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Tempestade por Ana Pizani

Ver comentários: 1

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Palavras: 1384
Acessos: 2863   |  Postado em: 06/07/2019

Notas iniciais:

 

Capítulo 5 - Palavras ao vento

 

           “Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem.”

Chico Xavier

 

            O dia seguinte foi uma merd*. Não há em língua portuguesa palavra que melhor descreva aquela manhã terrível, onde o misto de calor e palavras erradas poderia abalar até a mais forte das mulheres.

            Aline acordou cedo naquele dia seguinte à trans* mais maravilhosa de toda sua vida. E não poderia ser diferente. Há tempos ela sonhava com aquele momento. Sabia o que sentia e era mulher o suficiente para assumir para si mesma que aquela relação poderia ser um abismo sem fim se ela não tomasse cuidado. E mesmo sabendo de tudo isso, Aline ainda acreditava que Débora poderia ao menos tratá-la de uma forma um pouco diferente depois daquele momento de tanta intimidade.

            Estava na cozinha fazendo o café quando Débora abriu a geladeira. Aquele humor horroroso tão típico dela que todas da casa já estavam acostumadas, até mesmo Aline.

            _ Bom dia, Débora! _ ela disse se virando para a mulher.

            _ Bom dia! Olha Aline, não me olha com essa cara, tá bom? O que aconteceu ontem foi algo que não deveria ter acontecido e por isso acho melhor esquecermos.

            Rosa entrou na cozinha neste momento e é claro que escutou a curta e grossa conversa entre as duas. Ela percebeu rapidamente o olhar de gelo que Débora direcionava a uma atônita Aline.

            _ Bom dia, garotas! Um pouco cedo para uma conversa tão grosseira, não é mesmo Débora?

            Débora nem sequer se deu o trabalho de responder à velha amiga de infância.

            _ Sério Aline, nem adianta me olhar dessa maneira. Você precisa entender o seu lugar nessa história.

            Aline termina de fazer o café e serve uma xícara para si e outra para Rosa.

            _ Então me explica o meu lugar nessa história porque sinceramente eu não estou entendendo. Quer dizer que quando você está mal, triste, carente, quando não sente nenhum tesão nos seus milhares de ficantes ricos eu sirvo. Agora quando você está bem, quando está segura, eu não sou nada. Apenas mais uma pessoa que você trans* para esquecer os seus reais problemas?

            Rosa quase engasgou. Ela não fazia ideia que as duas haviam trans*do.

            _ Acho que você está exagerando como sempre. _ Débora faz que vai sair da cozinha, mas Aline a impede colocando-se na frente dela.

            _ E você acha que eu sou uma espécie de passatempo para você, uma espécie de objeto descartável que você usa e joga fora?

            Débora sorriu de maneira irônica. E ela não imagina o quanto aquele olhar diminui Aline e o quanto aquilo a machuca.

            _ Meninas, acho melhor vocês conversarem em outro momento. Aline, você poderia ir comigo até o centro? Preciso fazer umas compras para a festa da Débora.

            _ Pode deixar Rosa, acho que Aline merece uma resposta a altura de sua “grande questão”. Aline, se em algum momento você achou que eu estava levando “isso” a sério eu sinto muito. Eu só queria experimentar como é ficar com mulher e sinceramente nem é isso tudo que vocês lésbicas falam. Em algum momento você acha que pode me satisfazer como o Lucas ou o Vinícius ou qualquer cara que eu saia? Se pensa assim, está muito enganada. Eles realmente são capazes de me fazer sentir mulher ,coisa que você nem chegou perto. Sinceramente, ontem eu estava carente, cansada e por isso recorri a você e só Deus sabe o quanto eu estou arrependida por esse pecado. Se eu me lembro bem você gostou quando eu te procurei então não reclame, pelo menos uma vez na vida vai poder contar para as suas amigas como é estar com alguém do meu nível, uma mulher de verdade.

            Débora vomitou aquelas palavras de uma forma tão fria e rápida que Aline nem teve tempo de pensar em dizer algo. Na verdade, não havia mais nada a ser dito. Saiu do caminho de Débora e sentou-se na cadeira ao lado de uma Rosa pra lá de chateada.

            Débora bateu a porta do quarto e então Rosa pode enfim conversar com Aline.

            _ Sinceramente Aline, você sabia que isso iria acontecer. Estava na cara que Débora jamais assumiria algo com você, seja publicamente ou para ela mesma. Ela é cheia de problema e apesar de toda a falsa elegância que carrega, é uma ogra sem educação. Agora eu me acho que tenho liberdade  para te dizer algo que vai te doer, mas que é necessário para que isso nunca mais volte a se repetir.

            Aline mal olhava para Rosa. Mirava o café na xícara sem conseguir tomar um só gole que fosse. Estava envergonhada e sabia que também havia errado em acreditar demais em Débora e numa possibilidade de mudança.

            _ Pois fale Rosa. Fale logo para acabar de vez com esse assunto.

            Rosa segurou a mão de Aline firmemente antes de dizer:

            _ Você está passando por isso porque está acostumada a restos. Foi assim com a sua ex lá da boate que agora não para de te ligar e está sendo assim com a Débora. De alguma maneira você não se acha digna o suficiente para ter a melhor mulher ao seu lado. Já passou por tantas relações ruins que se esqueceu de se valorizar, de se colocar, de se amar. Chega desses relacionamentos de bosta com pessoas que não te merecem. Eu te conheço há pouco tempo e já consigo enxergar a menina maravilhosa que você é, mas você parece não conseguir se enxergar de verdade. Há males que vem para o bem e talvez tudo isso que está acontecendo com você agora seja para te fortalecer e te tornar a mulher que você já é.

            Aline não conseguiu dizer nada. Apenas abraçou a amiga querida enquanto chorava copiosamente.

            _ Agora vamos parar com esse chororô, você vai abrir a porta do seu quarto e vai pegar seu colchão e jogar no chão do meu quarto. Pegue uma roupa legal que vamos sair agora. Só preciso tomar um banho e em quinze minutos estarei pronta.

           

 

            Aline respirou fundo antes de segurar a maçaneta a porta e girá-la. As palavras de Rosa foram tão fortes que ainda estava se sentindo um pouco tonta, como se a realidade estivesse desfocada durante os últimos anos e de repente tudo ficasse mais claro, mais transparente, mais real.

            Quando abriu a porta de maneira brusca Débora se assustou. Estava deitada mexendo no notebook. Nem sequer olhou para Aline direito.

            A historiadora também evitou olhá-la. Afinal, não se esquece um grande amor de um minuto para outro, mas se começa a esquecer no desviar dos olhares.

            Retirou uma mala que estava embaixo da cama e abriu-a. Ecolheu uma roupa dessas que guardava para ocasiões especiais e um sapato que gostava. Saiu do quarto rapidamente e foi se arrumar no quarto de Rosa após tomar um demorado banho.

            Meia hora depois as duas estavam prontas. Curiosa pelo movimento atípico da casa, Débora fingiu pegar algo na cozinha pra descobrir o que estava acontecendo.

            Acabou esbarrando numa Rosa muito bem arrumada como se estivesse indo para uma festa.

            _ Por acaso haverá alguma matinê para qual eu não fui convidada?

            Rosa sorriu enquanto se maquiava no grande espelho da sala, um espelho caríssimo que seus pais haviam mandado de presente de uma das milhares de viagens que faziam ao redor do mundo.

            _ Sim, amiga, dessa vez você não foi convidada. Estou indo dar uma voltinha com a Aline, vamos fazer algumas comprinhas.

            Rosa sabia o quanto aquela palavra mexia com os brios de Débora. Se tinha uma coisa que ela não poderia fazer naquele momento era comprinhas.

            Acabou voltando para o quarto com ares de superiores, dizendo que estava ocupada com um trabalho da faculdade e queria ter tempo de sobra para aqueles passeios tolos no meio da manhã como ela.

            Antes de voltar ao quarto foi obrigada a ver uma Aline super linda e maquiada que nem parecia a chorona de minutos atrás.  Elas saíram conversando alto deixando para trás uma Débora detonada.

Fim do capítulo


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Comentários para 6 - Capítulo 5 - Palavras ao vento:
Brescia
Brescia

Em: 07/07/2019

         Bom dia mocinha. 

 

Amei esse capítulo e mais ainda  as palavras ditas pela verdadeira amiga da Aline, foram fortes,  mas necessárias. Acho que conseguiu resgatar aquela menina destemida e forte que conhecemos no início. 

 

P.S: absorvi as palavras, não só as suas, mas as maravilhosas de Chico Xavier.  Obrigada de coração !!! 

 

        Bravissima piccola escritrice. 

 

Baci.

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