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Ela Vale Milhões por Bruna 27

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Palavras: 3798
Acessos: 4206   |  Postado em: 01/06/2019

Capítulo 2 - Jenny Brooks

 

 

Samanta Kane caminhou pelo saguão do Hotel Belleville com a determinação de quem tinha um trabalho a fazer e a confiança de quem sabia exatamente como fazê-lo. Sem interromper sua caminhada até o elevador, Sam lançou um olhar rápido para a recepção. O rapaz que conhecera mais cedo àquele dia não estava lá. Afastá-lo não havia sido apenas uma sugestão que fizera ao gerente do hotel. Era uma ordem. Ela ficou satisfeita por vê-la executada e em nenhum momento permitiu-se sentir compaixão pelo rapaz.

 

Seguiu sua caminhada pelo hotel. Mais um lugar luxuoso, com suas paredes revestidas de mármore, corredores impecáveis e quartos confortáveis. Nada daquilo surpreendia Sam, embora devesse sentir-se agradecida por aquele trabalho não envolver atravessar um rio de dejetos ou passar vários dias sem ter um lugar para dormir. Este era um desafio diferente, mas havia sempre um ponto que perpassava todos os trabalhos que Sam assumia. Resumia-se a uma palavra: sobrevivência.

 

A guarda-costas montaria sua central no quarto contíguo a suíte máster na qual Jenny estava hospedada. Trazia consigo alguns de seus equipamentos, outros ela já havia despachado mais cedo. Além do acesso as câmeras do hotel, Sam pretendia instalar seus próprios equipamentos nos corredores e no quarto de Jenny. Gouveia, Antunes e Rizzi se opuseram com veemência, mas Sam conseguiu convencê-los desde que Jenny aceitasse. Esta seria a parte mais difícil.

 

Dois de seus seguranças de confiança já se encontravam no hotel, Aranha e JD eram seus codinomes, ambos muito discretos e eficientes, passaram por um treinamento semelhante ao de Sam, eram especialistas em tecnologia e ajudariam no monitoramento das câmeras. Sam fez questão que Carlos Rizzi disponibilizasse quartos para ambos. Antunes não gostou nada de saber disso e alegou que seus seguranças não tinham aquele tipo de privilégio. Sam não deixou se abalar nenhum instante pelas reclamações do chefe de segurança. Aqueles que a conheciam no ramo sabiam que ela era a melhor e ser insubstituível tinha suas vantagens.

 

O Velho Lobo sentia-se ameaçado por Samanta. Ele pertencia a uma geração de segurança privada que já estava se tornando obsoleta. O tipo leão de chácara, marrento e linha dura vinha perdendo força há muitos anos. Outras habilidades além da destreza física eram requisitadas para esse tipo de trabalho. A falta de planejamento estratégico demonstrada por Antunes havia ficado evidente com o ataque que seus seguranças sofreram no domingo passado. Daniel Gouveia apesar de ser um homem de hábitos estranhos, era sensato o suficiente para pensar em reorganizar a segurança pessoal da cantora. Por isso, quando entrou em contato com Samanta pela primeira vez, ele desabafou sua insatisfação com o atual chefe da segurança.

 

***

 

 

Sam olhou ao redor do quarto. Era luxuoso e aconchegante. Depositou a mochila pesada ao lado das caixas que já se encontravam ali.  Começou a desempacotar tudo. Instantes depois, ela ouviu uma batida discreta na porta. Um homem alto e corpulento, com uma grande teia de aranha tatuada no pescoço entrou, ele trazia uma maleta preta e pesada. Sam indicou a cama.

 

-- Dezoito e quarenta e seis -- Anunciou o homem, checando o relógio de pulso.

 

Sam assentiu com um aceno. Olhou com seriedade para a maleta em cima da cama.

 

-- Obrigada, Aranha.

 

Em seguida, o segurança de Sam deixou o local. Ela se pôs a organizar seus documentos. Minutos depois, foi informada que Gouveia a esperava na suíte de Jenny.

 

A suíte máster era composta por uma antessala ampla, devidamente decorada e um quarto que tinha direito a tudo: uma cama grande, closet, hidromassagem dupla, minibar com vinhos e champanhes e cofre digital.

 

Jenny Brooks dispunha de todo conforto. Há cerca de um mês ela vivia no hotel. Seu padrasto havia sofrido um grande abalo financeiro o que obrigou sua mãe a se mudar de malas prontas para a mansão da cantora. Levou junto o atual esposo, a filha pequena, meia-irmã de Jenny e até o cachorro da família. Insatisfeita com aquela “invasão” ao seu espaço, a garota mudou-se para o hotel.

 

Gouveia recebeu Sam na antessala. A guarda-costas observou seu rosto afogueado e o suor escorrendo por sua testa.

 

-- Ela se trancou no quarto -- Disse ele, levando a mão à testa, num gesto de preocupação -- Diz que não precisa de mais seguranças.

 

Ele foi até e porta e insistiu para a garota no outro lado abri-la. Num gesto infantil, ela se recusou.

 

-- Vá embora! -- Gritou Jenny.

 

Gouveia suspirou. Sam observava a cena com os braços cruzados sobre o peito e a expressão de seriedade. O comportamento da cantora não passava de birra infantil, pensou ela.

 

O empresário continuou insistindo:

 

-- Jen, meu bem. Por favor, abra essa porta.

 

Sam decidiu intervir:

 

-- Gouveia, se quiser posso abrir a porta para você.

-- Você pode fazer isso? -- Perguntou o homem, esperançoso.

 

Sam assentiu.

 

-- E o que está esperando? Por favor, abra essa porta!

Sem dificuldades, Sam conseguiu abrir a fechadura com um dos seus “instrumentos de trabalho” que trazia no bolso.

 

Ela empurrou a porta devagar. Jenny Brooks lançou um olhar surpreso para o empresário e a mulher desconhecida à sua frente.

 

-- Como se atreve? -- Disse ela, quase sem voz.

 

A garota estava vestida com um robe de cetim roxo. Ela tinha cabelos loiros e cacheados, pelos menos naquele dia estavam cacheados já que ela sempre mudava o visual. Sam vira muitas fotos da garota, desde o início da carreira. Ela admirava a capacidade dos artistas de se transformarem fisicamente. Jenny também era dona de incríveis olhos azuis, uma de suas marcas registradas. Frequentemente, aqueles olhos eram vistos em capas de revistas.

 

Agora os olhos azuis os encaravam com ódio.

 

-- Jenny, querida. Essa é Samanta Kane, a segurança que lhe falei.

 

Jenny não deu a mínima para quem seria Samanta Kane, se dirigiu ao empresário e falou:

 

-- Eu já disse, Dan. Eu não preciso de porcaria nenhuma de guarda-costas. Já não bastam todos aqueles fortões que me seguem para todo lado? Eu preciso de babá por acaso?

-- Jenny, já falamos sobre isso. Você corre perigo.

-- Tá, tô sabendo. Querem me sequestrar. Grande novidade!

-- Mas dessa vez o perigo está mais perto -- Insistiu o empresário.

 

Sam pediu para Gouveia a deixar a sós com Jenny.

 

-- Você não vai a lugar nenhum, Dan -- Determinou a garota, irritada.

-- Eu já volto, querida -- Tranquilizou  ele, saindo do quarto e fechando a porta atrás de si, sem olhar para trás.

Só então Jenny observou Sam.

 

-- Quem é você afinal?

-- Samanta Kane.

-- Samanta quem? Que droga de nome é esse, afinal -- Falou irritada.

-- É o meu nome -- Respondeu Sam, séria -- E você deveria aprender a ser mais educada.

-- Eu sou educada -- Rebateu a garota.

 

Sam não respondeu. Afinal, não poderia ser grosseira com a pessoa a qual ela cuidaria da segurança pessoal.

 

-- Eu posso demitir você. -- Constatou a garota, com arrogância. -- Quer saber, vou pedir ao Dan para demiti-la agora mesmo.

 

A garota estava visivelmente alterada. Sam conhecia bem os sinais, Jenny estava sob efeito de álcool.

 

-- O senhor Gouveia se preocupa muito com sua segurança, senhorita Brooks. Por isso, empreendeu muitos esforços para me contratar -- Falou Sam, com calma, focando seu olhar em Jenny.

 

A garota mediu Sam da cabeça aos pés, quando falou sua voz tinha perdido a maior parte da irritação:

 

-- Tudo bem. Desculpe, eu não estou em um dos meus melhores dias. Acho que vou dormir um pouco agora. Essa dor de cabeça tá me matando.

-- Tudo bem. Podemos conversar mais tarde?

-- Fale com Dan, ele olhará em minha agenda.

 

Sam engoliu em seco e se retirou. Aquele não era o momento de ter uma conversa séria com aquela garota mimada. Acalmá-la no estado em que se encontrava já havia sido uma conquista. Sam decidiu continuar seu trabalho, Jenny só teria compromissos no próximo dia e ela precisava estudar sua agenda e planejar os passos seguintes. Isso era fácil, mas a garota cedo ou tarde conseguiria abalar até mesmo o sangue frio de Sam, se continuasse agindo daquele jeito. Mas, seu trabalho exigia discrição. Precisava guardar para si suas opiniões pessoais, evitar expressá-las e controlar suas emoções. Havia um trabalho importante a ser feito.

 

Sam retornou ao quarto ao lado e abriu seus arquivos sobre Jenny Brooks. Era uma compilação de informações básicas sobre a garota, Jennifer Alice Brooks nasceu em seis de agosto de 1995, filha de um empresário americano com uma brasileira. Ela perdeu o pai quando tinha cinco anos de idade. O relacionamento com a mãe passou a ser conturbado. Com dezoito anos, Jenny iniciou sua carreira artística, alcançando fama dois anos depois e se transformando no maior fenômeno pop da atualidade no país.

 

Recentemente, Jenny terminou o namoro com um galã de TV, Pedro Linhares. Os dois viviam entre tapas e beijos, eram frequentemente assediados pela impressa. “Penny”, junção de seus nomes, era como os dois ficaram conhecidos na internet. Era o casal queridinho dos fãs no país. Mas, não era segredo que os dois tinham um relacionamento aberto. Pedro saia com muitas mulheres. Já Jenny tinha inúmeros casos, tanto com homens quanto com mulheres. Gouveia tentou de tudo esconder a bissexualidade da cantora, mas a mídia acabou descobrindo. Os escândalos se sucediam quando se tratava de Jenny Brooks, mas, ainda assim a garota era amada por todos. Dona de uma voz poderosa, Jenny era também compositora e tocava vários instrumentos. Além disso, era uma excelente dançarina. Ela também costumava ser simpática com os fãs. O mau humor da garota era dirigido ao seu estafe, por isso, Daniel Gouveia vivia sempre tão estressado. Jenny Brooks exigia muito de sua equipe.

 

Sam deixou os arquivos de lado, aquelas informações eram úteis para conhecer um pouco do universo da garota, mas não era o bastante para tentar entendê-la. Na verdade, Sam não compreendia o que se passava na cabeça de pessoas que eram escravas de sua fama. Tivera uma pequena dose de Jenny Brooks naquele dia e já fora o bastante para ela. No entanto, poderia demorar muito até descobrirem os sequestradores, nesse tempo ela teria que conviver com a cantora.

 

 

***

 

Sam estava a avaliar os compromissos de Jenny para o dia seguinte quando alguém bateu na porta. Era Lyanna Smith, a assessora de imprensa de Jenny. Sam observou a mulher loira, alta e sensual, que andava sempre bem vestida.

 

-- Boa noite -- Disse Smith, com um sorriso.

-- Boa noite, senhorita Smith -- Sam respondeu, depois a convidou a entrar.

-- Recebeu meus arquivos? -- Perguntou Smith.

-- Sim, obrigada. Não tive dificuldades, você é bem organizada.

 

Lyanna Smith andou pelo quarto, observou todo o aparato eletrônico de Sam e os papéis espalhados em cima da cama.

 

-- Acho que não posso dizer o mesmo sobre você -- Disse ela, empurrando alguns papéis que estavam sobre a cama, antes de se sentar.

-- Ainda não terminei de me organizar -- Respondeu Sam, encarando a mulher.

 

A mulher manteve o olhar pousado sobre Sam, analisando-a.

 

-- Também há um dossiê aqui sobre mim?

-- Isso é informação sigilosa, senhorita Smith.

-- Não me chame de senhorita, por favor. Prefiro que me chame de Lyanna -- Disse ela, com um gracejo -- Então, Sam, acho que você tem um arquivo sobre mim. Mas não me importo, não tenho nada a esconder, nem vergonha da minha vida pessoal. Como você deve ter descoberto eu sou uma mulher que sabe o que quer, rodeios não funcionam comigo. Eu vou direto ao ponto.

 

Sam continuou a encará-la sem se abalar. Smith tirou um cigarro da bolsa:

 

-- Posso?

-- Fique à vontade.

 

Ela acendeu um cigarro e expeliu fumaça após uma tragada.

 

-- Então, conheceu a famosa Jenny Brooks?

 

Sam confirmou.

 

-- Deixe-me adivinhar, ela estava drogada, bêbada ou ambos?

-- Não posso discutir minhas atividades com ninguém, Smith.

-- Entendo. Informação sigilosa.

-- Isso mesmo.

 

As duas ficaram em silêncio, olhando uma para outra. Smith analisava Sam sem nenhum pudor, sem esconder o seu desejo pela mulher a sua frente. Isso não perturbou Sam, ela já sabia da opção sexual da outra e desde a reunião pela manhã, Smith já deixara claro seu interesse por ela através dos olhares que lançava a Sam.

 

-- Você é uma mulher muito atraente, Samanta Kane -- Disse Smith.

 

Samanta sempre fora muito assediada devido sua aparência. Mesmo fazendo de tudo para não chamar atenção ainda assim, reparavam nela. Já tivera muitos problemas com isso. Diziam que pessoas dotadas de beleza já nascem com uma vantagem na vida, mas Sam discordava dos padrões que a sociedade criara. Beleza era importante para muitas pessoas, mas não para todas.

 

-- Lyanna Smith, vou ser bem clara. Eu sei o que você está fazendo, mas antes que continue, quero que pare.

-- Não comecei nada, Sam. Pelo menos não ainda. Você parece uma mulher comprometida com seu trabalho, bastante profissional. Admiro isso, também não gosto de misturar as coisas -- Smith apagou o cigarro em um cinzeiro que estava à mesa de cabeceira e se aproximou de Sam -- Mas, se algum dia estiver interessada em sex* casual, me procure. Depois de seu trabalho aqui acabar, estarei esperando.

 

Sam preferiu não responder. Mas Smith não esperaria resposta, deixou o convite no ar.

 

-- Nos vemos por aí, Samanta K.

-- Tenha uma boa noite, Lyanna Smith.

 

Quando ela saiu, Sam ficou pensando naquele convite. Lyanna Smith não perdia tempo. Era uma mulher esperta, sabia que Sam a investigara. Além disso, sabia que Sam não era o tipo de mulher que caia fácil em sua sedução, por isso, optara por uma abordagem direta. Ela praticamente se oferecera para ela.

 

Sam estava comprometida com aquele trabalho, ela não iria manter relações com alguém do estafe de Jenny e uma possível suspeita de ser cúmplice dos sequestradores. Sam não poderia permitir que nada tirasse sua concentração, muito menos uma mulher perigosa como Lyanna Smith.

 

 

***

 

Sam se permitiu dormir algumas horas após terminar de organizar tudo. Acordou antes de o sol nascer e pediu café da manhã no quarto. O dia de Jenny Brooks seria lotado, a garota tinha diversas atividades em sua vida de popstar. Sam fez uma ronda pelo hotel e mais tarde adentrou a suíte de Jenny. A garota tomava café da manhã, cercada por seu séquito. Entre eles, sua secretária particular, Amanda Ávila que cuidava da agenda de Jenny; seu maquiador, Billy Sens e seu personal trainer, Rodrigo Lopes.

 

Quando Jenny avistou Sam, ela olhou-a com uma expressão interrogativa.

 

-- Bom dia, senhorita Brooks -- Disse Sam.

-- Me chame de Jenny. E você é a tal de Samanta alguma coisa, não?

-- Samanta Kane.

-- A guarda-costas.

-- Prefiro Vigilante de Segurança Pessoal Privada.

-- Que seja! Como se eu não tivesse guarda-costas o suficiente. Já discuti isso com Dan, mas ele tá sendo muito cruel.

 

Enquanto falava, Jenny que vestia um roupão de banho, caminhou até o closet para trocar de roupa. Sam respirou fundo com a saída repentina da garota que a deixou falando com as paredes.

 

-- Vá se acostumando, querida, ela é sempre assim -- Disse Billy, o maquiador.

-- Está tudo bem -- Respondeu Sam.

-- Billy -- Disse ele estendendo a mão para Sam que a apertou.

-- Sam.

-- Uau! Que aperto de mão firme!

 

Billy falava de modo muito afetado. Ele usava óculos de aro grosso e seu penteado de cabelo era diferente de tudo que Sam já havia visto. Vestia um short colorido, tênis, uma camisa de botões e uma gravata amarela. Pelo que lera sobre ele, Billy Sens já fora o maquiador de muitas celebridades, mas atualmente era exclusivo de Jenny Brooks.

 

-- Então, Sam. Que nome poderoso! Bem vinda ao Clube da Jen. Temos dias bons e ruins, só depende daquela garota mimada ali. Mas, não se preocupe, apesar de tudo, ela não morde.

 

Sam não soube o que dizer. Apenas assentiu.

 

-- Vai ficar conosco muito tempo, Sam?

-- Algum tempo -- Respondeu ela.

-- Você parece fazer o tipo misterioso. Adorei! E adorei também esse visual preto básico, mas sem perder o charme.

 

Sam não retribuiu a acolhida acalorada de Billy. Ela se manteve séria e o deixou falar. Billy era o tipo que adorava expressar suas opiniões. Jenny retornou do closet totalmente vestida com roupas esportivas: legging preta, agasalho e tênis. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo.

 

-- Billy, você não está de novo com essa bobeira de Clube Jen, está? -- Acusou Jenny.

-- Eu só estava conversando com sua nova guarda-costas -- Explicou ele -- Adorei o look, mas falta algo.

-- Você acha, Billy?

 

Jenny foi até o espelho observar sua imagem enquanto Billy mantinha uma mão no queixo, pensativo. Sam aproveitou o momento para dizer:

 

-- Com licença, Jenny. Não pretendo atrasar sua agenda, mas preciso conversar sobre algumas coisas com você.

-- Conversar? Sobre o que?

-- Gostaria que discutíssemos isso a sós.

-- Não há nada que eu esconda do meu pessoal. Se for sobre trabalho pode falar, mas se for pedir algum favor...

 

Sam ficou indignada com a prepotência da garota. Mas, manteve o sangue frio ao falar:

 

-- Tudo bem. Acredito que Gouveia já a manteve a par da situação que me trouxe aqui.

-- Ele mencionou algo -- Disse ela, entediada.

-- Dada a gravidade da situação -- Continuou Sam -- Aumentamos a segurança e eu ficarei encarregada de acompanhá-la aonde quer que vá.

-- Essa parte ele também mencionou -- Comentou ela, aborrecida.

-- E, além disso, já que passaremos um considerável período de tempo nesse hotel, instalaremos câmeras de segurança em seu quarto.

-- Meu quarto? -- Disse Jenny, indignada -- Que palhaçada é essa? Eu já não tenho privacidade e você ainda quer instalar câmeras no meu quarto? Nem pensar!

 

Sam já esperava por essa reação.

 

-- Será somente uma câmera na antessala. Para monitorarmos caso alguém entre sem ser convidado.

-- Não vejo necessidade. Já há câmeras no corredor. Dá para ver quem entra e quem sai, não?

-- Ainda assim, precisamos reforçar a segurança -- Disse Sam, com a voz firme -- Todo cuidado é pouco.

 

Jenny parecia não querer mais se aborrecer com isso, por isso, deu o assunto por encerrado ao dizer:

 

-- Faça como quiser.

 

Depois disso, Jenny passou a ignorar a existência de Sam e seguiu com seu personal para a academia do hotel. Durante uma hora e meia, Sam teve que assistir à garota se exercitando, enquanto observava em volta para ver se alguém se aproximava. Sam também fazia ligações para seus seguranças e outros assistentes que ela mantinha trabalhando, fazendo a investigação para descobrir os sequestradores. Ela não podia sair por aí recolhendo informações já que para esse trabalho optara por acompanhar os passos da garota. Os sequestradores já haviam chegado muito perto da primeira vez. Isso mostrava o quanto estavam preparados. Cedo ou tarde, Sam sabia que eles voltariam a se aproximar da cantora, não importava quantos seguranças ela tivesse em volta de si.

 

Depois da academia, Jenny retornou ao quarto. Tomou banho, trocou de roupa, pediu uma vitamina e mais tarde se reuniu com seus bailarinos para ensaiar. Mais uma vez, Sam a observou. Havia visto alguns vídeos da garota dançando e já admirava sua força física para fazer aqueles passos. Era ainda mais impressionante vê-la ao vivo. Pelo menos nesse aspecto, a garota tinha a admiração de Sam. Algo muito difícil de conseguir, poucos a impressionavam. Sam ainda estava decidindo se gostava ou não da garota, mas isso não importava para ela. Jenny Brooks poderia ser a pessoa mais intragável do mundo, ainda assim, Sam teria que dá a vida para protegê-la.

 

Os ensaios prosseguiram até a hora do almoço. Jenny voltou a tomar banho e trocar de roupa, preferiu almoçar no quarto e dormir um pouco em seguida. Sam permaneceu na sala de estar da suíte de Jenny e almoçou ali enquanto a garota dormia. Há muito tempo, Sam estava no ramo da Segurança Privada. Desvinculou-se da empresa que trabalhava há algum tempo para prestar serviço por conta própria. Era chamada em casos importantes. Jenny Brooks era um dos nomes mais conhecido no país. Uma cliente muito importante sem dúvida, mas não era o dinheiro ou a fama que Sam buscava. Para ela, quanto mais discreta ela e seus subordinados fossem, mais chances eles teriam de sucesso em suas missões. O perigo era o que sempre a instigava, o fato de saber que a qualquer momento algo poderia acontecer.

 

***

 

No final da tarde, Jenny teria uma sessão de fotos em um estúdio para pôsteres promocionais de seu novo álbum. Os seguranças fizeram uma barreira humana para escoltá-la até o carro, os fãs gritavam seu nome e cantavam suas músicas enquanto se acotovelavam para conseguir um autógrafo. Jenny mandava beijos a todos e aqui e ali tirava uma selfie com um fã. Sam sentou ao lado do motorista, enquanto Jenny ia no interior do carro com seu estafe.

 

Quando chegaram ao estúdio, o carro seguiu para a garagem. Sam seguiu o estafe de Jenny até o interior do estúdio e deixou alguns seguranças cobrindo as entradas e saídas. A garota foi para o camarim onde permaneceu cerca de uma hora se produzindo. A sessão de fotos durou mais duas horas. Por volta das seis da tarde, eles retornaram ao hotel. Jenny não teria mais compromissos. A garota estava cansada e decidiu dormir mais cedo. Assim, Sam retornou ao seu quarto e observou a imagem das câmeras que ela havia pedido para instalar. Depois, deixou um segurança na porta do quarto da garota e foi verificar como estavam as coisas pelo hotel. Procurou o gerente para uma conversa e repassou a situação do estagiário da recepção que se encontrava em período de experiência e sem supervisor. Sam também mostrou um dossiê com algumas falhas na segurança do hotel que ela havia verificado. O homem ficou consternado e prometeu fazer mudanças.

 

Sam retornou ao quarto e só então pode descansar. O dia seguinte seria mais um de grande agitação na vida da cantora Jenny Brooks. E Samanta Kane seria sua sombra.

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Capítulo 2 - Jenny Brooks:
Lea
Lea

Em: 16/02/2023

Onde qualquer um é suspeito,se joga com as armas que se tem. A Srta Smith foi direta!

Esse negócio de família folgada,não é fácil!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

rhina
rhina

Em: 16/07/2019

 

A mulher foi direta.....deu mesmo. ....kkkkk......em cima da Sam.....mas teria dado outra coisa facinho caso a Guarda Costa quisesse. 

Dois universos antagônicos. ....Sam.e Jenny

Rhina


Resposta do autor:

Direta mesmo. Não dá ponto sem nó rsrs

Responder

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JanBar
JanBar

Em: 12/06/2019

No Review

Responder

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Fernanda Santos
Fernanda Santos

Em: 01/06/2019

Me acorde se eu estiver sonhando...esperei tanto por ela,até que cansei,agora você está de voltaaaa


Resposta do autor:

rsrs :)

Responder

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