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Torta de Limão por antoniamendes

Ver comentários: 2

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Palavras: 2137
Acessos: 1540   |  Postado em: 23/05/2019

Capítulo 18

Eu sabia que não seria fácil esse período de recuperação da Lívia, a conhecia bem o suficiente para compreender que ela tinha problemas familiares, todos nós temos, minha família não era perfeita, no entanto, estava muito longe de acontecer entre nós qualquer coisa parecida com o que ocorreu aos “Muriel”.

Por mais que eu tentasse suportar todas as agressões verbais e as explosões de temperamento da morena percebi que nos afastávamos mais a cada dia, e todas as crises de ciúmes e impaciência dela só desgastavam o nosso relacionamento.

Era difícil ter que lidar com toda essa situação, ver a Lívia se perder mais a cada dia, eu quis leva-la a um psicólogo, um analista, sei lá, alguém que de alguma forma pudesse ajudar nesse momento difícil, mas ela se recusou. Apesar de ter inventado de tomar, por conta própria, medicamentos para dormir.

De fato, o sono dela estava bem agitado, perdi as contas de quantas vezes a vi acordar aos gritos, ou então só ouvir o barulho do corpo dela de encontro ao chão.

Recordo-me de uma vez que ela não foi para a cama acordei no meio da noite e ela não estava ao meu lado, achei estranho, ao olhar para os ponteiros do relógio de cabeceira marcavam por volta de 02:30h. Fui ao seu encontro e esta dormia no tapete do chão da sala, não entendi nada, mas como por um milagre de Deus ela estava sossegada preferi não acorda.

Assim que levantei no outro dia, me deparei com uma mesa bem arrumada, um suco delicioso de acerola da própria fruta e um bolo de cenoura com chocolate fresquinho. Em um vaso lindo tinham flores silvestres que exalavam um cheiro delicioso de primavera.

Não entendi nada – mais uma vez - e realmente não precisava entender, aquela era a minha Lívia, a mulher que eu conhecia desde criança. Eu sabia que esse comportamento violento não era o natural dela, apesar de já ter acontecido um episódio similar.

Aquele momento parecia um bálsamo em todo o transtorno e redemoinho que estávamos vivendo. Ela sorriu para mim de um jeito amoroso, senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, meu coração parecia estar cheio de um sentimento tão bom que transbordou em límpidas gotas de água.

- Que foi, amor? – não sei se por conta da gravidez e essa enxurrada de hormônios ou pelo sentimento que eu possuía por ela, mas eu simplesmente não conseguia segurar minha emoção.

Quando a morena me abraçou, meu choro veio violento e libertador. A engenheira simplesmente levantou-me e com toda calma senti seu corpo embalar o meu na cama. Apesar de ser uma quarta-feira, Lívia optou por não ir para o trabalho para ficar em casa e me mimar um pouco.

Além do café da manhã, a morena me levou para almoçar em um restaurante na beira da praia, o sol aquecia os nossos corpos e o vento do mar balançava os cachos do cabelo de Lívia.

- Pedi aquela moqueca que você gosta! O garçom me disse que os camarões estão deliciosos!

Os olhos doces em tom de mel brilhavam. O garçom chegou com uma frigideira cheia de frutos do mar e uma jarra de suco de cajá, um dos meus prediletos. A morena realmente queria me mimar, não é atoa que eu era completamente apaixonada por ela.

- Lív, por que você dormiu no tapete da sala? – perguntei enquanto comia um cheesecake de frutas vermelhas, nossa sobremesa.

Ela baixou os olhos timidamente e até com certa tristeza.

- Eu não queria te incomodar – deu uma colherada rasa na sobremesa – sei que eu sempre te acordo e você precisa descansar, principalmente por conta do nosso pequeno engenheiro que vem por aí!

- Oi? Engenheiro? Quem te disse que meu filho vai ser engenheiro?

- Ué, vai puxar a mim! Vai ter todo o incentivo do mundo! Você sabe!

- Agora foi que deu! Você tá parecendo pai que quer o filho jogador de futebol! - fiz uma pausa - Lívia? E se for menina?

- Vai ser engenheira, qual a diferença?! – ela sorriu.

Eu também me entreguei àquele momento de alegria. Realmente, naquele dia Lívia foi impecável! A noite fomos em um barzinho com música ao vivo, uma banda tocava músicas cheias de ritmo. Mesmo grávida ainda conseguia dançar. Minha barriga não despontava tanto, a maior dificuldade era a morena mesmo que era meio desajeitada, sempre quis ensina-la, porém pela timidez ela recusava.

Nesse dia ela se permitiu dançar comigo, nunca vi a morena tão solta. Inclusive, ela até dançou mais do que eu!

Quando nos sentamos em uma mesa, aos risos, um garçom veio oferece-nos uma bebida:

- Dois sucos de laranja, por favor! – respondeu ainda sorridente – nada de álcool para gente!

- Que isso amor, qualquer coisa eu dirijo! Pode tomar uma caipirinha, eu sei que você gosta!

- Não, não é isso! – Lívia passou a mão no pescoço. Desconfiei, alguma coisa tinha ali.

- E é o que, Lívia? – franzi a testa e a encarei com firmeza.

- Nada, Nanda! Não precisa se preocupar – sequer me olhou nos olhos, ao morder o lábio inferior enquanto mexia no saleiro branco da mesa tive a certeza da mentira.

- Você vai me contar ou eu precisarei descobrir sozinha? – puxei o rosto dela para mirar seus olhos.

A engenheira suspirou, deu um gole no suco a sua frente. Enquanto, brincava com a toalha da mesa ensaiou algumas palavras até finalmente despejar em mim uma informação que fazia todo sentido, apesar d’eu não ter pensado nisso antes.

- Eu tomei remédio para dormir não quero misturar.

- Você foi ao médico? – ela negou com a cabeça – Lívia, não se toma remédio sem prescrição médica ainda mais esses daí. Você tá maluca?

- Não dá nada, Nanda. Eu tô bem, não tô?! Dormi tranquilamente essa noite! Um amigo meu que usa e nunca teve nada, para de coisa! – ela falou e se levantou me puxando – vamos dançar!

Óbvio que eu não havia engolido aquela informação fácil assim, mas naquela hora vê-la ali tão bem, com bom humor e disposta me fez não querer estragar o momento.

É interessante como soluções aparentemente fáceis não resolvem os nossos problemas apenas os adormecem, entretanto, quando despertam são avassaladores.

 

 

Agora eu estava ali, sentada no chão frio, com a camisa respingada de sangue e o coração apertado. Parecia que o ar já não se fazia presente naquele ambiente.

Por óbvio, eu sabia que a culpa daquela situação não era minha. Porém, não podia deixar de tentar buscar na memória em que momento a engenheira desenvolveu aquela agressividade. Se alguém me perguntasse quem seria mais provável de agredir a outra, sem sombra de dúvidas responderia que eu, até porque sempre fui muito mais explosiva que a morena.

Pois é, como dizem a gente realmente não conhece as pessoas, e digo mais, ninguém sabe os demônios que o outro guarda no armário. Logicamente não iria defender a engenheira, ainda mais depois de chegar a esse extremo, entretanto não podia negar minha compreensão acerca da sua dor e sofrimento.

Nesse momento eu teria que pensar no meu filho, agora eu era mãe, tinha uma criança dentro do meu ventre e eu não poderia mais dispor da minha vida, do meu corpo daquela forma. O neném era minha prioridade, sou responsável pelo meu pequeno, quero estar viva para criar essa criança com dignidade.

Sinceramente por mais que me doesse não iria conceber meu filho ser criado absorvendo esse tipo de comportamento, é indigno para a mulher, um sofrimento para a criança!

Até tentei me levantar, mas não sentia minhas pernas. Meu corpo parecia entorpecido, então ajeitei-me no chão e adormeci ali mesmo.

Antes do amanhecer, acordei com o corpo dolorido. Aliás não só o corpo, a cabeça e o coração também. Apesar dos meus olhos inchados e o estado de espírito eu tomei um banho e fui trabalhar.

Eu adorava ir para a academia e dar aula para as crianças. Era uma alegria contagiante. Passei a tarde com as turmas infantis, e a noite dei duas aulas para a turma de sapateado.

Meu dia passou assim, entre uma aula e outra. Inegável que nos momentos de pausa a morena vinha na minha cabeça, principalmente a carinha de cachorro sem dono que ela fez ao sair do meu apartamento. Eu não queria mais, não daquele jeito.

Os meses passaram, às vezes eu percebia a presença da morena, sabia que ela me olhava, não nego que as vezes reparava nela também, no entanto, uma não buscava a outra, não sei se por receio ou por orgulho. Suspirei fundo!

- Quanto tempo vocês vão ficar nessa peleja hein? – perguntou Assis um outro professor que me auxiliava nas aulas.

- Eu não quero mais – falei firme, pelo menos eu achei que tinha sido.

- Desse jeito? Babando a morena cada vez que ela passa pelo corredor.

- Pior é a cara amarrada quando alguém encosta nela né?! – Pepê resolveu dar o ar da graça, e já chegou cheio de piadinha.

- Você sabe que não dá mais. – olhei para Pedro, que acenou com a cabeça.

- Há muito eu sabia que vocês não davam certo juntas.

- Também não é assim. – eu vi a morena passar com um kimono branco nas costas e uma caixinha colorida nas mãos.

- Que estranho! A engenheira-delícia tá lutando agora é? – perguntou Alice. Fechei a cara – que foi? Vocês não terminaram?

- Sim, e você já quer furar o olho da outra é? – Pepê perguntou.

- Que foi, gente? A fila anda. – ela sorriu pra mim.

- Quer? Fica pra você! Quer fazer serviço de reciclagem faça! Eu não quero mais, fique com os restos que eu deixei, porque tenha certeza de uma coisa se eu quisesse ela estaria aos meus pés! – falei furiosa, tenho certeza que faíscas saiam dos meus olhos – Pode ficar com ela toda pra você! Quem gosta de lixo é urubu!

Quando eu terminei de falar minha respiração estava meio ofegante, olhei para ela que me mirava pálida, Pepê parado com o canudinho vermelho nas mãos olhou para o chão – espantosamente sem graça – e Assis transbordava um olhar meio entristecido quando inclinou o queixo para frente, ou seja, para as minhas costas.

Antes mesmo de me virar eu já não acreditava na situação, parecia brincadeira. Dei um longo suspiro e fitei os olhos marejados da engenheira. Lívia engoliu em seco três vezes antes de abrir a boca. Eu queria me desculpar, sinceramente, queria! Não era aquilo que eu pensava, falei no calor do momento, da raiva, mas já não tinha volta.

- Eu comprei essa roupinha para o bebê, a moça da loja falou que era unissex! – peguei a caixa das mãos dela – Achei bonito, espero que você goste!

Ela poderia me xingar, brigar comigo, dizer que eu estava errada, até me bater, mas nada me machucaria mais do que o olhar tristonho e diminuído que ela me lançou.

- É...depois eu queria ver com você, as coisas...é...da criança, berço, carrinho...o negócio de dar banho – fez uma pausa – como é o nome? – inqueriu nervosamente.

- A banheira – completou Alice timidamente.

- É isso. Eu quero...- ela balançou a cabeça – pelo menos...só...- a morena olhava pra baixo, na nítida tentativa de organizar os pensamentos – enfim, só queria ajudar com as coisas do neném.

Eu fiquei calada, não sabia o que falar. Meus lábios entreabriram na tentativa de esboçar um pedido de desculpa, no entanto nenhum som saiu. A engenheira suspirou triste mais uma vez.

- Desculpa, não queria incomodar – falou baixinho enquanto olhava minha barriga sobressalente.

Com um andar cabisbaixo se retirou da sala. Por trás da parede de vidro vi a morena sair da academia com o andar arrastado. Passei as mãos no cabelo, esfreguei os olhos e respirei fundo. Meu Deus! O que eu fiz?!

Abri a caixa colorida, e tinha um macacãozinho lindo, branco com os detalhes em azul e vermelho, do lado tinha uma pequena girafa amarela. Ela escolheu a dedo aquele presente, a roupinha com um cheiro gostoso de neném. Consigo imaginar a morena empolgada escolhendo a peça e o brinquedo.

Pensei em ir atrás da morena, mas Assis colocou a mão no meu ombro.

- Deixa, não vai agora, em outro momento vocês conversam.

- Desculpa, eu não sabia que você era tão apaixonada pela Lívia ainda – Alice se desculpou – mas eu estava brincando cara!

- Largue de ser pilantra que você não estava nada.

Ela deu de ombros. Agora já não importava mais. O pior não era acabar a relação, mas acabar o amor, respeito e consideração.

Fim do capítulo


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Comentários para 18 - Capítulo 18:
Amandha12
Amandha12

Em: 25/05/2019

Olá Antônia, tudo bem?

Sua história é maravilhosa, muito mesmo. Fiquei com pena da Lívia, gosto tanto das duas juntas.Com certeza um casal com suas diferenças, porém tão lindo. Espero ansiosamente o próximo capítulo.

Beijão.


Resposta do autor:

Olá, Amandha! Eu estou bem e você?

Fico muito feliz que você goste da minha estória!

Agradeço a gentileza de tirar um tempinho e vir aqui falar comigo!

Um grande abraço e um bom início de semana! 

Responder

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Brescia
Brescia

Em: 24/05/2019

      Oi mocinha. 

 

Amei esse capítulo,  adorei o jeitinho carinhoso da Lívia (sou fã dela),  o modo respeitoso de quem sabe que errou e só deseja ajudar. 

 

     Baci piccola. 


Resposta do autor:

Realmente a Lívia é um doce! 

Obrigada pelo carinho!

 

Responder

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