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  • Capítulo 36 - Eu estou com você, irmão

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As escolhas de Helena por escolhasdehelena

Ver comentários: 3

Ver lista de capítulos

Palavras: 4185
Acessos: 1994   |  Postado em: 07/07/2019

Capítulo 36 - Eu estou com você, irmão

 

 

Dante e Lívia acordaram cedo e logo se encaminharam para a clínica de endoscopia digestiva alta do Dr. Simmel.

“Caramba, temos trabalho para meio século.” Dante coça a cabeça ao ver dezenas de caixas no depósito com pranchetas e prontuários. “Vamos levar lá para cima, aí a gente digitaliza na impressora da recepção e eu fico perto do telefone caso precise atender.

“E o que eu faço?” Lívia pergunta, enquanto pega uma caixa.

“Fica ali do meu lado na recepção e atende quem chegar. Esse teu rostinho lindo só vai melhorar o dia dos pacientes.” Dante dá uma piscadinha e também pega uma das caixas.

“Eu acho a especialidade do seu pai tão interessante.” Lívia comenta, enquanto levam as caixas. “Ainda mais porque eu tive Técnica Operatória esse semestre, estou meio encantada com isso.”

“A gente faz simulações de laparoscopia naquelas máquinas no laboratório, né? Estou louco para treinar isso.”

“Você vai adorar, amor! A parte teórica é um pouco chata, mas a prática é bem legal. Estou até pensando em entrar na liga de cirurgia do aparelho digestivo semestre que vem.”

“E eu nem tenho muitas opções de liga acadêmica porque ainda não tenho muitas matérias básicas cumpridas.”

“Mas qual liga você pensa em entrar? Alguma de cirurgia?”

“Na verdade não sei... se eu fizer, meu pai vai querer que eu escolha a especialidade dele, faça residência por aqui e prossiga com a clínica dele.”

“E você não quer isso? Parece um bom plano no meu ponto de vista.”

“Não é.” Dante coloca a caixa ao lado do computador, e depois pega a caixa da namorada e a coloca ao lado.

“Meu casal de assistentes favorito!” O pai de Dante aparece e abraça os jovens. “Abram a clínica daqui uns 10 minutos. Vocês pegaram as caixas?”

“Pegamos só duas, espero terminar essa leva até a hora do almoço. O Dr. Abromovizt vem hoje?” Dante começa a abrir uma as caixas.

“Ótimo. O Dr. Abromovizt vem sim, mas vai chegar atrasado, ele está fazendo uma laqueação elástica lá no hospital. Eu já vou lá para dentro, cuidem de tudo aí, amo vocês!” Dr. Simmel manda um beijo de longe ao casal e adentra em uma das salas da clínica.

 

________//________

 

 

Após o velório, Helena foi checar os bebês na maternidade.

“Mais um dia e você já pode levar seus irmãozinhos para casa.” A jovem enfermeira ao lado das crianças comenta com Helena.

“Deve ser bem legal trabalhar nessa área, você vê os seres mais fofos da Terra todos os dias.” Helena sorri.

“Realmente a maternidade é a ala mais fofa e maravilhosa do hospital.” A enfermeira sorri de volta.

“Hey...” Helena pigarreia, um pouco envergonhada. “Depois do seu expediente, a gente poderia sair para beber alguma coisa? Digo, não sei se você curte beber...”

“Ai...” A jovem arregala os olhos. “Desculpa, eu não...”

“Meu Deus! Desculpa, eu achei que você-”

“Sim, digo, eu sou, mas eu tenho noiva...” A jovem parece mais envergonhada do que Helena.

“Ah... desculpa.” A estudante coloca a mão sobre a testa e chacoalha negativamente. “Eu ando em uma onda de má sorte incrível. Liguei para minha ex e ela está em outra. Saí com uma garota e desde então ela nem respondeu mais minhas mensagens.”

“Que pena... talvez se você jogar na Mega Sena, pode ganhar, quem sabe? Azar no amor, sorte no jogo...” A enfermeira brinca.

“Talvez eu jogue mesmo...” Helena também brinca. “Acho que eu deveria dar um tempo nessa de ficar procurando alguém.”

“Bem, foi na fase que eu comecei a me encontrar e aprender a ser feliz sozinha que encontrei minha atual noiva. A gente precisa aprender a ser independente primeiro, para depois achar alguém que nos complete.”

“Não é um conselho ruim.” Helena dá de ombros e se vê obrigada a concordar.

 

_______//________

 

“Meu braço está doendo de tanto ficar tirando folha daquele scanner.” Dante reclama, ao chegar em casa com a namorada.

“Eu gostei, os pacientes do seu pai são tão simpáticos!” Lívia comenta.

“Minha mãe acabou de mandar mensagem. Ela quer que estejamos prontos em uma hora para jantarmos em Gramado.”

“É sério? Gramado?!”

“Sim, é relativamente perto daqui. Tem uma cantina italiana que ela adora, então provavelmente quer nos levar lá para que tu proves a melhor massa do Brasil, segundo ela.” Dante explica.

“Que fofa sua mãe! Preciso começar a me arrumar já! Vou para o banho, se quiser me acompanhar...” Lívia já pega uma toalha e se apronta para o banho.

“Vou daqui a pouco.” Dante olha para o celular e vê uma chamada perdida. Então chama de volta.

“Não tinha visto tu me ligares, Anna, eu estava saindo do trabalho, desculpe. Como foi o encontro ontem?”

“Não tem problema, eu também tinha acabado de sair do trabalho. Então! Era por causa disso mesmo que eu liguei. Adorei seu conselho, quando eu achava que tinha falado alguma bobagem, colocava seu nome no meio. Expliquei que você também é trans, e conversamos bastante sobre ativismo, e outras coisas.”

“Tu e ele não trans*ram, né?” Dante ri.

“Não. Ele me deixou na portaria do prédio, eu o beijei e perguntei se queria subir e ele disse que tinha uma reunião com uma start up de manhã.”

“Ele deve estar inseguro. É normal, às vezes. Não tente pressioná-lo, vai levando com calma. Mas tu achas que ele curtiu o beijo pelo menos?”

“Sim, ele correspondeu rápido, a gente se beijou por um período prolongado até. Hoje de manhã me deu bom dia normalmente, conversamos por mensagem o dia inteiro, mas ele ainda não mencionou um segundo encontro. Devo me preocupar?”

“Bem, nada te impede de chamá-lo para outro rolê primeiro. Como eu disse, ele ainda deve estar um pouco inseguro.”

“Vou chamá-lo, mas se eu tomar um fora, colocarei a culpa em você!” Anna Júlia ri.

“Acredite no que te digo, ele vai aceitar.”

“E como estão as coisas com a Lívia por aí?”

“Tudo bem, eu acho. Nós conversamos a respeito da situação com a Helena. Propus de abrirmos o relacionamento para não haver mais traições e ela surtou.”

“Abrir? Sério? Mas você não disse para mim que a ama e quer ficar com ela?”

“Sim, por isso eu disse que quero abrir, e não terminar.” Dante completa.

“E isso vai funcionar?”

“Vamos ver.” Dante responde.

“Depois você me conta esse teu tal plano com detalhes, então. Vou tentar chamar o garoto para um segundo encontro. Deseje-me boa sorte!”

“Boa sorte, Anna Júlia! Beijo.”

 

________//________

 

Adelheid, Dante e Lívia chegaram à cantina italiana e se sentaram próximo a janela que Dante e sua mãe sempre ficavam quando iam para lá e então fizeram seus pedidos.

“Então, Lívia, Dante me disse que já estás indo para o 5o semestre! Já tens ideia da carreira que vais seguir?” Adelheid pergunta.

“Cuidado, minha mãe vive caçando residentes de dermato.” Dante brinca.

“Pare, seu bobo. Eu já sei que te perdi para o teu pai, mas tua namorada ainda tem salvação.” Adelheid brinca, e Dante se cala.

“Bem, eu ainda não sei... vou começar o ciclo clínico agora, inclusive tenho dermato nesse semestre.” Lívia responde logo em seguida.

“Tu vais amar!” Adelheid exclama. “Ainda tens aula com aquele professor... como era o nome dele mesmo? Dias Freitas?”

“Sim! É o nome dele mesmo que está no plano de ensino para nos dar aula dessa matéria!”

“Eu entrei na Liga de Dermatologia, sendo ele o nosso preceptor. Ele é um amor. Quando começares a matéria, diga a ele que tua sogra mandou um abraço.” Adelheid comenta e os pratos de entrada finalmente chegam.

 

 

________//_______

 

O dia de levar os bebês para casa chegou mais rápido do que Helena esperava. Os avós paternos e maternos se despediram e a responsabilidade passou a ser toda de Heveraldo, com o auxílio da filha e dos empregados. Tudo parecia decorrer muito bem, até a primeira madrugada de choro intenso. Helena se levantou e foi socorrer Flávio, o gêmeo mais novo – por dois minutos de diferença.

“Que foi, bebê?” Helena pega o irmãozinho no colo. Sem cheiro de fezes, ela supôs que fosse fome e deu a mamadeira para o neném, que finalmente se acalmou. “Cara, se eu me acostumar com você e o Horácio, vou acabar gostando de pediatria.” Ela conversa com o irmão enquanto o pai escuta, encostado na porta.

“Seria uma ótima especialidade para você, filha.” Heveraldo comenta.

“Pai? Não tinha escutado o senhor aí.” Balançando o bebê no colo, Helena responde.

“Dá ele aqui. Vai dormir, você precisa descansar, filha.” Heveraldo pega o filho no colo.

“Eu estou bem, pai.” Helena responde, bocejando.

“Vai dormir. Você está de férias. Precisa sair um pouco também, não vou ficar lhe atrapalhando. Você não tinha uma namorada que morava aqui?”

“Tinha. Terminamos.” Helena abaixa o olhar.

“Tenho certeza que encontrará alguém melhor.” Heveraldo tenta consolar do seu próprio jeito com um sorriso meio desajeitado.

 

________//________

 

Anna Júlia se debateu durante a noite, e acabou não chamando Bernardo para sair novamente. Tomou algumas taças de vinho e, antes de dormir, deixou uma mensagem para o rapaz. Ela havia acabado de cair no sono quando escutou o barulho de mensagem com a resposta dele.

‘Está acordada ainda? Desculpa a demora em responder, estava organizando minha agenda, consegui o emprego na start up que lhe falei, meu amigo que trabalha lá acabou de me responder. E eu estou louco para sair com você novamente. Se estiver acordada, podemos beber em algum lugar.’

‘Sim! Estou! Vamos sim! Vamos ao pub? Está tendo promoção de alguns drinks por lá.’ Anna Júlia se levanta e responde rapidamente.

‘Parece perfeito! Pego você aí na portaria em meia hora.’ Após a resposta de Bernardo, a jovem advogada corre para trocar de roupa e esperar o rapaz.

 

________//_______

 

“O que achou?” Lívia coloca uma lingerie preta e vermelha e dá uma volta para o namorado ver.

“Que que isso, hein...” Dante se aproxima da garota e a agarra pela cintura. “Quer usar o balanço? Acabei de montar.”

“Quero!!” Lívia já se ajeita para se pendurar. Ela retira a parte debaixo da lingerie e fica de barriga para baixo.

“Estás pronta?” Dante pergunta, logo após sutilmente molhar o dedo médio e anelar com a própria saliva.

“Estou!” Lívia concorda e, antes que perceba, Dante enfia os dois dedos no canal vagin*l da namorada, que segura o gemido.

“Podes gem*r e ficar a vontade, o quarto dos meus pais fica longe.” Então o garoto retira os dedos e pega o vibrador de controle remoto, já consertado.

“O que está fazendo?” Lívia pergunta, sem conseguir enxergar o que ocorre.

“Tu vais ver.” Ele coloca o vibrador dentro dela e se senta na cama, logo a frente do balanço.

“Você colocou o-” Antes que ela pudesse terminar a frase, ele liga o aparelho e já coloca em velocidade média, fazendo a garota revirar e tremer os olhos de prazer.

“Queres mais?” Com o olhar astuto e um sorriso superior, Dante aumenta a velocidade e Lívia concorda com a cabeça, entre gemidos cada vez mais altos.

 

 

________//________

 

Já no clube, Anna Júlia dançava com Bernardo enquanto segurava uma garrafa de cerveja na mão.

“O que você acha de irmos naquele banheiro unissex ali e você me mostrar o que sabe fazer com as mãos?” A garota provoca.

“O quê?” Bernardo ri, envergonhado.

“Qual é, vou ter que pedir tudo agora?” Anna Júlia se afasta e cruza as mãos.

Bernardo franze as sobrancelhas. “Está me desafiando?” Ele então puxa a garota pelo braço e a leva para o banheiro.

 

 

________//________

 

Já presa por quatro algemas e com as pernas abertas, Lívia tentava se contorcer de prazer, deitada em decúbito ventral com a cabeça em hiperextensão, enquanto Dante lhe dava estocadas cada vez mais fortes e rápidas.

“A-amor, meu celular está tocando.” Lívia comenta, com a voz fraca e quase sem forças, completamente tomada pelo desejo, sem a menor vontade de atender.

“É teu irmão.” Dante pega o celular enquanto continua empurrando a prótese peniana dentro de Lívia.

“Deixa para lá, falo com ele depois.” Lívia fecha os olhos e continua a sentir a fricção que lhe excita cada terminação neural.

“Ele deixou uma mensagem.” Dante lê rapidamente a notificação sem perder a concentração do movimento. “Estou indo a Gramado, tirei férias. Você está em PoA?”

“Oi?” Lívia arregala os olhos. “Para um pouco, preciso ligar para ele!” Ela pede, e Dante retira a prótese.

“Não consigo encontrar as chaves, acho que deixei na mala.” Ele procura por todo lugar.

“Tudo bem, disca e coloca no viva-voz enquanto procura.” Lívia sugere e Dante assim o faz.

“Alô? Mana?” A voz de Bento surge do outro lado da linha.

“Maninho! Como vai?” Lívia responde.

“Sua voz está longe, aproxima mais o celular!”

“Espera um pouco...” Lívia pigarreia. “Dante, vem aqui, segura o celular, procura depois.” Ela pede sussurando.

“Está tudo bem, maninha?” Bento se preocupa.

“Ela está algemada e não encontramos as chaves.” Dante confessa e Bento gargalha no outro lado da linha.

“Dante! Obrigada, viu!” Lívia bufa. “Então Bento, você vem para Gramado? Vai tirar férias com o Cláudio?”

“Na verdade vou só eu...” A voz de Bento fica um pouco mais fraca.

“Se quiseres, podes ficar aqui em casa, ficamos a umas duas horinhas de distância de Gramado...” Dante oferece.

“Não precisa, meu querido, muito obrigado! O hotel já está pago, vou aproveitar, só queria saber se podemos nos encontrar, chego amanhã a tarde.”

“Tem uma cantina italiana que a mãe do Dante nos levou, poderíamos jantar lá com você amanhã, o que acha?”

“Vou adorar! Vejo vocês amanhã, meus amores! E Dante, encontre essas chaves logo, você conhece a namorada impaciente que tem!” Bento brinca e logo se despede.

“Se tem uma coisa que eu não quero agora é que você encontre essas chaves.” Lívia dá uma piscadinha para Dante, que entende bem o recado.

 

________//________

 

No dia seguinte, Helena dormia no sofá enquanto o sol já definia mais da metade do dia. Dona Alvina tomava conta dos bebês enquanto Helena tomava conta das olheiras.

“Dona Helena, seu celular estava na cozinha, ele não para de tocar.” Uma outra empregada entrega o celular para a garota sonolenta.

“Obrigada.” Bocejando, Helena atende.

“Alô? Você que é a irmã do Marco?” Uma voz aflita de um adolescente pergunta.

“Oi? Não, quer dizer, sim, sou irmã dele, por quê?” Helena responde, confusa.

“A gente precisa de você aqui, o Marco não está passando bem, ele disse que se algo acontecesse era para ligar para você, e-”

“Espera, liga para a mãe dele, se ele está passando mal, é a mãe dele que tem que ver isso.”

“Por favor, tem que ser você...”

“O que aconteceu?”

“Ele misturou algumas bebidas e-”

“O quê? Ele bebeu de novo?!” Helena se levanta finalmente, irritada.

“Por favor, ele disse que você sabe, nós não podemos ligar para a mãe dele! Por favor, a gente paga o uber para você, só vem, por favor!”

“Não precisa, eu vou de carro, manda o endereço agora. Eu vou matar esse garoto.” Bufando, Helena desliga o celular e sai o mais rápido possível.

 

 

________//________

 

Enquanto Lívia fazia o cadastro de um paciente, Dante terminava de escanear outra caixa de prontuários, com algumas pausas para trocar mensagens com Anna Júlia.

‘Espera, tu literalmente pediste para parar enquanto o guri metia os dedos em ti?’

‘Ai, Dante, estava me machucando! Não tenho culpa.’

‘Então provavelmente tu não vais mais vê-lo.’

‘Quem disse? Nós dois rimos da situação depois. Acho que seremos bons amigos.’

‘Tens certeza que esse Bernardo só quer amizade?’

‘Ele mesmo percebeu que não estava rolando muita química na pegação, Dan... mas tudo bem, pelo menos fiz uma nova amizade.’

Enquanto Dante digitava, Lívia finalizou o cadastro de um novo paciente e foi ao encontro do namorado.

“Ele mesmo percebeu que não estava rolando muita química na pegação...A Anna Júlia fica falando dos encontros dela para você agora?” Lívia arqueia uma sobrancelha.

“Sim, por quê?” Dante estranha a reação da namorada.

“Nada, não, eu não sabia que vocês estavam nesse nível de amizade...” Lívia desvia o olhar.

“Bem, ela vendeu o carro para mim, e me deu aulas sem cobrar nada extra, ela é gente boa.” Dante dá de ombros e pega o celular de volta.

“Você sabe que se abrirmos o relacionamento você não pode ficar com ela, né?”

“Oi? Que tipo de mandamento aleatório é esse?” Dante dá risada. “Quem disse que eu ficaria com ela?” Ele revira os olhos. “Mas espera, por que não poderia?”

“Porque ela é minha colega de apartamento! Do mesmo jeito que eu não vou ficar com a Helena, você não pode ficar com a Anna Júlia. Eu n-não estou sendo abusiva! Isso é só... é só um acordo!” Lívia perde um pouco a linha no nervosismo.

“Eu não estava te proibindo a nada, mas já que chegaste a essa conclusão, concordo então.” Dante se [psiciona sem contra argumentos e volta para o celular, enquanto outra paciente acaba de adentrar na clínica.

 

 

________//________

 

 Helena conseguiu chegar no local indicado em tempo recorde. Um dos garotos abriu a porta e a jovem estudante de medicina encontrou o enteado de sua mãe jogado em cima do sofá, praticamente desacordado.

“Cadê a mãe de vocês?” Helena pergunta, enquanto checa os sinais vitais do irmão.

“Minha mãe foi viajar e eu fiquei sozinho, daí eu chamei alguns amigos e a gente foi beber um pouco... o Marco disse que a irmã dele era de boa com isso, que fazia medicina e que se ele passasse mal era para ligar e daí ele começou a misturar umas bebidas e começou a ficar meio atordoado, não falava palavra com palavra...”

“Ele vomitou?” Helena questiona.

“Não, ainda não, só fica desse jeito aí, querendo fechar o olho, meio tonto. Em um momento antes de ficar assim ele ficou tão doido que tirou a blusa e colocou em volta da mão como se fosse uma luva e socou a parede. ”

“Marco! Marco!” Helena fecha a mão e esfrega com força sobre o osso esterno, no tórax do irmão, para produzir um estímulo de dor e ver se o garoto responde.

“Boo-hoo.” O garoto responde, letárgico. “Para.”

“Você está doido? Poderia ter entrado em coma alcóolico! Você tem 13 anos, seu idiota!” Helena dá um tapa na testa de Marco. “Você aí de boné amarelo, vai pegar alguma coisa doce para ele comer.” Ela ordena para um dos amigos do menino.

“Eu estou bem, Helena, eu est-” Marco vomita sobre a roupa de Helena.

“Você tem um problema. E dessa vez não vou lhe poupar, Marco. Nós vamos conversar com a sua mãe.” Helena responde enquanto tenta se limpar com uma toalha fornecida por um dos amigos do menino.

“Não, por favor...” O garoto suplica. “Você prometeu que eu poderia contar contigo! Desculpa por ter vomitado em você...”

“Não é por ter vomitado! Olha sua idade, garoto! Você não vai abusar da minha generosidade. Vamos.” Helena, com raiva, pega o garoto pelo braço e o arrasta até o carro, colocando-o no banco de trás e prendendo-o com o cinto de segurança, feito criança.

“Se você contar para minha mãe, desconsidere-se minha irmã.” Ele reclama, ainda bêbado.

“O importante é que você vai estar bem.” Helena responde, enquanto dirige de volta para a casa das mães.

 

________//________

 

Helena arrastou o irmão pelo elevador e o levou até o apartamento. Laura as atendeu e se assustou ao ver o filho semi-acordado com restos de vômito no canto da boca, pois ele também havia gorfado dentro do veículo.

“O que aconteceu?!” Laura pergunta, assustada.

“Pergunte a ele.” Helena joga o garoto no sofá.

“Marco!” Laura se aproxima do filho e sente o cheiro do álcool. “Marco o que aconteceu?” Ela segura o rosto do menino, tentando entender.

“Fala para ela, Marco, fala o que você estava fazendo!” Helena fala, em tom acusatório.

“Eu não estou bem...” Marco responde, meio manhoso.

“Os amigos dele pegaram meu número de celular dele e me ligaram, esse garoto estava quase em coma alcoólico!” Helena aponta para o adolescente.

“O quê?!” Laura não consegue acreditar. “Marco, isso é verdade?”

“Eu quero vomitar...” O garoto reclama.

“Eu tentei avisá-lo da primeira vez, mas ele não me escutou e-”

“Espera, já teve outra vez?” Laura pergunta, extremamente assustada.

“Quando eu fui buscá-lo, naquele dia que a senhora pediu. Ele pediu para não contar e eu o fiz prometer que não faria novamente.”

“Helena, você acreditou na palavra de um adolescente de 13 anos?! Era para ter me contado logo na primeira vez!” Então Laura se vira para o filho. “E você, vamos para o banheiro, eu vou lhe dar um banho gelado e um castigo de no mínimo seis meses! Seu irresponsável!” Ela pega o garoto com dificuldade e o leva para o banheiro, com ajuda de Helena.

“Desculpa não ter contado antes, dona Laura. Foi meu erro ter confiado nele.”

“Tudo bem, querida, você tentou protegê-lo.” Laura responde, enquanto tira as roupas sujas do filho. “É isso que irmãos fazem, tentam proteger. Mas você fez a escolha certa quando decidiu trazê-lo para cá. Eu desconfiava que ele estivesse bebendo, mas não tinha certeza e ele fugia do assunto. Muito obrigada mesmo por tê-lo trazido.” Enquanto Laura agradece, as colocam o garoto bêbado debaixo do chuveiro.

__________//________

 

 

Após o expediente, Lívia e Dante voltaram rapidamente para casa e se arrumaram para outra noite em Gramado, dessa vez com Bento Henrique. Encontraram-se em frente à cantina italiana. Bento parecia diferente, barba malfeita, camisa amassada e aspecto cansado.

“Irmãozinho!” Lívia o abraça com ternura e um pouco de pena ao ver a situação.

“Liv!” Bento se segura para não chorar logo no primeiro abraço.

“Olá, Bento.” Dante oferece um aperto de mão mas logo é puxado também para um abraço. Ele se afasta sutilmente. ”Eu vou pegar uma mesa e tu podes ficar aqui conversando um pouquinho com tua irmã.”

Bento então se sentou em um banquinho do lado de fora, e Lívia se sentou ao lado dele. Nenhuma palavra foi dita por alguns segundos. Lívia arrumou o cabelo do irmão, e ele, como em um reflexo, encostou a cabeça no ombro da caçula.

“O que o Cláudio fez?” Ela pergunta, já desconfiando.

“Ele me traiu, Liv. Não tem volta.” Bento começa a chorar. “Na verdade eu nem tinha planejado essa viagem, tirei uns dias restantes que eu tinha de férias para fugir mesmo, não estava suportando olhar para a cara dele...”

Lívia fica sem reação. “Mas.. mas ele confessou? Ele pediu perdão? Não diga que não tem volta, vocês se amam...”

“Foi na nossa cama, Liv! Eu voltei do trabalho e lá ele estava, com um amigo nosso ainda por cima...” Aos soluços, Bento vai contando.

“Bento, eu nem sei o que dizer...” Lívia segura forte o irmão.

“Não diga nada... hoje eu só quero beber até esquecer o que vivi.” Bento se afasta aos poucos e limpa as lágrimas.

“A gente se entope de vinho e massa aqui e depois vamos beber em algum bar, pode ser?” Lívia sugere, e Bento finalmente esboça um sorriso.

 

________//________

 

Após auxiliar a madrasta e dar uma limpada superficial no tapete do carro, Helena retornava para a casa de seu pai em uma avenida peculiarmente tranquila, quando viu duas motos em uma velocidade absurdamente alta. Revirou os olhos para si mesma ao não compreender a necessidade de tamanho abuso, quando uma das pessoas que estava em uma das motos fez uma curva repentina e acabou caindo da moto. A estudante de medicina, assustada, estacionou o carro e foi socorrer. Ao se agachar, lentamente subiu a proteção frontal transparente do capacete da motorista. Em meio ao rush de adrenalina, a motociclista fixou os olhos azuis acinzentados nos de Helena, que por um segundo paralisou.

“Moça? Está bem? Consegue falar? Sabe onde está?” Helena pergunta, saindo do transe.

“Sim.. eu preciso levantar.” A garota responde, cheia de dor.

“Vem comigo.” Helena a leva para a calçada, enquanto duas outras pessoas ajudam a levantar a moto e coloca-la fora da avenida. “Você estava tirando racha?”

“Não, aquele cara quase bateu em mim, daí fiquei com raiva e comecei a acelerar.” A garota passa a mão debaixo do queixo e sente um pouco de sangue.

“Hey, quer que eu lhe leve ao hospital? É perto daqui.” Helena oferece.

“Não precisa... eu vou de moto, mas muito obrigada...”

“Não, que isso, deixa a moto aí travada, a gente não sabe que tipo de concussão você teve.” Enquanto Helena conversa, checa a amplitude, ritmo e frequência do pulso radial.

“Você é médica ou algo do tipo?” A garota dá risada, apesar da dor.

“Sou só estudante. Desculpe a prepotência. Acabei me preocupando...”

“Não, não.. foi fofo.” A garota ri novamente. “Ai.” Ela coloca a mão no queixo mais uma vez.

“Acho melhor irmos antes que você volte a sangrar.” Helena ajuda a mulher novamente e a leva para o Hospital.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 36 - Capítulo 36 - Eu estou com você, irmão:
rhina
rhina

Em: 02/09/2020

 

Mais uma traição.

Rhina

Responder

[Faça o login para poder comentar]

SaraSouza
SaraSouza

Em: 08/07/2019

Que nda aconteça com a Livia e Dante...

Acredito, que teremos romance novo no ar

 

bjs


Resposta do autor:

Fico muito feliz que tenha gostado do casal!

Realmente, ainda tenho muitos planos para o plot deles. 

E quanto ao novo romance, acho que vai curtir o próximo capitulo!

 

Beijos e muito obrigada! Até o proximo capítulo ;)

Responder

[Faça o login para poder comentar]

nany cristina
nany cristina

Em: 08/07/2019

Estou a gostar muito da história. Parabéns

Estava lendo com medo que algo aconteça com livia e dante bjs


Resposta do autor:

Obrigada!


Fica tranquila que ainda quero desenvolver muito a respeito desse casal!

 

Eles são fofos demais, né? 

 

Beijão e agradeço demais! Aguardo o feedback nos próximos caps.! :*

Responder

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