu amor está tentando lembrar-se de me.

- Então se lembra do sonho?

-Não, estava em alguma praia com uma pessoa que não consigo distinguir, pois não consigo visualizar seu rosto, mais tenho total convicção que a pessoa em questão é importante, queria saber quem seria sabe. – Tenho a sensação que a conheço a tanto tempo que as palavras se tornam insignificantes quando estou junto.

- Você deve amar essa pessoa, já que fala com tanto carinho.

- É devo sim, mas o que me atormentar e perceber que não consigo visualizar o rosto, isso me dá uma frustração sem limite.

- Se calma Sam, creio que com o tempo sua memória vai retornar e lembrará-se de tudo.

- Assim espero. – Desculpe te acordar assim tão de repente, estava dormindo tão pacificamente e com minha falta de tato te acordei.

- Foi bom preciso mesmo tomar um banho e tirar essa roupa.- Vou ligar para o Diego e ver se ele está vindo com o que pedi.

- Poxa, esqueci totalmente dele sua companhia é muito agradável .- Então me conta como a gente se conheceu ?

- A gente se conheceu quando tínhamos quinze anos, você era sobrinha da Dona Lúcia. – Se lembra dela?

- Claro, ela me apoiou em uma fase bem complicada minha meu pai morreu e minha mãe mim deixou jogada com ela para passear no mundo.

- Achei que não lembraria já que não se lembra de me. – Falo isso com uma voz carregada de dor, já que noto Sam toca em meu rosto e dizer.

- Queria entender por que não me lembro de você, sinto que nossa amizade e muito especial para mim e quero que saiba que vou lembrar. – E não quero deixa - lá triste, dói imaginar que a minha pessoa que causa dor em você. – Mas continua o que estava falando Mel?

- Sim, naquele tempo a gente estava se conhecendo ainda você foi passar as férias na casa dela e naquele verão ficamos muito amigas, conversarmos direto e saiamos também foi numa dessas saídas que a gente conheceu o Diego.

- Isso me lembra que apaixonei por ele perdidamente.

- Quando escuta ela falar aquilo Mel relembra o passado e vem uma lembrança de depois de deixar sua mãe no quarto e descer Sam não estava na sala mais e tinha ido para casa da tia, Mel fica se questionando sentada naquele sofá um meio de se aproximar novamente daquela menina que sem perceber acabou mexendo com seus sentimentos, decidida decide bater na porta de dona Lúcia e falar com Sam.

-  Toc, toc.

- Quem abre a porta e dona Lúcia e responde: - O que deseja Melinda?

- Oi, dona Lúcia. – A Samantha está?

- Pelo visto, já conhece minha sobrinha.

- Sim, ela chegou mais cedo como à senhora não estava ela ficou esperando lá em casa.

- Fico agradecida por sua generosidade, sei o quanto é difícil sua pessoa se socializar com estranhos.

- Sua sobrinha e diferente.

- Entra que daqui a pouco ela desce e vocês conversam mais, aceita uma pedaço de bolo de chocolate, enquanto isso?

- Quem é louco de renegar um pedaço de bolo de chocolate. – Nisso ambas começam a sorrir, enquanto dona Lúcia ia à cozinha pegar o pedaço de bolo, Mel fica na sala esperando está entretida mexendo em seu celular que não percebe que dona Lúcia a chamava com um olhar preocupado.

- Desculpe, dona Lúcia estava distraída.

- A juventude de hoje e assim mesmo no meu tempo a gente nessa idade já estava cuidando dos filhos.

- Credo, dona Lúcia sou muito nova para ter filhos.

- Até parece que não quer ter filhos.

- Talvez, mas não agora quem sabe no futuro.

- Certo, mais come o bolo.

- Obrigada. – Quando Mel vai colocar o primeiro pedaço de bolo na boca, sente sua atenção voltada para a coisa mais linda que seus olhos poderia ter visto naquele momento Sam, descia das escadas em um short e uma blusa que realçava o formato dos seios, os cabelos antes soltos agora estava arrumado em uma traça e o ambiente foi preenchido por um perfume cítrico deixando seus pensamentos em pavorosas, que até o pedaço de bolo caiu do garfo.

- Você está bem Melinda?

- O que dona Lúcia?

- Parece que está em outro planeta.

- Com certeza estou no paraíso.

- O que disse?

- Nada.

- Oi, Mel. Que bom que veio me procurar, queria mesmo conversar contigo.

- Desculpe vim sem avisar, creio que esteja cansada da viagem.

- Um pouco, mais nada que um bom banho gelado não resolva.

- É verdade. – Então o que desejas da minha pessoa?

- Nisso Sam se virá para sua tia que até aquele momento era uma mera espectadora da reação das duas a senhora somente sorria ao ver o brilho de expectativa nos olhos de sua vizinha. – Então tia. Posso sair com a  Mel para passear um pouco?

- Querida, não acho prudente ainda está cansada da viagem e talvez Mel tenha algo o que fazer.

- Não, tenho nada dona Lúcia. Será um prazer mostrar a nossa cidade para ela.

- Sam, volta o rosto para sua tia com um semblante triste e dona Lúcia concorda de ambas saírem.

- Obrigada, tia te adoro.

- Vamos Mel.

- Vamos.

- Mel deixa o prato que até aquele momento estava repousado em suas mãos e coloca na mesinha e sai agradecendo a dona Lúcia pelo bolo.

- Disponha querida.

- Assim que ambas saem, dona Lúcia olha da janela e pensa: Pelo visto você está bem encrencada em Melinda.

- Então aonde vai me levar Mel?

- Vou levar a senhorita para tomar o melhor sorvete das redondezas, creio que vai amar.

- Adoraria.

- Ambas saem sorrindo e conversando e foram tomar sorvete na sorveteria da senhora Maria, assim que ambas sentaram começam a conversar sobre quais os sabores que mais gostavam.

- Sam disse que preferia morango e Mel disse que preferiria chocolate com trufas e ambas ficam nesse clima, quando de repente Mel percebe que Sam para seu olhar de repente para ver um carro parado e um rapaz que descia dele alto, louro e daquele estilo que as garotas babavam boa pinta e malhado.

- Nisso Mel pensa: Era somente o que me faltava a Sam gostar desse tipo.

Fim do capítulo