Bom dia amores, mil perdões pela demora. A vida deu uma tumultuada e fiquei mega enrolada.
Espero que gostem.
GRÉCIA AÍ VAMOS NÓS
POV Heloísa
Passamos uma semana preparando nossa viagem. Reservei hotel, passagens e alguns passeios turísticos. Nos organizamos no hospital para que não ficasse nada pendente. Seríamos substituídas somente nos plantões emergenciais, pois as cirurgias marcadas estavam todas encaminhadas.
A Luna estava ainda mais exuberante e olha que eu achei que isso era impossível de acontecer. Ela arrumou e desarrumou as malas umas cinquentas vezes, conferiu cada item a ser levado umas milhões de vezes, sem contar nossos passaportes, cartões e dinheiro.
A muito custo consegui convencê-la a deixar a Carol ficar com a Maria, ela queria levá-la, mas uma lua-de-mel não combina com crianças, afinal sex* será o prato principal dessa viagem.
Na noite anterior a nossa viagem comemoramos o aniversário da Clarisse num restaurante próximo ao hospital. Estávamos animadas e pra evitar contratempos evitamos beber, mas ainda assim a noite foi memorável. O Caio teve uma crise de ciúmes depois de ver a dermatologista safada piscando para a Camila. Mulherzinha insuportável! Maldita hora que fui inventar de escutar a Bianca e me agarrar com aquelazinha. Imagina só, teve a audácia de me propor um ménage com a Luna. Coitada!
Algumas horas mais tarde voltamos para casa e depois de um banho rápido procuramos deitar. Mal dormimos e o despertador começou a apitar. Apesar de cansadas estávamos animadas e nada seria capaz de nos abalar. A viagem foi tranquila, sem turbulências e a Luna foi basicamente desmaiada até lá.
_ Nossa amor que lindo esse hotel. Eu amei!
_ Que bem que você gostou, escolhi a dedo.
_ Qual será nossa programação?
_ No momento eu preciso de um banho, uma comida gostosa e uma trepada sensacional, depois eu digo o que faremos.
_ Precisa ser necessariamente nessa ordem? Ela sorriu e começou a desabotoar minha camisa, beijou meu colo e mordeu meu mamilo ainda por cima do soutien.
_ Você não vale nada Luna.
_ Valho sim, valho uma trepada sensacional, quer ver? Ela voltou a sorrir e entre beijos foi me encaminhando para o banheiro da suíte. Terminou de tirar a minha roupa já de baixo d’água e como sempre me fez enlouquecer de tesão. Aquela loira definitivamente era minha perdição.
Ao sairmos do banho comemos uma comida leve e dormimos um pouco. Teríamos um final de semana agitado, algumas trilhas, muitos passeios e uma surpresinha a mais para minha amada mulher.
Acordei completamente refeita, olhei para o lado e a Luna ainda estava inerte, completamente apagada. Aproveitei para ligar e conferir os últimos detalhes do meu presente de grego.
_ Bom dia Pietro, tudo certo com nosso passeio?
_ Bom dia senhora Heloísa, está tudo certo sim.
_ O clima está propício para nossa aventura ou é melhor deixarmos para amanhã?
_ O dia está lindo, perfeito para o passeio.
_ Combinado. Daqui a uma hora nos pegue no hotel. Cuidado com o que fala na frente da minha mulher, ela não pode saber, é surpresa e não quero correr o risco dela pescar nada.
_ Pode ficar tranquila senhora Heloísa, sua esposa vai amar a surpresa, o lugar é paradisíaco e a vista é de tirar o fôlego.
_ Obrigada Pietro.
Assim que desliguei vi uns olhinhos azuis me observarem com bastante atenção.
_ Posso saber que surpresa é essa que você está me preparando Heloísa?
_ Não, se fosse para saber, não seria surpresa.
_ Não é nada radical não, né Helô? Você sabe que morro de medo dessas coisas.
_ Relaxa minha loira, nossa viagem será inesquecível.
Levantamos e colocamos roupas apropriadas para trilha, calça de malhar, blusa confortável, tênis e muito, mas muito protetor solar, ainda mais branquela como minha mulher era, todo cuidado era pouco.
POV Luna
Enquanto a Helô terminava de preparar nossa câmera fotográfica fiz uma pesquisa rápida sobre os passeios que existiam por aquela região da Grécia, vi algumas trilhas e uns esportes radicais que só de ver as fotos já sentia uma aflição que ia na alma.
_ Vamos amor? Joguei o celular sobre a cama e partimos. _ Luna esse é Pietro, ele será nosso guia. Pietro essa é minha linda esposa, Luna Fagundes.
_ Muito prazer senhora Fagundes.
Acenei com a cabeça em sinal de cumprimento enquanto apertava a mão que ele gentilmente me oferecia. Entramos em um Jipe e começamos a desbravar caminhos. As paisagens iam me enlouquecendo e cada suspiro era literalmente um flash. Em um dado momento paramos em uma pequena choupana e abastecemos nossos cantis com água fresca e aproveitamos para comer algumas frutas, além de irmos ao banheiro. Dali para frente nossa caminhada seria a pé e era bom estarmos preparadas.
Observei o Pietro pegar uma mochila com vários apetrechos que me soavam estranhos. Eram cordas penduradas, mosquetões e algumas coisas que não sabia o nome.
_ Pra que tantos apetrechos se vamos apenas subir uma trilha?
_ Apenas precaução senhora Fagundes. Não podemos vacilar nunca.
Olhei desconfiada para ele e depois direcionei meu olhar para a Helô que me olhava como se nada tivesse acontecendo.
_ Heloísa Hernández você não está me aprontando nada, está?
_ Nada que você não mereça meu amor.
Não sei porque, mas essa resposta doeu na minha espinha, meu sexto sentido gritava que vinha merd* por aí, mas eu não podia fazer nada, pelo menos por enquanto. Começamos a subir a trilha e por mais que o cansaço já gritasse, estava lindo. Fizemos um percurso de aproximadamente 1 hora. Ao chegarmos me deparei com uma cachoeira maravilhosa e uma paisagem de tirar o fôlego.
_ Helô esse lugar é lindo. Pena que não dá pra se jogar nessa cachoeira.
_ Dá sim meu amor. Essa é nossa primeira parada. Mais uns 5 minutos de subida e chegaremos ao lugar onde conseguiremos nos jogar nessa imensidão de cachoeira.
Tiramos milhares de fotos e voltamos a subir. Pouco tempo depois comecei a ver uma pequena aglomeração. Me aproximei das pessoas e gelei com o que vi.
_ Pelo amor de Deus Helô, diz pra mim que você não está pensando em fazer essa loucura?
_ Porque amor?
_ Eu não vou ficar tranquila vendo você enfrentar a morte. Já não basta aquela vez nos Rio que você inventou de pular de asa-delta. Eu não aguento mais uma dessas.
_ Fica tranquila amor. Nós vamos pular juntas.
_ O QUE? VOCÊ TÁ MALUCA????
_ Fica calma amor, escolhi a dedo o que faríamos hoje. Tenho certeza que você vai adorar.
_ Você enlouqueceu Helô, eu tenho pavor de altura. Nunca na vida eu vou conseguir pular de Bungee Jumping. Olha o tamanho desse desfiladeiro, não, não mesmo.
_ Sabe meu amor, eu sempre respeitei muito seu medo por alturas, nunca insisti que você me acompanhasse e como você sabe, desisti de muitas aventuras pra não te deixar sozinha. Mas você esqueceu completamente seu medo pra acompanhar a Carina naquela montanha russa.
_ Helô pelo amor de Deus, eu quase enfartei naquele treco, sem contar que eu só fiz aquilo, pois sabia que mexeria com você. Eu estava fazendo tudo para chamar sua atenção.
_ E chamou minha linda, pode ter certeza que chamou. De todas as coisas que você fez nesse plano maluco para me conquistar, a única coisa que realmente mexeu comigo e me machucou bastante foi vê-la naquela montanha russa com aquela magricela. Então seu castigo vai ser superar seu medo e pular comigo.
_ Amor, me escuta, por favor. Eu te amo absurdamente, mas pelo amor de Deus não me faça pular. Meu coração está saindo pela boca só de imaginar ficar pendurada somente por uma corda. E se ela rebentar? Eu não quero morrer Helô.
_ Você não vai morrer Luna, eu me certifiquei na confiabilidade da equipe que faz esse trabalho. No mais você não vai escapar. Isso é pra pagar tudo que você me fez sofrer com essa história de cartomante.
Eu ainda tentei argumentar de todas as maneiras. Eu ia morrer, eu estava sentindo que eu ia morrer. Eu nem vi minha filha antes de embarcar, ela ficou na casa da Maria para irmos ao aniversário da Clarisse. Eu devia ter passado lá antes de irmos para o aeroporto. Entrei em completo desespero quando chegou nossa vez e a mulher começou a colocar os equipamentos de segurança na gente.
_ Pra que capacete, se essa corda rebentar não vai ser um capacete que vai salvar a minha vida.
Eu olhava para a Helô e ela sorria como uma criança. Ela tirava inúmeras fotos do meu desespero e entre um clique e outro dizia me amar. Eu olhei para baixo e vi uma imensidão de nada a minha frente, nessa altura eu já não raciocinava direito, meus olhos estavam banhados em lágrimas e meu coração parecia palpitar na garganta.
Voltei meu olhar para a Helô e num sussurro ela disse que eu poderia desistir, que só queria me assustar. Mandou um beijo no ar e se jogou.
_ EU TE AMO LUNAAAAAAAAAAAAA....
_ Meu coração doeu ainda mais com susto, mas num lampejo de coragem eu me joguei, sem pensar, sem raciocinar, sem nada, simplesmente apaixonada.
_ EU TE AMO HELOÍSAAAAAA......
Fim do capítulo
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