Olá,
Como vocês estão?
Capítulo 25
Quando cheguei a minha mesa, eu voltei a ligar o meu computador, enquanto ele fazia as novas atualizações, recostei minhas costas em minha cadeira e comecei a olhar em direção a porta da sala de Charlotte, queria ter a sorte de vê-la novamente.
— Vejo que vocês estão muito bem — Arnold aproximou a sua cadeira da minha, comentando.
—Sim, mas ela não quer que ninguém saiba — Olhei séria para ele, pois meus amigos pareciam não saber o que significava não contar nada para ninguém.
— Tá... Tá... Não irei falar nada a ninguém — Deu uma pausa — Sabe, no começo achei que você estivesse fazendo papel de trouxa por alimentar uma paixão por ela, mas agora vejo o quanto isso faz bem a você. Está radiante!
— Sim, Arnold, estou muito bem, mas estou com medo de algo — Disse pensativa.
— Do quê?
— Ela disse que iria me apresentar aos seus pais e a sua irmã.
Com o que acabei de falar, Arnold levou uma de suas mãos até a sua boca e começou a me olhar surpreso.
— Uau, tô vendo que é sério mesmo, mas... — Ele deu uma pausa que acabou me incomodando — Você não tem medo não? Será que todos não são como ela?
— Prefiro pensar que não, meu amigo — Disse temerosa. Charlotte havia dito que não, contudo estava com muito medo daquelas pessoas não gostarem de mim.
Como naquele dia, eu estava dando uma última corrigida em minha matéria, antes de entregar a Charlotte, acabei ficando tempo demais no jornal, nem me dei conta de que todo mundo estava saindo e eu estava ficando.
— Já estou indo, já passou do meu horário. Acho que você deveria fazer o mesmo — Arnold comentou enquanto arrumava a sua bolsa.
— Vou ficar só mais um pouco. Já estou terminando — Estava tão concentrada dando uma última lida em minha matéria que nem vi o meu amigo saindo.
Um dos meus maiores defeitos era ser perfeccionista demais com as coisas que fazia, sempre queria fazer da melhor forma possível e quando acabei de revisar, eu me encontrava sozinha naquela sala que sempre estava cheia de jornalistas.
Após enviar a matéria para o e-mail de Charlotte, eu desliguei o meu computador e comecei a arrumar a minha bolsa de uma forma bem concentrada, nem me dei conta que alguém estava se aproximando de mim.
— Por isso que Borges lhe considera a nossa melhor jornalista. Sempre muito dedicada — Ao ouvir aquela voz, eu parei o que estava fazendo e me deparei com Charlotte que estava encostada a parede, fazendo uma posse extremamente sensual.
A verdade era que Charlotte era uma mulher que exalava sensualidade, as roupas que vestia eram extremamente sexy, a gente só não costumava se distrair com a presença dela, pois ninguém era tonto o suficiente para deixar o seu trabalho de lado e começar a encara-la, porque se caso fosse pego, recebia uma advertência.
— Tenho que me dedicar bastante, para ter a chance de viajar novamente para o encontro dos jornalistas — Disse ao olha-la com intensidade e isso a fez sorrir.
Eu sei, é muito comum vermos sorrisos por aí e trata-los como se fosse algo normal, mas quando via o sorriso de Charlotte, eu me sentia totalmente diferente. Talvez fosse por que havia passado boa parte do tempo que trabalhei no World esperando ver aquela mulher sorrindo.
— Acredito que esteja conseguindo se destacar novamente, Margarth — Ela começou a andar em minha direção olhando diretamente para os meus olhos, ao mesmo tempo que aquele olhar firme me intimidava, me dava vontade de voltar a amar aquela mulher — Estava lhe esperando lá fora e Arnold veio até mim falando que você iria demorar. Pensava que havíamos combinado que seria um segredo.
Neste momento, eu senti vontade de no lugar de mandar a Agatha para o Canadá, mandar o Arnold, pois meus amigos não tinham jeito. Acho que no lugar de falar que era um segredo, eu deveria ter dito que era para contar para todo mundo, pois do jeito que eram, só podiam achar que segredo era algo para ser espalhado.
— Ele é meu amigo, não tinha como não contar nada a ele — Tentei me defender e Charlotte ficou me encarando de uma forma séria, parecendo pensar sobre o que havia acabado e dizer.
— Eu lhe entendo, mas você sabe que estamos em uma situação complicada.
— Mas isso quer dizer que ninguém aqui pode saber sobre nós?
Charlotte respirou fundo.
Acho que estava querendo demais, Charlotte não era uma mulher impulsiva, não agia sem pensar e desde que começamos a nos envolver, ela havia começado a fazer coisas que nunca havia se imaginado fazendo.
— Você me faz fazer coisas que nunca me imaginei fazendo — Deu uma pausa e andou até ficar frente a frente comigo — Quando estou contigo, eu não penso direto. Você é tudo que eu mais temia, Margareth, a mulher que me tira a imagem de mulher centrada e estável emocionalmente — Com seus dedos ela começou a tocar a pele de um de meus braços, isso fez meu corpo todo se arrepiar.
— E você acha isso ruim? — Falei com um pouco de dificuldade, pois a forma como a minha chefe estava me olhando, estava mexendo muito comigo.
— Não, não é ruim — Ela disse de uma forma tão amável — Mesmo mexendo comigo de uma forma que me faz perder meu equilíbrio, eu amo tudo isso. Cada sensação que você causa em meu corpo.
Após a fala de Charlotte, nos beijamos. Mesmo desejando fazer amor em sua sala, tentando de alguma forma realizar a minha fantasia de ter Charlotte sobre a sua mesa, nos contentamos em ficar naquele lugar por um tempo.
Eu estava com muita vontade de leva-la, e Charlotte percebeu isso.
Por vezes, pensei que ela pudesse também estar querendo a mesma coisa. Já que a pegava olhando em direção a porta, mas ela parecia não querer se levada pelo desejo ou pela falta sensatez.
Só que eu não era da mesma forma que Charlotte, ao mesmo tempo que ficava ali com ela, eu me imaginava a colocando sobre sua mesa e me encaixando entre suas pernas.
— Se contenha, Margareth! — Ela falou com uma voz carregada de desejo enquanto eu mordiscava uma de suas orelhas.
— Por que não?
Eu fazia aquela pergunta, parecendo que eu não fazia ideia do lugar onde estávamos.
— Você hoje está passando dos limites — Ela dizia aquelas palavras enquanto eu pressionava o seu corpo contra o meu e beijava o seu pescoço— Margareth, não que eu não queira, mas eu não posso te levar para a minha sala. Não quero agir sendo levada pelo desejo e acabar tendo que lidar com as consequências depois — Disse com um pouco de dificuldade.
— Mas só um pouquinho, Charlotte — Parei de beija-la e a encarei da forma mais pidona possível.
Minha chefe ficou me encarando, parecia não estar acreditando no que estava ouvindo.
Pensei que ela diria não, mas ela se virou de costas para mim e começou a andar rumo a sua sala. Enquanto ela seguia na frente, eu fiquei no mesmo lugar. Talvez ela estivesse certa, mas eu estava com muita vontade de ter Charlotte. Sentia saudade de reviver os nossos momentos da viagem, então a última coisa que estava pensando era nas consequências disso tudo.
Após ela passar pela porta de sua sala, eu fui ao seu encontro. Quando cheguei, ela estava encostada a sua mesa com os botões de sua camisa já abertos.
— Feche a porta — Ela pediu e sentindo todo meu corpo querendo fraquejar diante dela, fiz o que foi me pedido — Estou prestes a fazer uma das maiores loucuras de minha vida — apoiou as mãos sobre a madeira atrás de si e levou o seu corpo para trás, me fazendo ter uma bela visão de seu busto.
— Tantas vezes fiquei reparando o seu corpo aqui e nunca tive a oportunidade de tocá-lo — Me posicionei na sua frente e comecei a tirar a camisa que Charlotte estava usando.
Enquanto o tecido deslizava pelos braços de Charlotte, nossos olhos ficaram conectados.
Nenhuma palavra precisava ser dita naquele momento, pois nós duas sabíamos exatamente o que queríamos.
Eu estava amando aquela mulher, estar com ela fazia algo surgir dentro de mim que eu não conseguia mais controlar. A vontade de tê-la era maior do que a minha capacidade de pensar se estava prestes a fazer uma loucura ou não.
Após tirar a sua camisa, virei o seu corpo de costas para mim e enquanto beijava as suas costas, eu descia o zíper de sua saia.
Charlotte gemia baixo enquanto segurava na mesa, tentando de alguma forma manter o equilíbrio.
— Margareth — Eu escutava ela falando meu nome várias e várias vezes, isso me deixava com ainda mais vontade de tê-la.
Com um de meus braços, eu derrubei algumas coisas que estava sobre a mesa no chão e coloquei Charlotte sentada sobre o móvel, me encaixando em seguida entre suas pernas.
Pensava que Charlotte iria fazer alguma reclamação, no entanto, ela não parecia ter ligado para o que eu havia acabado de fazer.
Ela, no momento, só usava as suas peças íntimas.
O corpo de Charlotte parecia que era perfeito, não sei para as outras pessoas, mas para mim sim.
Comecei a deslizar as minhas mãos por suas pernas. Notava que Charlotte as acompanhava com o olhar e isso me incentivava a seguir a diante.
Eu não sei bem o que passou pela minha cabeça, mas eu abaixei o meu corpo e fiz a minha boca percorrer caminhos que não eram esperados por Charlotte no momento.
Mesmo tentando se controlar, Charlotte começou a gem*r um pouco alto demais e segurou minha cabeça como se não quisesse que eu parasse o que estava fazendo.
— Não pare, por favor! — Após esse pedido, Charlotte levou seu corpo para trás e senti algo quente invadindo os meus lábios. Ela havia goz*do e fiquei completamente fascinada com a forma como o seu corpo havia ficado no momento.
Charlotte estava comigo, mas não tinha como não se lembrar do tempo que eu imaginava que nunca teria aquela mulher, por achar que ela era impossível para mim.
No entanto, para minha sorte, as coisas haviam mudado, ela estava naquela mesa, totalmente entregue a mim.
— Amo cada minuto que passo como você — Disse ao lhe olhar em seus olhos, após lhe dar um beijo bem demorado.
— Digo a mesma coisa, Margareth, no entanto, você me faz cometer loucuras — Charlotte olhou para os objetos no chão e percebeu que alguns estavam quebrados.
Rimos e nos abraçamos. Estávamos muito bem ali juntas, contudo, não tínhamos mais noção das horas e parecia que o jornal estava prestes a fechar.
— Precisamos ir — Charlotte se afastou de mim, e começou a procurar por suas peças de roupa.
— Aqui — Eu peguei a sua saia e ela começou a fazer sinal negativo com a cabeça, demonstrando que havia acabado de fazer algo muito errado — Se arrependeu? — Indaguei preocupada.
— Não, mas você sabe — Charlote deu uma pausa para colocar a sua saia e se virou para mim, para que eu pudesse subir o zíper — Acabei de demonstrar que quando estou com você, fico sem pensar nas coisas direito.
— E isso não é bom? — segurei o seu corpo pela cintura e o puxei para perto do meu.
— Ahhh... — Ela disse baixo demonstrando que havia gostado disso, mas depois se virou para mim — Você não sabe o quanto é bom, mas corremos o risco de alguém no ver aqui e isso é o que mais temo, pois a minha imagem aqui no jornal importa muito.
— Eu te entendo, talvez tenhamos agido por impulso e não pensamos nas possíveis consequências — Meu olhar se ligou ao dela e Charlotte sorriu, fazendo meu coração se alegrar. Eu era fascinada pelo sorriso daquela mulher.
— Não vamos dar brecha para arrependimentos, pois tudo aqui foi maravilhoso — Ela me acariciou a face. Isso fez eu fechar os meus olhos, demonstrando que estava amando aquele toque e que queria que ela o prolongasse, mas ela o interrompeu, começando assim a arrumar as suas coisas.
— Então, quer dizer que agora cada uma irá para a sua casa? — Perguntei sentida.
— Não, Margareth, eu quero te levar para jantar comigo. Foi por isso que fiquei a sua espera — Ela respondeu e eu fiquei surpresa, pois seria a primeira vez que sairíamos juntas. Isso demonstrava que ela não queria só me ver no ambiente de trabalho — Quero fazer alguns programas de casal contigo.
.
Fim do capítulo
Olá,
O que acharam do capítulo?
Espero que tenham gostado.
Beijinhos^^
Van^^
Instagram da autora: @autoravanrodrigues
blog: https://escritosdavanrodrigues.blogspot.com/
Comentar este capítulo:
Brescia
Em: 29/07/2019
Boa noite mocinha.
Como é bom fazer loucuras de vez enquanto, deixa a relação mais intensa e íntima, mas não é só isso que a Charlotte deseja, quer viver um amor de verdade .
Baci piccola.
Resposta do autor:
Olá, querida
Realmente a relação das duas está se tornando íntima e intensa.
Charlotte quer ter um relacionamento sério com a Margreth.
Nos próximos capítulos vamos ver a evolução da relação delas.
Muito obrogada pelo seu comentário.
Beijinhos^^
Van^^
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lis
Em: 28/07/2019
Ahhh que fofo elas.duas,hum então perderam o controle no ambiente de trabalho, quem diria hein Charlotte kkkk mais as vezes é preciso ainda mais ela que é tão séria, gostei dela levando a Margareth para jantar, fazer coisas de casais, cada dia melhor Grandona parabéns
Resposta do autor:
Olá, toquinho
KKKKKKKKK Elas não iriam ficar, mas pedi a opinião de umas leitoras e elas acharam uma boa ideia.
Sim, a Charlotte é muito séria e a Margareth está fazendo ela cometer loucuras.
Muito obrigada pelo seu comentário.
Beijinhos^^
Van^^
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