Laísa chegou ao escritório depois de acompanhar o pai em mais uma de suas consultas e pelo menos estava feliz por seu quadro não ter se agravado.

 

Reconheceu as vozes e risadas de Ana Júlia e Luciano quando passou pela cozinha.

 

- Que animação é essa em plena segunda-feira? – Perguntou ao abraçar Ana Júlia.

 

- Oi, amiga! A Naju que parece que ainda está no clima da festa de ontem. – Luciano explicou.

 

Laísa havia passado todo o final de semana na companhia de Vitória, depois de terem se reconciliado na sexta-feira, então não estava sabendo dessa festa.

 

- Então quer dizer que vocês foram farrear ontem!? Naju, você está com uma cara de ontem mesmo. – Comentou zombando da amiga.

- A culpa é desse aí! – Apontou para Luciano. – A gente ia só comer uma pizza e ele inventou de ir para uma festa do outro lado da cidade.

 

Luciano revirou os olhos.

 

- Não vem com essa não, você curtiu tanto que beijou todo o repertório feminino da festa!

 

Laísa, que ainda abraçava Naju, se afastou.

 

- Não sabia que você era dessas, Ana Júlia. – Laísa falou levemente incomodada.

 

- E eu não sabia que você era careta!

 

Luciano olhou para as duas e sorriu, nada tirava de sua cabeça que ali tinha algo a mais.

 

- Não é caretice, mas não achei que você fosse assim. Sei lá, não combina com você! – Falou tentando disfarçar.

 

- Eu sei que pareço ser um anjo, mas eu tenho meu charme!

 

Ana Júlia piscou para Laísa e saiu da sala sorrindo.

 

Laísa olhou desacreditada para Luciano, que acabou rindo ainda mais.

 

- Você precisa melhorar essa parte de disfarçar seu ciúme, amiga.

 

- Que ciúmes, Luciano? Tá louco? Eu só me preocupo com a Ana Júlia.

 

- Beleza, Laísa. Você finge que me engana e eu finjo que acredito!

 

Luciano também saiu da cozinha deixando uma Laísa indignada e pensativa para trás.

 

A loira resolveu deixar para lá e ir conversar com Vitória, precisava mesmo explicar seu atraso.

 

- Bom dia, Vitória! – Falou assim que entrou após bater na porta.

 

- Bom dia! Já sentiu saudades? – Vitória perguntou sorrindo.

 

Laísa sorriu em resposta, era difícil resistir ao charme de sua chefe.

 

- Talvez… Mas não vim até aqui por isso.

 

Vitória estendeu a mão, chamando Laísa para ir até seu colo, o que foi prontamente atendido.

 

- Então me conta, o que te trouxe até aqui?

 

- Eu acabei de chegar, minha mãe teve um problema e eu tive que acompanhar meu pai no médico. – Explicou. – Mas pretendo ficar até mais tarde hoje e compensar.

 

- Tudo bem, sem problemas! – Deu um beijo na loira. – Olha, Laísa, você sabe que eu tenho condições de oferecer o melhor tratamento possível ao seu pai. Eu sei que você vai lembrar daquela proposta que te fiz, mas agora é diferente, nós já estamos juntas, eu posso te ajudar.

 

Laísa se levantou incomodada com aquela conversa.

 

- Eu agradeço sua preocupação, Vitória, mas realmente acho melhor não. Meu pai vai ficar bem, não se preocupe!

 

Vitória bufou indignada.

 

- Você está sendo orgulhosa, Laísa! Eu não estou fazendo uma oferta de compra, estou oferecendo minha ajuda.

 

- Eu não me sinto confortável de aceitar, Vitória. Mas agradeço sua oferta, tá? Agora preciso trabalhar, pois já estou bem atrasada.

 

Laísa deu mais um beijo em Vitória e finalmente partiu para sua sala.

 

A loira acabou se concentrando em seu trabalho pelo resto do dia. Somente se deu conta do tempo, quando Vitória apareceu em sua sala.

 

- Ei, você vai demorar muito por aqui? – A morena perguntou.

 

Laísa conferiu as horas e só então percebeu que já era noite.

 

- Acho que só mais um pouco, estou terminando um projeto que é para ser entregue amanhã.

 

- Eu acho melhor deixar para terminar isso amanhã, Laísa. Você já viu a tempestade que está caindo lá fora? Se continuar desse jeito, vai ficar perigoso para sair daqui mais tarde.

 

Laísa sequer tinha notado que estava chovendo antes do comentário de Vitória, de tão concentrada em seu trabalho.

 

Quando foi até a janela percebeu que realmente uma forte chuva caia do lado de fora e parecia não estar próxima do fim.

 

- Prometo não demorar muito, mas prefiro acabar isso agora para não ter problemas amanhã. – Falou ao se aproximar de Vitória.

 

- Se quiser, eu posso te buscar aqui mais tarde.

 

- Eu estou de carro, não precisa se incomodar. – Respondeu ao dar um beijo na chefe.

 

- Tudo bem! Eu te ligo mais tarde, ok?

 

As duas trocaram mais um beijo antes da morena partir e Laísa voltar ao trabalho.

 

Laísa novamente se concentrou em terminar o que tinha para fazer, desejando realmente ir para casa antes que a chuva lhe impedisse.

 

Quando já estava quando finalizando aquele projeto, para seu desespero, todas as luzes se apagaram e seu computador desligou instantaneamente. A loira não acreditou, não queria sequer imaginar no quanto poderia ter perdido daquele projeto.

 

Irritada e sem saber o que fazer, Laísa ligou a lanterna do celular e saiu de sua sala, em busca de alguma iluminação. Só que acabou tomando um grande susto ao chegar na cozinha e se deparar com uma pessoa de costas para ela.

 

Seu grito assustou Ana Júlia, que acabou gritando também. Mas assim que virou, reconheceu Laísa.

 

- Meu Deus! Você quer me matar do coração, Laísa? – Ana Júlia perguntou.

 

- Eu quero te matar do coração? Eu é que quase infartei. O que você está fazendo aqui?

 

- Eu trabalho aqui, sabia? – Ana Júlia sorriu, mas Laísa revirou os olhos irritada. – Eu estava na minha sala esperando a chuva passar, já que táxi nenhum viria me buscar com essa tempestade. E você, tá aqui até agora por quê?

 

- Fiquei terminando um projeto que a entrega é amanhã, mas agora acho que perdi tudo. Eu não tô acreditando no que está acontecendo! – A loira falou querendo chorar.

 

Ana Júlia percebeu o nervosismo de Laísa e foi até ela, usando o celular para iluminar a cozinha.

 

- Ei, fica calma! Eu vou te ajudar, tá? Assim que a luz voltar, a gente vai fazer isso e não saímos daqui enquanto esse projeto não estiver pronto! – Falou ao abraçar a amiga.

 

- Enquanto isso a gente faz o que aqui? – Perguntou chateada.

 

- Eu estava fazendo um lanche para mim, você aceita?

 

Laísa não tinha outra opção, pela chuva que caía do lado de fora não era viável tentar sair do escritório e não tinha o que ser feito sem energia. Acabou ajudando como pôde e depois as duas foram para a sala de Laísa.

 

- Nossa, Ana Júlia, você cozinha melhor no escuro, viu!? Esse pão tá uma delícia! – Laísa comentou quando acabou de comer, as duas já estavam sentadas no pequeno sofá da sala da loira.

 

Apenas as luzes dos celulares iluminavam minimamente o lugar, parecia que a falta de luz não era somente no escritório, já que do lado de fora tudo estava escuro também.

 

- Se isso foi um elogio, obrigada! – Ana Júlia respondeu.

 

- E se a gente tiver que ficar aqui até amanhecer? – Laísa perguntou angustiada.

 

- Bom, se for mais seguro, ficaremos. Eu não vou sair andando nessa chuva e com a rua toda escura e também não é seguro você tentar sair com o carro.

 

Laísa pensou que a amiga estava certa. E ainda tinha seu projeto que poderia ter ido todo por água abaixo.

 

- Você está certa. Mas por que decidiu sair sem carro logo no dia que estava chovendo? – Perguntou com estranheza.

 

- É que na verdade eu não dormi em casa e acabei vindo de carona para cá. – Explicou.

 

Laísa logo se recordou do comentário de Luciano sobre a noite anterior.

 

- Então quer dizer que sua noite deve ter sido ótima mesmo, né!?

 

- Digamos que foi interessante... – Naju respondeu sem revelar muita coisa.

 

- Sabe que eu não consigo te imaginar assim!? – Laísa confessou.

 

- Assim?

 

- É, chegando em várias meninas, beijando garotas que você mal conhece. Eu te vejo tão passional!

 

- Até que você está certa. Na maioria das vezes, eu espero por atitudes das pessoas, mas tem situação que eu simplesmente queria ter coragem para agir e fazer o que desejo.

 

Apesar da pouca iluminação na sala, as duas se encaravam com olhares tão firmes, pareciam estar conectadas por aquele olhar trocado.

 

- Eu acho que você não precisa ter medo de agir e fazer o que quiser. – Laísa falou engolindo seco.

 

- Então você acha que eu posso fazer o que tenho vontade?

 

Apesar de não dizerem com todas as palavras, as duas sabiam onde estavam indo naquele momento e Laísa queria o que viria a seguir, então também tomou coragem para responder.

 

- Eu acho que quero que você tenha coragem!

 

Ana Júlia acabou com a pouca distância que ainda existia entre as duas. Fez um leve carinho no rosto de Laísa, que a encarava ansiosa pelo que viria a seguir.

 

O beijo começou com um roçar de lábios, as duas pareciam estar experimentando algo que queriam há muito tempo.

 

Apesar de estar um pouco insegura, todo o receio de Ana Júlia foi embora quando ela sentiu a língua de Laísa pedindo passagem, que logo concedeu.

 

Logo o beijo tomou maiores proporções, as mãos de Ana Júlia lhe segurando com firmeza estavam deixando Laísa ainda mais extasiada. As duas somente separaram as bocas quando o fôlego faltou.

 

- Isso foi bom! – Ana Júlia falou sorrindo.

 

Laísa sorriu, mas estava sem saber como agir dali em diante.

 

- Nós quase derrubamos esses pratos, é melhor eu levar para a cozinha, né!? Eu já volto!

 

Laísa deu uma desculpa para sair de perto da amiga. A verdade é que a loira estava desejando continuar aquele beijo, que achou tão gostoso, mas tinham outras coisas em sua cabeça. Lembrou de Vitória, do final de semana de reconciliação que tiveram e se sentiu mal, as duas mulheres eram primas e Laísa não queria causar atritos entre elas.

 

Depois de um tempo perdida em pensamentos, Laísa finalmente voltou para sua sala, mas se deparou com Ana Júlia adormecida no sofá e não pode evitar um sorriso com aquela cena.

 

Depois de olhar em volta, acabou deitando-se junto com Ana Júlia e conseguiu pegar no sono.

 

…

 

Laísa acordou com uma claridade em seu rosto e notou que era a luz da sala que havia acendido, indicando que a energia estava restabelecida. Ao seu lado, Ana Júlia ainda dormia tranquilamente.

 

A loira procurou por seu celular e viu que ainda eram 4 horas da manhã, então resolveu ligar seu computador e ver a situação de seu trabalho, afinal, não valeria a pena sair do escritório naquele horário.

 

Para alívio de Laísa, apenas a parte final de seu projeto havia sido perdida, o que indicava que em poucas horas tudo estaria finalizado, então a loira focou em terminar aquele projeto o quanto antes.

 

Ana Júlia despertou quando o dia já estava claro do lado de fora. Precisou de alguns segundos para se situar de onde estava, mas quando notou a presença de Laísa concentrada em sua mesa sorriu feliz pelas lembranças daquela noite.

 

- Bom dia! – Ana Júlia falou chamando atenção de Laísa. – Não acredito que você não me acordou para te ajudar.

 

Laísa sorriu da cara amassada de Naju, a achava linda mesmo assim.

 

- Bom dia, Naju! Você estava dormindo tão tranquila que não quis te incomodar. – Explicou. – Agora já estou praticamente acabando isso aqui.

 

- Você deveria ter me acordado! Acho que dormi demais, não é!? – Perguntou ao escutar a movimentação do lado de fora da sala.

 

- Sim, algumas pessoas já chegaram para trabalhar.

 

Ana Júlia coçou os olhos, ainda sonolenta.

 

- Bom, vou pegar um café para nós e te ajudo pelo menos a finalizar esse projeto.

 

Ana Júlia foi até a cozinha, a maioria de seus colegas de trabalho já estavam ali para mais um dia, enquanto ela e Laísa sequer foram para suas casas. Aproveitou para conversar um pouco com os colegas, enquanto fazia um café para ela e Laísa.

 

Enquanto isso, Vitória chegou preocupada por não ter falado com Laísa na noite anterior e foi até a sala da loira para ter notícias dela.

 

Laísa escutou batidas na porta e sorriu ao ver Vitória entrando em sua sala.

 

- Bom dia! – Laísa falou sorrindo.

 

Laísa se levantou indo até a morena, que notou que a loira ainda usava a mesma roupa da noite anterior.

 

- Bom dia! Você passou a noite aqui, Laísa? – Perguntou enquanto a acolhia em seu abraço.

 

- Sim, faltou energia e eu não pude sair, tive que passar a noite aqui, foi um inferno!

 

Do lado de fora, Ana Júlia estava prestes a entrar na sala de Laísa quando escutou a conversa dela com sua prima e travou onde estava.

 

Laísa falara aquilo em razão do cansaço de não ter dormido bem naquela noite e ter trabalhado a maior parte da madrugada, não se referia a companhia de Ana Júlia. Mas para Naju, que ouvia da porta da sala, aquilo lhe magoou.

 

Aproveitando que sua presença não tinha sido notada, Ana Júlia se afastou em silêncio, indo para sua sala.

 

Sem notar a movimentação de Ana Júlia, mas preocupada com sua chegada, pois não queria que ela lhe visse num momento de carinho com Vitória depois do beijo recém trocado, Laísa se afastou e voltou para sua cadeira.

 

- Vá para casa então! Tome um banho e descanse um pouco, essa entrega é para a tarde, certo?

 

- Sim! Mas eu acho que prefiro emendar o dia mesmo. Eu entrego isso e saio mais cedo, tá!? Não precisa se preocupar.

 

- Tudo bem! Vou te deixar terminar isso então.

 

…

 

Ana Júlia estava em sua sala tentando trabalhar, mas nada a fazia se concentrar no trabalho. As palavras de Laísa não saiam de sua cabeça.

 

Apesar de saber que não deveria estar se envolvendo naquela história, não conseguiu evitar o aperto no peito ao ouvir Laísa dizer que sua noite foi um inferno depois do pequeno momento que tiveram.

 

- Eu não vou conseguir lidar com isso daqui pra frente! – Disse em voz alta, como se tivesse lhe contando sua constatação.

 

- Tá falando sozinha, sua maluca?

 

Ana Júlia se sobressaltou com a chegada de Luciano.

 

- Oi, Luciano! – Falou simplesmente.

 

Ana Júlia levantou e começou a andar pela sala, tentando tomar uma decisão.

 

- Naju, você tá aí? O que você têm, garota? E essa roupa, não é a mesma de ontem!? A noite foi boa de novo, hein!

 

- Eu achei que tivesse sido, mas parece que na verdade foi um inferno.

 

Luciano fez uma careta, sem entender do que a amiga falava.

 

- Do que você tá falando, Ana Júlia? O que aconteceu?

 

- Eu passei a noite aqui no escritório. Eu e a Laísa dormimos aqui.

 

Luciano entendeu então que algo deveria ter acontecido para Ana Júlia estar tão aérea.

 

- E algo aconteceu! – Constatou.

 

- A gente se beijou, Luciano.

 

- Não era para você estar feliz, então?

 

- Eu acho que você estava certo, sabe? Eu sinto alguma coisa diferente pela Laísa, só que eu estou sobrando nessa história.

 

- Acho que isso é algo que você deveria conversar com ela, Naju.

 

- Não, eu já sei exatamente como ela se sente em relação a mim. Eu acho que realmente preciso me afastar da Laísa e da Vitória e de tudo que me remete a essa história. Vou resolver isso agora!

 

Luciano respirou fundo, estava preocupado com sua amiga. Tentou responder ou dizer qualquer coisa, mas Ana Júlia saiu como um furacão da sala sem lhe dar qualquer chance de falar.

 

Ana Júlia entrou na sala de Vitória sem sequer bater na porta.

 

- Preciso falar com você!

 

- Pois não? – Vitória achou que fosse algo sério pela expressão de sua prima.

 

- Eu quero a minha demissão! – Falou de uma vez.

 

- Você tem certeza disso? Tem uma semana que resolveu ficar, Ana Júlia. – Vitória não entendeu a atitude da prima.

 

- Certeza absoluta! Na verdade, eu só vim te avisar que estou me demitindo, as burocracias eu resolvo com o RH.

 

- Se você já está decidida, não há o que eu possa fazer.

 

Ana Júlia sorriu irônica.

 

- Não é como se você realmente quisesse que eu ficasse, não é, Vitória!? Enfim, nossa conversa já acabou!

 

…

 

Luciano ficou preocupado com o nervosismo de Ana Júlia, que voltou para sua sala e começou a arrumar sua mesa e disse apenas que não trabalhava mais no escritório, então resolveu procurar a única pessoa que achou que pudesse intervir naquela situação.

 

- O que aconteceu entre você e Naju? – Perguntou ao entrar na sala de Laísa, sem ao menos desejar bom dia.

 

- Oi? Eu que pergunto o que está acontecendo para você entrar na minha sala desse jeito me fazendo tal pergunta.

 

- Ana Júlia se demitiu.

 

- Como assim? Você tem certeza do que está falando, Luciano? – Ele fez que sim com a cabeça. – Ela e Vitória brigaram de novo?

 

- Não que eu saiba. Eu só sei que a Ana Júlia tá igual um touro mecânico desembestado arrumando as coisas dela para ir embora.

 

Laísa não acreditava no que ouvia.

 

Saiu em direção a sala de Ana Júlia com Luciano em seu encalço.

 

- Naju, o que significa isso?

 

Ana Júlia olhou para Laísa, mas não disse qualquer coisa.

 

- Ana Júlia! – Chamou irritada.

 

- Eu me demiti, mas isso não lhe diz respeito. – Respondeu ríspida.

 

Laísa estranhou, era a primeira vez que Naju lhe tratava de forma tão indiferente.

 

- Naju, olha para mim? – Pediu se aproximando. – Me fala o que aconteceu, por favor? Se foi a Vitória de novo, me fala, eu vou até lá falar com ela.

 

Ana Júlia secou uma lágrima que não pode evitar e olhou em volta, percebendo que já estava pronta para partir.

 

Antes de sair, finalmente Ana Júlia encarou Laísa, que ainda estava confusa.

 

- A Vitória não fez nada! Eu tô fazendo isso por mim! E não há nada que você possa fazer para mudar essa situação!

 

Fim do capítulo