• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Torta de Limão
  • Capítulo 17

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • A fortiori
    A fortiori
    Por Bastiat
  • Noite de Natal
    Noite de Natal
    Por EdyTavares

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Torta de Limão por antoniamendes

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 2149
Acessos: 1605   |  Postado em: 30/04/2019

Capítulo 17

Lívia

 

Ao despertar de sobressalto d’um pesadelo com a fatídica noite anterior tive meu coração aquecido ao ver aquele pedacinho de minha família ali reunida. Minha namorada e minha irmã dormiam emboladas em uma das poltronas desconfortáveis do quarto.

Não fosse o sinal contundente da minha bexiga jamais as acordaria. Na verdade, não preciso de ajuda para fazer minhas necessidades, no entanto, por conta dos meus ferimentos fiz muito barulho para sair da maca, e a minha acompanhante, provavelmente com o sono muito mais leve que o habitual, logo acordou.

- Calma, deixa eu te ajudar! – limpou os olhos verdes sonolentos.

- Nanda, fica tranquila! Eu tô bem! – coloquei os dedos no rosto cansado de minha namorada e a puxei para depositar um leve beijo na bochecha rosada.

- Você tá cheia de hematoma! – minha irmãzinha com a voz chorosa me abraçou pela cintura, era muito bom receber esse carinho, mas não vou mentir que o aperto dela me fez ir no inferno e voltar. Fiz careta.

- Ei, não se preocupa eu tô bem! – dei um sorriso sofrido.

A Nanda abraçou minha irmã e a acalmou enquanto eu ia ao banheiro. Quando retornei ela já estava concentrada no tablet assistindo a um filme.

- Sua família foi para o enterro do Marcos. Dada a situação do corpo o processo foi acelerado.

Eu só meneei a cabeça. Sinceramente não queria saber daquele desgraçado, só desejava esquecer o que aconteceu e seguir minha vida.

Após o almoço eu assistia um filme tranquilamente, quando ouvi batidas na porta. Uma das enfermeiras ingressou no recinto e trouxe com ela uma mulher alta, de calças jeans justas e com belos cabelos cacheados, muito simpática a moça! A Nanda por algum motivo pigarreou e me entregou um olhar muito ameaçador!

- Boa tarde, senhoras! Eu sou a delegada Íris, e gostaria de colher o depoimento das duas! – ela tinha olhos negros penetrantes.

Por um instante desviei meus olhos para Fernanda e percebi que tinha algo diferente nela, não sei ao certo, talvez um nervosismo.

- A gente acabou de passar por essa situação, não acha cedo para colher nossos depoimentos?!

- Não, é interessante, porque provavelmente vocês lembram de mais detalhes agora do que daqui a duas semanas ou um mês.

- Por mim não tem problema – respondi – quanto antes me livrar disso melhor.

- E a senhora? Quer responder as perguntas agora ou prefere esperar a intimação na sua porta? – por algum motivo o clima entre elas não era bom, e gratuitamente, não pareciam se conhecer.

- Do jeito como você fala parece que a culpada de toda essa situação sou eu – a lourinha se enfezou.

- Não duvidaria que fosse, já vi cada história.

- Olhe a senhora me respeite! Quem é você para vir fazer acusações levianas!

- Eu não fiz acusação nenhuma, só quis dizer que já vi muita coisa nessa vida e não duvido mais de nada! – levantou a sobrancelha – mas se a senhora se doeu dessa forma talvez eu tenha uma certa razão!

Os olhos verdes faiscavam como brasa eu tinha a nítida impressão que a qualquer momento a lourinha esganaria a delegada com as próprias mãos. Resolvi intervir antes que minha namorada saísse daquele quarto de hospital belamente algemada.

- Gente, calma! Nanda, faz logo o que Íris pediu, vai amor! – a Nanda me mirou de um jeito, como se naquele momento qualquer coisa que eu pedisse ela concretizaria, talvez por isso acatou o meu pedido.

- Tudo bem, bora logo com isso, Íris! – ela falou a contragosto.

- Não sou eu quem vai tomar o seu depoimento. O investigador Roncato está aí fora, pode ir lá conversar com ele, enquanto eu colho as informações da Lívia.

- Você só pode estar de brincadeira.

- Não estou e adiante que eu tenho muita coisa para fazer.

- Como é que é? Você é muito folgada! – a lourinha explodiu. Pronto, já comecei a imaginar a loura de farda laranja limpando privada.

- Você quer sair daqui presa? Eu sou uma autoridade você me respeite!

- Ei, que gritaria é essa aqui?! Vocês não sabem que isso é um local de silêncio?! Ora, estão pensando que estão aonde? – a enfermeira deu uma bronca nas duas que se calaram de imediato, e eu agradeci aos céus! – as duas circulando, deixem a paciente quieta!

- Não, perai, eu vou colher o depoimento dela! – a delegada falou meio murcha.

- É? Então colha o depoimento aos sussurros porque eu não quero ouvir o tom de sua voz do outro lado da porta, entendeu? – Íris acenou com a cabeça – e você?

- Eu vou lá fora conversar com o policial. – Nanda falou já a caminho da porta.

Eu sorri para a senhora que já se retirava do local e pensam que ela retribuiu meu gesto?! Que nada! Ela só me mirou com a testa franzida e saiu. Eu hein?! Era a mais inocente, nem precisava disso!

- Agora nós duas, me conte o que houve?

E eu simplesmente comecei a contar o que eu lembrava, mas era realmente doloroso reviver esses momentos, principalmente quando me recordava do sofrimento da Bruna.

- Tudo bem, por enquanto está bom, não quero que prejudique sua saúde, nós temos tempo. – ela inclinou a cabeça e sorriu, o jeito afetuoso dela de alguma forma me tocava, ela colocou as pontas dos dedos no meu rosto – fica tranquila ele não pode mais te tocar.

A Fernanda entrou no quarto exatamente nesse momento, aliás, eu sei que parece cena de novela, mas essas situações que “parecem algo que não é” são muito mais comuns no cotidiano real do que se imagina.

Entretanto, o que eu não imaginava era que a minha namorada não fosse se alterar. Percebi um certo impacto, mas ela não se alterou, a morena a minha frente rapidamente se recompôs e após os devidos cumprimentos se retirou do local e sobramos apenas nós duas.

- Por que você ficou tão estranha quando a delegada falou do depoimento?

- Só não gostei do jeito como ela falou, nem acho que esse seja o momento adequado para esse tipo de coisa. – jogou os belos cabelos louro para o lado e o ar se inundou do cheiro doce e refrescante que os fios exalavam.

- Você está me enrolando – falei, ela negou e me beijou. Eu tinha ainda mais certeza que a mulher omitia fatos de mim, mas era tão bom ser enrolada com os carinhos dela que eu simplesmente resolvi deixar esse assunto para outro momento.

 

Alguns meses se passaram após o dia da agressão, a gente fingia que as coisas estavam bem, mas na verdade ambas sabíamos do abalo na nossa relação. O Marcos de uma forma ou de outra reiteradamente nos machucava, mesmo morto.

Aliás, não só a nós. A Bruna resolveu dar uma pausa na carreira e foi passar uns dias no interior com os avós, desde sua alta não nos falamos, não quis forçar uma aproximação, sabia que ela precisava ter seu próprio tempo.

Minha mãe, bem, por mais que eu optasse por não saber, as notícias sempre chegavam ou por comentários de colegas desavisados, ou de meus familiares em uma tentativa de nos reaproximar, porém existia muita mágoa tanto da minha parte quanto da dela.

Eu sabia que ela não estava bem, tomava remédios para dormir, assim como eu, que ultimamente mal pregava os olhos por mais de 5 horas. A Nanda tentava me incentivar a realizar uma consulta com um médico ou psicólogo, mas sinceramente eu não estava pronta.

O pior era a minha violência e a subserviência dela. Pouco tempo depois que saímos do hospital eu comecei a me tornar uma pessoa agressiva, não só com minha namorada, mas com a sociedade. Não conseguia mais relevar as coisas, era como se a raiva borbulhasse dentro de mim a todo instante e ao menor vacilo de alguém esse sentimento transbordasse em irá e agressões, geralmente verbais.

Era bem verdade que muitas vezes eu brigava com a Nanda, xingava, disseminava raiva e agressividade em palavras de baixo calão, e ela sequer me respondia, nos dias em que a dançarina demonstrava um pouco de raiva se retirava do meu apartamento e ia para a casa dela. A mágoa acumulada nas íris verde-mar me machucava também e só após o estrago me batia uma onda de remorso, sentia uma falta de ar comprimir meu peito, jurava a mim mesma não repetir mais esse tipo de atitude, no entanto, poucos dias depois incidia na mesma conduta.

 Sinceramente não conseguia compreender por qual razão a Nanda não se defendia, se negava a reagir a minha raiva e agressividade, quando eu a olhava via somente a resignação e uma certa pitada de culpa, e me perguntava pelo quê?!

Diante dessa inércia da dançarina em me explicar o motivo e as razões dessa abstenção eu me consumia em teorias infundadas e acusações perversas. Minha cabeça girava e o ciúmes envenenava ainda mais meu coração e o nosso relacionamento. Até que um dia a situação se tornou realmente insustentável.

A Fernanda chegou em casa beirava as 00:00 horas, a muito a última aula dela já havia acabado, com o advento da gravidez e, portanto, das alterações no corpo, a dançarina não realizava mais apresentações em eventos, apenas dava aulas.

- Onde você estava, Maria Fernanda? – inqueri subitamente quando a loura ligou a luz da sala em que eu estava.

- Você não deveria beber, Lívia! – olhou para o copo de whiskey em minha mão, ignorou minha pergunta e adentrou o apartamento.

Os minutos passavam e minha raiva aumentava, eu sentia o pulsar da minha veia, respirei fundo três vezes.

A loura retornou para a cozinha, eu não aguentei. O suor escorria pelas minhas costas, minha camisa de tecido vermelha já grudava em minha pele.

- Eu te fiz uma pergunta, e você não me respondeu. – ela me ignorou novamente e foi em direção a geladeira.

Eu não aceitei o comportamento da loura e a puxei pelo braço. Ela mirou meus dedos e cruzou nossos olhares num misto da raiva e ressentimento.

 - Solte meu braço você está me machucando! – sibilou baixo.

- Você estava aonde? – perguntei entre dentes, apertando com mais força.

A bailarina puxou o braço com força e antes que ela conseguisse se virar, a segurei pelo pescoço e a comecei a apertar. Sem demora a loura atingiu meu rosto com o copo de vidro que estava em sua mão, só então eu percebi a merd* que eu fiz.

O meu sangue pingava no chão, o qual já estava repleto de cacos de vidro. Olhei para cima e vi a dançarina em pé, com um pano de prato na mão para conter o liquido vermelho que escorria de seus dedos.

Diante do olhar da bailarina eu já sabia o que iria acontecer. Não sei quanto tempo eu fiquei ali sentada no chão frio da cozinha. Meu sangue já fazia uma poça no chão, ouvi os passos decididos da mulher. Fernanda se abaixou, colocou os braços ao redor do meu corpo e me ajudou a levantar.

Sem olhar nos meus olhos a dançarina limpou meu rosto com soro e algodão. Era até irônico, porque desde a adolescência quem cuidava dela era eu. O curativo ficou meio torto, mas estava bom. Um copo com água e um analgésico foram deixados ao meu lado.

A pílula desceu travando em minha garganta, a água tinha um sabor amargo e levemente salgado. Ao chegar na sala reparei em uma caixa no chão ao lado de uma mochila camuflada que era minha ainda na época da faculdade.

- Nanda?

- Não, Lívia. – apontou para as coisas no chão – pega os seus pertences e vai embora, não dá mais. – ela abriu a porta e mirou o chão sem ter coragem de me olhar.

- Nanda, eu...eu... – sinceramente eu não sabia o que dizer, a loura estava certa.

- Lívia, eu estou grávida! Você sequer lembrou disso! Do jeito que as coisas estão para algo pior acontecer é daqui para li. – ela respirou fundo, limpou as lágrimas com raiva – eu não mereço isso, Lívia! Meu filho não merece isso.

- Nanda, mas...a criança...eu...é – já não raciocinava direito.

- Não vou te impedir de ver a criança, até porque ele é seu...- ela fez uma pausa – é como se fosse seu filho.

- Mas Nanda, eu te amo! – meu rosto já estava banhado e eu experimentava um enorme remorso.

- É Lívia, mas só amor não é suficiente para manter uma relação. – ela indicou a saída com a mão e o último som que eu ouvi antes de entrar no elevador foi o estrondo da porta batendo.

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 17 - Capítulo 17:
Brescia
Brescia

Em: 04/05/2019

       Oi. 

Esse foi muito intenso e o silêncio só piora as coisas. Será que a Lívia terá paz? eu sinceramente nem gosto delas juntas. Desculpa. 

       Baci. 


Resposta do autor:

Olá! As relações muitas vezes são bem caóticas mesmo! Por vezes, as pessoas se mantém em relacionamentos sofríveis por "amor", outras já vivem relações sem afeto porque "pelo menos ele gosta de mim/ pelo menos ele me respeita/ pelo menos não falta nada em casa". Como eu digo, é tudo muito complicado! 

Meu anjo, eu agradeço muito o comentário! É maravilhoso esse retorno que vocês proporcionam!

Um forte abraço!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lili
Lili

Em: 30/04/2019

Pqp Lívia deveria ter procurado ajuda des de cedo, olha a merda que deu.


Resposta do autor:

Olá! Eu concordo com você, deveria mesmo! Mas, infelizmente, muitas vezes a gente acha que é coisa de momento, que esses sentimentos se resolverão sozinhos! Aí dá nisso! 

Um abraço, meu bem! 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web