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Nossa canção inesperada por Kiss Potter

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Palavras: 7180
Acessos: 2072   |  Postado em: 22/07/2019

Capítulo 19 - Semanas incríveis - Parte III

 

Capítulo 19 – Semanas incríveis - Parte III

 

Lia e Cris estavam sentadas com seus lanches na hora do intervalo no pátio de sempre. Cris escorada nas pernas de Alberto e Lia escorada em Liz que tinha os braços em volta de sua cintura. Os quatro conversavam alegremente. Lia se sentia vivendo nos sonhos. Parecia tão natural estar com ela daquela forma, abraçada na frente de todos. Ao contrário do que pensava ninguém estava lhes encarando com preconceito e estranheza. Estar em uma cidade grande fazia toda a diferença. Com certeza em sua cidade, com aquelas pessoas de mente tão pequena o assunto seria outro.

Antes que Lia voltasse para a sala, quando Cris e Alberto saíram juntos, Liz a puxou pelo braço e lhe deu um selinho demorado.

 - A gente se vê mais tarde então? – Perguntou alisando uma mecha de seu cabelo.

- Mais tarde vou estudar um pouco. Muita coisa para ler. – Mentiu, já que iria sair com Vivi para acertarem as coisas sobre o aniversário surpresa dela.

- Vou ficar de lado então. – Fez biquinho.

- Não faz assim. – Lia a abraçou pelo pescoço e escorou a testa na dela. – Ontem eu fui toda sua. E amanhã já ficaremos juntas de novo.

- Hum. Estou viciada em você. – Liz encaixou o rosto em seu pescoço e aspirou seu cheiro. – Viciada no teu cheiro.

- Eu também estou viciada em você. – Lia sorriu e a abraçou ainda mais apertado, seu peito doía às vezes com o tamanho do sentimento que crescia por ela cada dia mais. – É difícil me concentrar em qualquer outra coisa.

Elas ficaram um bom tempo daquela forma. Lia tinha vontade de gritar para o mundo todo como estava feliz. Liz a enfeitiçara completamente. Nunca fora uma pessoa do tipo “fofa”, mas ali com aquela garota incrível, rebelde e maravilhosa ela sentia que poderia viver qualquer coisa, contanto que estivessem juntas. Com certeza a aula já havia começado, mas não conseguia simplesmente deixa-la ali. Queria tanto continuar abraçada a ela.

- Tenho um convite para te fazer. – Liz sussurrou.

- Não sei o que é, mas eu topo. – Respondeu com sinceridade. Iria para onde quer que ela a levasse. Liz a olhou e sorriu lindamente.

- Não sabem nem o que é...

- E importa? – A beijou. – Com você vou a qualquer lugar.

- Oh, Deus!

Liz a puxou pelos cabelos e devorou seus lábios. Por sorte o pátio havia esvaziado. Se tinha uma coisa que tirava o seu bom senso, era o beijo dela. Tão gostoso e atrevido. Elas começaram a rir.

– Qual o convite afinal?

- Tem uma espécie de concurso de bateria esse fim de semana. Eu e os meninos da banda vamos. É no sábado. Começa a tarde e no final vai ter Cover. Como gosta tanto de rock queria que fosse com a gente.

Seu coração acelerou ansioso. Ir a um show de rock com Liz? Sim ou com certeza? Óbvio que iria.

- Vou adorar ir com vocês.

- Perfeito.

Elas finalizaram o momento com um selinho e a contragosto se separaram, indo cada uma para a sua sala. Lia sorria no caminho. Tudo era tão perfeito ao lado de Liz... Como iria conseguir se concentrar em uma aula naquele momento? Já tinha começado. Sentou-se ao lado de Cris.

No meio da aula a coordenadora do curso passou novamente informando sobre o intercâmbio, lembrando que as inscrições já estavam abertas e que iriam até o final do mês. O prazo estava apertado porque eles tinham que passar logo a listagem dos alunos que iriam. Tinham muitas questões a acertar ainda e por isso a seleção estava sendo feito para que as vagas e bolsa não acabassem logo, mesmo que só começasse em agosto do próximo ano.

Lia sentia que era uma oportunidade boa demais para deixar passar. Resolveu que iria falar com os pais primeiro para ver o que eles achavam. No entanto, ao mesmo tempo, seu pensamento só se direcionava a Liz. Uma angústia surgia só de pensar em ficar longe dela por um semestre inteiro. Se elas continuassem sério daquela forma até lá, com certeza não seria fácil. Antes de sair da sala seu querido professor a chamou para conversarem.

- Liana, você não pensar em tentar fazer esse intercâmbio? Eu lembro que no início do curso você me falou que tinha o sonho de fazer um. Não lhe vi se inscrevendo ainda. Você sabe que tem muita chance de conseguir isso, não sabe?

- Eu sei, Sr. Álvaro. É que ainda não estou muito certa sobre isso. Eu pensava em fazer um intercâmbio ao final da faculdade. Eu já até venho avaliando alguns excelentes com meus pais.

- Isso é bobagem, Liana. Desculpe falar assim, mas o nosso intercâmbio aqui da Universidade é um dos melhores do mundo. – Disse ele seriamente. – Você é uma das minhas estudantes de Letras mais aplicada, eu posso afirmar. Mesmo sendo apenas do terceiro semestre eu sei que você tem muita chance de conseguir isso.

- O senhor acha mesmo? – Lia foi pega de surpresa. Sentiu-se orgulhosa por ele estar dizendo aquilo.

- Mas é claro que sim, Lia. Escute bem, esse curso é ministrado por professores de Oxford e Cambridge em Londres. É uma insanidade perder essa oportunidade.

Caralh*! Londres! Era o seu maior sonho conhecer a Inglaterra. Não podia negar que era realmente loucura deixar aquela oportunidade passar, ainda mais com o curso todo pago.

- Pensa bem. – Ele a aconselhou e levantou-se, pegando a sua mala já para sair da sala. – Para o seu currículo seria um avanço enorme. Você será totalmente isenta por todo semestre. Claro que o que você vai vivenciar lá por um semestre equivale ao tempo todo de faculdade. E outra, aproveita isso antes que comece uma greve novamente. Essas coisas podem atrasar muito os estudos.

- Por que o senhor está dizendo isso? – Perguntou desconfiada. – Vai começar alguma greve?

- Não que eu esteja sabendo. – Eles foram caminhando para fora da sala e conversando. – Mas o meu conselho é para que você não perda tempo. Essas coisas acontecem rápido. Nunca se sabe.

Eles pararam no corredor. Lia agradeceu os conselhos dele e depois procurou por Cris no pátio. Sua cabeça rodava ainda mais confusa. Tinha que admitir que era uma oportunidade de ouro. Ainda tinha tempo para se decidir. Por enquanto iria focar no semestre e na festa surpresa de Liz.

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

 

              Chegando em casa ela ligou para Vivi e combinaram de se encontrar à noite na porta do bar. Lia tinha curiosidade de conversar mais com ela e iria aproveitar a noite justamente para isso.

              Leu durante toda a tarde e estudou um pouco o conteúdo para as provas, se distraindo com uma mensagem ou outra que Liz lhe mandava. Ficava como boba suspirando sozinha. Se sentia idiota. Liz a tinha nas mãos de uma forma que a assustava. Tinha que admitir que esse lance entre as duas era a coisa mais inesperada que poderia ter lhe acontecido. Não sabia dizer qual das duas era mais cismada sobre relacionamentos. Contudo, elas se davam tão bem juntas. A sintonia era incrível, natural e linda.

              Estava nervosa e ansiosa para conseguir organizar esse aniversário. Até percebera que Liz parecia não dar muita bola para esse tipo de coisa, mas não seria nada assim tão diferente. Seria apenas uma comemoração com os seus amigos e ainda teria Vivi, que a conhecia melhor do que ninguém. Bom, pelo menos era o que ela achava.

Agora que parava para pensar que talvez não conhecesse Liz tão bem quanto Vivi. Esse pensamento lhe incomodou bastante. Sabia que não procurava entender tanto sobre o passado dela, mas apenas porque via como era difícil e como o assunto a afetava tanto. Estava no início de um “relacionamento” com Liz e não queria perder a leveza dos bons momentos. As duas estavam vivendo semanas realmente incríveis.

Assim que deu o horário, Lia chamou o táxi para ir até o bar encontrar-se com Vivi. Ela lhe enviou uma mensagem avisando que já estava saindo. Ainda era cedo da noite. No caminho, pensava no que poderia comprar para presentear Liz. Só conseguia pensar em algo relacionado a música, mas o quê? Ela parecia ser rica e já ter de tudo. Teria que caprichar na imaginação e na criatividade.

Entrou no bar quando chegou. Aquele lugar era lindo e maravilhoso e estava do jeitinho que Lia gostava, tocando um bom rock. Lembrou-se da primeira vez que Liz a havia levado até ali, quando achava inocentemente que só estavam se tornando amigas. Se bem que, para ser sincera, no fundo, sempre soube que a fascinação que ela exercia sobre si era diferente.

Vivi não demorou a chegar e quando foi se aproximando capturou o seu olhar atento com um sorriso na face. Lia havia pedido uma bebida para ir se aquecendo enquanto a esperava já que não sabia quem era Tom. As duas se cumprimentaram e Vivi sentou-se ao seu lado.

- O Tom já vai chegar aqui. – Declarou risonha. – Eu peguei o número dele escondida do celular da Liz enquanto ela tomava banho hoje de manhã.

Apesar de ter ficado enciumada, Lia pôs-se a rir. Não podia ter ciúmes sem sentido delas duas. Afastou os pensamentos tortos e sorriu, tinha que falar logo o que interessava.

- Que bom que você é esperta, Vivi. – Declarou e continuou séria dessa vez. – Eu preciso que seja sincera, ok?

- Claro, sempre. – Vivi respondeu virando-se para ela. – O que é?

- Você acha mesmo que é uma boa ideia fazer essa surpresa para ela?

Vivi ficou calada por algum tempo pensando no que responder.

- Por que está perguntando isso?

Teve vontade de suspirar contrariada. Odiava que lhe respondessem uma pergunta com outra pergunta. Ficou mais ansiosa.

- Ela parece não gostar de comemorar a data, eu não sei. O que acha? Conhece ela mais do que eu.

- Não vou mentir, assim que você propôs a ideia no sábado eu fiquei receosa. Liz, apesar de ter esse jeito aventureiro e divertido, é muito reservada. A única coisa que ela sempre faz todo ano é beber até cair. – Falou com seriedade, ela parecia pensativa, como se escolhesse o que falar com muito cuidado, procurando as palavras certas. – Liz é um pouco complicada. Já deve ter percebido isso.

- Sim, eu percebi. Ela sempre fica mal quando toca no nome da família. É difícil para mim vê-la dessa forma.

- Exatamente por isso mesmo que eu fiquei receosa. – De repente Vivi abriu um sorriso largo e feliz. – Mas ela parece tão diferente com você. Além do mais só vamos reunir a galera toda que ela gosta aqui, para uma noite de diversão, apenas. Nada que a gente já não faça.

O coração de Lia disparou feito louco com o que ela havia dito e foi impossível segurar o riso. Será que já era tão evidente assim para as pessoas como estavam se sentindo? Obviamente que sim, afinal, não conseguiam mesmo disfarçar a alegria e carinho quando estavam perto. No entanto, a melancolia de Liz às vezes lhe deixava insegura e não queria invadir o espaço dela.

- Então devemos fazer mesmo? – Perguntou ainda insegura e falou toda boba. – Eu nunca fiz nada do tipo para ninguém, mas é que a Liz... bem...

Vivi deu uma risadinha e balançou a cabeça em entendimento.

- Eu entendo, Lia e fico mesmo muito feliz que você tenha aparecido na vida da minha amiga. Ela está mais quieta e calma ultimamente. Além do quê, é uma graça vê-la agindo tão apaixona pelos cantos. Eu achei que nunca fosse viver para ver isso.

As duas gargalharam com isso, mesmo que Lia se sentisse ainda um pouco sem graça em falar sobre seus sentimentos por Liz, mas era inevitável. Estar com ela era maravilhoso e precisava externar esses sentimentos de alguma forma.

- Obrigada pelo apoio, Vivi.

- Eu que agradeço. Liz tem esse jeito festeiro e alegre, mas no fundo é cheia de dilemas internos. E você pode mudar isso, eu sinto. Pode ajuda-la.

A imaginação e curiosidade de Lia sempre se aguçavam a respeito dos tais problemas. Vivi com certeza saberia do que se tratava já que era sua amiga de tantos anos. Não ia se controlar em tentar saber o que teria acontecido.

- Você sabe o que aconteceu?

- Eu sei, mas se ela ainda não teve essa conversa com você é porque ela não se sente confortável com a ideia. Eu sei de tudo isso porque sou amiga dela desde a infância e acompanhei mais ou menos tudo o que aconteceu. Ela se fechou muito depois disso. Eu sempre tentava fazer ela falar e desabafar, mas ela se fecha.

- Ela sempre fica muito mal e desconversa. Eu entendo. – Lia confessou. – Eu fico preocupada quando a vejo mal. Tem alguma coisa a ver com os pais dela, não é?

- Tem sim. É algo que não se supera fácil. Eu entendo demais a minha amiga nesse...

- Boa noite, Viviane!

Lia tomou um susto quando ouviu o homem falar por trás das duas. Estava tão concentrada que não o viu se aproximando.

- Olá, boa noite. – Vivi o cumprimentou simpática e depois virou para si. – Lia, esse é o Tom e Tom essa é Liana, namorada da Liz.

- Boa noite, Tom. – Lia falou educadamente e apertou na mão que ele oferecia.- Obrigada por nos receber hoje.

- O prazer é todo meu, senhorita. Fico feliz em conhecer a namorada da minha chefe.

Eles sorriram descontraídos. Lia prontamente se sentiu à vontade com ele, Tom parecia ser um homem muito educado e atencioso, já aparentava ter os seus trinta e poucos anos e estava vestido formalmente com um blusa e calça social, o típico administrador. Eles foram até a última mesa do bar para conversarem de forma mais privada.

Vivi que começou a falar e expor a ideia de fazer uma comemoração para Liz ali, já que ela gostava tanto do bar e era importante para ela. Porém, como o bar era lésbico, Lia tinha receio de que a clientela se espantasse, mas Tom disse que não era a primeira vez que amigos se juntavam ali para comemorar algo, o bar era muito chamativo e tinham que aproveitar tudo isso, com certeza não seria problema algum receber os convidados.

- Eu posso providenciar os petiscos para vocês. O aniversário dela será na quarta feira que vem, não é isso?

- Isso, na quarta-feira. – Lia adiantou-se. Não queria problemas nem se aproveitar. – Eu pago a bebida do pessoal sem problemas, já que é surpresa podemos trazer nossa própria cerveja para não mexer no caixa ou coisas do tipo. Até porque você precisaria a autorização dela para fazer isso e já que é surpresa...

- Isso mesmo, Lia. – Vivi concordou ao seu lado. – Eu te ajudo a trazer as bebidas.

- Ótimo, então meninas. Essa era a minha única dúvida, mas por mim já está tudo acertado. Vamos arrasar no aniversário da minha chefinha.

Eles continuaram conversando por mais algum tempo, acertando mais alguns detalhes importantes para o dia, mas logo terminaram a pequena “reunião”. Satisfeitas com os resultados da noite, elas apenas discutiram mais um pouco sobre os poucos convidados. Lia iria falar com os meninos da banda dela no sábado quando fossem para o show de Rock e chamar Cris e Alberto. Vivi concordou que apenas essas pessoas já estavam de bom tamanho. O namorado dela as foi buscar no bar e lhe deixaram no apartamento.

Chegando lá ela conversou com Cris sobre tudo e ela a apoiou, dizendo que podia contar com a presença e ajuda tanto dela quanto de Alberto, eles gostavam muito de Liz também.

- Estou surpresa com esse seu entusiasmo todo, amiga. – Cris declarou animada. – Eu sempre torci para que você encontrasse uma pessoa maravilhosa para se apaixonar. Me diz se é bom ou não!

- Eu estou bem fudida isso sim. – Lia escondeu o rosto nas mãos. – Cris... é sério mesmo.

- O quê? – Cris a perguntou séria.

- Eu estou perdidamente apaixonada por ela. – Declarou sem jeito. – Isso tudo me assusta tanto. Eu não esperava por nada disso, me apaixonar e ainda mais por outra mulher. Se a gente continuar assim eu vou ter que contar para os meus pais... eu não quero nem pensar na reação deles.

- Lia, não pensa nessas coisas agora. Não precisa apressar nada. Vocês duas começaram agora, precisam de tempo para se conhecer melhor, fortalecer o sentimento primeiro sem pressão e turbulência. E outra, você aqui seus pais nem vão saber sobre vocês duas tão cedo, morando em outra cidade.

- Eu sei.

Lia baixou a cabeça e ficou pensativa. Nunca havia se envolvido sério com ninguém para apresentar à família. Certamente seria um choque assumir que estava namorando outra menina. Tinha muito medo de não conseguir enfrentar seus medos, mas ao mesmo tempo ficar sem ela não era uma opção válida. Seu peito doía só em imaginar.

– É que não gosto de me esconder e ainda mais esconder esse sentimento tão forte e lindo que me consome.  – Sua voz quebrou um pouco. - Ás vezes eu fico pensando que é um sonho e eu vou acordar a qualquer momento. Não posso perder a Liz...

Declarou emotiva e Cris foi até ela e lhe enlaçou em um abraço.

- Hey! Você não vai perder a Liz, sua boba. Eu observo vocês duas, eu vejo o quanto ela também está envolvida. O que vocês sentem será forte o suficiente para enfrentar qualquer coisa, eu sei. Só precisam de calma e paciência.

Cris a acalentou por muito tempo e ficaram abraçadas no sofá. A amizade e companheirismo dela a ajudava tanto que não tinha nem palavras para agradecer. Depois de um tempo, decidiram ir dormir para acordarem dispostas para o último dia de aula da semana. Já estava se preparando para dormir quando o seu telefone tocou. Era ela. Seu estômago e peito contraíram de felicidade.

- Oi. – Atendeu feliz. – Já ia falar com você.

- Boa noite minha linda e deliciosa namorada. – Seu coração disparou com isso. No entanto, a voz dela estava embolada e diferente. Será que tinha bebido? – Estou com saudades de você.

- Eu também estou, minha gostosa. – Lia sentou deitou-se e ficou olhando para o teto. – O que está fazendo?

- Estou aqui no meu quarto, sozinha, lembrando daquelas safadezas de ontem. Você me deixa doida, sabia?

Ela mordeu os lábios ao lembrar-se do sex* gostoso que haviam feito a noite quase toda. Meu Deus, o que Liz estava fazendo a sua sanidade e ao seu corpo?

- Você também me deixa louca. – Sorriu, se sentia cada vez mais solta para falar com elas sobre essas coisas. – Você bebeu?

Liz soltou uma gargalhada gostosa e safada.

- Só um pouquinho. – A vez dela estava muito engraçada. – Tudo o que eu queria era pegar você de jeito agora. Te beijar, morder, lamber... te ch*par todinha, Liana.

Mordeu os lábios e ofegou, enquanto um arrepio lhe percorreu o corpo todo. Aquilo era coisa que ela fizesse a uma hora daquelas quando tudo o que seu corpo mais queria era o dela? Tinha que admitir que também queria muito fazer aquilo com ela. Era só isso que pensava o tempo todo, sex*. E sex* com ela, só ela, mais ninguém. Queria se entregar e fazer tudo, tudo que fosse possível fazer em uma vida.

- Não me tortura a essa hora, Liz, por favor. Não é justo.

- Você que me tortura. – Liz suspirou pesadamente e percebeu que a voz dela parecia ainda mais próxima de seu ouvido. – Quero muito te comer agora.

Lia fechou os olhos, seus pelos todos se arrepiaram. Estava um pouquinho surpresa, Liz nunca falara tão pesado assim antes, mas não podia mentir, seu corpo adorou ouvir aquelas coisas. Liz conseguia acendê-la com o menor dos esforços mesmo estando longe. Como isso era possível? Seu sex* começou a pulsar de tesão. Isso não era justo.

- Liz, para! – Sussurrou com a voz rouca ao telefone, foi inevitável, estava excitada. – Isso é maldada.

- Puta que pariu, Liana. Não faz essa voz de safada. Não vou conseguir dormir desse jeito.

- Você que ficou me atiçando. Agora eu queria você aqui.

- Deixa eu ir até você agora, vai. Por favor! Chego em vinte minutinhos.

Lia ofegou com a possibilidade de sentir as mãos e a boca dela em todo o seu corpo e quase sucumbiu ao desejo, mas não queria ela saindo sozinha àquela hora, ainda mais bêbada.

- Não, meu amor...

Ops! Puta que pariu! Falara mesmo aquilo? Saiu tão automático. Seu coração acelerou e ficou subitamente nervosa. Será que ela havia escutado? Tentou disfarçar.

- Você está bêbada, vou me preocupar. Amanhã matamos essa saudade.

Ouviu-a suspirar de frustração do outro lado da linha e segurou a respiração, nervosa.

- Ok. – Concordou por fim. – Você não me escapa amanhã.

- Quem disse que eu quero escapar?

- Hum... – Liz fez uma voz dengosa e safada. – Você está ficando muito safada, Liana.

- Você que me deixa assim. – Sua voz estava sensual pela primeira vez na vida.

- Ah é? Você está excitada agora? Eu estou, muito.

- Vamos parar, por favor! Eu não consigo pensar em outra coisa.

- Não quero que pense em outra coisa. Quero te deixar louca por mim.

- Eu já sou completamente doida por você, Liz. – Declarou-se. – Você sabe disso.

- A única coisa que eu sei é que quero ouvir seus gemidos gostosos bem pertinho do meu ouvido enquanto trans*mos.

- Liz, você está passando dos limites nessa ligação. Fala essas coisas todas amanhã pessoalmente, eu vou adorar.

- Desculpe. – Liz riu e continuou. – Eu fico mais tarada quando bebo.

- Estou percebendo. – Lia soltou uma risada. Ela mesma também se sentia mais solta quando bebia. – Amanhã você me mostra esse fogo todo.

- Vou sim, pode acreditar. Estou tarada por você.

- Ah, Lisandra. – Era a primeira vez que falava o nome dela todo. Nossa! Amou como o nome soou tão doce em sua boca. – Eu quero você.

- Eu também quero. Olha, vou desligar ou não vou conseguir dormir.

- Eu também não. – Lia sorriu. Estava feliz e excitada ao mesmo tempo.

- Até amanhã então, minha linda.

- Até amanhã, gostosa.

Liz desligou primeiro, que bom, porque na certa ela não conseguiria. Como aquela mulher conseguia lhe deixar tão boba? Era uma ótima pergunta. Lia nunca fora assim tão safada antes. Com Liz só conseguia pensar em sex* o tempo todo, estava já se sentindo uma pervertida.

E a forma como chamara Liz mais cedo... meu amor! Ah, por favor! Tenha dó. Foi uma coisa tão automática. Apenas escapuliu. Quando se deu conta já tinha dito. Será que aquilo havia soado tão horrível quanto parecia... será que a amava mesmo, para valer? Pelo sim ou pelo não, já estava fudida de qualquer forma...

 

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

 

              A sexta feira chegou como uma verdadeira bênção. Durante a aula, só pensava o tempo todo na noite quente que teria com Liz. Estava esperando ansiosamente por isso. Queria que ela lhe cobrisse toda de brigadeiro igual na semana passada e a lambesse toda. As cenas daquele dia passaram por sua mente e quando deu por si estava mordendo tanto seu lábio com força de doeu. Precisava se controlar.

               Na hora do intervalo não se encontrou com Lisandra. Arriscou ligar para ela, mas o telefone nem mesmo chamava. Preocupou-se. Da última vez que ela havia sumido daquela forma havia sido no mês passado quando chegou bêbada e desolada em seu apartamento. Cris percebeu sua afobação e Lia acabou contando sobre esse problema que ela tinha, mas não compartilhava.

              - Amiga, você precisa ter paciência com ela. – Cris aconselhou apaziguadora. – Liz parece ser do tipo badgirl que encanta e é cheia de problemas. Você pode ajuda-la, mas precisa de paciência e problema com a família é pesado, seja lá o que for. Você nem tem ideia do que seja?

              - Nem um pouco. Quer dizer, eu tenho quase certeza que a Liz é órfã.

              - Órfã?

              - Sim. Ela tem uma tatuagem na cintura com as iniciais deles dois. Você acha que é comum fazer tatuagem com as iniciais dos seus pais eles estando vivos?

              - É esquisito mesmo. – Cris concordou. – Se for esse caso será uma situação ainda mais delicada.

              - Eu não quero parecer uma egoísta desleixada que não se interessa pela vida pessoal dela. Eu não sou idiota. Liz pode se mostrar como fodona para qualquer pessoa, mas eu vejo a ponto de tristeza que ela tem dentro de si. Ela mascara muito bem.

              - Mascara mesmo. Eu nunca percebi nada disso. Estou até surpresa com a informação. Liz é sempre tão feliz e descolada. Ela é mesmo incrível.

              - Ela é. – Lia concordou e sorriu. – Eu nunca conheci alguém como ela.

              - É sempre assim que acontece.

              - Sempre assim que acontece o quê? – Perguntou confusa.

              - Quando a gente ama.

              Lia emudeceu. Amor? De novo batia de frente com aquela palavra. No entanto, suas confusões cederam para sua preocupação quando ela passou a tarde toda sem dar nenhuma notícia e já começava a anoitecer. Puta que pariu! Iria matá-la quando ela aparecesse.

              Quando passou de seis da noite, Lia não se conteve e já ia pegar o celular para falar com Vivi quando a campainha tocou. Seu coração disparou e correu até a porta. Era Liz. Ela tinha um olhar desolado e parecia triste. Apesar da raiva e preocupação, seu alívio e alegria foram ainda maiores ao vê-la ali, sã e salva.

              - Desculpe. Eu fiquei sem bateria...

Puxou-a pela blusa e agarrou-se a ela, não queria falar nada naquele momento, apenas senti-la e beijá-la. Era ó isso que queria e foi o que fez. Beijou-a tão intensamente que a prensou contra a parede tamanho era o seu desespero em tê-la. Liz a abraçou ainda mais apertado e devorou seus lábios com fome até ficarem sem ar. Elas afastaram os rostos levemente e continuaram no abraço apertado.

- Onde você estava? Eu fiquei preocupada. – Lia perguntou emburrada.

- Desculpe. – Lia acariciou sua face e depois beijou sua testa. – Eu sou uma idiota.

- Sim, você é. Sempre dá merd* quando você some assim. O que aconteceu?

Ouviram um barulho na sala e quando olharam, viram Cris entrar na sala e as olhava com surpresa e alegria ao mesmo tempo.

- Finalmente apareceu, Liz. – Falou nada discreta. – Lia estava surtando já.

- Ah, por favor, Cris.

Lia exclamou e segurou a mão de Liz, levando-a consigo para o quarto. Assim que ela trancou a porta, fez Liz sentar-se de frente para si na cama.

- Vai me contar o que aconteceu dessa vez?

Liz ficou calada por um tempo e baixou a cabeça.

- Me deixa te ajudar, seja lá o que for. Por favor.

- Eu vou falar. É só que é difícil para mim. – Liz a puxou e fez sentar-se sobre suas pernas. – Me faz esquecer tudo.

- Eu faço sim, quando você me disser o que aconteceu dessa vez.

A abraçou e fez cafuné. Tentaria uma tática nova de aproximação com ela.

- Me conta.

- É a minha tia. Por algum motivo ela quer que eu vá para casa no dia do meu aniversário.

- Sua tia? – Estava curiosa novamente. – Ela vai fazer alguma comemoração para você?

- Acho que não, ela sabe que eu não ligo para isso. – Liz retirou a blusa dela e pousou o rosto entre seus seios, beijando-os. – Hum. Melhor lugar para eu estar.

Foi impossível para Lia não sorrir. Liz era uma cara de pau tremenda e sabia como desarmá-la totalmente.

- Então você não gosta do seu aniversário?

- Não é bem isso. Apenas não ligo para comemorações.

- Hum. – Lia a segurou pelo rosto e lhe deu um selinho demorado. Precisava saber se ela iria ou não ao encontro da tia, isso poderia atrapalhar no niver surpresa. – Você não quer comemorar nem comigo? Um jantar especial ou alguma coisa do tipo?

- Se você for o prato especial eu topo tudo. – Liz deu uma mordida em seu pescoço e aspirou seu cheiro, enlaçando-a pela cintura e colando ainda mais os corpos.

Lia riu e entranhou os dedos nos cabelos dela.

- E foi por isso que você sumiu? Só porque ela te convidou!

- Ela disse que precisava conversar umas coisas da família comigo.

- E você vai até ela no dia?

- Não. – Respondeu imediatamente e decidida. – Eu quero ficar só com você.

As duas se embolaram em um beijo sôfrego e intenso cheio de significados. Liz retirou sua roupa rapidamente, lhe pôs sobre a cama e ficou por cima dela. O peito de Lia apertava e mais uma vez aquela frase queria escapar de sua boca automaticamente, mas dessa vez conseguiu resistir.

- Me faz esquecer de tudo. – Pediu novamente e a puxou pelos cabelos.

- Ah! – Lia gem*u com o contato brusco e delicioso dela. – Como?

- Faz amor comigo! – Liz falou emocionada a milímetros de seus lábios carnudos.

Era a primeira vez que Liz a pedia para fazer amor com ela, das outras vezes ela sempre dizia trans*r, foder ou simplesmente fazer sex*, mas dessa vez disseram amor. Será que ela também estava sentindo coisas mais intensas? O pensamento lhe deixou euforia.

- É claro que eu faço amor com você.

As duas se entregaram ao amor sem reservas e com muito carinho naquela noite. Dessa vez Lia sentiu cada toque dela mais profundamente. Os beijos foram mais intensos, assim como o cheiro da pele uma da outra ao se misturar com suor dos movimentos. Pareciam desnudar e descobrirem os corpos pela primeira vez, só que de uma forma diferente. Após enlouquecerem uma à outra com beijos e toques, grudaram seus sex*s avidamente e se esvaíram intensamente no prazer uma da outra...

 

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

 

Já era seis da noite quando eles chegaram ao enorme ginásio que havia naquela parte da cidade. Lia e Liz foram juntas no carro e já saíram carregando o cooler abarrotado de bebidas. Liz dissera que hoje era dia de beber até virar a perna e que nada era tão bom quanto beber em um show de Rock. Lia apenas estava contente em acompanha-la e novamente aquele sentimento de aventura se apoderava dela. Era o efeito Lisandra sobre si.

O ginásio estava tomado por uma multidão negra. Apesar de amar Rock nunca tivera a oportunidade de ir, pois seus pais não deixavam e porque também nunca havia encontrado uma companhia ou amizade para levar junto. Até nisso Liz se encaixava perfeitamente. Elas estavam vestidas parecido, com blusas negras e calças jeans rasgadas, mas é claro que Liz era que mais se destacava, ela parecia um rock estar de longe com os longos cabelos escuros e lisos e com o ar misterioso de sempre. Será que um dia iria superar a beleza dela? Chegava a babar ao admirá-la por um longo tempo.

O Rock já rolava solto e de longe já conseguia sentir as batidas forte da bateria ecoando pelo espaço. Ficou impressionada com a quantidade de meninas que estavam por ali também, inclusive muitas delas lançaram olhares famintos para as duas conforme andavam de mãos dadas e principalmente para Liz, ela era a deusa que iluminava tudo sempre. Fazer o quê se ela era realmente linda e fodona? Tinha que controlar o ciúme.

A competição de bateria já havia começado. Eles tentaram se aproximar mais do palco montado para verem melhor as apresentações. O ambiente estava iluminado com luzes vermelhas, deixando ainda mais um clima pesado de Rock. Não podia mentir que estava adorando tudo aquilo. Liz segurou em sua mão e sorriu para ela.

Uma música alta tocava em uma caixa de som e o rapaz da bateria a acompanhava com perfeição. Era incrível de se ver a coordenação motora de um baterista. Liz bebia e trocava informações técnicas com os meninos da banda. Lia, na primeira oportunidade que tivesse, iria falar com Jack sobre o aniversário de Liz na quarta-feira.

Ele só tocava as músicas excelentes, desde punk rock e Grunge. Mas as que Lia e Liz mais gostaram de escutar foi blink-182, Nirvana e Red Hot. Lia amou quando ele tocou “By the way”. Segundo Liz, ela era bem interessante e um pouquinho complicada de tocar na bateria. Era incrível como as pessoas estavam animadas ali apenas com isso. Imagina quando o cover começasse. Eles já haviam chegado tarde, as apresentações haviam se estendido por toda a tarde. O rapaz encerrou a sua vez e logo a banda começou a se organizar para tocar.

A banda era toda feminina, Lia se agradou com aquilo. Mulheres no Rock era uma coisa maravilhosa. Percebeu que a baterista parecia bem rebelde e bonita. Ela chamava bastante atenção. Viu quando Jack se aproximou de Liz e falou algo em seu ouvido e todos eles começaram a rir, na certa de alguma piadinha interna. Liz apenas balançou a cabeça em reprovação e tomou um gole grande em sua bebida. Lia a olhou tentando entender o que era, mas ela apenas balançou a cabeça.

A banda já começou surpreendendo com a escolha do repertório, Jesus of Suburbia do Green Day, aquela sim era uma puta música. Rapidamente uma rodinha punk se formou. Liz a puxou para participarem, a agitação dos movimentos com a misturada da bebida lhe deixou tonta e ao mesmo tempo como se flutuasse, tanto de alegria quanto empolgação. Se sentia livre como nunca antes. Quando os chutes e empurrões começaram a ficar mais pesados, Liz as tirou de lá rapidamente.

Voltaram para perto do palco onde os meninos da banda estavam aos beijos. Se sentia estranhamente excitada ali com ela. Ficaram apenas a secar mais garrafas e apreciar a moça que tocava bem demais. Lia não podia negar. O ruim mesmo foi o olhar vidrado de Liz. Ah, mas isso a tirou do sério. Ela nem disfarçava o olhar de adoração. Teve um momento que ela virou para Lia e ainda gritou em seu ouvido o quanto a moça era boa na bateria. Apenas deu uma de indiferente e ficou emburrada.

Liz estava mesmo bebendo horrores. Ela não mentiu quando disse que estava disposta a beber para valer naquela noite. Estava cada vez mais solta e animada. Do nada, lhe deu um beijo de tirar o fôlego e saiu pelo meio da multidão, indo até o palco. Lia ficou preocupada enquanto os meninos apenas riam. Talvez estivesse se preocupando demais, afinal, era Liz, ela sabia como se cuidar, ou assim pensava.

Subindo no palco ela falou alguma coisa na orelha da baterista e depois foi até a cantora. Um calor misturado com raiva tomou conta do seu rosto. Como ela tinha a audácia de ir falar com aquelazinha na sua frente? Fechou a cara mais uma vez, pegou uma garrafa de Vodka que estava na mão de Jack e virou com tudo. O líquido desceu queimando suas entranhas, poucos segundos depois um calor tomou todo o seu corpo.

Perante aquela palhaçada, o mais interessante mesmo foi quando ela se jogou de cima do palco e a multidão lhe amparou. Liz era uma louca. Apenas olhava tudo de cara fechada e irritada. Assim que ela voltou e se aproximou deles, tentou agarra-la, mas Lia esquivou-se.

- O que foi? – Liz gritou em seu ouvido.

- O que você sussurrou no ouvido delas? – Explodiu sua raiva em cima dela e a empurrou.

- Ah, ciumenta. – Liz a puxou com tudo para si e tomou seus lábios com fome e vontade.

Tentou se desvencilhar quando escutou “All I wanted” tocar. Seu coração disparou e derreteu. Ela havia pedido para que tocassem essa? A agarrou pelo pescoço com força enquanto a sentia sorrindo durante o beijo. Lia se sentia emocionada. Estava eufórica, confusa, com raiva e livre. Naquele momento seus sentimentos tão intensos ficaram ainda mais claros, como sempre, tudo estava sendo perfeito.

- Você pediu para tocarem a nossa canção?

- Então essa é a nossa canção? – Liz deu sorrisinho safado e mordeu os lábios.

A beijou com vontade, desejo, amor, tesão... tudo que estava contido em seu ser. Não adiantava mais esconder, estava doida por Liz, perdidamente apaixonada, a amava loucamente. Sentiu quando uma lágrima queimou sua face, mas não parou o beijo, Liz a pegava e beijava de forma tão firme e selvagem.

Começaram a se devorar pela boca, ch*pando as línguas e puxando os cabelos uma da outra com vontade. Todos que estavam perto ficaram olhando para duas, uns com olhares alegres e outros com inveja. Ela estava uma delícia com aquele gostinho de álcool, era ainda mais delicioso. O ciúme parecia ter acendido Lia de uma maneira louca.

Elas se beijaram sem intervalo durante a música toda e quando se separaram os meninos da banda começaram a bater palmas, chamando a atenção de todos ao redor. Ao mesmo tempo que estava super feliz, excitada e meio zonza, ficou também tímida e sem graça. Liz apenas sorria, ela já estava acostumada com atenção e olhares.

Sentiu uma vontade de fazer xixi, precisava ir no banheiro com urgência, aproveitou a deixa e pediu que Jack a acompanhasse até lá, mesmo Liz querendo ir junto. Quando se afastaram mais da zoada ela explicou da surpresa, o dia e o horário e pediu para que ele repassasse para os outros.

Rapidamente fez o que tinha de fazer e voltou com Jack para onde estavam. Viu de longe que uma garota estava tentando se agarrar a Liz, que tentava afastá-la, mas sem sucesso, via que ela estava meio atrapalhada devido à bebida.

Lia ficou possessa naquele momento. Já não raciocinava bem e o ciúme se misturou com a bebida resultando em uma irritação e coragem fora do comum. Pisou firme até aquela cena ridícula e empurrou com toda força a moça para longe de sua amada.

- Sai fora! – Grito a plenos pulmões. - Ela não quer nada com você, sua vadia!

O empurrão foi tão forte que a tal mulher esbarrou desajeitadamente na multidão ali perto. Logo elas tinham a atenção das pessoas mais uma vez. Inferno! Odiava dar vexame, mas quando viu aquela mulher agarrando Liz, não conseguiu ver mais nada na sua frente. Tinha que defender sua namorada e que se fodesse todo o resto.

A mulher tentou avançar nela assim que retomou o equilíbrio, mas Liz a segurou com mais força agora, impedindo-a de voar nela. A raiva de Lia só borbulhou ainda mais. Que vaca audaciosa! Agarrou a sua namorada e ainda estava achando ruim quando levou troco. Já ia voar nela novamente quando sentiu braços fortes rodearem sua cintura, era o guitarrista Felipe, um outro membro da banda deles.

Viu quando Jack correu para separar Liz da tal mulher. Lia tentou se soltar, mas foi inútil. Eles as levaram para fora do ginásio. A raiva ainda borbulhava em seu interior e o pior para Lia foi vê-los fazendo graça de tudo enquanto as levavam para fora. O ar gélido e puro da noite as refrescou, a camada pesada do ambiente pareceu sair de seus ombros.

- Já chega de show e bebida para vocês, hoje. – Jack, falou. – Vou levar vocês para casa.

- Obrigada, Jack. – Liz agradeceu e foi em sua direção, lhe abraçando. Podia sentir os olhares dos meninos nelas. – Hey, obrigada por me defender lá.

- Obrigada o cacete, Liz. – A raiva ainda pulsava forte dentro de si. – Por que as mulheres caem tanto em cima de você?

- Acredite, Lia. Eu sempre me fiz essa mesma pergunta. – Jack falou e os outros começara a rir para valer.

- Você não está ajudando em nada. – Liz ralhou com ele. – Vamos logo embora.

Ela deu a chave de seu carro para ele e esperou que ele fosse ao estacionamento busca-lo, Liz tentava se aproximar, mas a outra estava emburrada, não queria conversa. A imagem daquela mulher tentando agarra-la lhe deixou puta da vida. Jack finalmente chegou com o carro e se despediram dos outros, entrando no banco de trás.

Dessa vez quando Liz tentou lhe abraçar ela não recusou, apenas encostou sua cabeça no peito dela enquanto sentia tudo girar um pouco devido ao álcool que havia ingerido. Eles foram em silêncio o caminho todo, com Liz afagando seus cabelos e fazendo cafuné.

Lia tinha raiva do seu descontrole com a situação toda, odiava dar vexame e chamar atenção, mas não conseguiu mesmo se controlar, fora totalmente explosiva e dominada pelo ciúme. Se sentia à flor da pele com Liz, nunca sentira tantas sensações e sentimentos durante toda a sua vida como sentia agora com ela. Se sentia uma bagunça.

Jack as deixou no prédio de Liz e se foi. Assim que chegaram no apartamento Lia conferiu se Vivi estava por ali, mas estava tudo escuro e silencioso. Abraçou Liz apertado pelo pescoço e tomou os lábios dela em um beijo intenso e selvagem. Se sentia eriçada e cheia de desejos por conta da bebida.

Seu tesão aumentou ainda mais e queimou em seu interior quando Liz apertou seu bumbum com força e vontade e a fez enlaçar as pernas em sua cintura. Levou-a para o quarto o mais rápido possível. Jogou-a sobre a cama e cobriu seu corpo com o dela. Lia puxou em seus cabelos e fez Liz lhe encarar.

- Você é minha, Lisandra. Só minha. Entendeu?

- Você tem ciúmes sem sentido, minha linda e gostosa. – Liz sussurrou sobre seus lábios e retirou sua blusa, beijando sua barriga.

As duas se encararam e se admiraram por vários segundos. O sentimento forte e ainda desconhecido para ambas as dominava completamente. O álcool também a deixava cheia de vontade e mais ousada que o costume.

- Ah, Deus! – Liz exclamou e soltou um suspiro cheio de emoção. – Caralh*, você vai fuder minha vida.

- Você que está fudendo com a minha.

- Eu nunca fui assim com ninguém, Liana. – Lia podia ouvir a voz dela a ponto de quebrar.

- Eu também não. – Foi a vez de Lia tirar a blusa dela. Depois a abraçou calorosamente. - Faz amor comigo.

- Eu vou... como nunca antes...

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa noite, lindas...

Aproveitem muito esse capítulo!!! Hehehe

Hot no próximo, não me matem.

Bjs!


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Comentários para 19 - Capítulo 19 - Semanas incríveis - Parte III:
patty-321
patty-321

Em: 17/09/2020

Ah saudades de um bom show de rock.
Resposta do autor:

Aaaahhhh

Nem me fala. Acho que já tá com uns 3 anos desde o último que eu fui. Sabe pra qual? Pra turnê em comemoração dos 30 anos do legião urbana. Não tinha Renato Russo, mas foi muito especial mesmo assim.

❤🌈

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Kiss Potter
Kiss Potter Autora da história

Em: 21/10/2019

No Review

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Val Maria
Val Maria

Em: 29/07/2019

 

Oi autora,tudo bem,? 

Essa Liz sabe como contornar a situação e dobrar a Lia,pois ela enrolou e não falou nada de sua vida e do seu sumiço de fato,falou da tia e tal, mas coisas não muito convencente.

É claro que a Liz percebeu a frase da Lia e  só fingiu não entender.

A Lia está muito ciumenta,e isso pode ser perigoso para relação,uma hora isso fica ruim,mas a Liz também está apaixonada pela a garota.

Beijos autora linda,amo muito a história.

 

Até mais.

Val Castro

 


Resposta do autor:

Olá Val

A Liz dobra mesmo a Lia, demais. Acho até engraçado pois a Lia tem personalidade forte e fica toda besta derretida. Estamos chegando perto de descobrir tudo. Aí veremos o mais sobre Liz.

Realmente Liz não só percebeu como também se entregou com tudo. Está sendo lindo vê-las dessa forma. Escrever cenas felizes é muito bom.

Lia é mesmo ciumenta, muito mesmo. Ela está pagando o preço de ter uma mulher tão linda e encantadora. Tadinha. Kkkkkkk

Bjs e espero que goste do capítulo 20. 

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Elna Vale
Elna Vale

Em: 28/07/2019

Oi menina...

Mais que Capitulo fodastico!meus parabéns...

Cada vez mais sou fã da Liz rs..esse jeito espontâno dela, é encantador...o mistério TB contribui...

Ansiosa p ler o q a senhorita está aprontando para esta festa de aniversário,algo me diz q teremos surpresa a vista!

Qdo sai o cap 20?rs...só p não perder o costume rs...

Bjs


Resposta do autor:

Olá Elna...

Fico feliz que tenha gostado de mais este.  Obrigada!

A Liz conquistou mesmo todas vocês, acho engraçado, mas realmente é difícil não se apaixonar pelo jeito misterioso e levado dela.

Eu não estou aprontando nada, elas duas é que estão. rsrsrsrs... terão mesmo uma surpresa... vamos ver como vai ser.

Olha, não posso mentir, vai demorar um pouquinho ainda, comecei a escrever a pouco tempo. Rsrsrs. Tudo bem, entendo a ansiedade.

Bjs e obg pelo lindo comentário.

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Keilaspm
Keilaspm

Em: 23/07/2019

Cap foda adorando ansiosa pelo próximo cap parabéns 


Resposta do autor:

Olá Keila

Fiquei extremamente feliz que você deu uma chance para meu conto e mais ainda que tenha gostado tanto dele.

E que bom que apreciou este capítulo. O próxima irá demorar um poquinho mais, não posso negar, essa semana está agitada, mas prometo tentar ao máximo postar ainda na semana que vem.

Bjs

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