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Tempestade por Ana Pizani

Ver comentários: 3

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Palavras: 1986
Acessos: 2571   |  Postado em: 08/08/2019

Capítulo 12 - Descobertas

 

"Às vezes só o ato de sobreviver, já é uma afronta ao sistema machista."

Ana Maria

 

 

E apesar de todos aqueles anos era como se as mãos de Débora soubessem exatamente aonde ir. Aline há tempos não se entregava a ninguém e aos poucos, bem aos poucos, foi se permitindo ser amada e amar. Ela tinha tanto e quem não teria? O sentimento que ela nutria por Débora nunca acabara e agora ela se via frente a frente ao passado que tanto a machucou. Tinha medo de todo o sentimento reprimido por todo aquele tempo voltasse à tona e ela não suportasse.

            Logo agora que tudo estava dando certo em sua vida profissional, quando estava de volta ao seu país e aos seus amigos, ela não sabia bem se viver tudo aquilo de novo seria realmente bom.

            É claro que estava surpresa com a nova Débora, uma mulher totalmente nova, mas com os mesmo lábios, o mesmo toque que a fazia delirar. Débora agora era dona de sua própria vida, com uma profissão difícil e complexa que só a deixava mais sensual, mais forte aos olhos de Aline.

            Quando foram para a cama e começaram a tirar a roupa, foi com estranheza que ela viu a mulher retirar uma arma do cinto preto que carregava na cintura. Era estranho ver aquela patricinha do passado carregando uma arma na cintura, era quase uma loucura tudo aquilo.

            A casa de Débora era gigante, o gosto clássico não tinha ficado no passado. Lindas telas nas paredes cor de bege numa enorme sala de jantar. Lindos móveis todos com um bom gosto peculiar que só a conheceu no passado poderia reconhecer.

            Aos poucos Aline foi perdendo o controle de toda aquela situação. Sem pensar mais nos prós e contras deixou-se envolver pelos braços quentes de Débora.

 

            No dia seguinte Rosa levantou, mas pouco havia dormido. Passara a noite inteira pensando em Aline e imaginando ela com Débora. Era incrível que mesmo após todos aqueles anos seu coração ainda pulsava mais forte diante da possibilidade de ter Aline novamente em seus braços. E olha que só trans*ram uma única vez, o que não serviu para aquietar o desejo insano que ela ainda sentia dentro de si.

            Nervosamente, digitou uma mensagem para Luíza, sua cúmplice em seus sentimentos secretos.

 

_ E aí, bom dia! Alguma notícia da nossa querida Aline?

_ Bom dia, vó! Nem a minha avó acordaria tão cedo! Sem notícias ainda. Pq a pergunta?

_ Nada. Só mesmo curiosidade. Vi ontem que ela saiu da sua casa com a Débora.

_ Hm...sei o que tá querendo dizer. Pode parar com essa onda tosca de novo de gostar de Aline. Só eu sei o quanto foi difícil para você esquecê-la. Não entra nessa de novo, pelo amor...

_ Nada, é que é estranho, sabe, mesmo após todos esses anos só de vê-la, minhas pernas tremem...

_ Sei, para não falar o que tremei de verdade, néh, safada kkk

_ Tô falando sério, Lu, tô com medo do que eu to sentindo.

_ Pode parar já com isso. Vc não ta saindo com aquela menina do seu prédio? Esses dias mesmo vc me disse que ela era mto legal e simpática.

_ Mas ela não é a Aline...

_ Aff

_ Vou sair aqui, preciso ir trabalhar.

_ Beleza, vai lá. E juízo, nada de mandar mensagem para a Aline...

 

            Quem não escuta conselho escuta coitado. Enquanto Aline tomava banho, Débora notou o telefone da garota vibrando. Curiosa, resolveu conferir a tela do aparelho e lá estava o nome de Rosa. O telefone estava bloqueado e ainda assim, Débora tentou adivinhar a senha e na terceira e última tentativa conseguiu.

            A mensagem dizia:

 

            _ Oi, tudo bem? Não sei se ainda tem meu número salvo, mas se não, sou eu, a Rosa. Sei que você deve estar exausta de toda a viagem e a festinha na casa da Luíza, mas eu precisava dizer que foi muito bom ver você, mesmo que tão rapidamente. Sei que deve estar uma correria ajeitar a sua vida, mas ainda assim gostaria de te reencontrar para colocarmos o papo em dia. Enfim, se estiver disponível hoje à noite, podíamos ir àquela velha sorveteria que você amava ir quando morávamos juntas. Aguardo seu retorno. Bjs.

 

            Débora quase teve um ataque de ciúmes. Sem conseguir dizer nada com nada, levantou-se depressa da cama e deu de cara com uma Aline estupefata.

            _ O que você estava fazendo com o meu celular na sua mão?

            Débora ficou sem reação. Não contava com a possibilidade de estar sendo vista.

            _ Eu... eu... estou atrasada para o trabalho. Vou tomar um banho para tomarmos um café na padaria da esquina.

            _ Não desconversa, Débora.

            Aline pegou o celular e leu a mensagem de Rosa. Entendeu tudo.

            _ Não acredito que a essa altura do campeonato você ainda tenha ciúmes da Rosa. Eu pensei que vocês tivessem voltado a ser amigas e que essas coisas tinham ficado no passado.

            _ Sim, fizemos _ Débora conversava enquanto tomava banho. Aline estava parada na porta escutando e desviando o olhar do corpo da outra. _ Só que você conhece a Rosa, ela é louca. Toda hora inventa algo, não para em lugar nenhuma com pessoa nenhuma. Dias desses estava com um cara e agora está com uma garota.

            _ E qual é o problema? Agora não se pode ser mais bissexual neste mundo?

            _ Não, não é isso o que eu quis dizer...

            _ Mas é o que parece. Sinceramente, acho que é melhor eu ir andando. Tenho muita coisa para resolver.

            _ Espera, eu posso te dar uma carona.

            _ Não, não precisa. Eu pego um ônibus ai embaixo.

            _ Um ônibus? Com a cidade do jeito que está?

            Débora estava de pé travando a saída de Aline, mas passou assim mesmo.

            _ Vai embora sem nem me dar um beijo? Parece que o nome da Rosa ainda te incomoda.

            _ Que nada! Só não suporto a ideia de estar sendo investigada por crimes que eu não cometi.

            _ Você já ficou com ela.

            _ E você namorava outra pessoa na época. Eu era uma pessoa solteira e certa ou errada não cabe logo você me julgar, não é mesmo?

            Silêncio. Silêncio ensurdecedor.

            _ Nós sabemos, na verdade foi a Luíza que descobriu.

            Aline paralisou com a mão na maçaneta da porta. Não ousou erguer a cabeça para encarar Débora.

            _ Vocês o quê?

            Débora sentou-se no sofá que tinha no quarto, um pequeno sofá cor de vinho que servia para as horas e mais horas de leitura de processo que ela fazia após o trabalho.

            Aline também recuou, um pouco mais firme, fingindo uma falsa segurança.

            _ Nós descobrimos sobre o seu passado. Luíza que resolveu investigar já que você nunca falava nada com nada. Tirando a tia que te criou, não sabíamos de onde você tinha saído e nem como havia chegado aqui. Nada batia. Você chegou aqui muito nova e sozinha. Queríamos uma resposta, acho até que merecíamos.

            _ Mereciam?

            _ Sim, nós amamos você e fomos a sua família durante um certo tempo e sinceramente eu odiei quando você saiu do país sem me avisar, sem sequer se despedir direito. Simplesmente uma mensagem, uma merd* de um áudio no celular e nunca mais. Nunca mais você. Eu terminei com o Vinícius naquele mesmo maldito dia, foi o pior dia da minha vida. Você não tem ideia o que eu sofri por você, o que eu passei para suportar a distância. Eu nunca mais consegui me envolver com ninguém, nunca mais consegui trans*r com alguém me entregando totalmente. A vida foi uma merd* durante muito tempo, eu precisei me descobrir sozinha, descobrir quem eu era, sem você, sem as suas palavras, sem a sua luz. Eu não conhecia ninguém como nós, nenhuma lésbica e morria de vergonha de conversar sobre isso com a Luíza. Minha amizade com a Rosa nunca mais foi a mesma coisa, o seu rastro foi forte demais também na vida dela. Agora você quer me condenar por ter querido saber de onde você tinha saído? Pois condene, a mim só resta lamentar o seu egoísmo.

            Aline calou-se. As pernas bambas, o coração descompassado. Nem viu quando surgiram lágrimas no seu rosto.

            _ Eu fugi, eu fugi de nós porque sinceramente eu não sabia se eu agüentaria te perder para o Vinícius e mesmo sabendo o quanto era arriscado fazer isso, eu preferi ir embora. Um professor da faculdade me ofereceu uma oportunidade única e eu só precisava de uma chance para ficar longe, para não enlouquecer de vez. E você sinceramente descobriu algo útil sobre o meu passado? Sobre eu ter parado aqui após quase que fugir de uma realidade fadada à fome e ao abandono? Vocês descobriram sobre eu ter sido criada com o pouco que a minha tia tinha e se eu não viesse embora e tentar a sorte com toda a certeza estaria morta uma hora dessas, sem comida, no frio, sem nada. Porque eu só ficava pensando na minha tia morta e eu totalmente sem caminhos. Eu só conseguia me lembrar do marido dela batendo-a na cara após chegar bêbado em casa. Só consigo me lembrar das mãos que tentavam percorrer meu corpo e eu quase cedi em troca de um prato de comida. Vocês devem ter descoberto muita coisa sobre mim, mas vocês se esqueceram da parte que não está nos autos, das vivências que não estão registradas em lugar algum a não ser na minha mente. Eu me sinto culpada por ter dado certo, sabia? Sim, eu dei certo. Consegui estudar, trabalhar, conhecer pessoas e lugares legais, viajar para outros países, aprender um novo idioma, novas vivências e novas comidas. Mas não há uma só vez que eu coloque uma colher de comida na boca que eu não me lembre, que eu não me recorde, da minha tia e de toda aquela gente com fome que eu deixei lá atrás. E pior, hoje que eu estou um pouco mais estável e poderia ajudá-los, não há ninguém para ajudar, estão todos mortos. MORTOS! E parece que eu gosto de afrontar a morte, contrariar o azar, e ainda estou aqui.

            Débora chorava calada. Não conseguia dizer nada. Estava tudo dito jogado no chão, sobre o tapete azul que ela comprara semana passada. Nem Luíza, nem Rosa e nem ela poderiam imaginar a dor que Aline carregava e jamais conseguiriam saber como era conviver com todos aqueles fantasmas.

            _ Quer mesmo saber como eu consegui me virar? Trabalhando e dando muita sorte, sim, a minha sorte estava nessa cidade. Encontrei um senhor casado com uma senhora muito boa. Eles me deram abrigo em troca de ajuda numa lojinha que eles tinham ao lado de casa. Depois eu fui morar num hotel pequeno lá do centro e em troca dos meus serviços de limpeza eu comia e dormia ali. Sim, tudo ilegal perante, mas a lei às vezes só serve para matar de fome aos pobres e eu não tive escolha, entende?

            Débora entendia, eu conseguia entender sim. Após todos aqueles anos renegando uma sorte que sempre a acompanhou, de ser a patricinha, a riquinha, a que tudo tinha e que só precisava casar com um cara perfeito para continuar a ter a vida perfeita, ela também tinha aprendido a construir a própria vida, mesmo que com isso tenha quase que destruído sua convivência com seus pais.

            Elas se abraçaram enquanto Aline chorava copiosamente. Era a hora de Débora ser forte, ela precisava ser forte mesmo que fosse quase que impossível.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Haverá perdão para mim? 18 dias sem postar nada aqui. Fiquei sem internet, mudei de casa, mudei a alma de lugar, mudei tudo. Sigo a mesmo só por fora, por dentro tempestades inteiras me assolam. A história está em aberto. Não sei se irão gostar dos rumos que tomarei daqui para frente. A intensidade me sufoca, mas ao mesmo tempo é o que me faz viver, sobreviver neste mundo amargo e superficial. 

Espero que gostem.

 

Quero que comentem para eu entender a perspectiva de vocês.

 

Obrigada de coração.

 

Afinal, toda história há um fundo de verdade...........

 

Ana Maria


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Comentários para 13 - Capítulo 12 - Descobertas:
Brescia
Brescia

Em: 26/08/2019

         Oi mocinha.

 

O grande amor nuca se esquece, o amor pode até se transformar em outro tipo de amor, mas aquele que nunca damos um fim, fica em aberto, esperando para o desfecho final.

 

       Baci piccola.

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Mille
Mille

Em: 09/08/2019

Ola Ana 

Mais que volta dessas personagens, bora ver se a Rosa deixa a Aline e Débora firmar compromisso.

Bjus e até o próximo capítulo 

Responder

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cris05
cris05

Em: 09/08/2019

Por mim está perdoada, autora.

Mudanças às vezes assustam, mas precisamos ser fortes. Torcendo aqui pra que tudo dê certo, viu.

Quanto à história, a Débora agiu muito errado com a Aline no passado por uma série de questões. Mas eu realmente acredito que elas se amam e torço pra que fiquem juntas.

 

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