Capítulo 7
Capítulo 06
Pov Milena
A noite do quarto dia estava encerrando. Eu estava desesperada, uma angústia tomava conta de mim e lágrimas desciam pelo meu rosto quando Sandra bateu levemente a porta do quarto de Mirela.
- O que houve Mirela? Porque chora? – Sandra indagou com a voz carregada de doçura.
- Não foi nada Sandra, não se preocupe...
Sandra tomou a minha mão com carinho e me conduziu para a cama depois de trancar a porta. Seus olhos negros e pequenos exalavam uma serenidade que me fez sentir intenso constrangimento.
- Milena querida...
Meus olhos a fitaram com espanto e eu não consegui dizer nada, e ela continuou mansamente.
- É muito difícil confundir Mirela com você, apesar da semelhança imensa nos corpos de vocês.
- Meu Deus, Sandra o que foi que eu fiz? Se você descobriu... com certeza Fernanda também...
- Não sei, eu acho que não. Mas, eu entendo, sei o motivo que levou você fazer isso...
- Você sabe?
- Seus olhos falam de amor... ou estou enganada?
- Não. Eu amo Fernanda, mas isso não justifica o que eu estou fazendo...
E de meus olhos grossas lágrimas caíram e uma vergonha imensa tomou conta de mim, quando Sandra acariciou minha mão.
- Não se culpe dessa maneira, mas ouça-me, conte a verdade para Fernanda, aproveite essa viagem para fazer isso.
- Não posso viajar com ela Sandra, eu não posso seguir com isso...
- Você pode sim, e deve. Milena, se eu bem conheço Fernanda, ela a ama também...
- Sandra, por favor, ela ama a Mirela... eu sou a Milena...
- Fernanda ama você, mesmo que ela não saiba que você é a Milena, ela a ama. Ouça Milena, Fernanda e Mirela não têm intimidade há muito tempo e vejo nos olhos de Fernanda o amor que há muito tempo não via... Viaje com ela sim, e conte a verdade, fale do seu amor...
- E se ela me odiar por isso, Sandra? Eu a enganei, menti, usurpei o lugar de Mirela dentro dessa casa...
- Não. Eu discordo de você. É verdade que você mentiu, mas não usurpou, porque foi Mirela quem lhe cedeu esse direito... Mas, deixemos de lado tudo isso, e lembre-se, a verdade liberta. Conte para Fernanda quem é você e o que sente por ela, e acredite filha, - ela disse com o olhar carregado de carinho, - o amor sempre vence. E eu sei que Fernanda Valadão a ama, eu a conheço bem...
Sandra encerrou a conversa dizendo.
- Agora vamos arrumar suas malas, pois, hoje à noite você viaja...
Eu sorri e uma serenidade havia tomado conta de mim novamente. Sandra tinha o poder de acalmar as pessoas e eu estava mais equilibrada depois de tudo o que ela tinha me falado.
O sol já sumia no horizonte quando Fernanda e eu chegamos ao aeroporto Juscelino Kubitschek e seguimos para Fernando de Noronha. O calor da mão de Fernanda sobre a minha me causava sensações adversas. Um medo me assolava quando imaginava contar a verdade. E minha mente estava um turbilhão de pensamentos desgovernados, onde via Fernanda me mandando embora, me acusando de usurpadora, depois eu divagava e imaginava ela dizendo que me amava e que queria que eu continuasse na sua vida. Passei a viagem assim, aos sobressaltos. A chegada ao hotel não demorou muito. Eu estava angustiada, meu coração estava muito acelerado e minhas mãos produziam suor frio. Fernanda desfazia a mala quando eu tomei a sua mão.
- Nanda, por favor, pare um pouco, sente-se aqui... – e a conduzi para uma poltrona macia e grande que tinha ali no quarto. Minhas mãos estavam tremiam e ela disse:
- O que houve querida, porque está assim?
- Eu preciso lhe contar algo muito grave, na verdade eu tentei lhe contar algumas vezes... Nanda eu sei que depois do que eu lhe contar, você poderá me odiar para sempre, sei que pedir perdão não vai adiantar, mas ainda assim, eu lhe peço... Eu adentrei a sua casa e... eu...
As lágrimas desciam pelo meu rosto e minha voz estava embargada na garganta. Fernanda levantou-se e pegou um copo e me serviu água.
- Tome devagar, isso vai lhe fazer bem...
Eu sorvia a água devagar com o olhar perdido como se buscasse alguma ajuda para conseguir fazer o que eu precisava. Depositei o copo sobre uma mesinha de vidro que tinha ao lado do sofá, pigarreei e continuei, sem conseguir conectar corretamente a história que precisava narrar.
- Eu errei muito... não devia ter feito isso, mas, acho que nada justifica e... eu menti para você...
Os olhos dela estavam presos aos meus que vez ou outra vagueava pelo quarto.
- Nanda eu não sou quem você pensa que sou, eu... sou...
- Milena...
Ela disse olhando para mim e tomando as minhas mãos que pareciam duas pedras de gelo.
- Você já sabia? Eu pensei que... Nanda, por favor, me perdoa, eu sei que cometi algo horrível, mas me deixei levar pelo... bem... eu...
- Se deixou levar pelo o quê? Fale para mim Milena, porque eu não entendo o motivo que a levou a fazer isso. Mirela fez chantagem com alguma coisa? Foi por dinheiro?
- Não. Não foi por dinheiro. Mirela não fez nenhuma chantagem, nunca, apesar de implorar tanto. A verdade é que... – meus olhos marejados cobriram os dela. – Eu queria passar esses dias ao seu lado, Nanda, eu sei que errei, que adentrei a sua casa usando uma identidade que não é minha, mas eu estava apai... eu sempre fui apaixonada por você, - meu rosto estava corado de vergonha e as lágrimas eram ininterruptas, - por favor, eu sei que está com ódio de mim e entendo isso, portanto eu já reservei a minha passagem de volta...
Ia levantar quando Nanda segurou a minha mão. Um arrepio tomou conta do meu corpo quando ela me pediu para sentar novamente. Seus olhos exalavam um brilho diferente quando deitaram sobre os meus. E sua voz adentrou meus ouvidos numa absolvição que eu nunca esperava.
- Eu sei de tudo Milena, desde começo. Eu sei que você trocou de lugar com Mirela e sei o motivo que minha mulher fez isso, sei de sua infidelidade. Confesso que não entendi qual era o seu motivo e tive muita raiva de você. Eu sei que para você ter feito isso devia ter um motivo e eu busquei saber, depois de algumas noites ao seu lado. No começo, quando eu soube da sua atuação nesse plano sórdido de Mirela, eu desejei me vingar de você... mas, fizemos amor na primeira noite e minha alma ficou preenchida.
- Eu sei que lhe magoei Nanda e estou muito envergonhada...
- Eu sei... olhe para mim, - e ela tocou no meu queixo erguendo meu rosto para que meus olhos chegassem aos seus, - você me ama mesmo?
- Sim. Sempre amei você Nanda, desde dia em que adentrou meu quarto, você se lembra?
- Sim. Eu lembro. Está com você esses dias me fez sentir algo que eu nunca senti quando fazia amor com Mirela...
- E o que é? Eu sei que você a amou muito ou ainda ama...
- Não, eu não a amo mais, eu amei sim, muito. Hoje eu não sei se era amor... eu nutri por Mirela uma paixão ensandecida, mas de algum tempo para cá, não sinto mais nada, a não ser uma raiva intensa por suas traições, mas isso não vem ao caso. E ter você comigo esses dias me fez entender o que é o amor... Não posso negar que ao descobrir toda a trama que Mirela montou e saber que você estava de conluio com ela me deixou muito irada...senti um ódio imenso de você...porque sempre lhe tive numa cotação grande de caráter...
Meu corpo tremia. Dos meus olhos lágrimas torrenciais desciam e Nanda vez ou outra limpava minha face com a palma da mão, enquanto seus olhos deitavam sobre os meus e falavam de amor... Ela continuou...
- Montei um plano para me vingar de você quando eu me separasse de Mirela, mas bastou uma noite de amor nos seus braços... para eu esquecer da raiva que sentia. Milena eu sei que você errou, mas não quero que saia da minha vida, eu sei que fez isso por amor e acho que isso justifica, não acha? – ela me indagou com um meio sorriso me puxando devagar para o seu abraço e eu me deliciei com aquela sensação de liberdade. Sandra tinha razão, a verdade liberta, e eu estava livre e agora poderia amar Nanda, sendo eu mesma.
- Quero que seja minha namorada, o que me diz? – era ela me indagando depois que beijou meus lábios suavemente.
- E Mirela? Ela é minha irmã...
- Milena ouça bem, eu vou me divorciar de Mirela e isso está decidido faz algum tempo... acho que o destino estava preparando você para mim, - ela sorriu. Seus olhos negros e grandes iluminaram e eu senti que a vida me preenchia de um sentido que eu nunca tinha tido. Ficamos abraçadas, não sei precisar por quanto tempo.
- Você ainda não me respondeu, quer ou não ser a minha namorada? – ela me indagava de novo segurando meu queixo com carinho. Seus olhos estavam mergulhados nos meus, me percrustando... me sondando... – Não me diga que vai recusar essa mulher maravilhosa e que está apaixonada por você... – ela sorriu. O mundo inteiro ficou iluminado com aquele sorriso. Meus olhos ainda marejados cobriam sua face quando eu disse:
- Sim, eu quero sim, meu amor.
Os lábios de Fernando pousaram sobre os meus... devagar... pegando meu cabelo entre os dedos... eu gemi de prazer... sua língua buscou a minha com delicadeza. Seus dedos corriam levemente pelo meu rosto enquanto os outros continuavam presos aos meus cabelos. Ela beijou meus olhos que estavam fechados em êxtase. Seus lábios corriam cada pedacinho do meu rosto e ela pousava de novo nos meus e me beijava com sofreguidão. Meu corpo estremecia... deliciosamente... Nanda desabotoou o meu vestido e depois tirou o sutiã de renda preta que cobria parte dos meus seios, estavam inturgecidos. Ela correu seus dedos lentamente por cima de um deles que se arrepiou com o toque, enquanto cobria o outro com sua boca quente e macia e o ch*pou como se fosse um bebê em desespero. Depois suavizou o movimento e foi circundando a aureola dele com a ponta da língua, fazendo a minha epiderme eriçar. O outro que ela massageava com a ponta dos dedos foi envolvido pela sua boca, deixando o que estava sugado por ela sobre o massagear delicioso de sua mão... eu estava molhada... sedenta...louca por sentir sua boca me revirando por dentro da minha intimidade que mais parecia uma lagoa. Nanda sabia disso e me castigou. Virou meu corpo de costa e percorria com seus dedos cada pedaço, e depois passava a língua ou mordia devagar me causando tremores. Sua língua desceu lentamente e atingiu a minha bunda.
- Que delícia... – ela sussurrou enquanto ia me molhando com sua saliva por onde corria sua língua quente e macia. Estremeci... Nanda abriu um pouco as minhas pernas... eu nunca tinha sentido aquilo, claro, eu nunca tinha ficado com nenhuma mulher, a não ser com ela, em meus devaneios de amor, mas nunca imaginei tudo aquilo, eu acho... ela foi passando sua língua em torno das minhas nádegas... eu gemia...ofegante...desejosa que ela me possuísse com sua língua, com seus dedos... Porque havia um desespero em mim...uma urgência...e ela sabia e continuava a me castigar. Com sua língua ainda mais molhada ela abriu um pouco mais as minhas pernas e lambeu meu ânus, depois ao redor, gem*ndo...e me colocou de quatro. A pele do meu corpo inteiro ameaçou sair quando ela me penetrou com seu dedo, enquanto devorava lambia a minha bunda com gemidos de prazer que se misturavam aos meus. Eu sentia uma exasperação... sentia vida e morte ao mesmo tempo... e ela sabia disso, meu corpo me condenava, me delatava, estava arrepiado, trêmulo... . Nanda deitou e me puxou devagar para ela, sua boca envolveu toda a minha intimidade e ela sugou...eu era o seu alimento e ela me comia deliciosamente... Explodi...desesperadamente e livre... uma onda de gozo atingiu meu corpo e eu estremeci num prazer inenarrável...
Ela me puxou para seu corpo e deixamos nossos corpos unidos, nossas intimidades molhadas dançarem feito animais num ritmo delicioso de acasalamento e goz*mos novamente... Nanda gemia de prazer e eu?! Eu estava viajando no entorpecimento do deleite mais profundo...
- Você é simplesmente...deliciosa... – ela disse e me beijou suavemente. Seguimos para o banho e nos amamos novamente naquela banheira imensa, com água quente e perfumada. Depois do jantar adormecemos. Felizes e livres, eu estava livre da mentira e Nanda ficaria com o divórcio quando retornássemos para Brasília.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Sylvanna Santos
Em: 20/04/2020
Oiiii
Lê suas histórias sempre me lavam a tomar banho frio!
Você é 1.000!
Beijo
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