• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • O Clã San'Germany
  • Capítulo 63 Angustia

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • A Leitora
    A Leitora
    Por caribu
  • O céu em seus olhos
    O céu em seus olhos
    Por Rayddmel

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

O Clã San'Germany por BiancaLaneska

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 4843
Acessos: 1327   |  Postado em: 22/05/2019

Notas iniciais:

Sei que algumas de vocês querem muito ver sempre sobre Rachel e Manuela, porem eu preciso seguir essa historia, vou precisar da ajuda de vocês para uma coisa então por favor leiam as notas finais.

Capítulo 63 Angustia

 

CAPÍTULO 63: Angustia

 

 

Assim que Manuela colocou os pés em frente a porta de Júlia, sentiu um aperto em seu peito, era um mal pressentimento, e quando olhou para o chão, a maçaneta da porta e percebeu vestígios de sujeiras que não eram para estar ali seu coração bateu como se no meio de uma corrida ele desse uma falhada.

Seus passos foram largos até a entrada da porta e mais um sinal que algo ruim estava ocorrendo foi quando ao bater a mão na maçaneta a porta já se abriu, ela sequer estava fechada por completo, apenas encostada.

 

-- Rachel?! – chamou se alarmando assim que colocou um pé para dentro do cômodo – Rachel?!

 

Chamou novamente sem ouvir resposta alguma.

Apressou-se em entrar por vez e seguir para os quartos, provavelmente a garota de cabelos castanhos estivesse lá.

Mas antes mesmo que ela pudesse cruzar a sala inteira para o corredor que levava aos quartos seu coração falhou uma batida ao olhar para o sofá de Júlia.

 

-- O que... Rachel! – gritou correndo em sua direção.

 

Aquele sangue que parecia estar no corpo todo da outra.

 

-- Rachel?! – chamou novamente com o desespero evidente na voz e levou uma de suas mãos para o rosto da garota de cabelos castanhos afastando-lhe os cabelos da face para a ver melhor – Amor?! Responde!

 

Checou a respiração dela que não emitia nenhum sinal de consciência.

Levantou-se apressada e chamou no numero da portaria.

 

-- Eu preciso de ajuda no apartamento da Júlia San’Germany urgente! – sem perceber gritava e tinha as mãos tremulas.

 

O que havia acontecido?

Precisava de ajuda, mas sequer sabia o que fazer, voltou ao lado de Rachel tentando obter alguma reação da outra garota.

 

-- Por favor amor me responde! – pediu com lagrimas molhando seu rosto e viu o porteiro entrar pela porta a dentro – O que aconteceu aqui?!

-- Senhorita eu não sei, eu não fiz nada, a moça já chegou aqui nesse estado – disse ele espantado com a situação e aproximou-se pegando no pulso de Rachel – Acho melhor levarmos ela a um medico, qualquer pessoa pode atestar que essa jovem esta muito mal.

-- Chame uma ambulância com urgência por favor.

-- Claro – pegou seu aparelho celular e discou, houve uma pequena espera e foi atendido, sendo informado que devido ao grande temporal poderia levar algum tempo até a ambulância chegar, agradeceu e virou-se para Manuela – Eles podem levar um tempo para chegarem.

-- Eu não sei quanto tempo ela esta desacordada!

-- Tem algum álcool aqui? Pegue também uma toalha.

 

Manuela sequer tinha pensado em algo, a imagem de ver Rachel tão machucada a fez entrar em completo choque.

 

Correu até onde ficavam os materiais de limpeza encontrando um vidro de álcool fechado, no banheiro de Júlia encontrou toalhas onde levou apressada ao porteiro que permanecia ao lado de Rachel.

Entregou a ele as coisas e o viu abrir o vidro de álcool embebedando a toalha e levando assim ao nariz da garota de cabelos castanhos.

 

-- Rachel por favor – chamava chorando.

-- Se acalme ela esta ouvindo só não consegue abrir os olhos – disse vendo os cílios da garota darem uma leve tremida como se tentasse abri-los – Ela parece com dificuldades para respirar – disse ele observando atentamente.

 

A ambulância demorou em torno de 15 minutos para chegar até o prédio, e Manuela podia jurar que parecia horas.

Em minutos os paramédicos adentravam a sala com uma maca movendo Rachel e analisando cada lesão e escoriação visível.

Desceram com a garota que tinha o corpo mole por completo evidenciando a perda da consciência novamente.

Manuela os seguiu informando que era acompanhante e se podia ir com eles.

 

-- A senhorita é da família? – um dos socorristas perguntou.

-- Eu sou a única pessoa que ela tem – informou em uma voz falhada devido ao embargo.

-- Deixe a menina vir e vamos logo essa moça não esta nada bem – outro ralhou tentando conter um sangramento que estava na cabeça de Rachel – Alguém bateu muito forte nessa garota, você sabe o que aconteceu? – perguntou olhando para Manuela.

-- Eu a encontrei desacordada – engoliu o choro entrando rapidamente na viatura e ouvindo o outro bater a porta com força para o motorista seguir.

 

 

******xxxxx******

 

No caminho os socorristas perceberam a dificuldade da menina para respirar e provavelmente poderia ser uma lesão interna, a pulsação parecia cada vez mais fraca até que o monitor começou oscilar o que fez com que um dos socorristas gritasse para que o motorista acelerasse o máximo que pudesse.

Um balbuciar baixo os fez observar que ela começava a recobrar a consciência e abrir levemente com dificuldade os olhos.

E na cabeça de Rachel era só um mar de confusão, onde estava e o que estava acontecendo?

 

-- Amor? Amor! – Rachel conseguia ouvir, mas sem saber o que essas palavras significavam, estavam a chamando? Não conseguia distinguir sequer conseguia manter-se consciente, apagou novamente e acordou novamente, não sabia se desmaiara ou apenas piscará, sua cabeça estava pesada e bagunçada.

 

Sentiu um toque suave em sua mão e palavras que não soube identificar, sua cabeça estava girando e só conseguia ouvir um zumbido agora, estava sendo mais dificultoso para respirar.

Ela olhou para dois rostos estranhos em cima de si e a luz que estava em cima dela em movimento e quando sua respiração falhou entrando com mais dificuldade e a fazendo sentir como se estivesse afogando-se em seu próprio ar sentiu o toque em sua mão mais forte e sons que novamente não conseguia distinguir, mas viu um terceiro rosto, embaçado, até que a visão deu uma leve focada, para embaçar-se novamente.

Era ela?

Tentou fazer algum som, mas não teve mais ar e sentiu como se sua cabeça que estava pesando toneladas a nocauteasse pois no outro momento não sentiu mais nada.

 

 

******xxxxx******

 

Manuela junto dos paramédicos observaram Rachel abrir um pouco seus olhos e os dois tentaram conversar com a garota a situando de onde estava e o que estava acontecendo, mas a outra parecia muito área pra entender.

Manu pegou em sua mão e sentiu um alivio por ver ela expressando uma reação menor que fosse, mas a felicidade não durou sequer um minuto.

Viram ela puxar o ar com dificuldade e os socorristas se alarmarem aplicando técnicas que pudessem ajudar.

 

-- Amor? Amor! – Manuela chamou sem ter resposta – Meu deus por favor – pediu em um soluço, quando seus olhares se cruzaram e os aparelhos começaram a apitar Manuela apertou mais sua mão.

-- Ma...nu – foi o a outra tentou dizer antes do som dos aparelhos aumentarem e ela fechar os olhos novamente fazendo com que Manuela apertasse mais sua mão.

-- Se afaste dela! – Um dos paramédicos gritou a tirando do local e apontando para o canto que ela deveria ficar.

 

E ela ficou assustada e observando as massagens que os dois rapazes faziam nela, até que a ambulância parou e pode perceber que estavam no hospital.

O motorista abriu a porta e pegou em seu braço a descendo enquanto ela observava cada detalhe do que acontecia.

Outros paramédicos chegaram ajudando os outros dois que estavam lá dentro, um deles subiu na maca onde os outros puxavam e aplicava sem parar uma massagem no peito da menina desacordada.

 

-- Por favor Rachel por favor – Manuela dizia alterada seguindo-os – fica comigo amor por favor, fica bem amor, fica... – dizia quando foi barrada por um dos que seguiam com a outra.

-- É restrito, aguarde na recepção – disse lhe dando as costas em seguida.

 

 

********xxxxx******

 

 

 

Júlia não conseguiu dormir após ter expulsado Amanda de seu quarto, queria poder sumir, mais que isso, queria nunca ter passado por nada que estava acontecendo desde a noite em que se acidentou com Paul.

Se não tivesse ido até aquela maldita festa nada disso estaria acontecendo,seu irmão estaria vivo, ainda estaria morando com os San’Germany e provavelmente nem sequer saberia da existência dos Lancaster.

E principalmente não teria conhecido Amanda.

 

Amanda, ela só poderia estar brincando com seus sentimentos.

Entrava no seu quarto , faziam amor e depois ela anunciava que não podia mais vê-la.

Amor essa palavra pelo visto era um engano na relação das duas.

 

Ficou remoendo isso durante a noite inteira e quando se deu conta a chuva já estava fina, apenas uma garoa incessante.

O céu já estava claro e começou a ouvir vozes no corredor.

Ergueu-se da cama se pondo de pé e indo até o banheiro lavar seu rosto.

Saiu do quarto descendo as escadas e encontrou alguns dos convidados despedindo-se de Cecília que já estava de pé.

 

-- Agradecemos por mais um ano passarmos com vocês minha querida Cecília – um dos convidados agradeceu abraçando a senhora simpática.

-- Eu que agradeço e peço desculpas pelas discussões dos dois.

-- Não se preocupe Cecília nós sempre apostamos quem vai começar primeiro, dessa vez eu ganhei o bolão – outro convidado disse fazendo todos rirem.

-- Da próxima eu quero participar – riu a senhora abraçando os últimos convidados – Obrigado por terem vindo, vão com Deus meus amigos.

 

Os convidados saíram porta a fora e Cecília virou-se para ir até a cozinha e acabou avistando sua neta na escada.

 

-- Bom dia meu amor, dormiu bem?

-- Sim – mentiu em um sorriso forçado.

-- Venha comigo até a cozinha, vamos ver o que esta sendo preparado para o café da manhã, logo todos estarão a mesa.

-- Eu já vou embora vovó.

-- O que isso minha filha, fique mais um pouco, só até o café meu amor.

-- Vovó eu... – ia dizendo quando observou Regina descendo as escadas ao lado de Olávo.

-- Bom dia meninas – Olávo sorriu ao cumprimentá-las.

-- Bom dia meu filho.

-- Os velhos já estão descendo para o café da manhã, Regina os chamou – disse Olávo e recebeu um tapa da esposa – Aii que foi?

-- Respeite meus pais Olávo.

-- Desculpe, vamos para a mesa? – chamou todos já indo na frente.

 

Cecília olhou para Júlia como se fosse tarde para a loirinha fazer a recusa.

E logo já estavam todos na mesa exceto Amanda que ainda não havia descido, e a loirinha agradecia mentalmente por isso.

Mas no caso de Júlia o ditado alegria de pobre dura pouco nem poderia ser usado.

Amanda apareceu se juntando a eles.

 

O assunto no café da manhã estava sendo ameno, até Norberto tocar no assunto da mudança de Amanda.

 

-- Se quer tivemos tempo para conversar sobre isso – Olávo respondeu – Amanda com certeza vai reconsiderar esse pensamento de mudança.

-- Por qual motivo ela reconsideraria?  -- rebateu o senhor.

-- Ela tem uma vida aqui, ela não vai abandonar tudo o que tem.

-- Amanda já se decidiu Olávo – Júlia falou pela primeira vez aquela manhã na mesa.

-- Como assim já se decidiu? O que vocês todos sabem que nós não sabemos.

-- O que eu sei é que Amanda quer fugir dos problemas dela como os covardes fazem – Júlia respondeu com amargura atraindo o olhar assustado da ruivinha.

-- O que você quer dizer com minha neta fugir dos problemas dela? – confrontou o senhor ruivo.

-- Ah sua neta não te contou?

-- Júlia por favor – Amanda pediu quebrando seu silencio.

 

E Júlia riu, mas não era um riso por achar graça, pelo contrario para si a situação não tinha graça alguma.

 

-- Por favor – suplicou Amanda novamente e Júlia a encarou, não deveria sentir compaixão por quem sequer pensava no que ela sentia.

-- O que Amanda não me contou menina – Norberto cortou os olhares das duas.

-- Nada.

-- O que, começa a falar e se cala? O que você tem a me dizer Amanda?!

-- Nada vovô.

-- Eu quero entender o que diabos esta acontecendo aqui e quero saber desde ontem, o que você quis dizer quando deu o presente a minha neta e o que quer dizer agora com ela esta fugindo San’Germany?!

-- Se existe alguma coisa para ser dita, não sou eu quem vai lhe dizer – Júlia respondeu polidamente.

-- Você ontem disse...

-- Eu sei muito bem o que eu disse senhor Norberto, agora se o senhor quiser coloque sua cabeça para pensar, eu não tenho que responder nada do que você me perguntar – foi dura.

-- Escute aqui menina...!

-- Júlia e Amanda namoram. E é disso que Amanda está fugindo – Regina disse sem cerimônia deixando todos em choque com a revelação.

 

Os seus pais em choque por não saberem, e os demais por não achar que Regina teria coragem de contar esse ocorrido aos seus pais.

 

-- O que você acabou de dizer? – Norberto perguntou novamente afim de saber se tinha realmente escutado certo.

-- O que o senhor ouviu, as duas são namoradas.

-- Você esta me dizendo que minha neta é uma sapatão?! É verdade isso Amanda?! – Norberto gritou encarando sua neta.

-- Eu...

-- Vocês sabendo que isso esta acontecendo dentro desse teto e não fizeram nada?! – gritou o velho que agora estava quase do tom dos cabelos.

-- Norberto tenha calma – sua esposa pediu, mas foi em vão.

-- Calma uma ova! Isso tudo é má influencia dessa fedelha sem pai! – acusou Júlia – Seduziu minha pobre neta!

-- Eu fiz o que? – Júlia perguntou incrédula com a acusação.

 

Todos agiam como se Amanda fosse um pobre anjo inocente e indefeso e ela como se fosse o próprio capeta em forma de mulher.

Estava farta de ser acusada de seduzir a filha de Regina.

 

-- É isso que você ouviu! Minha neta jamais seria essa coisa nojenta se não fosse por influencia sua!

-- Olha como você fala da minha filha – Olávo se posicionou – Respeite as minhas filhas!

-- Você aqui só tem uma filha seu otário e é essa aberração que esta tentando desvirtuar minha neta!

-- Pai chega disso! Amanda não é nenhuma criança para ser influenciada por Júlia, quando um não quer dois não brigam! – Regina disse já de pé ao lado de seu pai que também encontrava-se na mesma postura.

-- Ora cale essa maldita boca Regina – Norberto disse desferindo um tapa na face da filha.

 

O que fez Olávo se erguer no mesmo instante indo em direção ao sogro e agarrando sua mão com força.

 

-- Você não toca na minha esposa!

-- Ela é minha filha!

-- É a minha esposa! – gritou de volta – Você podia fazer o que quisesse com ela antes, mas a partir do dia em que casei com ela, você não tem esse poder, ela e Amanda são minhas responsabilidades!

-- Você nem sequer é pai de Amanda seu frouxo! Não sabe nem criar uma filha porque sequer criou esse monstro!

-- Parem! – Amanda pediu em lagrimas.

-- Cale a boca Amanda, eu resolvo com você depois – o senhor ruivo gritou.

-- Fora da minha casa agora! – Olávo retrucou aos berros – Você não manda nenhuma das minhas filhas calarem a boca e muito menos bate na minha esposa, na minha casa você não pisa mais os pés!

 

Cecília observava tudo calada.

Não se meteria, seu filho estava obtendo a postura adequada.

 

-- Só saio daqui com a minha neta! – exclamou.

-- Você não encosta na Amanda! – gritou o outro tentando retirar o senhor da mesa.

-- Parem os dois! – Regina pediu aproximando-se, mas suas pernas fraquejaram.

 

Júlia foi rápida e levantou-se segurando Regina.

 

-- Regina... – a apoiou a fim de fazê-la sentar.

-- Solta minha filha!

-- Cala a boca Norberto! – Cecília meteu-se pela primeira vez gritando.

 

A matriarca seguiu até a nora, junto de Olávo que ajudou Júlia colocar sua esposa sentada, Amanda e sua avó também aproximaram-se.

 

-- Mãe...? – Amanda chamou.

-- Ela esta pálida – constatou Angelina mãe de Regina – Oh minha filha.

-- Eu estou bem – disse a ruiva mais velha recuperando-se da tontura.

-- Acredito que é melhor buscar um medico Regina – Júlia lhe falou, sabendo que ela saberia que dizia isso referindo-se ao episodio da noite anterior.

 

A ruiva mais velha olhou os olhos verdes e assentiu como se concordasse.

 

-- Afaste-se da minha filha garota – Norberto empurrou Júlia.

 

Ato que fez com que Olávo perdesse total paciência que já não lhe restava com o sogro.

O pegou pelo colarinho da camisa o puxando para lhe encarar com força.

Todos tomaram uma postura ereta se preparando para interferir, inclusive Regina mesmo ainda com sua tontura.

 

-- Você não encosta mais na minha filha me ouviu bem? – Olávo cuspia cada palavra.

-- Não faça nada por favor – Amanda pediu aproximando-se.

-- Ou o que Olávo – desafiou o senhor segurando as mãos do homem que lhe prendia pelo colarinho.

-- Ou eu juro que eu vou acabar com você.

-- Ótimo, acabe com o pai da sua esposa, pois se sua filha cruzar o meu caminho eu sou capaz de atropelar essa aberração!

 

E Olávo preparou-se para um soco que daria no sogro quando foi impedido por Júlia que o segurou a mão.

 

-- Não vai valer a pena pai, ele ainda assim é o pai de Regina e Amanda ama ele, não suje suas mãos – Júlia disse fazendo com que seu pai estancasse no mesmo lugar – Solta ele, eu sei me virar, posso me defender dele que eu sequer sabia da existência – alfinetou.

 

Viu seu pai soltar o senhor dos cabelos alaranjados.

 

-- Não se preocupe senhor Norberto, o senhor não me verá e eu sequer verei sua neta, a leve embora como ela quer ir, afaste da má influencia que eu sou e sejam felizes – encerrou se retirando.

-- É o que eu farei! – ainda pode ouvir o grito do outro.

 

No caminho para sua casa checou seu celular e viu que o mesmo estava sem bateria e não sabia desde que horas o mesmo estava assim.

Toda aquela conversa do café da manhã não saia de sua cabeça, durante todo o caminho ficou remoendo tudo que se passou em sua vida até hoje um sorriso completamente sem graça apossou-se de seu rosto, só podia ser uma brincadeira de mal gosto sua vida.

 

Ao chegar em seu apartamento estranhou o ambiente, mas nada que prendesse sua atenção.

Seguiu para seu quarto e chegando lá colocou seu celular para carregar.

Jogou-se na cama e fechou os olhos, mas sem um resquício de sono, sua mente não lhe deixava em paz, um pensamento atropelando o outro.

Apertou seus olhos com o indicador e polegar fazendo uma careta afim de parar de pensar em tudo o que estava acontecendo, se cansou sentando-se e pegando seu celular.

Ao ligá-lo uma chuva de mensagens e ligações perdidas surgiram.

 

 

******xxxxx******

 

 

 

Na mansão Lancaster.

Todos já haviam saído da mesa do café da manhã completamente indigesto.

Olávo estava na sala ao lado de sua esposa lhe fazendo um leve afago nos cabelos enquanto ela encontrava-se recostada em seu peito.

Durante toda a manhã ela ficou com o mal estar presente.

Cecília que também encontrava-se no ambiente conversava com os dois sobre o que havia acontecido e como agiriam daqui para a frente, era inadmissível que toda vez que Júlia estivesse presente juntamente com Amanda surgisse uma briga em família.

Já Amanda estava no andar superior em seu quarto quando teve sua porta aberta abruptamente.

 

-- Eu quero que você me explique que raios de historia é essa Amanda?! – Norberto exigiu acompanhado de sua esposa que pouco falava.

-- Eu não... – Amanda engoliu em seco dando um grande suspiro.

-- É verdade então querida? – Angelina perguntou.

-- Vovó – chamou baixo com lagrimas nos olhos, ela não queria passar por isso.

-- Responda! – Norberto gritou assustando-a.

-- Calma Norberto – sua esposa pediu querendo controlar o temperamento explosivo do senhor ruivo.

-- Calma?! Responde Amanda! – gritou novamente mais alto ficando com a coloração de seu rosto avermelhada.

-- Sim é verdade – disse baixo levando suas mãos ao rosto.

 

Norberto nada mais disse, apenas caminhou até onde ficavam as malas de viagem da jovem ruiva pegando-as e jogando-as abertas na cama para logo depois despejar varias peças de roupas da neta.

 

-- O que esta fazendo Norberto? – Angelina perguntou observando toda a cena do marido irritado.

-- Tirando minha neta desse antro de promiscuidade!

-- Espere querido, não podemos arrancar Amanda assim de casa, precisamos conversar com Regina também...

-- Regina?! Essa filha desnaturada compactua com essa pouca vergonha! – aumentou mais seu tom de voz – Não vê que ela sabia e a mesma que contou para nós?!

-- Norberto...

-- Desde quando Amanda?!

-- Vovô por favor...

-- Deixe a menina Norberto...

-- Não! Eu não posso crer, não te criamos para isso Amanda!

-- Precisamos conversar com nossa filha.

-- Não iremos conversar com Regina, nós vamos tirar Amanda ainda hoje daqui e ela passará por um tratamento para se livrar dessa... Dessa coisa!

-- Norberto! – Angelina se impôs – Não fale assim com a minha neta, nós vamos resolver isso tudo com a cabeça fria e iremos conversar com Regina sim!

-- Nós não vamos falar com ela, esta decidido! – exclamou saindo em passos duros deixando as duas sozinhas.

 

Amanda sentou-se chorando copiosamente e sendo amparada por sua avô.

 

-- Não fique assim minha querida.

 

 

 

******xxxxx******

 

 

 

Júlia chegou ao hospital apressada vendo aquelas paredes claras e procurando entre as pessoas um rosto familiar até que encontrou Manuela, seus olhos se cruzaram e viu sua amiga levantando-se e vindo abraçá-la.

Um abraço tão forte, que todas as lagrimas retornaram a cair dos olhos de Manuela.

 

-- Ei – a loirinha a chamou no abraço dando o apoio a sua amiga – O que aconteceu Manu?

-- Júlia...

-- Calma anjo, vamos sentar e você me explica.

 

Puxou a amiga até um dos bancos que haviam na sala de espera e esperou ela se acalmar e lhe contar o que ocorrerá.

 

-- Júlia eu recebi sua mensagem, eu já estava a caminho eu... – não conseguia terminar entrando novamente no seu estado de choro.

-- Calma vou pegar água para você – disse levantando-se e buscando um copo retornando logo em seguida – pronto, beba... agora me explica com calma.

-- Eu fui para o seu apartamento e ao chegar lá eu... – respirou fundo olhando aquela imensidão verde da outra que lhe encarava – Eu encontrei a Rachel desacordada, tinha muito sangue Júlia, seu porteiro me ajudou, a ambulância chegou e nos trouxe, mas ela estava mal, muito mal, parecia um filme quando os médicos... perdem alguém – e desabou a chorar novamente sendo abraçada pela outra.

-- Calma vai tudo ficar bem, eu vou buscar informações.

 

E ela foi.

Chegou na recepção e pediu informações sobre a garota de cabelos castanhos, pelo que soube fazia horas que ela tinha entrado como estado grave na emergência e a ultima informação que teve era que ela passava por cirurgia.

Júlia observou Manuela sentada ainda chorando.

Deve ter sido horrível ter passado por aquela situação, ela passou o natal sozinha em uma sala de espera de um hospital.

 

-- Manu – aproximou-se novamente pegando sua mão – Eles ainda não tem nenhuma noticia para nos dar, você avisou a família dela?

-- Eu tentei Júlia, mas ninguém da casa dela soube informar onde estavam os responsáveis, eu pedi que avisassem e que pedissem para me ligarem, mas até agora nada.

-- Que droga, e seus pais Manu, você avisou?

-- Não.

-- Acho que eles gostariam de saber, seriam de grande apoio.

 

E Manuela pensou concordando, o que mais queria era o conforto, talvez seus pais conseguissem lhe um pouco desse conforto que queria, mas sabia que só o teria plenamente quando soubesse como Rachel estava.

 

-- Alô papai?

-- Oi filha.

-- Pai eu... eu estou no hospital

-- Hospital Manuela? – perguntou alarmado e ela pode ouvir sua mãe – Meu Deus eu sabia que pegar essa moto ia acontecer alguma coisa!

-- Não, eu estou bem – adiantou-se – Mas eu preciso de vocês – pediu com a voz embargada.

-- Como assim filha, me explica?

-- Pai eu cheguei para encontrar a Rachel e ela estava desacordada, ela estava toda machucada e esta aqui no hospital, você pode vir pra cá?

-- É claro meu amor, eu estou indo.

 

Desligou encarando o teto.

Uma hora depois seus pais estavam chegando e a abraçaram perguntando o que havia acontecido, e ela disse a mesma coisa que já havia dito a Júlia.

 

Quando já ia dar mais de 8 horas sem noticias de Rachel um doutor que tinha a aparência de cansado chegou na recepção obtendo a atenção de todos.

 

-- Responsáveis por Rachel Lennis?

  -- Nós doutor – Manuela levantou-se rápido assim como todos – Como ela está?

-- Ela precisou passar por uma cirurgia, houve a quebra de algumas costelas, mas uma delas perfurou a pleura do pulmão, houve a demora para o atendimento medico por conta disso   ela sofreu uma parada cardiorrespiratória, nós perdemos ela...

 

Manuela sentiu uma vertigem sendo amparada por Júlia.

 

-- Ela morreu? – perguntou com um nó na garganta interrompendo o medico.

-- Nós a perdemos por alguns minutos até conseguirmos batimentos novamente, tivemos que fazer uma drenagem por conta da perfuração do pulmão, fizemos a também a reparação da costela fraturada, mas tivemos outras complicações, mas por agora ela se encontra estável.

-- Eu posso vê-la?

-- Ainda não senhorita, queremos ter a certeza que ela continuará estável para depois transferimos ela de quarto, por enquanto ela se encontra em coma induzido para a melhor recuperação de seu corpo.

 

******xxxxx******

 

 

Manuela respirava um pouco aliviada por ter recebido noticias de Rachel, mas queria vê-la, seus pais pediram para que ela fosse descansar pois provavelmente não conseguiria ver Rachel no momento, mas a mesma negou com teimosia, e pediu que os pais fossem descansar.

Júlia os tranqüilizou dizendo que não sairia do lado dela e assim o casal foi embora.

 

-- Ei manu – chamou Júlia com um café e um saco de papel nas mãos – come você nem deve ter se alimentado nada desde ontem.

-- Não tenho fome.

-- Mas precisa se alimentar, tem que estar forte pra quando puder ver ela, coma por favor – esticou na direção da amiga forçando-a aceitar – Vai ficar tudo bem Manu.

-- Júlia eu... – respirou fundo expressando-se – eu acho que eu estou apaixonada pela Rachel, eu acho que amo.

 

Júlia sorriu.

Por toda diferença que já teve ou pudesse ainda ter com Rachel, sentia que a garota de cabelos castanhos precisava tanto daquele amor.

E ela faria bem para Manuela.

 

-- Ela já sabe disso?

-- Não eu ia falar pra ela ontem, mas então tudo aconteceu e...—novamente sua voz embargou sentindo uma ardência nos olhos evidencia de um choro que não tardaria.

-- Ela vai adorar saber disso quando acordar.

-- Você acha? – perguntou com os olhos marejados encarando a loira que lhe sorria.

-- Sim, no fundo a Rachel é uma boa pessoa, ela só esconde isso de todos, quem não gostaria de ser amada por uma pessoa tão encantadora como você senhorita Manuela Arisa?

-- Para! – fungou um riso.

-- Agora come – viu a outra revirar os olhos e comer o que ela havia trazido.

 

 

******xxxxx******

 

 

Ninguém da família de Rachel deu sinal de vida.

Júlia odiava usar a influencia de quem era, mas fez para que pudessem deixar Manuela ver Rachel, porém isso demorou a acontecer e Júlia permaneceu ali do lado da amiga.

Passaram o dia inteiro ali, a loira tentou convencer a outra de ir para casa ao menos tomar um banho e se trocar, mas teve um não enorme dito para si.

E ali permaneceram.

Dormiram totalmente desconfortável naquelas cadeiras de hospital.

No outro dia bem cedo comeram algo na lanchonete e finalmente Júlia convenceu Manuela de ir tomar um banho e prometeu que continuaria ali até que ela voltasse para assim ela ir também.

Por muita insistência Manuela foi pretendendo voltar o mais rápido possível.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Bom é o seguinte galerinha bonita, eu sumi, to voltando e espero concluir logo essa historia, é necessario a passagem de tempo, então vou pedir a ajuda de vocês em uma enquete, é muito necessario que vocês respondam, para depois vocês não reclamarem, e já adianto que farei o possivel dentro do meu desfecho o conforme possivel para aderir as ideias de vocês afim de agrada-las.

 

Porem é como eu digo, não tem como agradar a todas, quando falava bastante de Rachel e Manu reclamavam dizendo sobre o foco da historia e realmente preciso focar para trerminar, quando falava de Pauline também, então estou focando, mas isso não quer dizer que deixarei a desejar com os casais coadjuvantes, mas lembrando que a historia é da Júlia desde o começo haha.

 

Vou fazer a enquete no meu instagram a partir de agora, então quem quiser ajudar a escolher um fim para os personagens que amam vão até lá e votem nos Story (precisa seguir não gente, é só votar)

Instagram: @BiancaLaneska me achem lá e vamos.

Outra coisa quem não tiver conta no insta e quiser criar fiquem a vontade pra participar da votação do destino final sobre os personagens, e se tiverem outro canal/meio que queiram que a votação seja feita me digam, por enquanto estou postando a enquete de alguns personagens no insta, um beijo pra vcs e acalmem o coração que eu já volto com capitulos melhores assim espero haha to dando uma desenferrujada e não se se vcs estão curtindo.

Então caso tenham sujestões com queiram dizer algo falem, mas com jeitinho que a autora aqui é sensivel haha brijo meninas.


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 63 - Capítulo 63 Angustia:
JeeOliveira
JeeOliveira

Em: 22/05/2019

Aí eu nn sei pq mas ainda torço pela Amanda com a Julia, ela só faz merda pqp q covarde td bem ter medo mas abaixa a cabeça pro avô igual ela ta fazendo é ridículo, q velho nojento, espero q ela sofra um pouco antes de possivelmente ter a Julia de volta...

Que tenso essa situação da Rachel, Manu e ela são fofas demais e merecem demais ser felizes


Resposta do autor:

Ri muito com "que velho nojento" kkkkk

Obrigada pelo comentário Jee e obg tbm por votar na enquete haha um beijao <3

Responder

[Faça o login para poder comentar]

zilla
zilla

Em: 22/05/2019

Torcendo aqui pra Rachel acordar logo e falar quem fez isso com ela! Para aquele monstro pagar por tudo que fez e ñ fez tbm!!!

E a Julia sempre amigona, pronta pra ajudar, e esquecendo seus problemas por enquanto rs!

A Amanda é uma corvade, frouxa e idota(pronto falei tô leve)!!!

Vou lá votar agora msm nessa enquete Laneska hihihi!!! 


Resposta do autor:

Oooh meu bem prontinho haha

Obrigada por votar <3

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web