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Tempestade por Ana Pizani

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Palavras: 1813
Acessos: 2887   |  Postado em: 30/06/2019

Notas iniciais:

 

Capítulo 3. Ritmo

 

“Não me falou em amor

Essa palavra de luxo.”

Adélia Prado

 

            O resto da noite poderia ser prevista até pela mais inocente e romântica lésbica. Aline foi simplesmente desprezada por Débora pelo restante da noite. Todo mundo muito bêbado tomando péssimas decisões, era a conclusão de Rosa no dia seguinte quando ficou sabendo de tudo:

            _ Olha, Aline, a Débora não é uma pessoa legal. Ela tem uma família complicada que está passando por problemas com grana e querem que ela abandone os estudos e foque em arrumar algum velho bem rico para salvar a todos. Ela finge que não se abala, mas no fundo se sente na obrigação de resolver a vida de todo mundo. Acaba sempre se reprimindo e deixando de viver seus sentimentos. Foi assim com o primeiro namorado dela, ainda na época da escola, e não seria diferente agora com você.

            _ Eu sei que você tem razão, tenho certeza que quando ela acordar nem sequer vai se lembrar do que aconteceu ou então irá fingir que nada ocorreu. Eu sei disso, mas ainda assim fico meio... bamba com tudo isso, sabe.

            Débora entrou na cozinha neste momento. Com cara de poucos amigos (sua cara quase sempre) abriu o armário, pegou uma xícara, se serviu do café que Aline fizera e sem olhar para as garotas, voltou para o quarto batendo a porta.

            Aline sentiu o estrondo abalar as paredes, as janelas, as lâmpadas do teto e o seu corpo inteiro. O seu corpo inteiro tremia a simples presença daquela mulher. E quando foi tomar um banho, ele precisou ser muito gelado, para equilibrar novamente sua alma e seu sex*.

           

 

            Ao final da tarde, estavam as quatro na sala escolhendo um filme para assistir. O domingo estava frio e escuro, como se armasse chuva. Aline estava distante e não conseguia evitar os olhares de Rosa tentando animá-la. Débora estava vidrada no celular e fazia questão de divulgar o que fazia:

            _ Vinícius é mesmo um fofo. Acabou de me convidar para almoçar com ele amanhã. Nem sei se tenho roupa para isso. Há tanto tempo não compro nada legal.

            Mentira, óbvio. O guarda-roupa estava lotado de roupas que nem sequer tinham sido usadas. O que Débora queria era talvez mostrar para Aline que os mundos delas nunca se encontrariam. Rosa odiava a postura da amiga, mas acaba comentando uma coisa ou outra para não deixá-la no vácuo. Claro que Débora não fazia ideia que ela sabia de tudo e que disfarçava bem a raiva que sentia.

            Luíza era a única a desconhecer a história e inocentemente tentava escolher um filme. Acabaram por escolher uma comédia romântica recém-lançada e logo estavam mergulhadas na trama.

            Aline então sentiu o celular vibrar. Um número desconhecido. Resolveu não atender. Só que o celular continuou a vibrar. As meninas olharam para ela recriminando-a.  

            _ É melhor você atender logo, antes que a gente atenda por você. _ disse Débora fingindo desinteresse e levantando para ir ao banheiro.

            Luíza pausou o filme enquanto Aline foi para o quarto. O telefone tocou novamente e ela atendeu:

            _ Oi!

            _ Aline, sou eu. Lívia.

            _ Ah, sim, Lívia. _ Débora acabara de entrar no quarto para pegar algo no guarda-roupa.

            _ Pois é, tomei a liberdade de pegar o seu número com o Júlio, amigo nosso em comum. Espero que não fique bravo com ele. Você sabe que sou bem convincente quando quero.

            Aline percebeu o interesse de Débora e acabou alongando a conversa.

            _ Sem problemas, eu esqueci mesmo de te passar o número ontem na boate.

            _ Na verdade você desapareceu e eu acabei indo embora, passei um pouco mal com algo que bebi e preferi cair fora.

            _ Mas você está melhor? _ Aline forçava um tom preocupado que lhe renderia um Oscar.

            _ Estou sim. _ Lívia estava espantada com o cuidado de Aline. Elas tinham terminado um relacionamento há pouco mais de seis meses e a historiadora evitava a todo custo qualquer tipo de contato com ela.

            Lívia a havia traído com uma amiga da faculdade de Arquitetura. Sua formatura estava próxima e ela sabia que tinha feito uma “cagada” quando percebeu que gostava de verdade de Aline. Vê-la no dia anterior na boate numa mesa com belas mulheres só confirmou o que sentia, seja pelo ciúme, seja pela saudade de sentir aquelas mãos delicadas tocá-la novamente.

            _ Obrigada pela preocupação, Aline. Na verdade eu tô ligando pra te convidar para minha formatura. Será no próximo final de semana e eu queria muito que você estivesse lá.

            Aline engoliu a seco. Ir à formatura de Lívia seria rever também a amante de tempos atrás, motivo máximo do término delas. Havia gostado demais da arquiteta e sabia o quanto fora difícil sair da bad. Mesmo assim estava agora numa situação mais complicada ainda, gostando de uma hetero que morava sob o mesmo teto que ela e ainda por cima que parecia não nutrir nada por ela.

            _ Poxa, fico lisonjeada pelo convite e é claro que aceito.

            Neste momento, Rosa entrou no quarto e se deparou com uma Débora olhando atônita para o guarda-roupa, de costas para uma Aline debruçada na janela.

            _ Assim não vamos acabar de ver o filme nunca, Aline. _ fingiu estar brava com as mãos na cintura.

            Aline sorriu para a amiga e fez um sinal de que estava acabando.

            _ Bom, então ficamos combinadas assim. Amanhã às sete no Bar do Papa._ confirmou Aline.

            _ Beleza, ai te entrego o convite e podemos tomar uma.

            Despediram-se e Aline voltou para a sala com Rosa a enchendo de perguntas.

            _ Era a Lívia, aquela da boate.

            _ E o que ela queria? _ perguntou uma Luíza perdida, para variar.

            _ Ela irá se formar e me convidou para a formatura. Eu a ajudei com alguns trabalhos, deve ser por isso. _ Aline sentou-se novamente no sofá ao lado de uma Débora mais mal humorado que nunca.

            _ Claro, Aline, ela só quer você lá porque você fez alguns trabalhinhos para ela. _ Rosa ria enquanto falava. _ Até parece. Formatura é coisa séria, nunca que eu chamaria um ex se não quisesse alguma coisa.

            _ Verdade, Aline, nunca se pode perder a oportunidade de ser babaca novamente na vida. Agora dá play neste filme porque eu já estou ficando cansada de esperar._ Débora parecia morta de ciúmes, mas disfarçava bem com seus comentários tipicamente maldosos.

            Aline olhou para uma Rosa sorridente.

 

 

            No dia seguinte Aline se aprontou para encontrar com Lívia num bar próximo à faculdade. Mataria os dois primeiros horários de uma matéria que já havia passado, claro. Quando chegou, já vira o carro da ex estacionado na porta. As duas se cumprimentaram com um abraço demorado.

            _ Percebo que ainda usa o mesmo perfume, aquele que te dei.

            _ Algumas coisas nunca mudam, Lívia.

            Lívia sorriu pensando se ainda poderia ter alguma esperança.

            _ Aqui está o convite _ ela colocou sobre a mesa um envelope vermelho. _ Quero muito que você vá.

            _ Eu agradeço por se lembrar de mim.

            Pediram uma cerveja enquanto conversavam sobre os últimos meses, trabalho, amigos, esses assuntos triviais que tentam desviar o assunto principal da conversa.

            _ Sabe, Aline, eu nunca consegui esquecer você. E olha que eu beijei tantas pessoas, dormi com tantas outras e nenhuma foi capaz de me fazer sentir especial como você faz.

            Aline olhava para o fundo do copo, agora um pouco turvo. Por que ela era tão fraca para bebida?

            _ Eu sei que eu errei demais com você e nem tem justificativa para tudo o que eu fiz. Na verdade, só de estar aqui hoje já é um grande avanço e não quero apertar você nem nada, mas é que eu mudei muito, sei que você já escutou isso antes, mas mudei mesmo. Pergunte ao Paulo, ao Jeremias, ao próprio Júlio, todos irão concordar. Você era meu parâmetro não importa com quem eu ficasse, no dia seguinte lá estava eu novamente chorando por não encontrar o seu beijo, o seu sex*, o seu toque.

            A conversa de repente tomara um rumo totalmente diferente. Aline quis se levantar, mas faltaram-lhe pernas. Precisava ir para a faculdade senão perderia o próximo horário também. Mas seu corpo parecia reaagir contra ela, estava tudo rodando, lentamente rodando sem parar.

            _ Olha, Lívia, acho que ainda é cedo para falarmos dessas coisas. Quem sabe em outro momento? Acabamos de nos reencontrar e não quero passar por tudo o que passei novamente, entende? _ Lívia olhava atenta para ela. _ Acho melhor eu ir embora. Preciso assistir ao próximo horário.

            _ Claro, Aline, você está certa. Iremos no seu ritmo. Desculpa por tentar forçar a barra. É que não sei se teria outra oportunidade de falar essas coisas para você. Geralmente eu não costumo ser assim tão decidida.

            Aline colocou uma nota de R$10,00 para pagar uma das cervejas e despediu-se de Lívia rapidamente. Atravessou a rua quase correndo. O campus estava lotado de estudantes espalhados pela noite que seguia linda. Sem muito reflexo, Aline conseguiu achar o seu prédio. O que ela não percebeu é que era seguida.

            Só notou quando entrou no banheiro. Sempre os banheiros...

           

            _ E eu que pensava que nunca te veria bêbada no campus da faculdade. Belo exemplo! _ Débora soava debochada, quase que irônica, não fosse os olhos queimando a boca de Aline. Parecia procurar vestígios da outra, quem sabe batom.

            _ Vá se ferrar, Débora. Por que está me seguindo? Não tem aula não?

            _ Tenho não, meu professor faltou e eles nos dispensaram. Parece que a mãe dele faleceu. Mas o foco aqui não sou eu.

            Aline lavou o rosto após o usar o banheiro. Estava um pouco tonta.

            _ Você estava com a Lívia? E aí, voltaram?

            _ Claro que não, agora se me der licença eu preciso assistir a uma aula de História Contemporânea.

            Antes que Aline pudesse dizer qualquer coisa, Débora a empurrou contra a parede e a beijou. Aline tentou resistir no início, mas era incapaz de resistir àquele beijo.

            As mãos de Débora percorreram todo o seu corpo e Aline sentiu sua alma acender como se estivesse pegando fogo. Elas só pararam quando alguém entrou no banheiro. A essa altura, a calça de Débora já estava desabotoada. Ajeitaram-se e Aline saiu primeiro.

            Aline acabou indo mesmo assistir a aula e nunca foi tão engraçado ouvir o professor falando sobre fatos recentes da história mundial.

Fim do capítulo


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