Despi Charlotte com uma ânsia tão grande, que fiquei até um pouco admirada. Eu queria muito aquela mulher. Queria mais do que tudo e nem conseguia mais pensar em nada. Principalmente no fato de eu já ter alguém.

—Faça comigo o que tanto você deseja, Margareth, sou totalmente sua — Charlotte falou enquanto eu beijava o seu pescoço. Ela estava quase imóvel na cama.

Estando ali com Charlotte, eu sentia um sentimento totalmente diferente me invadindo. Ao mesmo tempo que eu sentia uma urgência em amar aquela mulher, um sentimento diferente me fez parar diante do olhar de Charlotte.

—Sinto vontade de dizer algo, mas ainda não sei do que se trata — Falei e isso pareceu algo muito idiota.

— Eu vou esperar você saber do que se trata — Ela sorriu para mim e uma felicidade enorme tomou conta de meu ser — Que foi? —Ela parecia confusa.

—Você não costuma sorrir — Comentei e senti seus dedos deslizando por entre meus cabelos.

— Eu sempre tentei passar diante das pessoas a imagem de uma pessoa muito séria, mas às vezes com você, eu não conseguia evitar.

—Por que você não podia sorri pra mim? — Deslizei minha mão em seu braço e notei que ela também se arrepiava com meus toques.

—Tentei controlar todas as emoções que você causava em mim, Margareth, você é minha funcionária. Não podia dar brechas para você entrar em meu coração.

—Por que não? — Queria entender tudo aquilo.

—Porque você me descontrola —Ela levou a sua mão até meu queixo — Não sabe quantas noites sonhei em ter você.

—Você podia ter me tido em todas essas noites em que você sonhou.

Ela riu — Sim, poderia, mas você era minha funcionária.

— Agora não sou mais?

—É, mas não consigo mais fingir que eu não ligo pra você, pois eu te quero muito e não aguento mais ver aquela mulher te ligando.

— Não sei o que dizer — Fiquei sem graça, pois Charlotte sabia o motivo de eu estar com Mel.

—Mas sabe o que fazer, não é mesmo? — Ele deslizou os seus dedos sobre a minha face.

—Sim, eu sei, Charlotte — Me aproximei e olhei bem no fundo de seus olhos.

—Me faça sua... É isso que lhe peço...

Poderia nesse momento pensar se isso era o melhor a se fazer, mas não consegui. Estava completamente cega pelo desejo que sentia por aquela mulher.

Meu corpo se uniu ao de Charlotte... A beijei... A amei com uma intensidade tão grande, que chegou a me assustar.

A única coisa que conseguia pensar naquele momento era que eu queria Charlotte para sempre em meus braços.

Minha boca não se cansava de deslizar sobre sua pele e Charlotte me olhava de uma forma tão intensa, que me encorajava a prosseguir com meus atos.

—Faça isso... Deixa eu te dar o que há muito tempo guardo para você... — Ela pressionou a minha cabeça contra o seu íntimo e começou a se mover contra o meu rosto.

Aquilo tudo era viciante, eu não conseguia parar e Charlotte estava da mesma forma. Ela gritava o meu nome, me pedia para continuar. Ela naquela noite estava sendo totalmente minha. Não sabia o que seria de nós no outro dia e por um momento fiquei preocupada.

—O que está pensando? — Ela me perguntou enquanto acariciava os meus cabelos, eu estava deitada entre os seus braços.

—Nada, Charlotte — Olhei para os seus olhos, queria saber se ela estava se sentindo da mesma forma que eu, mas não consegui decifrar o seu olhar.

—Não minta para mim... Te conheço o suficiente para saber que está mentindo.

—Estou com medo.

—Não comece a se preocupar por antecedência, Margareth.

— Está bem — Afundei o meu rosto na curva de seu pescoço e dediquei toda minha atenção ao ritmo da respiração de Charlotte, estava tranquila.

—Durma, meu anjo— Charlotte beijou minha testa e comecei a sentir a sua mão deslizando sobre minhas costas.

Neste clima adormeci e tive os melhores sonhos possíveis.

No outro dia, acordei me sentindo no paraíso. A felicidade estava estampada em minha cara. Charlotte estava ali naquela cama comigo e eu estava presa entre os seus braços.

Desejava que nada daquilo acabasse, queria continuar naquele lugar para sempre. Não queria voltar a nossa realidade de chefe e subordinada. Eu não queria, mas sabia que tudo entre nós havia começado da forma errada. Eu tinha alguém e ela não merecia ser enganada.

—Não deveria começar o dia com uma feição tão preocupada — Charlotte levou a sua mão até minha face e fez eu olhar para ela.

—Só estava pensando em algumas coisas.

—Compreendo — Ela olhou no fundo dos meus olhos e percebi que estava tentando adivinhar o que eu estava pensando — Por que está insegura, Margareth... Você acha que meus sentimentos por você não são sinceros?

—Não, não é isso... — Sai dos braços de Charlotte e me sentei na cama — Tenho medo de como vai ser após sairmos por aquela porta.

—Acho que não fui clara o suficiente — Charlotte também se sentou e não deixei de reparar em seu corpo nu. Suas curvas eram tão perfeitas.

—Eu só não quero que isso acabe.

—Margareth, por mim isso não irá acabar, mas isso agora só vai depender de você.

—Como assim de mim? — Perguntei confusa e neste momento o meu celular que estava entre os lençóis começou a tocar.

Ao ouvi-lo tocar, nós duas passamos a procura-lo e quem o encontrou foi Charlotte.

—Quando disse que só dependia de você, eu estava me referindo a isso, Margareth — Charlotte me entregou o celular. O nome de Mel estava na tela. Engoli em seco ao perceber que aquela situação não seria nada confortável. Charlotte estava na minha frente me olhando totalmente enciumada e eu estava na dúvida se atendia ou não a ligação da minha até então namorada — Não vai atender?

—Sim... 

Mesmo sendo fuzilada a todo instantes por Charlotte, eu atendi a ligação de Mel. Ela parecia muito preocupada comigo ainda mais porque não havia respondido suas mensagens na noite anterior. Inventei uma história, disse que havia caído no sono.

Charlotte não muito satisfeita se levantou da cama, colocou um robe e foi até a janela.

—Por que está pensativa? — Após o término da ligação fui atrás dela e a abracei por trás, afundando em seguida a minha face em seus cabelos.

—Não quero ficar muito tempo nessa situação, Margareth.

—Eu vou resolver tudo isso quando eu retornar. Não quero terminar com a Mel por telefone, não posso ser injusta com ela.

—E você não pensa que pode estar agindo errado comigo também?

—Como assim?

Charlotte se desvencilhou dos meus braços e foi em direção a cama se sentando em seguida.

—Nunca fui a segunda opção de ninguém, Margareth. Nunca me envolvi com uma mulher comprometida. Nunca dividi ninguém e agora que me encontro nessa situação, veja o quanto você me deixa sem raciocinar direito.

—Isso prova que você gosta de mim — Fui até ela e sentei em seu colo. Deixando meu intimo sendo pressionado contra sua perna.

—Ahhh... Sim... Eu gosto de você... Você me deixa num estado, Margareth... Está molhada...

—Quer?

—Quero muito... Deita na cama... Deita... Preciso fazer algo.

Rapidamente me levantei do colo de Charlotte e me deitei.

— Preciso te dizer que estou louca por você, Margareth — Charlotte ficou sobre meu corpo.

—Muito louca? — Nessas horas o meu sex* já estava latejando. Eu precisava muito daquela mulher.

—Hunrum... Você não faz ideia o quanto — Charlotte levou a sua boca até um dos bicos do meu seio e começou a sugá-lo.

Suspirei e vi a sua mão sendo posta em meu íntimo. Ela naquele momento teve a prova de que não precisava fazer muita coisa para ter de mim o que ela queria.

Fechei meus olhos e minhas mãos passaram a pressionar o lençol da cama com força. Sentia algo entrando e saindo de mim de uma forma torturante. Era devagar. Isso estava me deixando louca. Meu corpo se contorcia na cama e aquela mulher se deliciava com meus gemidos.

Queria mais. Queria mais rápido, não estava mais aguentando. Precisava goz*r pra Charlotte e ela sabia. Sabia e mesmo assim não fazia o que meu corpo estava pedindo.

Querendo me torturar ainda mais, ela levou minha mão até o seu íntimo. Ela estava molhada e eu que havia lhe deixado assim. Tentei penetra-la, mas ela não deixou. Ela só podia querer me deixar doida.

De repente senti um vai e vem rápido dentro de mim. Meu corpo passou a tremer e meus gemidos vinham incontroláveis. Charlotte pedia por eles. Ela queria ouvi-los. Tinha certeza que isso estava lhe satisfazendo.

 

 

Fim do capítulo