Júlia,Vera e Jade se esforçavam para estancar o sangramento na perna de Paula e mantê-la acordada quando as luzes se acenderam. A agente ferida estava completamente pálida,enfraquecida. Jade= Meu Deus,ela não vai resistir por muito tempo. Temos que remover a bala e fechar o ferimento o quanto antes. Júlia= Não podemos ficar aqui esperando as outras voltarem,agora que as luzes foram acesas eu vou sair pela janela e procurar algo que possa nos ajudar. Jade= Eu vou com você capitã. Júlia= Tudo bem. Vera,fique de olho nela. Não vamos demorar. Vera= Sim senhora. As duas mulheres saíram pela janela e alcançaram o quarto ao lado,estava vazio com a porta aberta. Entraram sem fazer barulho. Júlia= Vê se encontra algum kit de primeiros socorros ou algo do tipo. Jade começou a procurar enquanto a morena se aproximou da porta,deu uma espiada e saiu por ela indo em direção ao corredor. Houve um breve silêncio. Jade já ia saindo do quarto quando Júlia apareceu de repente. Júlia= Encontrou alguma coisa? Jade= Não,nada. Júlia= Vamos procurar nos outros cômodos.- Disse e saiu seguida da colega. Jade= Que estranho,onde estão os infectados? Júlia= Só encontrei quatro deles aqui no corredor,os outros devem ter ido para outra parte da casa mas não temos tempo para eles agora,nossa prioridade é ajudar a Paula. Verifique a porta à sua direita. Jade= Está trancada. - Vamos olhar as outras. As agentes vasculharam todos os cômodos daquele corredor mas não encontraram nada que pudesse ajudar. Jade= Não tem nada por aqui,melhor procurarmos em outra parte da casa. A Karen não tem um kit no quarto dela? Júlia= Tem mas o quarto é longe,em outro corredor. Vamos ver o que há por trás dessa porta trancada. A morena chutou a porta que foi ao canto da parede. Ficaram um tempo em silêncio esperando para ver se o barulho havia atraído algum infectado mas como nada aconteceu,entraram no cômodo recém aberto. Jade= Nossa,que quarto grande.- Falou admirada. Júlia= Deve ser dos pais da Karen,olha as fotos. Próximo à cabeceira da enorme cama havia várias fotos do casal aparentemente feliz e apaixonado. Jade= A Karen teve a quem puxar,a mãe dela era muito bonita. Júlia= Era mesmo. Melhor começarmos a procurar por algo que seja útil para nós. Jade= Sim senhora. Começaram a procurar enquanto tentavam deixar o lugar não tão bagunçado. - Capitã,encontrei alguma coisa.- Jade retirou do closset uma grande caixa metálica com o desenho de uma cruz vermelha na tampa. Júlia aproximou-se quando a colega abriu a caixa e elas se depararam com vários equipamentos médicos. Júlia= Muito bem soldado,vamos ver se achamos mais alguma coisa. Não demorou para encontrarem outra caixa,dessa vez,de remédios. - Já temos o que precisamos,vamos votar para junto das outras.- A morena falou e a outra assentiu. Com cuidado,sem fazer muito barulho elas carregaram as caixas até a frente do quarto em que Paula e Vera estavam. - Jade,volte ao quarto pela janela e ajude Vera a retirar a barreira da porta. Vou ficar aqui de guarda. - Sim senhora. Sem muito esforço a moça retornou para perto das outras duas agentes. Viu Paula ainda mais pálida do que já estava. - Me ajude a abrir a porta.- Pediu e Vera prontamente a ajudou. - Como ela está?.- Júlia perguntou ao entrar. Vera= Nada bem,temos que remover a bala. Júlia= Então vamos fazer isso,encontramos remédios e equipamentos médicos. As agentes se aproximaram da colega ferida e ela estava branca feito cera,além de suar muito. A morena pôs a mão em sua testa e constatou o quão quente estava. Júlia= Está ardendo em febre. Jade= Isso não é bom,sinal de que está infeccionando. Júlia= Então vamos andar rápido com isso. Paula.- Chamou.- Acorda soldado,vamos cuidar de você. Aguenta firme. Jade= Capitã,nenhuma de nós nunca extraiu uma bala de alguém antes. Júlia= Pois teremos que fazer agora. Vera,dentro da caixa metálica tem alguns objetos cirúrgicos,vê se você consegue esterilizar uma pinça ou algo que possa nos ajudar a remover a ba... Um barulho alto vindo do piso inferior chamou a atenção das mulheres. - Vera. - Sim. - Faz o que eu disse,esteriliza os objetos. - Sim senhora. - Jade,vem comigo. Vamos ver que barulho foi esse.- Disse e a outra assentiu.- Antes me ajude a barrar a porta,saíremos pela janela. As agentes caminhavam vagarosa e silenciosamente pelo corredor atentas a tudo,passaram por alguns infectados já sem vida espalhados pelo caminho. Novamente o barulho pôde ser ouvido e dessa vez apontava uma direção. A morena fez sinal com a cabeça para a colega e seguiram rumo à escada que levava à sala da enorme casa. ******************************************************** - Será que dá pra você prestar mais atenção e fazer menos barulho?.- Karen perguntou para a mais nova integrante do grupo quando a moça abriu de vez a janela da mansão provocando um barulho alto. - Porquê você não abriu então,já que é tão exigente?.- Ivy provocou e Karen ameaçou ir pra cima dela. Lúcia interferiu. - Parem com isso. E você... a Karen está certa,vê se presta mais atenção se quiser continuar viva e com esse seu nariz empinado. - Tá,tá desculpa. Foi sem querer. - Para uma pessoa que se dizia assustada e com medo,você não parece nem um pouco preocupada em manter sua posição escondida dos infectados.- Luana falou e Ivy a olhou com raiva aparente. Lúcia= Chega de conversa. Luana,você entra primeiro. A ruiva passou pela janela e após uma rápida olhada pela sala fez sinal para que as outras também adentrassem a casa. Lúcia= Não se afastem,não sabemos quantos infectados ainda tem por aqui e nem onde estão. Luana= Melhor írmos logo de encontro às outras,podem estar precisando de ajuda. Ivy= Outras? Que outras? Lúcia= O resto da equipe,uma das nossas está ferida. Karen= Eu sei em que corredor estão,vamos.- Disse e deu alguns passos em direção à escada. - Espera.- Falou Luana.- Ouviram isso? As mulheres ficaram todas em silêncio,não demorou para escutarem o mesmo que a ruiva havia ouvido. Grunhidos. Lúcia= São os infectados e parecem estar perto. Ivy= Aquelas coisas estão aqui perto?.- Virou-se para Karen.- Devolva a minha arma. Karen= Sem chance,não confio em você. Ivy= Mas...como vou me defender? Lúcia= Não se preocupe nós estamos aqui para isso,agora vamos nos separar para encontrar esses infectados. Luana,você vai com a Ivy olhar no escritório. Karen e eu vamos verificar a cozinha. Ivy= Porquê eu tenho que ir com ela?.- Apontou para a ruiva. Lúcia= Você não precisa ir com ela se não quiser,é só esperar aqui...sozinha.- Virou-se para a outra agente.- Nos reencontramos aqui em até cinco minutos. Karen,vamos. As duas se afastaram deixando as outras para trás. Luana sem dizer uma palavra foi em direção ao escritório,Ivy correu atrás dela. Karen e Lúcia logo retornaram à sala,tudo parecia tranquilo até que do escritório veio um barulho de vidro se quebrando e um grito que fez as mulheres correrem para lá. - Luana.- A loira chegou a tempo de ver a colega derrubando um último infectado e Ivy caída com a mão no rosto.- O quê que houve? Luana= O que houve? Essa maluca surtou e começou a jogar jarros contra os infectados,dei um jeito dela parar com aquilo. Ivy= Ela me bateu.- Choramingou. Luana= Bati mesmo e foi pouco,eu devia era ter te empurrado pra cima dos infectados sua idiota. Ivy= Por favor não deixa ela falar assim comigo.- Pediu à Lúcia se fazendo de vítima. - Luana.- A loira virou-se para a colega e Ivy esboçou um sorriso.- Da próxima vez vê se bate com mais força. Luana= Pode deixar. Ivy= Vocês não podem fazer isso,são empregadas do governo e portanto minhas empregadas. A população paga seus salários,vocês tem que me proteger e não ficar me agredindo.- Gritou. - Ah não,eu é que vou calar a boca dessa garota.- Karen avançou pra cima da moça que começou a gritar ainda mais. - Posso saber o quê que está acontecendo aqui? A voz ecoou pelo lugar e imediatamente as mulheres pararam o que estavam fazendo.

Fim do capítulo