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Tempestade por Ana Pizani

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 2031
Acessos: 2782   |  Postado em: 20/07/2019

Notas iniciais:

Pessoal, quero pedir desculpas pela demora em postar os capítulos. Diferentemente dos grandes, esta pequena escreve apenas quando inspirada e durante as férias ( professor às vezes descansa rsrs) tem sido difícil conter a velocidade dos diálogos em minha mente. Por isso a demora. 

Também quero agradecer a todos os comentários carinhosos e sugestões. 

 

Um beijo carinhoso em cada uma que está acompanhando a história. Obrigada de coração.

 

;) Hasta luego!

Capítulo 8 – Cacos no chão

 

”Nada ficou no lugar

Eu quero quebrar essas xícaras

Eu vou enganar o diabo

Eu quero acordar sua família

 

Eu vou escrever no seu muro

E violentar o seu gosto

Eu quero roubar no seu jogo

Eu já arranhei os seus discos

 

Que é pra ver se você volta

Que é pra ver se você vem

Que é pra ver se você olha

Pra mim”

Adriana Calcanhoto

 

 

 

            Não há pobres coitados em histórias modernas. E não poderia ser diferente nesta história tão comum, que poderia ter acontecido com qualquer pessoa. Quando eu escutei este enredo a primeira levei algum tempo para acreditar. Talvez porque as histórias de amor estejam cada vez mais raras e também porque a pessoa que me contava dizia que havia participado da história de forma, digamos, bem ativa, em todo o sentido do termo.

            O fato era que a esta altura dessa história o leitor atento já deve ter tomado partido e assim escolhido a sua melhor candidata para Aline. Alguns defenderão a Rosa até o fim, até porque ela parece mais forte e mais segura de seus sentimentos que a outra, sua rival, chamada Débora, que é toda errada e ainda não ousa falar de seus sentimentos.

            O que poucos sabem é que viver uma vida de mentira dá muito trabalho por mais perfeita que esta vida seja. Os melhores restaurantes, as melhores boates, as melhoras roupas e sapatos, nada disso ao final de um dia faz sentido.

            Outra coisa também que eu sei (e você também) é que histórias de amor dificilmente terminam como queremos até mesmo o autor se vê convencido por esta ou aquela personagem e acaba mudando todo o enredo que havia pensado anteriormente.

            Não há pobres coitados em lugar algum. O que há, sem dúvida, são histórias de amor, todas belíssimas.

 

           

            Depois de alguns dias se preocupando com o último período da faculdade, Aline pegou o ônibus, sobrecarregada de livros e pensamentos. Se pudéssemos vê-la, naquela momento, dificilmente poderíamos notar qualquer ansiedade ou nervosismo em seu olhar, mas lá dentro, por detrás da face de nerd ela tremia inteira.

            Em plena quarta-feira ela resolveu observar a cidade já velha a seus olhos enquanto aguardava o seu ponto. Todos aqueles prédios enormes, carros, buzinas, pessoas, cores, um borrão diante dos olhos de Aline que havia chegado ali num caminhão sujo de terra e sem nenhuma perspectiva de futuro. Uma vida toda voltada para permanecer viva em meio ao caos.

            Geralmente Aline não se permite ficar remoendo o passado, somente agora se aproximando de sua formatura ela parece se lembrar de quem é e de onde veio realmente. Há de se convir que por vezes as tolices de nossas vidas cotidianas nos levam a caminhos bem longe de nós mesmos.

            Voltar-se para o passado é um ato de coragem quando esse passado é doloroso. Ainda assim, nada de abalos sísmicos. Ninguém viria porque já não havia ninguém para vir. A tia, a referida tia do começo da história que fizera o papel de mãe, morrera há muitos anos vítima de uma dessas doenças comuns. Quando se é pobre, ter saúde é ato de força e ela tinha sido forte por muito tempo.

            Poucas ligações, não houve visitas após a chegada de Aline na cidade grande. A própria tia não havia se importado, estava muito magra a abatida e não era essa a imagem que ela queria deixar na sobrinha querida.

            Nem ao velório, um dia quente de abril, Aline havia comparecido. Não tinha ido em vida, não iria em morte. Somente agora a saudade apertava tão forte a ponto de doer as costelas, como nos tempos de fome.

            Segurou as lágrimas com um livro aberto no colo, nem percebeu que havia passado do ponto e deu sinal apressada.

            Na rua escura e pouco movimentada caminhava distraída. Não participaria da formatura nem iria ao baile, não tinha dinheiro para isso. A única garantia que tinha era que precisava arrumar serviço em uma escola logo e fazer de tudo para continuar a estudar. Fazer uma pós, mestrado até chegar ao sonhado doutorado. Quando se é pobre o conhecimento pode mover montanhas e garantir o alimento na mesa.

            Aline nem percebeu quando chegou à porta do imenso prédio em que morava. Olhou para cima, nunca poderia imaginar que conseguiria morar num lugar daqueles. Que conseguiria estudar, trabalhar e ainda ter tempo para ter problemas amorosos. E lá estava ela, à beira da formatura e com sonhos cada vez maiores.

            Girou a chave na fechadura e ouviu alguns gritos. Correu para ver o que era e se deparou com uma cena pra lá de estranha.

 

            Débora discutia com um Vinícius na cozinha. Ele estava exaltado, nervoso e falava muito alto com ela. Aline encarou os dois e resolveu ir para o quarto. Foi quando sentiu uma mão no seu braço.

            Rosa a puxou para dentro do seu quarto. Fez um sinal de silêncio de quem estava escutando a briga desde o início.

            _ Eles nem me viram passar. _ disse Aline enciumada. _ O que está acontecendo?

            Rosa permaneceu com a porta entreaberta e com o ouvido colado para escutar o que acontecia.

            _ Não sei bem, parece que ele estava ficando com a nossa amiga e mais outras duzentas meninas da cidade. E ela pegou as conversas no celular dele. Desde então está essa confusão lá fora.

            _ Mas ele não está sendo violento com ela não, neh? Achei ele bem exaltado. Nem me viu passando.

            _ Isso tudo não passa de um teatro. Ela não gosta dele e fica fazendo tipo para convencê-lo. A família dela disse que ela precisa se casar logo, a família chegou ao fundo do fundo do poço.

            Aline sentiu a saliva queimar na garganta. Sentou-se na cama de Rosa mais triste do que já estava.

            Rosa notou a carinha desanimada da “amiga” e sentou-se na cama para abraçá-la.

            _ Desculpa por ter falado dessa maneira, sei que você gosta da Débora, mas ela só quer se dar bem. E a sua formatura, você me disse que ficaria sabendo de datas hoje na faculdade.

            _ Pois é, vou participar apenas da colação de grau. Terei direito a três convites apenas e estou bastante desanimada para te falar a verdade.

            _ Não deveria. É uma grande vitória e tenho certeza que do jeito que você é inteligente rapidinho conseguirá emprego na área. Na verdade, tenho uma tia que é diretora de uma escola particular, posso ver com ela uma oportunidade para você por lá.

            _ Seria maravilhoso.

            _ E será. O que eu puder fazer para te ajudar, farei.

            Rosa sempre solícita. Rosa sempre ali.

            Lá fora a discussão parecia perto do fim, a porta do apartamento bateu e elas saíram do quarto.

            _ O que está havendo, Débora? _ perguntou Rosa fingindo não entender nada.

            _ O cafajeste do Vinícius parece que trans* com todas as garotas da cidade. Uma coisa seria ele fazer isso na calada da noite, outra coisa é o meu nome ficar na boca das pessoas a ponto de virar motivo de deboche. Poxa, ele me pede em namoro e age como um ogro.

            Aline sentiu aquelas palavras como murro na beira do estômago. Resolveu tomar um bom banho quente para se deitar. Deixou as duas conversando na sala e entrou no banheiro.

            Minutos depois escutou alguém bater a porta do apartamento novamente. Logo em seguida Rosa bateu na porta do banheiro.

            _ Amiga, Débora foi comprar algo para a gente comer. Você ainda vai demorar ai, porque eu preciso pegar meu creme noturno.

            _ Você quer entrar? A porta não está trancada. Só abrir.

            Rosa respirou fundo antes de entrar. O vidro do box estava todo embaçado pelo vapor do chuveiro, mas ainda assim era possível ver o corpo nu de Aline. Ela estava lavando o cabelo enquanto se ensaboava. De costas, Rosa a observava pelo espelho da pia enquanto aplicava o produto na pele do rosto. Demorou-se mais que deveria. Pensou no apartamento vazio, Luíza estava viajando, Débora fora comprando comida e elas duas ali, sozinhas, separadas por poucos metros.

            Rosa imaginava coisas na sua cabeça e tentava conversar para disfarçar seu nervosismo.

            _ Eu espero que você me leve na colação. Já estou pensando em qual vestido comprar.

            _ Claro, um dos convites já é seu. Ainda bem que não preciso me preocupar com roupa, só mesmo aquela beca horrenda que ainda tenho que alugar. E não se preocupe com isso, vá bem simples. Nada de gastar por causa de uma bobagem dessas.

            _ Uma historiadora! Nem acredito que passou tão rápido estes últimos meses. Parece que já nos conhecemos há tempos.

            _ Verdade. Fico feliz demais por ter encontrado vocês.

            Aline terminou de tomar banho e não estranhou a demora da amiga no banheiro, afinal ela estava terminando de retirar o creme verde do rosto.

            Enquanto se secava com a toalha, por um segundo, Aline percebeu. Percebeu o olhar de Rosa, percebeu o desejo ali. E o que nunca havia passado em sua cabeça de repente fez sentido.

            Estavam muito próximas, Rosa preferia ficar com ela a sair com os amigos, logo ela, uma festeira de mão cheia.

            Débora cada vez mais distante, ocupada com os compromissos sociais envolvidos com o ato de namorar um homem importante. Rosa sempre ali, assistindo a filmes tarde da noite, almoçando com ela quando podia.

            Apenas nos horários da aula elas se desgrudavam.

            Por um segundo, Aline percebeu, mas não ousou pensar naquele assunto o resto da noite. Débora foi se deitar cedo após comerem e Rosa percebeu que Aline havia desconfiado de algo no banheiro. Estava diferente, distante, quase área.

            _ Vamos assistir àquele filme que você queria ver? Ele já está disponível.

            Aline concordou com a cabeça. Estavam no quarto de Rosa. Ambas deitadas na enorme cama de casal. Débora havia deixado o quarto a contragosto, não conseguia engolir aquela amizade entre as duas. Mas confiava demais no caráter de Aline, que sempre separava muito bem amizade e relacionamentos. Julgava também que a garota gostava dela demais para pensar em outra mulher.

            Só que Aline pensou, desde o banheiro pensava e pensava sem parar. Nem prestou atenção na comida. Não se lembrava o que haviam conversado durante a refeição. Apenas a cena do banheiro, os olhares, o desejo que viu.

            Rosa era uma mulher linda, educada, que sempre esteve ao lado de Aline nos bons e maus momentos e mesmo alimentando um sentimento velado, Rosa disfarçava muito bem.

            Só que naquela noite em específico ela sabia que Aline percebeu algo e pela primeira vez na vida, ficou sem saber como agir. Ir para cima ou esperar Aline? E se Aline nunca a procurasse? E se a amiga estivesse assustada com o que notara?

            _ Rosa, posso te fazer uma pergunta que está me matando, talvez uma impressão que eu tive no banheiro, uma bobagem da minha cabeça... enfim, deixa pra lá.

            _ Não, não, Aline, fala logo. O que é?

            O coração de Rosa estava na boca àquela altura.

            _ No banheiro eu por um momento tive a impressão...

            _ Sim.

            _ Tenho receio de falar e você me interpretar mal, falar que é coisa da minha cabeça.

            Rosa não sabia o que dizer.

            _ Rosa, eu acho que você...

            _ Acha que eu...

            _ Me olhou...diferente no banheiro.

            Aline estava vermelha de vergonha, mas a escuridão do quarto não permitia ver muito. Rosa se aproximou do rosto de Aline e nem se deu o trabalho de falar nada. Apenas a beijou.

            Meses sonhando com aquele momento, até que a porta do quarto abriu deixando um feixe de luz entrar.

            Débora estava parada na porta e milhares de cacos de um copo antes cheio de água jazia no chão.

Fim do capítulo


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Comentários para 9 - Capítulo 8 – Cacos no chão:
Tonsdemarsala
Tonsdemarsala

Em: 27/07/2019

Vixi..e agora?

Responder

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Mille
Mille

Em: 23/07/2019

Ola autora 

O que fazer Aline acho que a Débora vai pirar a cabeça com esse beijo.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Olá, Mille! Verdade, muita coisa vai mudar...

Responder

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annagh
annagh

Em: 22/07/2019

Olá Ana!!! Tudo bem???

Comecei a ler ontem essa história...e me surpreendi!!! To adorando!!! Parabéns Autora!!!

Mas vamos lá..."cacos no chão" ficou o meu coração com esse beijo de Rosa e Aline...ok, Rosa é um amorzinho, um doce, incrível, excelente Amiga...mas sabe quando não rola química? Ela seria sim a mulher ideal para Aline, digamos que para Aline ter um pouco de paz e não sofrer tanto. Porém, acredito que ninguém entra em nossa vida por acaso. E Aline e Débora se pertencem sim...somente um grande amor para Débora superar seus desafios, vencer os próprios preconceitos e tenho certeza que Aline pode conseguir isso. Sabe essa energia que Aline sente quando Débora chega perto? Até eu sinto...kkkkkk...isso signigifa Autora que tu é muito boa na escrita viu...

Débora é chata sim...mal humorada..patricinha...egocêntrica...mas acredito em mudanças, basta ela querer e ter um forte motivo que a incentive e impulsione a querer realmente mudar. A lutar pelo que ama e por quem ama. E seria lindo vê essa mudança, mas enfim, não sei quais são os planos da Autora né...rsrsrsr...

Esse lance de Rosa e Aline (beijo ou possível namoro) fará com que a cabecinha de Débora dê um rebuliço...ela vai surtar...intriga com a amiga de tantos anos é complicado né...justo nesse momento. E poxa, Rosa sabe que no fundo a Amiga ta confusa e que gosta de Aline e foi beijar a garota mesmo assim? Não gostei...sério. Eu ficaria p*** da vida  se uma amiga minha de tantos anos que morasse na mesma casa iniciasse um relacionamento com a garota que eu gosto.

Vou ficando por aqui ansiosa pelo próximo capítulo. Volte logo!!!

Beijo!!!

 


Resposta do autor:

Olá, AnnaGH. Seu nome me lembrou um livro da Clarice rsrs Enfim, que bom que gostou e eu adorei o seu comentário. Realmente, a Rosa deixa a desejar ao ir para cima de Débora, mas a pergunta é? O que irá acontecer de agora para frente? Espero que continue por aqui.

 

Bju carinhoso!

 

Ana Maria

Responder

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Brescia
Brescia

Em: 21/07/2019

          Bom dia prof. 

 

E agora José,  qual estrada escolher,  antes não tinha nenhuma,  além de sofrer por uma mulher que já tem o destino traçado e com dificuldade para admitir o que sente e agora descobre em sua melhor amiga um sentimento de desejo e admiração que não havia percebido. 

 

          Baci piccola escritrice.  

 

 


Resposta do autor:

Olá!

 

Sim, muita coisa vai rolar e muita coisa irá mudar...espero que goste!

 

Bjus

Responder

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