Júnior

O nosso plano estava dando certo. O “canelinha de quero-quero”, sem saber que estava sendo seguido, quebrou a ordem de restrição. Agora é só o Mário efetuar a prisão e pronto! Daí ele fica mais um tempo vendo o sol nascer quadrado.

Quando estávamos quase chegando às baias, ouvimos uma gritaria dentro do galpão. Reconheci a voz do meu irmão ordenando para que o Maurício soltasse a arma. “Ai, caralh*! Isso não tava nos planos!”.

Abaixamos-nos e, devagarzinho, começamos a entrar no galpão. Quando entramos vi Mário apontando a pistola para alguém...

— Abaixe essa arma ou eu vou matar ele. – ouvimos a voz do indivíduo. Assim que nos aproximamos mais gelei todo meu corpo ao ver que o refém era meu pai! Mauricio estava com um braço agarrado no pescoço dele, e com a outra mão segurava uma arma apontada para sua cintura. Dois policiais também estavam com suas armas apontadas para ele, que tentava fazer de papai um escudo.

— Solta meu pai, seu desgraçado... – não pensando nas consequências, entrei correndo no galpão com Lorenza tentando me segurar.

— Se afasta, Júnior. – Mário gritou

— Nossa! Como você tem filhos, hein, seu xucro. Vocês não têm televisão por essas bandas? – Maurício disse. — Melhor vocês trazerem aquela vagabunda aqui, senão o pai de vocês já era... – Quando ele notou a presença de Lorenza abriu um sorriso demoníaco e apontou a arma para cabeça do meu pai.

— Olha, que ela chegou mais rápido do que eu previa... Vem aqui, vem... Chega mais perto, sua sapatão dos infernos.

— Não se aproxime, Lorenza. – Mário ordenou

Lorenza

Agonia foi o que eu senti ao ouvir de Júnior que aquele frango estava dentro da minha propriedade... Tão perto da minha pequena... Mas ao vê-lo com uma arma apontada para seu Túlio, o desespero tomou conta da situação.

— Você achou mesmo que ia roubar a minha mulher e sair ilesa dessa história, sua vagabunda?! Que você ia me tirar tudo e eu não iria fazer nada?!

Mesmo desobedecendo às ordens de Mário, fui me aproximando aos poucos de onde ele estava na tentativa de manter a sua atenção em mim. Sabia que se eu não fizesse nada meu Bro iria fazer uma besteira a qualquer momento.

— Calma, cara... O que eu te fiz? Acho que você não está se lembrando do verdadeiro motivo... – desviando o olhar por um segundo, vi Bruno às costas de Maurício, escondido dentro da selaria. Também com arma apontada para ele. — Eu não a roubei de você, você que a perdeu por não cuidar... Por agredir, estuprar... – minha voz ficou rouca e eu me esforcei para não me descontrolar. Lembrar o que ele fez, e vê-lo ali na minha frente, era doloroso demais. Ainda mais ficar sem fazer nada! — Maltratar uma mulher maravilhosa como ela...

— Sua vagabunda! Ela me pertence! Se você não tivesse aparecido e virado a cabeça dela, eu a tinha feito voltar pra mim...

— Solta o seu Túlio que eu vou com você pra fora daqui...  E você segue sua vida. Não precisa acabar assim... – Ele deu uma sonora gargalhada. Eu caminhava devagarzinho em direção a eles, mas sem entrar na frente da mira de Mário.

— Tá achando que vou te deixar sair com vida daqui? Você tá muito enganada, sua machorra... Traz ela aqui, eu quero é a Paty e não você! Traz e eu deixo esse velho viver. – Apertou o cano da arma na fronte de Túlio.

— Não, Lorenza... Chama não, filha... Se você quiser fazer algo comigo, vai em frente... – ele disse enfrentando Maurício. Nunca vi seu Túlio tão nervoso. — Mas você não vai fazer mais mal a nossa pequena não!

— Baixa sua arma e se entrega – Mário repetia firme.

— Você sabe que não vai sair daqui assim, mas se quiser sair com vida, me deixa trocar de lugar com ele. Longe daqui você faz o quiser comigo e desaparece... – ele tirou a arma da cabeça do seu Túlio e mirou em mim

— Vô, Andy tá vindo... – Mário, já ao meu lado, encarou o pai. — Agora!!!

Quando ele disse isso, seu Túlio deixou o corpo mole, caindo ao chão parecendo um saco de batatas. Não entendi foi nada! Maurício se assustou e disparou na minha direção, mais dois disparos foram ouvidos.

O som dos cavalos relinchando e escoiceando as paredes fez com que eu ficasse mais desnorteada ainda, sem saber o que tinha acontecido.

Foi tudo tão rápido, que quando vi estava no chão com Mário e Júnior em cima de mim. Olhei para o lado e vi Bruno chutando arma do Maurício para longe, os outros policiais já estavam em cima dele o imobilizando.

— Você tá bem, Bro? Ele te acertou? – olhei minha camisa branca com respingos de sangue, mas não estava sentindo dor. — Acho que não... – vi Mário curvado e gem*ndo.

— Mano? – eu e Júnior gritamos junto. Nos ajoelhamos rápido — Mário, você foi baleado... – seu Túlio chorava já agachado ao nosso lado.

— Ai, caralh*... Vocês são muito escandalosos – gem*u alto — Puta que pariu... Como essa porr* dói!!!

Assim que ele levantou o corpo, sentou-se se apoiando em Júnior, e sentou-se pude ver o tiro no seu braço, a bala tinha atravessado.

Me acalmei um pouco quando vi Mário rindo e dizendo que estava bem, mas as lágrimas corriam em seu rosto pela dor. Me levantei em um salto. Eu queria literalmente matar aquele animal. Assim que me aproximei dele, vi uma poça de sangue ao seu lado. E ele desacordado.

— Ele morreu? – não vou ser hipócrita e negar que perguntei isso a Bruno com uma esperança de que fosse verdade.

— Não, o desgraçado teve sorte, eu acertei no joelho, e Mário acertou o ombro dele... Esse daí não vai se livrar da cadeia não. Morrer ia ser muito bom pra ele... Lugar de estuprador... – piscou pra mim.

— É na cadeia!!! – completei imaginando no que iria acontecer com ele por lá. Na baia ao lado, Geralda relinchava de dor. Ela havia sido atingida. — Eita diacho... – corri até ela. Na confusão nem lembro quem trouxe a minha maleta. Tinha que salvar a Geralda. A Paty iria se culpar se não se “reconciliasse” com a égua antes dela morrer!

Graças ao galpão das baias ser mais afastado e ao som alto da festa que rolava, ninguém ouviu os disparos. Com a ajuda de um dos policiais consegui retirar a bala que estava alojada no flanco do animal, enquanto Júnior buscava a filha para tratar o bandido e o tio.

Eles estavam demorando e eu fui para o lado de fora da baia e me sentei no chão. Acho que a adrenalina estava passando e eu precisava respirar. Pietra chegou e começou a prestar os primeiros socorros ao bandido. Encostei-me na parede atrás de mim, apoiando a cabeça, e respirei fundo... Assim que fechei os olhos levei um baita susto com o grito apavorado da minha pequena.

Patrícia

— ... e todo dia de manhã eu vou te levar para um passeio, você terá todas as cenouras que puder comer, nosso começo foi difícil, mas eu sei que você quer recomeçar... – ela me olhava, e mesmo grogue ela relinchou em concordância.  Quando a gente vê a morte de perto isso acontece...

Continuei a falar com a minha nova BFF equina Geralda, a renascida, enquanto a minha esposa tentava segurar a gargalhada junto com Júnior.

Após eu conseguir ver que o sangue não era da Lô... Notar Maurício desacordado no chão... Vomitar o que eu comi em um canto... Ser abraçada pela Lô apenas de top enquanto ela me explicava tudo o que havia acontecido... Ver meu ex-marido ser socorrido e levado para o Hospital... Enfim, notei o meu desafeto relinchando como se quisesse me dizer algo. Sabia que ela precisava se desculpar comigo. Vi verdade naqueles olhos equinos.

Agora eu estava ali olhado para a minha Lorenza, enquanto ela colocava uma camisa branca qualquer para voltarmos para a festa. A adrenalina começou a baixar e eu finalmente entendi que ela poderia ter morrido e desatei em um choro.

— Paty... Amor... – Fui abraçada por ela e, ao invés de parar de chorar, comecei a soluçar mais alto ainda. Só de imaginar não poder sentir o seu calor, o seu cheiro, meu DEUS... Um nó se formava na minha garganta e eu ficava cada vez mais desesperada... – Coração... Eu tô aqui. Não aconteceu nada.

— Mas podia... – disse fungando molhando ainda mais a sua camisa recém colocada. — Lô... Eu morreria junto...

— Não fala essa besteira! – ela falou séria. — Nunca mais diga algo parecido. – segurou meu rosto e me fez fita-la. — Cara, escuta bem o que eu vou te falar... Se algo acontecer comigo eu vou continuar cuidando de você... – tentei me desvencilhar, mas ela não deixou. — Vou ser seu anjo da guarda! E vou querer que você encontre alguém que te ame tanto quanto eu e refaça a sua vida! Então, nunca mais diga algo assim!

Lorenza ficou me abraçando e me acalmando. Percebi que eu falei besteira e que ela tinha razão. No final, ela precisou pegar uma camisa qualquer para vestir. Escolheu uma xadrez. Não combinou, mas não quis falar nada.

— Caraca, Luiza, agora vai ter casamento na roça? – AnaLu gritou quando chegamos na festa novamente. Puta merd*, eu devia ter feito ela trocar!

Lorenza

         Sempre ouvi dizer que os noivos não aproveitam a festa do casamento. Se isso é uma regra eu não sei, mas eu aproveitei cada segundo da minha. Depois do susto, a sensação de alívio em saber que minha pequena estava segura me fez dançar, beber e me divertir horrores com minha oncinha.

No dia seguinte, antes de seguirmos para o aeroporto, fomos visitar Mário em sua casa. Meu amigo estava bem, graças a Deus. Ele nos contou que Maurício que antes seria preso apenas por descumprir a medida restritiva, agora também responderia por mais dois crimes. Ele responderia por atentado à vida por ter feito seu Túlio de refém, e por tentativa de homicídio contra um delegado da Civil. Resumindo, ele se fudeu bonito.

         Me lembrei de perguntar ao meu amigo duas coisas que estavam me encasquetando... Quem diabos era Andy? O que foi aquilo que ele disse ao seu Túlio que o fez cair daquele jeito? Mário começou a rir e me falou que Andy era o dono dos brinquedos do desenho Toy Story. Aqueles bonequinhos que tem um cowboy e um astronauta. No desenho os brinquedos ganham vida e quando o menino está vindo, um deles grita “Andy está vindo” e todos se atiram no chão fingindo de morto. Meu amigo também contou que seu Túlio faz essa brincadeira com os netos sempre! Nunca imaginaria!

Com a ajuda de Luiza, montei um roteiro bacana para nossa lua de mel. Queria algo fantástico e mesmo Paty tentando me seduzir para saber aonde iríamos, eu me mantive firme e não contei nadinha a ela. A única coisa que ela sabia era que precisaríamos de passaporte.

Sabia que ela odiava lugares muito frios, e para deixa-la uma onça, era por Livigno, na Itália, onde começaríamos a nossa lua de mel. Nessa época do ano o lugar é repleto de neve! Já imagino o quanto ela vai praguejar e ficar irritada com tudo! Mas eu tinha uma grande surpresa planejada para ela, que eu tinha certeza que nunca mais ela esqueceria.

Patrícia

         Puta merd* de frio do caralh*. Tá, não que eu estivesse reclamando. Talvez só um pouquinho. Lô estava feliz parecendo uma criança querendo caminhar pelas ruas geladas e cheias de neve. Já tentou caminhar com bota de salto alto por muito tempo? E para piorar com neve e gelo em rua de PEDRA?

         E a minha digníssima esposa Lorenza resolveu esquiar! ESQUIAR! Sabe o que é estar frio do cacete e você cheia de roupa e suando? É um inferno! Eu parecia um fogo de artifício de desenho animado! Aqueles vermelhos! Porque a roupa era vermelha e a minha cara ficou COMPLETAMENTE vermelha!

         Lorenza ainda por cima ria! RIA! RIAAAAAAAAAAAA! Porque eu caia cada vez que tentava ficar em pé naqueles skis que não eram de DEUS! A minha bunda devia estar TODA roxa! Meu humor estava pior do que se eu estivesse de TPM! E o pior é que serão 20 DIAS NA NEVE E NO FRIO!!!

         Agora eu tô deitada em uma banheira cheia de água quente com sais e só o nariz e os olhos para fora, porque a Lorenza ainda está tentando fazer com que o termostato ou a lareira aqueçam a cabana. A minha bunda dói demais. Tudo o que eu queria era estar na praia tomando piña colada e fritando feito um camarão no espetinho!

— Amor, tá quase pronto. Então eu vou tomar uma ducha e a gente pode jantar. Já pedi aquele Tortei que você tanto gostou.

— Umphf... – nem comida ia mudar meu humor. Puta merd*, agora ela estava cantando na ducha! CANTANDO! E o pior é que quando Lorenza ficava feliz estragava as músicas porque tentava imitar os cantores. O que eu entendi da letra, que ela quase gritava fazendo gargarejo com a água que caia, era que tinha um sofá de dois lugares e iam acordar o prédio todo, sei lá. Puta merd*! Conseguia me deixar mais puta ainda, meu. Quando enfim ela saiu, eu relaxei. Acho que acabei dormindo e acordei sendo retirada da água.

— Vem coração, deixa eu secar você. – senti um roupão quentinho, felpudo e confortável. Lô passava uma toalha pelo meu corpo e meu cabelo. Depois, me sentou na cama e usou um secador de cabelos em mim. Ainda fazia cara de mal-humorada, mas estava encantada com o carinho. — Não precisa colocar roupa não... – ela disse quando me viu levantar.

— Meus pés estão gelados. – disse seca e ela deu um pulo voltando logo em seguida com duas meias apeluciadas dos minions que ela havia me comprado.

— Pronto, vem. – segurou a minha mão e notei que realmente o ambiente estava quente. Ao passar pela porta logo vi a lareira trepidando e a grande janela mostrando a neve que caia. Lindo! Em frente ao fogo, em um grande tapete felpudo e confortável, havia uma mesinha com uma pequena panelinha fumegante e um prato. Além de taças e uma garrafa de um cabernet que eu tinha amado.

Lô me fez sentar no tapete e, sentando a minha frente, me entregou uma taça cheia. Ela já tinha preparado tudo de antemão. O sorriso dela era contagiante e fui inebriada pela visão da minha mulher tão feliz a beira daquela lareira, naquele ambiente tão aconchegante e idílico.

— Não fica emburradinha, não... – riu enquanto serviu um prato com tortei ao molho de brachiola. Ela se aproximou e começou a dar garfadas na minha boca, enquanto comia também. Ao mesmo tempo era romântico e sensual ver a sua língua limpar o garfo que logo seria oferecido a mim cheio de comida. – Oncinha, eu quis vir para cá, porque o meu sonho era estar assim com você! Na frente de uma lareira... Conversando... Tomando vinho... Namorando... – seus olhos brilhavam. — Amanhã à tardinha nós vamos para Roma e depois para praia ficar o resto dos dias como eu sei que você tanto queria.

— Puta merd*... – minha voz falhou por eu ter sido tão infantil e injusta com ela.

Ficamos em silêncio por alguns momentos, mas logo ela começou a contar o que faríamos nos próximos dias... Passaríamos cinco dias conhecendo as belezas e culinária da capital Romana, onde comemoraríamos o aniversário de 40 anos da Lolo.  E finalizaríamos nossa lua de mel passando dez dias nas ilhas Maldivas. Ela me mostrou as fotos do hotel e de alguns lugares que visitaríamos... Puta merd*! Um sonho! Na verdade, o meu sonho!

Enquanto ela me dava colheradas de Tiramisú na boca, eu não conseguia parar de pensar no quão era romântico tudo aquilo e o quanto a minha vida havia mudado em tão pouco tempo.

Minha esposa tirou os pratos deixando apenas as taças de vinho e trouxe mais algumas mantas e travesseiros. Não sei se foi a comida, o vinho, o calor da lareira..., mas na verdade eu estava com um fogo e esse me consumia cada vez que olhava para aquela mulher. A sensação aumentava a cada momento e, mesmo vestindo apenas um roupão e meias, o frio não me incomodava mais.

 Lorenza segurou meus pés e colocou no seu colo. Fazendo uma massagem relaxante.

— Passou o frio, coração?

— Uhmm… – gemi ao sentir suas mãos nos meus dedos, agora desnudos. Sorrindo maliciosa ela ch*pou um dos meus dedos enquanto a mão subia pela perna. — Agora… – entreabri as coxas deixando o meu sex* exposto. Eu havia aberto o nó do roupão e agora deixava ele cair nos meus ombros. — Eu tô até com calor… – deixei meu pé deslizar pelo seu peito procurando a abertura do seu roupão.

— Tá, é? – confirmei mordendo o lábio quando senti o seu mamilo endurecido na parte sensível do meu pé. A cada dia eu descobria uma nova zona erógena com essa mulher, ainda me impressionava com isso. — Safada… como você é safada, Paty… e minha.

Fechei os olhos ao sentir seus lábios, dentes e língua na minha coxa. Suas mãos agarravam a minha carne, apertando, marcando… e eu estava adorando.

— Lô… – disse manhosa, com os dedos no meu sex* expondo os pequenos lábios. — Me ch*pa?

— Ch*po… – senti a sua língua enquanto ela abocanhava o que lhe era oferecido com gana. Dei um pequeno suspiro misturado com gemido quando seus dentes roçaram no meu clit*ris endurecido. — Como… – Dois dedos entraram em mim sem encontrar resistência devido ao meu grau elevado de umidade. Arqueei minhas costas ao mesmo tempo que levava meu corpo mais em direção ao seu rosto.

— Ai… – Esqueci o que iria falar. Deixei-me sentir o que as mãos e a boca da minha esposa me proporcionavam. Requebrei o quadril querendo encontrar mais prazer naquele toque, como se fosse possível.

Ao abrir os olhos, encontrei os dela prestando atenção em cada pequena reação que eu emitia. Aquilo fez com que eu ficasse mais excitada ainda. Essa mulher tinha um poder gigantesco sobre mim!

Mas eu não queria goz*r naquele momento. Precisava e queria que fosse com ela. Ou pelo menos próximo. Amava ouvir o seu gemido. Amava quando, mesmo por poucos minutos, ela se descontrolava. Amava a troca. Sentir o seu gozo… saber que eu era a responsável por isso. Segurei seus cabelos fazendo-a parar.

— Oshi, te machuquei, amor? – ela me olhou preocupada.

— Não… queria saber se você quer mais vinho.

— Eita diacho, sério, Patrícia? – Lô perguntou irritada.

— Achei que você iria querer mais… – Disse me esticando e pegando a taça pela metade. — Olha vou servir para você… – Derramei um pouco do líquido rubro entre meus seios fartos.

Lorenza

Tzão. O meu Tzão explodiu quando a minha pequena derramou o vinho sobre si. Não sei o que deu em mim, mas rapidamente segurei os seus seios, lambendo cada gota do líquido.

A minha bucet* encharcada encontrou a sua coxa e eu a marquei com o meu pré-gozo. Paty puxou minha cabeça até os seus mamilos. Ch*pei com gosto.

— Lô... Monta em mim?

— Coração? Quer que eu pegue a cinta?

— Não amor, monta assim… – abriu as pernas me fazendo encaixar no seu sex*. Geralmente, ela que subia em mim, fazendo nossas bucet*s “se beijarem”, como ela dizia.

Fiz exatamente como ela me pediu e deslizei a minha bucet* sobre a dela. Deliciosa… molhada… cheirosa… O barulho que aquilo fazia se misturava com os nossos gemidos. Tentava me soltar e deixar sair a emoção, para ela. Só para ela. Paty, dizia que quando acontecia, era como um afrodisíaco. E eu sentia isso nas suas unhas arranhando as minhas costas.

Agarrei sua coxa para ter mais firmeza e cavalguei nela. A cada novo resvalar dos nossos corpos eu aumentava a força. Paty se contorcia, gemia, puxava os mamilos… Eu também estava perto. Não sei se era o clima, o ambiente, o vinho ou só estar na frente de uma lareira com aquela mulher.

Paty me chamou várias vezes como uma gatinha ronronando. Ela se aproximou mais, quase sentando, segurando de qualquer jeito em mim. Nossas bocas abertas, na busca de ar, quase se tocavam. Senti ela me apertar com força enquanto gemia meu nome. Seu gozo quente me molhou mais ainda. Não consegui mais aguentar e me deixei levar, chegando ao ápice.

Patrícia

Amor. Todo amor que eu sentia por aquela mulher parecia transbordar por todos os meus poros. Amor, por saber que, mesmo sendo ativa e tendo várias restrições em relação ao sex*, ela se doava e tentava me agradar.

Logicamente eu não vou ficar pedindo toda hora coisas que ela não curte. Até porque já ouvi uma vez: “Paty, eu não sou passiva.” Então, esses pequenos momentos que ela doa, só mostra o quanto ela me ama.

         O amor verdadeiro é isso: conversar... Saber o que a outra está sentindo... O que gosta… O que quer… ceder um pouquinho, mas ter respeito mútuo. Sempre.

         Pensava nessas coisas enquanto admirava a bunda da minha esposa enquanto ela colocava mais lenha na lareira. Me ajeitei melhor na cama improvisada, mas não menos confortável, suspirando feliz.

         — Lô, vem que eu tô ficando com frio… – Pedi maliciosamente enquanto puxava a manta quentinha por cima do meu corpo.

         — Só um minuto, pequena. – Fiquei olhando fixamente para as labaredas vermelhas e laranjas que bailavam nos troncos cortados a minha frente. Já estava ficando com sono, se ela demorasse eu estaria dormindo. Quando dei por mim, ela estava ajoelhada ao meu lado, me entregando uma caixa. — Oncinha... Tem mais um motivo para eu te trazer para cá... Eu... eu sei o quanto foi difícil para você se tornar essa mulher segura e que sabe o que quer. Também sei que ao você me contar as suas fantasias mais uma barreira foi ultrapassada e... Diacho... se eu pudesse te dar o mundo eu te daria... você entende? Mas... eu... lutei muito... briguei comigo mesma... é difícil pra mim...

         — Lô não tô entendendo...

         — Abre a caixa amor. – Segurei o pequeno pacote e abri vendo que no seu interior havia um strapless novo. – Vai ser só dessa vez... – Ela disse relutante e eu tirei os olhos do objeto para fita-la. - Eu quero que você me coma, coração.

Sorri abertamente, me sentindo extasiada por mais uma vez ter a confirmação do quanto aquela mulher me amava.

#FIM#

Fim do capítulo